Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Perfeitos Desconhecidos | Força de Produção

Teatro Maria Matos

perfeitos desconhecidos cartaz.jpeg

Pensas que conheces o teu parceiro e os teus amigos de tão próximos que são mas se fores ao Teatro Maria Matos ver Perfeitos Desconhecidos percebes rapidamente que podes desconfiar que afinal o que sabes e suspeitas nem sempre vai de encontro à verdade que está no outro. 

Num jantar de amigos, em noite de eclipse lunar, a anfitriã propõe um jogo que desde logo promete celebrizar a frase musical, «vai dar merda, vai dar merda», ao longo da noite. Os telemóveis são deixados sobre a mesa, desbloqueados, com som e todas as chamadas serão atendidas em alta voz, mensagens e emails lidos, notificações mostradas e eis que tudo começa até de forma pacífica até que os segredos de uns e as omissões ou os mal entendidos de outros surgem e o que prometia ser um bom momento entre amigos acaba por terminar num círculo vicioso de decadência entre pessoas que se gostam e que percebem que afinal não se conhecem assim tão bem para se considerarem amigos. 

Com Sara Barradas e Filipe Vargas como anfitriões do jantar que conta com as personagens de Carla Maciel, Cláudia Semedo, Jorge Mourato, Martinho Silva e Samuel Alves, Perfeitos Desconhecidos é daqueles espetáculos onde dá para rir, por vezes por se perceber que talvez lá em casa seja assim mesmo que as coisas acontecem, ou até para deixar a lágrima no canto do olho quando a verdade sobre a sugestão deste jogo surge e se percebe que a mesma nem devia ter acontecido. 

Um bom espetáculo com um excelente elenco e boa capacidade para não existirem momentos mortos ao longo de quase duas horas de sessão. Com recurso a vídeo para se conseguir perceber quem está do outro lado do telemóvel, tal como o que é dito, de que forma e as imagens enviadas, estes Perfeitos Desconhecidos têm todos os condimentos necessários para agarrar desde o início o público que se deixar conduzir para a sala por procurar um bom produto de entretenimento teatral. 

Friso que o Teatro Maria Matos e a Força de Produção mantém todos os cuidados de distanciamento e higiene, sendo até esta sala lisboeta uma das melhores para o momento que travessamos, uma vez que as fileiras são distantes entre si, os lugares estão marcados com separação e quem fica atrás ou à frente fica com uma boa distância de segurança. 

 

Sincera.mente, com Jorge Mourato

Teatro Villaret

sincera.mente.jpg

 

O nome de Jorge Mourato está desde sempre associado à comédia e muito ao stand up. Em 2020 os palcos nacionais voltam a receber o ator com o espetáculo da sua autoria Sincera.mente que pode ser visto todas as Quartas-feiras, no Teatro Villaret, em Lisboa, pelas 21h30.

Contando e recriando várias peripécias da sua vida pessoal, Jorge Mourato enfrenta o público a solo na sala de espetáculos onde revela situações e peripécias que foi presenciado e vivido ao longo dos tempos. De forma divertida, sem apoio, completamente sozinho de microfone na mão e uma simples cadeira em palco para não ser praticamente utilizada, os seus pontos de vista atuais sobre o seu passado surgem como divertidas histórias do que na altura se tornaram acontecimentos que permanecem na sua memória. 

Dos primeiros anos de vida, ao tempo escolar e na entrada da faculdade, os amores com as drogas, as saídas com algum o sexo, o corpo, os animais, as sogras, a televisão e a fama que muito altera, os bairros lisboetas com a sua vizinhança, a paternidade e os temas de casal, os filhos e o mundo que os envolve, e essencialmente o Jorge são os temas centrais deste divertido espetáculo onde a sinceridade parte para o patamar dos aplausos que podem levar o público mais suscetível a fazer «Oh, sincera.mente, ele está mesmo a contar esta história?».

