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O Informador

Geração descuidada

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Será impressão minha ou as novas gerações, quando se juntam em grupos, mostram um estado de indisciplina que há uns anos não acontecia? Geralmente não tenho contacto com grandes grupos de jovens, um ou dois, a solo ou com os pais, mas em situação de grupo é raro. Nestas semanas de pausa, mais por estes últimos tempos em que o estado de liberdade foi ligeiramente dado, todos começaram a sair à rua e é percetível que os jovens até atingirem a maioridade se têm juntado e são essas uniões que me têm levado a este pensamento quando as visiono de perto.

Tenho visto os grupos de jovens a andarem por aí, sem máscaras e distanciamento, com um palavreado bastante feio, com conversas sem nexo e onde se acabam por humilhar uns aos outros, com nomes feios, asneiras e frases feitas bastante pesadas com uma linguagem negativa onde falam de si, dos amigos e familiares rebaixando-se e acabando por aplicar um certo desrespeito entre si como se não existisse a ideia de defesa pessoal e respeito para com os outros.

Tenho visto uma geração muito espontânea, sem o apelidado de tento na língua, mostrando uma falta de educação ou talvez até um desnível de comportamentos que se tornam bem díspares quando estão acompanhados por adultos e quando ficam a sós com os seus pares e semelhantes.

Adolescentes imbecis

Imbecis é sem dúvida a descrição adequada para o caso nacional do momento em que um grupo de adolescentes da Figueira da Foz agride um outro jovem ao longo de treze minutos. Como todos os que puderam assistir a este vídeo chocante, incredulidade é um dos estados que alertam para este facto que está a abrir os notíciários pelas últimas horas e a motivar grande alarido pelas redes sociais. 

Um absurdo é o comportamento dos jovens de hoje que mostram cada vez mais atitudes deploráveis perante os seus pares. Imbecilidade de tamanhos comportamentos e incredulidade com tais pensamentos sobre o que se passa nos dias pelas mentes dos jovens que não se negam a causar problemas. Muitas vezes fala-se da má educação que vem de casa onde os pais muitas vezes erram. No entanto isso nem sempre é bem assim, não existindo em vários casos uma má linha sobre como agir em sociedade, existindo sim depois um desvio consoante companhias e amizades. Quantos jovens não saem de famílias problemáticas e tornam-se adultos exemplares no futuro e vice-versa? 

A agressão não leva a lado nenhum, seja em que caso for! A educação pode ser deficiente em casa, no entanto isso não é tudo e na sociedade dos tempos modernos pais e educadores conseguem controlar cada vez menos os comportamentos dos mais novos que passam mais tempo sozinhos do que o aconselhado. Um bom pai não significa que consiga criar um bom filho, tal como um mau pai não significa que um mau filho irá surgir. Tudo depende de vários fatores e neste caso, venha quem vier contrariar, mas a imbecilidade do gang que se formou entre aqueles jovens afetou todos os que se foram incluido, muitas vezes sem o conhecimento dos progenitores. Os grupos estragam muitas vezes o que poderia correr bem e aí cabe a cada qual saber escolher com o que lhe foi passado sobre o que está bem e o que está mal. A mente é fraca em vários casos, eu sei, mas não vejo uma culpa total dos pais do século XXI como muitos outros agora afirmam com medo de andarem a fazer um mau trabalho de casa!

Miúdos agressivos!

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Afinal em que mundo vivemos? Graúdos loucos é o prato do dia, agora os miúdos andarem com agressividade como comportamente permanente é mau demais numa educação que se espera seguir com rigor os bons costumes que muitos de nós ainda tivemos!

