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O Informador

Descodificar imagens de Sócrates

Parece que com esta imagem...

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... A análise de imagens e fotos voltou a estar na moda! A imprensa nacional pegou numa fotografia de José Sócrates e seus companheiros de serão tirada na noite do debate entre Passos Coelho e António Costa nos três canais televisivos e resolveu fazer o que só compete a qualquer investigador de crimes e roubos. Andam a explicar, canto por canto, cada pormenor da sala onde o grupo se encontrou naquela noite.

As posições, os livros na estante, os copos vermelhos, o sorriso à Mona Lisa de um dos amigos do ex-primeiro ministro, a publicidade dupla às águas Luso, os restos do jantar, portas e janelas abertas. Tudo está a ser descodificado por alguns jornalistas da nossa boa imprensa como se estivéssemos perante uma imagem de um crime que tem de ter uma explicação lógica. Será que os senhores jornalistas conseguirão entrar naquela sala para passarem também a limpo todo o chão para averiguar que sapatos e a quem pertencem já estiveram no local pelos últimos dias? 

A Gaiola Dourada

http://www.youtube.com/watch?v=SuZ9_9wvyt8

O José e a Maria são os grandes centrais do filme A Gaiola Dourada que tão bem vi e que me mostrou que em Portugal também se sabe fazer bom cinema, embora esta produção seja luso francesa, o bom desempenho de toda a equipa está lá e mostra os bons profissionais que os dois países dispõem. 

O casal de emigrantes que vive em Paris com os dois filhos transportam-nos para a realidade portuguesa onde os costumes e os hábitos se cruzam com o bem parecer e servir. Com duas personagens excelentemente interpretadas por Rita Blanco e Joaquim de Almeida, em A Gaiola Dourada vamos de encontro a dois profissionais que estão sempre disponíveis para tratarem dos outros, nem que para isso as suas vidas sejam colocadas de lado, em detrimento da boa vontade que já é uma característica bem vincada do povo português.

Os costumes, as tradições, os pensamentos e a falta de coragem quando se recebem notícias capazes de mudar o resto da vida convocam a lembrança de quem sempre viveu do trabalho e poderá deixar tudo para trás. Seguir o seu caminho sem pensar que tem de servir quem usa e abusa da bondade dos que se deixam pisar a pensarem que são insubstituíveis é uma das questões de quem sempre luta pelo bem da sociedade.

Com A Gaiola Dourada chorei com a Rita Blanco, ri com a Maria Vieira e pensei com Joaquim de Almeida sobre os ideias do mundo que cada um tem e que são bem diferentes das representações que os outros fazem de nós.

A questão entre ficar com a vida mundana e rotineira cheia de trabalho ou partir a pensar em si e nos seus dá trabalho, mas quem não arrisca não petisca e através desta dourada gaiola percebe-se que nunca é tarde para ser livre e lutar pelos sonhos individuais e familiares.

Este é um bom filme português com certeza que tem merecido todo o sucesso e reconhecimento do público! Nunca é tarde para recomeçar a viver livremente!

A Gaiola Dourada

A Gaiola Dourada 2