Num espetáculo de hora e meia, sem pausas e com imprevistos, Mourato, e não Malato como alguns habitantes do seu bairro pensam, abrilhanta, ri de si próprio e incorpora personagens reais da sua vida para que tudo se torne mais real. 

Quem não gosta de passar o serão a sorrir com um espetáculo de stand up que todas as semanas poderá ser diferente, consoante o público, e também variando pela disposição do seu anfitrião que mesmo com guião poderá seguir um caminho paralelo?

A Pior Comédia do Mundo | Força de Produção

a pior comédia do mundo.jpg

E se de repente a porta dos bastidores se abrisse e o espetador tivesse acesso ao que por lá se passa?

Um olhaalucinante sobre o teatro e as loucuras e devaneios dos que o fazem, cujas tendências para crises descontroladas de ego, falhas de memória e alguma promiscuidade transformam cada atuação numa verdadeira aventura de alto risco. A Pior Comédia do Mundo não é só uma peça, mas, simultaneamente, um espetáculo de comédia e o drama de bastidores que se desenvolve durante a sua preparação. Através de três momentos chave - o ensaio geral, a noite de estreia e um espetáculo no fim de uma atribuladdigressão - acompanhamos a crescente tensão entre os membros de um elenco à beira de um colapso nervoso coletivo.

A Pior Comédia do Mundo poderia ter como nome Tudo Nu, porque de facto é assim que o que está por detrás do espetáculo é apresentado ao público. O nome deste trabalho da autoria de Michael Frayn é um bom predicado sobre o que acontece por detrás do que está a ser representado em palco perante uma plateia que quer ser entretida. Nesta aposta da Força de Produção acompanhamos um grupo de teatro que entre ensaios e estreias mostra que atrás do bom ambiente perante as luzes do palco, o convívio não é assim tão convidativo e de cumplicidade. Em A Pior Comédia do Mundo está Tudo Nu porque os disfarces perante os aplausos são colocados em destaque, numa comédia tão divertida que leva à gargalhada geral da sala do início ao último minuto. 

Com encenação de Fernando Gomes, um especialista na matéria que me tem dado boas surpresas pelos últimos anos com o seu trabalho, e com Ana Cloe, Cristovão Campos, Elsa Galvão, Fernando Gomes, Inês Aires Pereira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes, Paula Só e Samuel Alves no elenco, A Pior Comédia do Mundo é dos melhores trabalhos dentro da área que vi pelos últimos tempos. 

Num texto nada fácil onde a mesma cena é representada praticamente três vezes e sempre de forma diferente com percalços pelo caminho e posições distintas com uma movimentação incrível de palco, esta produção é o verdadeiro sinónimo de bom entretenimento. Conhecemos as personagens de forma calma e quando tudo parece estar controlado por um encenador que quer perfeição quando o próprio tem erros de percurso pelo caminho, a preparação de Tudo Nu, antes mesmo da estreia, começa a correr mal. Em poucos minutos as falhas começam a surgir e com o tempo só têm tendência a serem adensadas com o convívio entre personalidades distintas que entre o ciúme, a inveja e os problemas pessoais conseguem fazer da preparação de Tudo Nu a melhor comédia em palco. 

Uma autêntica caixa recheada de cromos nada repetidos, com um cenário simples mas completo onde os dramas de bastidores são refletidos antes, no decorrer e após cada sessão de representação. Os atores que estão encarregues dos ensaios e da apresentação de Tudo Nu esquecem falas, trocam adereços, levam os seus conflitos para o palco e a peça continua a ser representada com bastantes imprevistos enquanto o entra e sai com bater de portas continua perante uma azafama de complicações que tomam conta do espetáculo que segue desgovernado, como sempre esteve, logo a partir do que seria suposto ser o ensaio geral. 