Nas últimas horas surgiu um vídeo, que entretanto foi retirado, no Youtube com um jovem estudante da Figueira da Foz a ser agredido por um grupo de raparigas ao longo de pelo menos 13 minutos. Chapadas, murros, empurrões, pontapés, palavrões e gozo foram os pratos fortes deste grupo que resolveu colocar um colega de escola a um canto para mostrarem que conseguem ser valentes perante um indefeso que se encontrava a solo. Não sabemos as razões que levaram estas raparigas, com a ajuda de alguns rapazes, a cometerem este grave erro social, no entanto o que é certo é que não existe justificação para tais cenas acontecerem, muito menos serem gravadas para mais tarde poderem recordar o mal que fizeram e gabarem-se ainda disso. Onde está a humanidade e onde estavam as regras que os pais passaram para estes adultos do futuro? Como jovens conseguem mostrar tamanha falta de bom senso nos dias que correm e com o acesso que têm a tudo, sabendo que mais cedo ou mais tarde isto iria aparecer e ser comentado por quem não queriam?

Casais desempregados

Este fim-de-semana foram revelados vários dados que mostram que o desemprego em Portugal voltou a subir e que existem um maior número de casais em que ambos estão desempregados. Curiosamente e infelizmente na semana passada um casal, não casados, mas claramente companheiros que partilham casa e vida, inscreveram-se no meu local de emprego e quando estavam a preencher as fichas fiquei pensativo por perceber como será difícil estarem duas pessoas, talvez com os seus fundos de desemprego a terminarem, em situações tão idênticas a partilharem o mesmo espaço, não existindo dinheiro a entrar da forma como é desejada!

Um membro do casal estar desempregado e a receber ajuda do estado e ter o seu parceiro a trabalhar ainda ajuda a controlar as contas e os gastos, agora estarem os dois à procura de emprego, com subsídios mínimos, e a não conseguirem arranjar nada talvez também pelas idades com que estão, é complicado!

Neste momento a empresa não está a colocar ninguém, no entanto aqueles dois seres pareciam mesmo capazes de ficarem a trabalhar, mesmo tendo que aprender o que nunca fizeram, já que como ouvi através de um sussurro, o senhor era mecânico anteriormente e isso nem foi colocado na sua inscrição, mostrando que quer fazer qualquer coisa, desde que lhe ofereçam um emprego.

O desemprego voltou a aumentar, os casais desempregados também aumentaram e os jovens continuam à procura do seu primeiro emprego! Uma realidade pesada que o nosso país continua a atravessar, depois de anos em que a crise apareceu e parece estar a tardar em desaparecer!

Reportagem 15-12-2013

Meio ano já passou após a tragédia do Meco e ainda hoje a imprensa continua a debater o assunto, principalmente a TVI pela mão da jornalista Ana Leal. Se até agora todas as reportagens feitas sobre os jovens que morreram e os seus familiares deram destaque ao acidente, aos culpados, à situação em concreto, desta vez decidiram recordar quem eram os filhos, amigos, namorados e alunos que partiram!

Finalmente uma reportagem sobre a tragédia do Meco que não se debateu sobre a fatídica noite, mostrando quem foram os jovens adultos que deixaram a sua vida junto ao mar por um qualquer erro humano onde alguém e todos foram culpados. A jornalista não tem deixado o caso desde as suas primeiras horas e continua do lado das famílias que ficaram sem os seus filhos, em busca da verdade, mas com uma persistência cansativa publicamente.

Esta reportagem mostrou o outro lado, mostrou as pessoas que viveram e foram felizes ao longo da sua presença na terra, rodeados de quem sempre os amou. Confesso que fiquei comovido ao ver a reportagem 15-12-2013, percebendo a falta que as partidas fazem, o modo como cada qual é recordado e quem foram!

O acidente do Meco não tem de ter julgamento público e embora seja um caso que o país tem acompanhado, queria acreditar que esta reportagem em jeito de homenagem às vítimas poderia muito bem terminar o caso pela imprensa. Aplaudo o bom trabalho jornalístico, mas já chega!

