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O Informador

Televisão | A liderança que se foi...

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Chegamos praticamente a meio do ano de 2019 e as questões sobre como tenho visto o atual panorama de mudanças televisivas já me foram feitas várias vezes. Hoje apetece-me entrar numa viagem para mostrar o que entendo perante a liderança que se esfomou da TVI por terem ficado à sombra da bananeira no primeiro lugar do pódio por não sentirem uma forte concorrência que lhes fizesse frente. Agora o canal líder durante anos deixou a torre ruir em menos de nada e não venham com as desculpas que esta derrota só aconteceu devido ao salto de Cristina Ferreira da quatro para a três. 

Sim, a outrora companheira de Manuel Luís Goucha bateu com a porta do canal que a ajudou a alcançar o estrelado. Hoje entendo a sua saída. Na SIC dirigida por Daniel Oliveira, Cristina percebeu que tinha capacidade e espaço para fazer televisão como queria e a pensar no que o público quer ver e não estar ligada a formatos que ganham simplesmente porque do outro lado não existe capacidade de fazer melhor. As coisas mudaram, a direção do canal da Impresa foi alterada e a capacidade de reerguerem um projeto que andou anos perdido foi evidente desde os primeiros meses de poder. Alterações simples na grelha, contratações, arrumar de casa e Janeiro entretanto chegou. Cristina estreou e venceu, sem deixar o primeiro lugar das manhãs. Consigo ajudou Júlia Pinheiro a mostrar os conteúdos do seu programa das tardes. Com isto e porque o formato reality show escolhido aliou campo, amor e conflito, o sucesso surgiu. Não, a SIC não alcançou em 2019 a liderança somente por causa da apresentadora da Malveira. Ajudou muito sim, isso é um facto, mas o bolo foi todo muito bem embrulhado e as novas apostas estrearam a seu tempo e bem, com um bom estudo de mercado e a capacidade de prender o público ao longo da semana para as estreias que iam acontecer. Hoje a SIC reina de manhã, de tarde e praticamente anda na luta pelo horário nobre que é cada vez mais seu.

Do outro lado a TVI caiu em Janeiro, baralhou em Fevereiro, piorou em Março e quando chegou a Abril o caos estava instalado. Programas a estrear e a serem retirados da grelha sem aviso, horários todos trocados de dia para dia. Apresentadores que surgem e desaparecem dos seus formatos. Atores na apresentação, especiais pimba a torto e a direito. Estagiários a promoverem estreias tão bem que o público nem dá pelas mesmas. O que aconteceu a uma TVI que parecia tão bem e que só sobrevivia no topo por falta de motivação dos vizinhos do lado? Assim que a concorrência respirou alto a direção do canal de Queluz eclipsou, tentou e criou tanto degredo em poucas semanas que só acabaram por conseguir piorar o que logo ficou mal quando se viram a perder. Não estar preparado para sair derrotado é lixado, mas quando se vive na sombra e não se tenta fazer sempre mais, melhor e diferente o risco é um facto. Agora têm de correr atrás dos seus próprios erros e o trajeto não será assim tão fácil.

Neste momento o caminho é somente preparar o novo ano televisivo com pinças bem cuidadas, começando as alterações aos poucos como o que foi feito por Daniel Oliveira e companhia quando pegaram no início do Verão de 2018 numa SIC atrofiada pela direção anterior do canal. Será que em Queluz têm assim tanto medo neste momento de cortar todos os males pela raiz para começar de novo e não cairem ainda mais? É que a RTP anda a trincar os calcanhares em alguns dias e se continuarem assim levam mesmo com a terceira posição do seu lado. 

Crítica entre Mulheres

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Os Homens podem ter muitos defeitos mas a trabalhar em equipa conseguem ser mais pacientes e bem menos críticos entre si que as Mulheres. Por vezes dou por mim a reparar que até um melhoramento para o trabalho entre todos correr bem, mas que seja dado por outra Mulher, das mais recentes na empresa e que dado as suas funções tem tentado alterar vários pontos de funcionamento, consegue gerar falatório durante horas porque a ideia partiu de outra, aquela que chegou e quer assumir a sua posição, fazendo alguma comichão a quem está há anos e pouco fez para a mudança acontecer. 

Será possível as Mulheres conseguirem não perceber quando existem ideias e alterações que podem vir a facilitar futuramente o trabalho, mesmo que estas soluções sejam dadas por outra? As pessoas têm as suas funções e cada um tem a sua forma de pensar, se cada qual se organizar por si e os melhoramentos se completarem tanto melhor, mas criticar quem tenta mudar as coisas que estão mal quando durante anos não o tentaram sequer fazer é daqueles apontamentos sociais que me parecem ser mais dor de cotovelo que outra coisa. 

O que levará o suscitar de criticas automáticas assim que se percebem determinados comportamentos do outro lado quando se identifica claramente que o problema está exatamente em não se querer mudar porque existe receio da evolução e que os outros, aqueles que conseguem mexer nos dados e arrancar os melhores pontos sejam capazes de agarrar as pontas que alguns têm assumido ao longo do tempo por não existir quem o faça com capacidade.

Três debates do PS! Qual a finalidade?

As eleições primárias do PS vão acontecer a 28 deste mês e para que os votantes estejam conscientes no candidato que irão eleger, os canais televisivos irão efectuar três debates onde colocarão António José Seguro e António Costa frente-a-frente. A questão que coloco é... Para que servirão em tão pouco tempo três debates televisivos, com os mesmos protagonistas e com a mesma finalidade?

Dia 9 acontecerá o primeiro embate televisivo, transmitido ao serão na TVI, sendo que logo no dia 10 o mesmo acontecerá mas na SIC. Mais tarde, a 23 será a vez da RTP de colocar os dois candidatos à liderança do PS no confronto de palavras e discursos de liderança.

O que terão os dois senhores a dizer um ao outro e há sociedade de diferente em duas semanas e com três momentos iguais de debate?! Existem coisas no nosso país que são consideravelmente incompreendidas e esta é uma delas! A mim pouco me importa o que terão os Antónios a revelar para bem da sociedade, só que assim percebo o mau estado dos canais de televisão nacional, quando conseguem transmitir um programa praticamente repetido em pouco tempo de diferença e onde só um pivô e o logotipo da estação é alterado. 

A finalidade deste trio de debates é totalmente incompreendida, mas se alguém acha que os mesmos são necessários, peço que me explique a verdade sobre o caso!