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O Informador

Bactéria ocular

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Nos últimos dias tenho estado bem mais ausente do blog e redes sociais, deixando tudo em modo automático com textos feitos e guardados há algum tempo por uma necessidade maior que de um momento para o outro me fez transformar a quarentena num estado de vida quase nulo.

Uma bactéria alujou-se no olho direito e trouxe consigo uma úlcera da córnea e a dupla fez com que ficasse quase sem ver. Recorri ao hospital, muito a custo porque o Covid19 pesa sempre no momento de tomar este tipo de decisões e enfrentei as urgências do centro hospital de Vila Franca de Xira. Triagem rápida, consulta em menos de meia hora e segui para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, porque o serviço de oftalmologia não funciona em Vila Franca de noite. Mal cheguei a Santa Maria e em menos de cinco minutos estava na zona de oftalmologia numa espera que durou entre cinco e dez minutos para entrar na sala de consulta. Os testes foram feitos, a úlcera identificada, amostras para análise tiradas e medicação passada. Dois dias depois voltei ao Hospital de Vila Franca de Xira para consulta de avaliação e tudo parecia estar a melhorar mas não existiam os resultados ainda para se perceber se existia algo mais. A visão foi sendo recuperada mas a úlcera sem diminuir e passaram mais dois dias para nova avaliação e já com o resultado da análise. Uma bactéria bem sensível alujou-se no olho direito e por isso a dificuldade em tratar. Medicação alterada para ir de encontro aos novos dados, cuidados a manter e visão a recuperar aos poucos. 

O uso ao longo de dezoito anos de lentes de contacto a causar cansaço da visão, o ar condicionado e a luz mal colocada em certos pontos do dia-a-dia com alguma possibilidade de embater com as penugens da mudança de estação terão contribuído para chegar a este estado que só deu mesmo sinal de rutura quando já se encontrava no limite. Felizmente que até aqui apanhei equipas em ambas as unidades hospitalares super práticas, responsáveis e com o dom de saberem o que é dedicar tempo ao utente com explicações, educação e um bom senso para explicarem a situação em cada passo e possibilidade que surge.

Apanhei um valente susto que não ficará resolvido pelas próximas semanas, sendo algo para ir tratando com tempo e lentamente pelo que me foi passado. Confesso que pensei que iria ficar sem conseguir ver do lado direito no dia em que fui para o Hospital. Não entrei em pânico mas senti o nervoso a dar cabo da energia e do pensamento sem querer partilhar o que pensava e sentia naqueles momentos de espera, em que optei por iniciar sozinho para não colocar também ninguém em risco nos corredores hospitalares e porque existem situações em que me consigo tranquilizar melhor se estiver sozinho do que se sentir necessidade de partilhar por saber que está alguém ao meu lado em espera para que desabafe.

 

 

Visita ao oftalmologista

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Já precisava mas só me dei conta de que a visita de rotina ao oftalmologista tinha mesmo de acontecer quando andei alguns dias seguidos com umas dores de cabeça que começavam do nada e desapareciam também sem qualquer aviso, algumas vezes sem medicação que ajudasse ao adeus antecipado. Marquei a consulta e dois dias depois estava sentado na sala com todos os aparelhos pela frente. 

E assim foi! Fui após sair do trabalho, a consulta ainda demorou quase meia hora, conversei, partilhei ideias, falei sobre as dores de cabeça e no final percebi que com óculos ou lentes de contacto, estou a ver bem, mantendo a mesma graduação que tenho tido nos últimos anos. Óculos estão em bom estado, as lentes sem riscos e assim só tenho mesmo que encomendar nova fornada de lentes de contacto para mais uns meses de usos intensivos. Nos próximos dias irei fazer o teste para as novas lentes, uma vez que irei alterar de marca, e depois lá serão encomendados os seis novos pares que costumam durar quase um ano, uma vez que intercalo os óculos com as lentes de contacto. 

Um pedido pelas lentes de contacto

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Um pedido de quem é utilizador de lentes de contacto e sofre perguntas sobre a colocação e tiragem das mesmas... Não digam expressões como «que impressão», «que nojo», «isso espeta nos olhos»!

Se vos coloca impressão quando explicamos como colocamos e tiramos as lentes, então pensem e não digam, melhor ainda é nem perguntarem se já sabem que vos mete alguma confusão um ato que para nós, utilizadores de lentes de contacto, é bem simples.

