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O Informador

Portugal não é fascista!

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A 01 de Maio de 2020 André Ventura, o querido humorista deputado do Chega, proferiu as seguintes palavras na sua conta do Twitter. «A malta que se junta na Alameda para celebrações do 1 de Maio, numa altura em que se pede confinamento aos portugueses, são uns palhaços tristes. Não têm outro nome!».

No passado Sábado, 27 de Junho de 2020, o mesmo André Ventura liderou uma manifestação dos preconceituosos que dizem que não são racistas por Lisboa onde se pedia adesão, mais felizmente só uns poucos perderam o seu tempo para seguirem os passos da organização. Neste passeio dos tristes pelas avenidas da capital podemos tirar duas ilações. Primeiro que André Ventura é esquecido sobre o que diz, já que criticou a manifestação da CGTP a 01 de Maio, quando estávamos confinados e menos de dois meses depois organizou a sua própria manifestação quando a região de Lisboa continua com regras apertas devido à pandemia. Segundo, o senhor bem tentou mas não conseguiu levar os milhares que pretendia atrás de si, protagonizando sim um passeio dos tristes, como afirma Cristina Torrão no Delito de Opinião

Protesto dos taxistas

Custa-me um pouco comentar e ficar a favor dos taxistas quando os seus comportamentos numa manifestação são tão irreais que conseguem estragar tudo o que podem pretender com o protesto. 

Primeiro conseguem mostrar claramente que o que os anda a importunar não são as leis diferenciadas entre os táxis e a Uber, mas sim a concorrência que não querem ter de todo. É bem visível que para os irritantes taxistas lisboetas, que conduzem a pensar somente no seu veículo e na pressa que têm em arranjar clientes a todo o custo, que tudo o que são empresas de transporte de passageiros os incomoda. Autocarro, metro, tuk tuk e mais recentemente a Uber são sistemas que concorrem com os taxistas que só pensam no seu umbigo, com ou sem leis semelhantes. A verdade é que a maioria dos taxistas da capital não conseguem respeitar sequer o cliente, quanto mais a concorrência. Pessoas que incomodam enquanto vão ao volante, condutores que enganam o cliente e que sempre que podem optam por aumentar a distância de uma viagem para que possam receber mais e quando o passageiro entra num táxi e mostra que o seu trajeto é rápido, então ai ainda conseguem praticamente expulsar o cliente do interior do veículo porque só querem rotas de longa distância, de preferência com pessoas que não conheçam bem a cidade para que o engano aconteça.

Vejo os taxistas como um grupo laboral ultrapassado, de pessoas que querem tudo para si, não deixando que o mercado cresça com a evolução da sociedade. Os taxistas têm que se mentalizar que nos dias que correm o cidadão comum não pretende alugar um serviço por um certo tempo para se deslocar onde apanham um condutor mal disposto, que afirma comentários menos positivos, tem um carro a cheirar a tabaco e bancos desconfortáveis. Querem os mesmos direitos dos outros, mas apresentam as mesmas condições? Nem de perto!

Taxista sem carácter

Quando em pleno protesto de taxistas um manifestaste afirma que «As leis são como as meninas virgens, são para ser violadas», todos ficamos a perceber o carácter daquele homem.

Mais uma vez foi na CMTV, o canal supostamente informativo que vive do entretenimento e sexualidade, que este insólito aconteceu em direto enquanto entrevistavam taxistas. Espero que este senhor, que pelo que a imprensa já afirmou, é conhecido como o Máximo, Taxista do Benfica, seja inquirido acerca da sua afirmação que poderá revelar algo acerca da sua vida sexual e mental. 

Minions invadem Assembleia da República!

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Os últimos dias têm sido marcados pelas manifestações de pais e professores pela liberdade de escolha nos ensinos em que os menores são colocados a estudar, devido ao futuro compromisso do Estado para com os Colégios Privados não seguir mais as regras que até agora haviam sido estabelecidas.

