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O Informador

Já passei pela Feira do Livro

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Vamos situar no dia 25 de Agosto de 2022, o primeiro dia da 92ª Feira do Livro de Lisboa em que eu, Ricardo Trindade, fiz a minha visita pela tarde ao certame. Cheguei ao início da tarde, sensivelmente pelas 15h00, e percorri os corredores, bem longos este ano da Feira. Posso dizer que para uma tarde quente de Quinta-feira, a adesão estava bastante boa, com filas junto aos vários locais de pagamentos dos grandes grupos editoriais, com os visitantes a escolherem as suas obras e a comprarem. 

Encontrei, como é habitual, um ambiente tranquilo, com leitores espalhados por todo o recinto, aproveitando também os espaços de comes e bebes que estão disponíveis ao longo do Parque Eduardo VII para não nos faltar nada. Após uma primeira volta pela Feira, percebendo logo à partida onde iria regressar um pouco mais tarde, deixei-me conquistar por uma gelado pelas esplanadas do topo e desci até ao espaço do grupo Porto Editora / Bertrand Editora, onde decorreu pelas 16h30 o lançamento de um belo trabalho da artista plástica Ana Aragão que recorreu ao imaginário literário para embelezar a praça do grupo com referência a vários autores nacionais e internacionais, como é o caso de José Saramago, Fernando Pessoa e Sophia de Mello Breyner Andresen. 

Após o evento literário neste primeiro dia de Feira do Livro, fiz o estrago das compras e trouxe comigo O Apocalipse dos Trabalhadores, de Valter Hugo Mãe, com a promoção do livro do dia com 50%, e Baiôa Sem Data Para Morrer, de Rui Coceiro, com desconto de 20%, uma vez que é uma novidade, ambos com edição da Porto Editora. Já no espaço do grupo Penguin, comprei também em livro do dia com 40% Um Caso Perdido, de Colleen Hoover, numa edição Topseller.

Ganha Livros | Autobiografia, de José Luís Peixoto

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Na Lisboa de finais dos anos noventa, um jovem escritor em crise vê o seu caminho cruzar-se com o de um grande escritor. Dessa relação, nasce uma história que mescla realidade e ficção, um jogo de espelhos que coloca em evidência alguns dos desafios maiores da literatura. 

A ousadia de transformar José Saramago em personagem e de chamar Autobiografia a um romance é apenas o começo de uma surpreendente proposta narrativa que, a partir de certo ponto, não se imagina como poderá terminar. José Luís Peixoto explora novos temas e cenários e, ao mesmo tempo, aprofunda obsessões, numa obra marcante, uma referência futura.

O novo livro de José Luís Peixoto, Autobiografia, foi lançado no início deste Verão e trás consigo um romance baseado entre realidade e ficção pelos anos noventa da nossa capital onde José Saramago marca presença nesta obra que já promete marcar a literatura nacional pelos próximos tempos. 

Autor de referência com várias obras que ficaram semanas pelo top de vendas nacionais, como é o caso de O Caminho Imperfeito, Em Teu Ventre, Abraço, Galveias e outros mais, José Luís Peixoto lança assim a meio de 2019 o seu Autobiografia. Aqui pelo blog e porque os bons livros são para partilhar, eis que tenho um exemplar desta mais recente obra do autor para vos oferecer. 

É em parceria com a Bertrand Livreiros (Facebook) / Bertrand Livreiros (Instagram) que tenho a oportunidade de vos poder oferecer um exemplar de Autobiografia. Esta oportunidade para ganharem um exemplar deste livro irá estar disponível até às 19h00 de dia 01 de Agosto, Quinta-feira, e nesse mesmo dia será revelado o nome do vencedor nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. O premiado será contactado via email com a notícia sobre o prémio. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

Últimas confirmações do Grupo Porto Editora na Feira do Livro de Lisboa

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O espaço do grupo Porto Editora na 87ª edição da Feira do Livro de Lisboa está cada vez com um maior número de eventos a decorrer e semana após semana têm sido confirmados autores para sessões de autógrafos e conversa com os leitores. Eis os últimos nomes confirmados, onde posso desde já destacar Cristina Ferreira, Luísa Ducla Soares e José Rentes de Carvalho. 