Vencedores de Dois Homens Completamente Nus [23/24-06-2017]

dois homens completamente nus cartaz.jpg

Dois Homens Completamente Nus é daqueles espetáculos que do início ao fim arrancam gargalhadas ao público graças às peripécias que se vão passando dentro de uma casa que parece esconder certos segredos privados de cada um dos intervenientes. Com Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana Blazer em palco, o quarteto de atores dá vida a divertidas personagens que de comédia pouco gostam, mas que as suas vidas dão boas gargalhadas, lá disso não existem dúvidas. 

De Quinta a Sábado pelas 21h30 e aos Domingos pelas 16h30, no Teatro Villaret, esta produção encontra-se à meses em cena e despede-se pelo próximo fim-de-semana dos palcos, pelo menos para já. Por aqui e com o apoio da Força de Produção foi lançado passatempo junto dos leitores com a finalidade de oferecer três convites duplos para a sessão de Sexta-feira, 23, e outros três para Sábado, 24. Agora é o momento de contactar a Vanda Imperial, Cristina Mendes e o Roberto Moreno que irão assistir à sessão de Sexta-feira e o André Oliveira, a Raquel Gonçalves e a Cristina Nascimento que foram os selecionados para Sábado.

Bilhetes para Dois Homens Completamente Nus [23/24-06-2017]

dois homens completamente nus cartaz.jpg

Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana Blazer compõem o elenco da comédia Dois Homens Completamente Nus que fui ver há umas semanas e aconselho pelo Teatro Villaret, em Lisboa. Como gostei tanto e a Força de Produção quer presentear os leitores do blog e a sua assistência, o que irá acontecer? Tenho seis convites duplos para oferecer, destinados três para a próxima Sexta-feira, 23 de Junho, e os restantes três para a sessão de Sábado, 24, ambas pelas 21h30. Quem quiser tentar a sua sorte só tem de participar neste desafio e esperar pelos resultados finais. 

dois homens completamente nus cartaz elenco.JPG

Vencedores de Dois Homens Completamente Nus [30-04-2017]

dois homens completamente nus cartaz.jpg

A comédia Dois Homens Completamente Nus irá receber pela sessão das 16h30 do próximo Domingo, 30 de Abril, três duplas de espetadores que participaram no passatempo do blog e que irão assim usufruir dos convites duplos que estive a sortear. Com Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana Blazer a comporem o elenco, esta produção da Força de Produção está a conquistar o público a cada sessão e agora será a vez dos bem informados com sorte a verem este trabalho que também vi há umas semanas

Os felizardos a serem sorteados através do sistema automático random.org foram a Constança Marques, a Ana Massano e o António José Paiva. Os vencedores irão receber email de seguida com a informação para poderem levantar os seus convites.

Bilhetes para Dois Homens Completamente Nus [30-04-2017]

dois homens completamente nus cartaz.jpg

Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana Blazer compõem o elenco da comédia Dois Homens Completamente Nus que fui ver há uns dias e aconselho pelo Teatro Villaret, em Lisboa. Como gostei tanto e a Força de Produção quer também presentear os leitores do blog e a sua assistência, o que irá acontecer? Tenho três convites duplos para a sessão do próximo Domingo, 30 de Abril, pelas 16h30, para oferecer a quem participar neste desafio que é tão fácil que num minuto ficam inscritos e em espera pela saída dos resultados. 

André Chaves (Miguel Guilherme) é um homem sério, de conduta irrepreensível e reputação imaculada: advogado conceituado, marido fiel, pai de dois filhos. Daí a sua total incredulidade quando, certo dia, acorda nu na sua sala de estar, deitado ao lado de outro homem (Jorge Mourato), também ele nu, sendo o último um dos associados da firma de advogados onde trabalha há anos. Saídos de uma espécie de blackout, ambos têm dificuldade em perceber o que aconteceu e nenhum consegue arranjar uma explicação para o sucedido, tampouco lembrar-se do que os poderá ter levado ali. O transtorno aumenta com a entrada em cena da mulher de Chaves (Sandra Faleiro). Perante a total incapacidade de justificar e compreender a sua presente situação, André Chaves vai inventar tudo para tentar salvar o seu casamento e para provar uma verdade que ele próprio não sabe qual é.

