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O Informador

Judy, honrada por Renée Zellweger

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Inverno de 1968: a lendária Judy Garland chega a Londres para actuar numa série de concertos esgotados. Passaram-se 30 anos desde que se tornou uma estrela global com O Feiticeiro de Oz. Ela está exausta, assombrada por memórias da infância perdida em Hollywood, agarrada à vontade de voltar para casa junto dos filhos, mas determinada a nunca desiludir os seus fãs.

Há uns anos assisti no Teatro Politeama ao musical Judy Garland - O fim do arco-íris, com interpretação de Vanessa Silva no papel de destaque, tendo ganho nesse espetáculo a percepção da força que a Vanessa tem em palco. Este ano e no filme Judy percebi o mesmo para com a interpretação da mesma personagem por parte de Renée Zellweger.

Quando vi que a biografia de Judy Garland já tinha estreado nas salas de cinema nacionais logo fiquei com vontade de assistir e assim foi. E o que vos posso dizer? Que história, que desempenho por parte de Renée que se envolveu, entregou e volta a apaixonar o público por uma mulher que se entregou aos palcos e ao seu público, entregando-se a outros dissabores que a levaram por caminhos adversos. Retratando principalmente os últimos tempos de vida de Judy e explicando com o passado alguns dos motivos pelos seus atuais comportamentos, esta biografia da artista está tão bem conseguida que me deixei levar na sala de cinema, onde só quatro pessoas estavam presentes, comigo incluído, pela emoção, pelo pensamento da vontade de lutar contra uma força que absorve parte das capacidades. Judy passou trinta anos a celebrar a sua carreira junto de fãs, admiradores e autênticos perseguidores, mas agora é tempo de reconquistar os filhos sem desiludir e com a vontade de ter uma vida estável e sem os confrontos entre os palcos e toda a pressão que os mesmos tiveram na sua vida com horários, cansaço e vontade de deixar tudo para trás.