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O Informador

Carro limpo a pagar

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Tinha o carro a necessitar de uma limpeza profunda por dentro e por fora e se quando a lavagem é essencial faço-o quando tenho de lavar e aspirar prefiro pagar para quem o faça, já que em termos interiores não sou grande coisa a fazer bem e de forma rápida perante os aspiradores automáticos com tempo contado e que nem sempre chegam aos lugares necessários.

Assim, como sei que não sou grande coisa na limpeza geral do carro, já que ficam sempre pontos menos bem conseguidos, optei por pagar - 15€ - e perceber que quando recuperei o veículo estava impecavelmente limpo por dentro e por fora, com um agradável ambiente para me voltar a receber por mais umas quantas semanas sem voltar a necessitar de uma limpeza a fundo.

Vidrinhos sujos

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Sei que não sou caso raro, mas o certo é que faço parte daquele grande grupo de pessoas que conseguem andar horas e horas com as lentes dos óculos sujas e com dedadas sem quase dar por isso.

Uso óculos desde pequeno, tendo feito uma pausa por uns anos e voltando mais tarde a recorrer aos óculos que partilharam durante mais de uma década o seu tempo com a utilização de lentes de contacto. Hoje só utilizo óculos devido a um susto ocular que tive há uns tempos e a experiência com a limpeza dos vidrinhos que me ajudam a ver melhor continua a não existir sempre que necessário. A razão? O hábito de andar com lentes limpas ou sujas é tanto que nem me dou conta de que necessito de limpar os óculos para ver um pouco melhor e de forma mais nítida. 

 

 

Confinado e sem vontade

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Neste período de confinamento a preguiça parece ter-se instalado em mim.

Ando semana após semana, cada vez que entro no carro, a pensar que tenho de limpar tapetes, portas, vidros interiores, bancos... E no dia seguinte, se voltar a entrar no carro, penso o mesmo. Os dias foram passando, semana após semana, e hoje, mais de dois meses após o primeiro pensamento de que era mesmo necessário, lá coloquei mãos à obra e atirei fora os talões, embalagens e tudo o que foi ficando acumulado nas prateleiras das portas da frente. Tapetes para fora, aspiração completa, bancos escovados, brilho na área do volante e está feito. Carro limpo por dentro, já por fora e com esta chuva a ir e vir dia sim, dia não, vou deixando ficar por não estar mal de todo.

Limpeza em casa! Sujidade na rua!

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Vamos lá a saber para entrar num debate de ideias que já vem longo e que parece nunca ter fim. Quais as razões que levam os seres humanos comuns a mostrarem totalmente higiene para com as suas casas quando na rua o descuido com o lixo e sujidade parece ser quase total?!

Será que em casa quando têm embalagens vazias as deitam para o chão porque na verdade já não servem para nada? É que na rua os pacotes vazios são mais que muitos, mostrando que a sociedade anda a comer e a deitar o que não é comestível por aí, que é como quem diz, onde calha, não procurando um recipiente próprio chamado de lixo para acumular os seus restos.

E o que dizer das casas de banho públicas e de estabelecimentos onde parece que ninguém pensa no próximo? Papéis sujos por todo o lado, pingos e mais pingos no chão e pelas paredes que estão maioritariamente riscadas por vândalos urbanos, já para não falar de quem faz o que têm a fazer e deixam tudo sem que o autoclismo faça a sua função de levar tudo pelos canos. Então minha gente? Em casa também deixam os vossos resíduos a boiar na água que vos espreita quando abrem de novo a tapa para se sentarem? Pensem que podem ser os próximos e que não iriam gostar de ver nadadores mal cheirosos e nojentos a olhar fixamente para vocês porque algum humano bem porco e com incapacidade social os deixou por ali.

Já que falamos de irresponsabilidade para com os outros. Já viram quantas pessoas não respeitam sequer tantos homens e mulheres que trabalham para limpar o lixo e mesmo a porcaria deixada por todo o lado por esta sociedade irresponsável? As pessoas andam a limpar e existem seres bem capazes de deitar papéis, latas e afins para o chão de propósito e para serem vistos por quem os vai apanhar logo de seguida. Isto não é gozar com quem trabalha num serviço que podia ser dispensado se todos tivessem consciência no mal que estão a fazer ao planeta com estas atitudes otárias e de quem se acha o dono da razão? As pessoas não têm o mínimo de consciência sobre os trabalhos de limpeza e acham que os cidadãos que passam horas à chuva, de pá na mão para que as ruas fiquem limpas gostam de apanhar o lixo que os outros fazem. Pensem duas vezes antes de deitarem o que quer que seja para o chão porque um dia irão perceber que os varredores são pessoas como todos vocês e que sabem o que é ver pessoas sem noção a agirem como hipócritas que se acham cheios de razão. 

Mato (des)cuidado

O Verão surge e consequentemente os incêndios ganham proporções elevadas e este ano as coisas não têm sido fáceis. No entanto se passarmos por determinados locais continuamos a ver zonas habitacionais com mato e mais mato em volta sem que os proprietários dos terrenos limpem o arvoredo transformado em matagal em torno das duas casas que por sinal ficam em zonas próximas da floresta que se tornam assim ainda mais propicias a que aconteça alguma coisa. 

As pessoas ao longo dos anos não aprendem que antes que o tempo quente comece devem, deviam ter mesmo a obrigação sob pena de multa, de limpar as suas propriedades para se prevenirem contra os incêndios que acontecem maioritariamente ao longo do Verão? Quando as coisas estão a arder todos falam que o Estado não limpa e que as florestas estão ao abandono sem estradas de passagens largas para ajudar a estancar as chamas, no entanto em áreas privadas o tema repete-se e muitas vezes são esses mesmos proprietários que não limpam o que é seu que quando estão em risco falam dos terrenos públicos do lado. Pois, o mal está aí! Percebem que os outros não estão limpos mas passam anos sem uma verdadeira recolha de lixo e limpeza pelo que é seu, fazendo com que quando o fogo começa leve tudo sem andar a escolher entre propriedades públicas e privadas. 

A moeda suja

MoedaRecebi estas duas moedas no mesmo sítio, à mesma hora e em conjunto com outras de valor inferior. Fui eu que recebi a moeda suja e que parece que já enfrentou uma guerra ao longo dos anos, mas tenho a confessar que senti vergonha por a receber e tive vontade de pedir para a trocar, não o conseguindo fazer, claro!

A moeda limpa tem a data de 2009, já a sua congénere feia foi feita em 2002 e embora sete anos separem ambas, isso não equivale a que este nojo tenha que andar por aí de mão em mão e sempre com os mesmos pensamentos sobre si quando se olha para o troco que se recebe em algum local.

Assim que tiver oportunidade vou despachar esta moeda feia que me veio parar à carteira. Neste caso preferia receber moedas de cinco cêntimos até ao valor de um euro do que ter esta sujidade entre as minhas outras moedas. Dinheiro é dinheiro, mas também é verdade que é algo em que todos tocamos e existe um certo grau de higiene, o que neste caso não pode existir porque o mal já está feito e agora só o Banco de Portugal pode remover este exemplar do mercado.