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O Informador

Almoço de Domingo | José Luís Peixoto

Quetzal Editores

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Título: Almoço de Domingo

Autor: José Luís Peixoto

Editora: Quetzal Editores

Edição: 2ª Edição

Lançamento: Abril de 2021

Páginas: 264

ISBN: 978-989-722-460-7

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Um romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.

Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.

 

Opinião: Uma verdadeira viagem no tempo e pela vida de um dos homens que mais tem marcado a história de Portugal pela forma que sempre mostrou pela luta pelos seus sonhos e objetivos, permanecendo sempre na sua vida o apoio aos outros e a vontade de fazer mais e melhor muito para também poder partilhar. Rui Nabeiro, o senhor Delta, é o grande protagonista de Almoço de Família, a biografia que José Luís Peixoto tornou real para dar a conhecer o homem que criou o império do café no nosso país, sem medos, enfrentando as oscilações económicas e as alterações políticas ao longo de quase um século de vida. Rui é o homem do café e através da leitura desta obra viajei, convivi e conheci o seu núcleo e as suas vivências, da família às viagens de negócios onde não faltaram os convívios com grandes nomes da nossa História, de Marcello Caetano a Mário Soares e Jorge Sampaio, de Portugal para o Mundo sem esquecer em algum momento as terras de Campo Maior que sempre foram suas e de que tem cuidado. Almoço de Domingo não é apenas uma biografia de Rui Nabeiro, é um retrato real de Portugal.

A ligação com os que o viram crescer, formar família e o grande grupo empresarial e os que nunca deixou para trás, fazendo o bem, criando postos laborais, acolhendo quem chegava, criando postos de trabalho, aumentado a vila de Campo Maior com infra estruturas essenciais para todos. O Sr. Delta é a grande figura da vila alentejana onde é o maior responsável pela criação de empregos que têm ajudado a fixar famílias. Nesta história real fui convidado a encontrar um empresário que nunca baixou os braços desde 1961, quando criou a marca Delta, tendo conquistado e unido esforços para seguir o seu caminho e estar sempre presente, sem muito delegar e sempre ao dar a cara nos bons e maus momentos financeiros que foi passando ao longo do percurso.

Portugal organizado por Sampaio

Funeral Jorge Sampaio

As nossas instituições nacionais podem falhar em vários pontos, o Governo pode cometer inúmeros erros mas de uma coisa tenho a certeza, no campo da organização de eventos, sejam eles perante os mais diversos pretextos, nós portugueses somos dos melhores. 

Aquando na semana passada as cerimónias fúnebres do Presidente Jorge Sampaio se realizaram deu, mais uma vez, para perceber como na organização não existem falhas. Tudo planeado ao segundo, todos os locais preparados, convidados presentes e alinhados como ditam as regras nas cerimónias fúnebres de figuras de estado. O planeamento, o cuidado e até a forma como até em termos de comunicação tudo funcionou na perfeição, podendo ser possível assistir via televisão ao momento com todos os cuidados para com a proteção dos intervenientes, existindo respeito perante a homenagem da família, amigos e companheiros políticos. Tudo muito bem trabalhado com tempo e existindo a ideia de que é necessário valorizar o momento de quem nutriu o bem pelo país e por toda a sociedade. A cerimónia mesmo tornada pública acabou por ser familiar, existindo espaço para todos os momentos, respeitando a dor de quem viu um dos seus partir. Existiu respeito e uma demonstração de quando se quer é possível mostrar o bem, fazê-lo bem feito e de forma organizada e com uma boa preparação de base.