Comentário sobre reportagem da TVI

Este e outros comentários apareceram nas últimas horas pelas redes sociais devido a uma reportagem - O Sexo dos Anjos - que a TVI transmitiu no seu Jornal das 8. Destaco esta porque foi uma das mais comentadas desde que foi publicada. Com bastantes comentários de concordância e uns outros a desfavor do que aqui é dito, eu estou do lado do contra sobre estas palavras!
 «Meus caros, 

Percebo perfeitamente que gostem de dar ênfase a algumas situações menos próprias no comportamento adolescente dos dias que correm, no entanto, a reportagem que acabaram de fazer desrespeita completamente a dignidade de um jovem! Vi a vossa reportagem do início ao fim e fiquei em choque com o que ouvi, para não falar das idades das pessoas em causa! Escolheram uma amostra representativa do grupo adolescente que apenas mostra uma pequena facção do que é ser jovem! A mim, apenas me pareceu uma reportagem muito pouco profissional. Notou-se o gosto de escandalizar o povo português, que afinal, é aquilo que ele gosta! 

Espero que quando se dignarem a fazer outra reportagem deste género, que se dignem a escolher melhor a amostra e que escolham jovens com comportamentos normais e não com tendências de um comportamento desviante e com uma educação que mostra algum baixo nível!Sem outro assunto, tenho a dizer que foi uma bandalheira pegada. Tomem consciência que nós jovens não somos aquilo e dediquem-se por favor ao jornalismo profissional e não às casas dos segredos e outras palermices facultadas pelo vosso canal!
Cátia Ferreira»
 

A questão que coloco e também devido ao que fui lendo, não só neste texto, mas também por outros, é... Será que todos os adolescentes são excepções e ninguém é igual àqueles que falaram e foram ali representados? Vamos lá ver que tudo agora é tão certinho que não colocam o pé de fora de área, nem fazem o que dizem ser "mal visto" pelos outros.

É certo que existem pessoas mais ousadas e as que adoram dar nas vistas e as certinhas que não querem nada saber do mundo e que depois quando dão o salto erram mais que aquelas que desfrutaram de tudo logo desde o início. O que quero mesmo dizer é que não é necessário cair-se em exageros, porque todos têm os seus momentos áureos de bem-estar, de querer ser o melhor e de popularidade e os mais fracos, em que tudo está contra nós, onde tudo é imperfeito e ilusório.

O que me parece que existe em quem diz não ser como a maioria dos adolescentes é que existiu a necessidade de se manifestarem, mostrando aos seus familiares, que também viram a reportagem, que são tão ingénuos e perfeitos que não são como aquelas pessoas que ali falaram e foram representadas. É tudo tão puro neste tipo de textos, que foram criados minutos após a reportagem ter ido para o ar, que parece que aquilo foi tudo ficção porque afinal ninguém é assim.

Só falta agora virem aqueles jovens que deram a cara, e que se podem encontrar seus semelhantes em tantos lugares por aí, virem afirmar que foram obrigados a darem tais depoimentos, porque na realidade nem sabem o que é viver a vida, visto não saírem à noite, não terem amigos, não fumarem, não gostarem de moda, de namorar e de se deitarem com alguém para algumas brincadeiras.

Enfim, a pureza bateu à porta de muitas boas pessoas por alguns momentos que se mostraram indignados por se verem representados como não são, porque nos dias que correm ainda existem anjos sem sexo, oh se existem!

Não estou a dizer que me encontro contra os depoimentos que foram feitos em oposição à reportagem porque existe liberdade de expressão e cada um pode-se sentir melindrado com o que quiser, mas também é um facto que por vezes existem trabalhos do mesmo género em que tudo mostra a perfeição e aí ninguém se queixa. Quando o que se faz fica escondido dos Grandes tudo muda de figura, não é verdade? E existe o facto que tem que ser destacado e que está bem explicito no título, O Sexo dos Anjos, falando esta reportagem do tema sexo na adolescência e não dos estudos, da família, dos amigos...