Quando falarem com pessoas que utilizem lentes e têm ideias de dor, impressão e complicação não se expressem e não façam caretas quando estamos a explicar de forma normal que usar lentes não é nada de especial porque após uns dias de utilização já as colocamos e tiramos sem recurso a espelhos e com uma rapidez incrível.

O drama das lentes de contacto

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Era pequeno, antes mesmo de fazer três anos, quando comecei a usar óculos. Foi cedo que os meus pais detetaram que a minha visão tinha alguma falha e como na família já existiam problemas oculares preveniram. Tive os meus primeiros óculos de plástico, brancos, e depois foi sempre a evoluir, até que por volta dos doze anos o médico achou que tudo estava bem e tive um período de três anos sem usar qualquer tipo de graduação, voltando depois atrás, talvez porque nem devia ter tido a pausa aconselhada pelo médico, e quando voltei a usar óculos já podia e tinha idade para também poder experimentar as lentes de contacto. E assim foi, desde os dezasseis anos que uso lentes de contacto. 

Se para muitos as lentes são um problema no ato da colocação, não existindo adaptação e em vários casos optarem por logo desistirem, no meu caso e talvez com sorte, além de me ter dado bem com o sistema de não perder lentes e de conseguir chegar ao método rápido de colocar as lentes sem necessitar de espelhos por perto, consegui ainda ao longo de já praticamente quinze anos não ter tido qualquer problema ocular como conjuntivites e alergias. Já trabalhei em locais com pó no ar, existiram períodos em que abusava das horas com as lentes colocadas, tomei banho e adormeci sem tirar as transparências e até hoje nada me fez ter qualquer reação menos boa para com este método de proteção e cuidado visual.

Ao longo destes anos já experimentei várias marcas de lentes e mesmo de líquidos de descanso, tendo percebido que o melhor é sempre usar produtos com uma maior qualidade e para olhos sensíveis porque embora não tenha tido problemas sei que basta por vezes falhar na marca, não fazer a limpeza correta às lentes e não ter um produto de uma marca melhor para notar diferenças que podem gerar alguma irritabilidade entre os mais sensíveis.

Uma questão... Ocular

Coloco a questão aos usuários de lentes de contato! De todas as vezes que usam as lentes e quando as vão voltar a colocar na caixa de descanso das mesmas mudam sempre o líquido de limpeza ou por vezes fazem-se de esquecidos como eu?

Confesso que na maioria dos dias faço-me um pouco de esquecido e não altero o líquido do interior da caixa de dois buracos. Acredito que não serei o único a ter tal comportamento que embate com as regras de uso das lentes, mas penso sempre no ato de poupar e acredito que aquela água com condimentos consegue agir mais do que uma vez para com o tratamento de descanso das lentes. 

Lembrança da primeira vez com lentes de contacto

Lembro-me bem do primeiro dia em que usei lentes de contacto e tenho uma peripécia tão engraçada para contar sobre essas horas.

Acordei, andei um pouco de óculos, mas depois quando foi para sair de casa lá fui eu colocar as lentes de contacto. É claro que não as coloquei com a rapidez com que as coloco hoje, mas pronto, depois de várias tentativas lá consegui fazer com que aqueles pequenos círculos encaixassem nos meus olhos. Até aqui tudo normal porque nos primeiros tempos e até criar habituação, o processo de colocar e retirar é sempre um pouco demorado. O engraçado veio mais tarde...

Fui para a rua e passadas umas horas, uma das lentes fugiu! Ah pois é, a lente tinha fugido do meu olho. Eu não tinha feito nada e tinha perdido a lente. E agora? Mexi e remexi o olho e nada de vestígios. O que fiz? Pois, lá tive que ir à loja onde as tinha comprado e confessar o que me tinha acontecido. A senhora, experiente na matéria, lá pegou em mim e nos meus olhos e em menos de nada lá encontrou a esmeralda perdida. A lente estava lá, não no sítio certo, mas um pouco acima do local onde deveria estar. Tirei-a do seu refúgio dos últimos minutos e lá a coloquei no seu devido lugar onde permaneceram até ao final desse dia!

Hoje é raro alguma me desaparecer, mas quando isso acontece já sei por onde andam... Dobradas por um qualquer canto do local onde deveriam estar.

A minha primeira vez com lentes de contacto foi assim... Uma pequena comédia!