O senhor Ministro da Educação resolveu cortar as ajudas aos institutos privados de educação e todos saíram à rua em forma de protesto! Se têm razão para se manifestarem? Têm, no entanto não concordo com o facto de todos termos de pagar para que existam escolas privadas quando por vezes mesmo ao lado existe um colégio público capaz de albergar estudantes, acabando o ensino público por ficar a meio gás. Existe nestes casos necessidade de pagarmos para que alunos estudem no privado com o público mesmo ao lado? Claro que existem situações e situações e em várias zonas do país deverá ser necessário recorrer ao privado por não existirem condições públicas para tanta criança, mas nesse caso as coisas são diferentes, sendo que cada caso é um caso a estudar isoladamente. 

Tudo é pago mas quem ergue um instituto privado não pode contar com o ovo no cu da galinha à espera que seja o Estado a pagar as contas! Para isso todos podemos abrir alguma coisa porque o Governo paga e as nossas contas ficam certas!

Manifestantes contra Polícia

A greve aconteceu por todo o país, mas em Lisboa, em frente ao Parlamento, as manifestações fizeram-se e em clima bem pesado.

Depois de horas com manifestantes de um lado e polícias do outro, as forças de autoridade enfrentaram a população em fúria e fizeram-os dispersar do local onde nas últimas horas arrancaram pedras da calçada, incendiaram caixotes do lixo, arrancaram sinais de trânsito e atacaram polícias e comunicação social. Ao final da tarde a polícia saiu do seu posto e enfrentou os milhares de manifestantes. A coisa não correu bem para todos, claro está!

Depois de horas a desafiarem a autoridade, os manifestantes foram atacados e com razão. O que leva as pessoas a estarem horas a fio a protestar de forma agressiva contra algo em vão? Será que por estarem a gritar palavras cruéis contra os membros do governo que estes vão mudar os seus planos de austeridade para com o país? Claro que não! Porque as pessoas acham que é com violência que têm que resolver os seus problemas? Protestem de forma calma... Já bastava a greve e a marcha contra as medidas implementadas e o estado de Portugal, não era necessário cair-se no erro de se querer fazer o mesmo que na Grécia ou na nossa vizinha Espanha.

Agora quero ver o que os manifestastes que foram agredidos pela polícia vão fazer e mostrar na comunicação social nas próximas horas. Vamos ver o desfilar dos coitadinhos que só estavam a passar na rua e que levaram pancada assim sem mais nem menos. E ainda vão queixar-se que foram agredidos porque atiraram pedras às forças de autoridade. Mas quem tem mesmo que impor o respeito nestas situações não são essas forças de autoridade? Pois é, estes aguentaram muitos provocações e falta de bom senso dos manifestantes, mas um ser humano é um ser humano e não é de ferro! Manifestar o descontentamento não é agredir o próximo!

O Coelho dos Militares

Hoje os Militares saíram à rua para se manifestarem contra as medidas que o Governo tem adoptado para os profissionais que defendem o país diariamente. Os protestos foram feitos com calma, mas existe sempre quem se destaca por algum motivo.

Desta vez, e através da imagem do fotógrafo Armando Romão, pode-se ver que um dos manifestantes mostrou-se indignado com o Coelho. Ao não poder prender e talvez até enforcar Pedro Passos Coelho, o Primeiro Ministro que na próxima segunda-feira vai receber Angela Merkel em Lisboa, o manifestante levou consigo para as ruas da capital um simpático coelho, preso a um, ruralmente falando, cajado. Se por um lado entende-se o que o senhor militar quis mostrar com este atamento, por outro, ter um animal a passear pelas ruas pronto a ser enforcado a qualquer momento não cai mesmo muito bem. Será que Pedro Passos Coelho aceitaria fazer-se passear pelos portugueses de corda ao pescoço? Uma imagem que marca em dois sentidos!