De 1 a 18 de Junho são dezenas de autores nacionais e internacionais a terem lugar cativo no espaço Autores que nos Unem no certame do Grupo Porto Editora com lançamentos, tertúlias, workshops, sessão de autógrafos, showcookings e conversa com os leitores, muita coisa irá acontecer ao longo dos dias de Feira e até os mais pequenos terão o seu espaço com complementos ao longo do evento. 

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Eis os autores que foram confirmados mais recentemente para estarem presentes na Feira do Livro este ano. Luís Naves, autor do livro 43 Anos e 6 Meses de Má Política (3 de Junho), Onésimo Teotónio Almeida, com o recentemente lançado A Obsessão da Portugalidade (3 de Junho), Paulo M. Morais com Voltemos à Escola (3 e 4 de Junho), José Rentes de Carvalho com o lançamento de A Sétima Onda (3 e 4 de Junho), Pedro Correia e Rodrigo Gonçalves estarão com o livro Política de A a Z (3 de Junho), António Marujo e Rui Paulo da Cruz com A Senhora de Maio: Todas as perguntas sobre Fátima (3 de Junho), João Pedro George, autor da biografia de Mota Pinto (4 de Junho), Helena Garrido com o livro A Vida e a Morte dos Nossos Barcos (4 de Junho), Maria da Conceição, coautora de Uma Mulher no Topo do Mundo (4 de Junho), Francesc Miralles, um dos autores de Ikigai (4 de Junho), Filipa Fonseca Silva, lança o livro Amanhece na Cidade (7 de Junho), Guilherme Valadão, autor de Era Uma Vez em Angola (10 e 15 de Junho), Isabel Valadão, autora de O Rio das Pérolas (10 e 15 de Junho), Pedro Andersson com o livro Contas-Poupança (10 de Junho), Cristina Ferreira, a apresentadora da TVI e autora de Sentir (13 de Junho), André Freire, autor de Para lá da «Geringonça» (17 de Junho), João Pedro Porto, autor do romance A Brecha (17 de Junho), Álvaro Laborinho Lúcio com O Homem que Escrevia Azulejos (18 de Junho), Sara Cardoso, com Escolho Ser Feliz (18 de Junho) e Dulce Regina, autora de Descubra as Suas Vidas Passadas com a Astrologia Kármica (18 de Junho).

José Saramago renovado

José SaramagoJosé Saramago será eterno em Portugal e no Mundo, no entanto os contratos editoriais que as suas obras possuem não têm um estatuto permanente, tendo agora as herdeiras do autor deixado terminar o acordo com a editora Caminho e aceite uma nova parceira com a Porto Editora.

Pois é, as obras do nosso Prémio Nobel da Literatura ganharam uma nova editora e também uma nova roupagem. Com novas capas coloridas, deixando os amarelos desmaiados para trás, e com os seus títulos em grande destaque, os escritos de José Saramago tornaram-se assim obras da chancela da Porto Editora, num acordo de seis anos. 

Este novo relançamento da obra de José Saramago conta com os títulos A Caverna, A Noite, A Viagem do Elefante, As Intermitências da Morte, As Pequenas Memórias, Ensaio sobre a Lucidez, História do Cerco de Lisboa, Manual de Pintura e Caligrafia e O Homem Duplicado, títulos esses que ganharam uma nova roupagem pelas mãos de Álvaro Siza Vieira, Armando Baptista-Bastos, Eduardo Lourenço, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Júlio Pomar, Lídia Jorge, Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe que caligrafaram o título para cada uma das novas capas.

José Saramago é eterno e a sua obra está à disposição de todos, seja em que editora for e em que moldes. Antes os seus livros tinham a chancela da Caminho, agora são da Porto Editora, mostrando que todos querem ter a herança deixada pelo homem das letras!

Estante da Fnac

EstanteA Fnac Portugal pegou no que de bom tem pelas suas lojas e partiu à aventura de uma revista literária com publicação trimestral, tendo surgido assim a Estante. Com o custo de 1,5€ a partir do seu número 2, já que a primeira edição está disponível nas lojas de forma gratuita, surgiu assim um produto «para apaixonados por livros». O Informador já conta com a sua aqui por casa!

Valter Hugo Mãe, Mia Couto, José Saramago, João Miguel Tavares, Ricardo Araújo Pereira, Fernando Alvim, Lídia Jorge e João Tordo são apenas alguns dos nomes literários presentes pela primeira Estante da Fnac, sendo as páginas desta revista ainda compostas por artigos sobre a série e obra A Guerra dos Tronos, dando também destaque ao 25 de Abril, entre outros temas.

