Para a Pa, mana do coração
Não tenho irmãos, mas tenho há dezasseis anos uma mana do coração que amo muito, muito e muito!
A minha Pa cruzou-se comigo quando fomos ambos para o quinto ano e desde aí quase não nos largamos mais. Não nos conhecíamos antes disso, mas começamos logo a ser amigos, a andarmos sempre juntos e hoje, dezasseis anos depois, a nossa amizade continua.
Tratamos-nos por manos porque é isso que sentimos. Confiamos um no outro para tudo. Ela ouve os meus desabafos e eu os dela. É com ela que partilho as minhas novas aventuras que não posso contar a toda a gente, é com ela que conto quando preciso de falar e falar e falar. É a ela que recorro também quando assuntos delicados me atormentam e têm que ser contados a alguém. Falo por mim, mas sei que o contrário também acontece. Não é «mana querida»?
Dizem que os amigos não são como irmãos, para mim a Pa é minha irmã e acabou-se. Já o é há tanto tempo e continuará a ser, venha quem vier, ela está no meu coração. Ambos não conseguimos estar juntos como e quando queremos, mas sabemos que estamos presentes um para o outro sempre que necessário e sempre que um de nós acenar por auxílio.
O amor de irmãos também acontece e o nosso grau de parentesco não é real, mas para ambos é bem verdadeiro e mais sentido do que se fossemos mesmo manos. Gosto tanto de ti Pa!