Da literatura nacional à internacional, dos clássicos aos contemporâneos, dos livros infantis aos que atingem o público sénior, a Estante acaba por ser uma revista publicitária sobre as novidades que podem ser encontradas pelas prateleiras da Fnac, valorizando o trabalho de cada autor e editora e percorrendo a literatura desde os seus primórdios à atualidade.

Com o tema «português» como destaque no número 1 da Estante, a quinta língua mais falada do mundo sai assim valorizada com artigos que mostram o quanto importante é!

A Estante já está na minha Estante e na tua?!

Fundação José Saramago

José Saramago 2Visitei a Fundação José Saramago e posso dizer que na célebre Casa dos Bicos existe muito para ver sobre o homem que fez história e que marcou pontos na literatura mundial!

Da vida pública à privada, das agendas aos apontamentos literários, dos jornais aos vídeos, do Nobel a Pilar, tudo está no interior do edifício que mostra quem foi Saramago, o homem das letras que colocou a semente a pensar nos frutos que esta lhe iria oferecer. O artista das palavras conquistou multidões, foi traduzido em dezenas de línguas e viu os seus livros serem publicados por todo o mundo. Na Fundação a que dá o nome é possível ver o trabalho que foi realizado ao longo da sua vida, com as variadíssimas primeiras edições das suas obras que foram lançadas pelo mundo.

Saramago não é um autor nacional, é o sábio das letras que partiu para outro plano e deixou a sua sabedoria para que o próximo a aproveite e consiga guiar o seu caminho através dos ensinamentos que lhe foram deixados.

José Saramago 1

«Eu sou tão pessimista que acho que a humanidade não tem remédio. Vamos de desastre em desastre e não aprendemos com os erros. Para solucionar alguns dos problemas da humanidade, os meios existem e contudo não são utilizados.»

José Saramago

A Noite

A noiteParticipei num passatempo do site Propagandista Social e fui um dos vencedores para ir até ao Teatro da Trindade, Lisboa, ver a peça A Noite. Claro que como apreciador de boa representação não podia deixar de ir e confesso que no início comecei por pensar que estava perante uma desilusão, no fim sai satisfeito com um bom trabalho de produção, atores e encenação.

Com Fábio Alves, Filipe Crawford, Joana Santos, João Lagarto, Paulo Pires, Pedro Lima, Samuel Alves, Sofia Sá da Bandeira e Vítor Norte em palco, José Saramago volta a ter destaque no teatro com o primeiro trabalho que escreveu para ser representado. Com uma redacção de jornal como fano de fundo na noite da revolução, todo o mote está dado para um desenrolar de emoções, intrigas e desentendimentos entre jornalistas de direita e esquerda, direcção e estagiários, colocando a guerra entre a verdade e a ofensa em riste. Na noite em que tudo mudou no país, os profissionais do mundo do jornalismo foram chamados ao trabalho porque no dia seguinte era necessário lançar as novas ao país e ao mundo e isso aconteceu, embora bem diferente do que muitos quiseram depois mostrar. Os defensores dos derrotados não quiseram acreditar e tal como em tribunal, tiveram que mostrar aos outros a razão que tanto contrariavam, a verdadeira notícia de que o poder tinha caído em busca da liberdade. 

Com o diretor excelentemente interpretado por João Lagarto e através do chefe de redacção, Vítor Norte, que se deixa guiar pelo poder político, a redacção entrou em polvorosa porque se uns estavam de um lado da barricada, os mais novos e os que acreditavam na mudança revoltaram-se e mesmo uma estagiária, Joana Santos, que podia ter um outro nível de interpretação, conseguiu destacar-se, mostrando os seus ideais do verdadeiro jornalismo, sem censura e medos. Fábio Alves, Filipe Crawford, Paulo Pires, Pedro Lima e Samuel Alves com excelentes representações, já no que toca a Sofia Sá da Bandeira, algo parece ter ficado por fazer.

Um trabalho bem encadeado que leva o espetador até ao seu intervalo com calma e sem grandes alaridos, deixando tudo preparado para o grande clímax da segunda parte que se desenrolou até ao final do espetáculo com o senhor diretor com o receio do que as mudanças no país lhe podiam fazer devido à luta do passado a favor de uma ditadura com muitas palavras curtadas.

Um espetáculo que vale a pena ver!

De 7 de novembro a 29 de dezempbro5ª a sábado às 21h30 | Domingo às 18h00 

Por ocasião do 15º aniversário da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, 1998-2013Primeiro texto (1979) de Saramago para Teatro.

Todos faremos jornais um dia(autor desconhecido)

O ato passa-se na redação de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 para 25 de Abril de 1974.Qualquer semelhança com personagens da vida real e seus ditos e feitos é pura coincidência. Evidentemente.(José Saramago) 

Na redação de um jornal, em Lisboa, na noite de 24 de Abril de 1974, a rotina vai ser interrompida pela discussão entre o Redator da Província, Manuel Torres, um jornalista de alma e coração que defende a verdade jornalística acima de qualquer outro interesse, com o seu Chefe da Redação, Abílio Valadares, homem submisso ao poder politico, que aceita a cen­sura aos textos do jornal sem questionar e que conta com o apoio incondi­cional de Máximo Redondo, o diretor do jornal.

Manuel Torres, que não tolera a ideia do jornal ser constantemente mani­pulado por terceiros, esta em constante luta ideológica com a chefia do jornal. Torres é um idealista que vai lutar para que a verdade volte as páginas do "seu" jornal e terá como aliados Claúdia, uma jovem estagiária, e Jerónimo, o linotipista, chefe do turno da noite.

O conflito ganha uma dimensão ainda mais dramática quando surge na redação o boato de que poderá estar a acontecer uma revolução na rua. O Chefe de Redação proíbe que se publique qualquer notícia sobre o tema.

A agitação e o nervosismo crescem no seio do jornal, com Torres e Jerónimo a exigirem que se confirme a veracidade dos factos e que os mes­mos sejam notícia de primeira página no dia seguinte.

Do outro lado da "barricada", o Diretor e o Chefe de Redação tudo fazem para desvalorizar a alegada convulsão social, na certeza de que não irão imprimir notícia alguma, nem que para isso tenham de alegar uma avaria nas máquinas dos linotipistas.

Está instalada uma micro­revolução dentro da redação do jornal. A incer­teza cresce até que se consiga provar o que poderá estar a acontecer na rua. Mas mesmo depois de provados os factos, qual será a verdade que irá vencer? Haverá alguma notícia na primeira página da edição do dia seguinte?

Ao longo de toda a ação, o contínuo do jornal, Faustino, que sabe mais do que aparenta e tenta manter uma atitude neutra, vai desconstruir alguns dos conflitos vividos na redação. Faustino é coxo de nascença e o seu andar atípico, que lhe dificulta a atarefada profissão de contínuo, visa ironizar sobre o estado do país e a velocidade com que o mesmo avança. Faustino simboliza o "Zé povinho". Gosta quando o Torres o chama de Fastino que, segundo diz, era a sua alcunha quando "jogava futebol", por ser muito rápido... 

Com: Fábio Alves, Filipe Crawford, Joana Santos, João Lagarto, Paulo Pires, Pedro Lima, Samuel Alves, Sofia Sá da Bandeira e Vítor Norte

Adaptação: Paulo Sousa CostaEncenação: José Carlos GarciaDireção musical: Paulo BrandãoProdução: Yellow Star CompanyClassificação: M/12

Patrocínio: MontepioParceiro institucional: Fundação José Saramago

Somos Livros na Bertrand

https://www.youtube.com/watch?v=r-bI1eP3hrQ

A Bertrand lançou uma nova campanha pelas redes sociais através deste vídeo que mostra a essência do gosto pela leitura. Andar pelos corredores das livrarias Bertrand sabe sempre bem a quem ama livros e que também não se importa nada de passar horas a descobrir o que existe pelos milhões de páginas existentes pelas mais variadas estantes e recantos.

De Fernando Pessoa a José Saramago, do terramoto de Lisboa à queda do muro de Berlim, a Bertrand mostra a história através de todos os nomes, locais e situações porque parte da história para as histórias e conta o passado através da imaginação e das marcas.

Da tradição à opinião, sem esquecer a vocação, as livrarias Bertrand têm o nome do autor e estão na mão dos bons leitores porque todos nós Somos Livros!