Levado a cena pela primeira vez em Outubro de 2014, Dois Homens Completamente Nus, no original Deux Hommes Tout Nus, é da autoria do dramaturgo, humorista e actor Sébastien Thiéry, e valeu-lhe a nomeação de melhor dramaturgo aos Moliére – Prémios de referência do teatro Francês – em 2015. O espectáculo foi um sucesso junto da crítica e do público em França e chega agora a Portugal, sob a direcção de Tiago Guedes e com Miguel Guilherme e Jorge Mourato na pele destes dois homens confusos e completamente… Nus.

Texto Sébastien Thiéry

Encenação Tiago Guedes

Tradução Ana Sampaio

Música Filipe Melo 

Cenografia F. Ribeiro 

Figurinos Isabel Carmona

Desenho de Luz Luís Duarte 

Assistente de Encenação Susana Blazer 

ProduçãoForça de Produção

Com Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana Blazer

Teatro Villaret

Em Cena

Quinta a Sábado: 21h30  I  Domingo: 16h30

Preço: 16€  

Dois Homens Completamente Nus [Força de Produção]

dois homens completamente nus cartaz.jpg

Sébastien Thiéry criou e estreou em França o espetáculo Deux Hommes Tout Nus em Outubro de 2014 para logo ser nomeado em 2015 como melhor dramaturgo aos Moliére graças também à critica do público. Agora, em 2017 o texto chegou a Portugal, mais diretamente ao Teatro Villaret onde está a ser interpretado por Miguel Guilherme, Jorge Mourato, Sandra Faleiro e Susana Blazer. 

Dois Homens Completamente Nus é uma comédia trágica oscilante e bem conseguida onde André Chaves, personagem interpretada por Miguel Guilherme, se vê envolvida de forma embaraçosa numa situação caricata. É que um certo dia acorda em sua casa, completamente nu ao lado de um outro homem, seu sócio na empresa de advogados. A partir daqui está dado o mote para todos os embaraços que se sucedem em catadupa para que se tente provar como aquilo aconteceu a si próprio e junto da esposa, papel a cargo de Sandra Faleiro. Andará André a dar facadas no casamento com uma relação homossexual? O mais estranho de tudo isto é que aparentemente nenhum dos dois se lembra de ter chegado ao local e do que possa ter acontecido até acordar, lado a lado, e sem qualquer peça de roupa no corpo. Como explicar toda a situação e perceber o que se anda a passar entre sócios? E como provar que não existem mentiras no casamento? 

Muito acontece com a criação de situações para sempre provar que nada daquilo é o que parece, mas... Será que ao provar que existe um culpado que não é o próprio não se correrá o risco de cair na própria armadilha para se perceber o que não se quer saber?

Do início ao fim e graças a um excelente e rápido texto e a uma interpretação sem mazelas, Dois Homens Completamente Nus é daqueles espetáculos fluidos que começam e são levados tão bem até ao fim que pouco se nota a passagem de tempo. O riso é uma constante com todas as situações caricatas que vão acontecendo entre as personagens que vivem perante um drama psicológico que se começa em drama, termina de igual forma em drama. 

Curtas e Diretas #79

Fim-de-semana de Páscoa significou duas idas ao teatro! Sábado pelas 21h00 fui enfrentar Quem Tem Medo de Virginia Woolf pelo Teatro da Trindade, onde Alexandra Lencastre, Diogo Infante, Lia Carvalho e José Pimentão tomam conta do palco e hoje, Domingo, pelas 16h30, foi a vez de assistir a Dois Homens Completamente Nus com Miguel Guilherme, Jorge Mourato e Sandra Faleiro. Durante a semana contarei a experiência sobre ambos os espetáculos aqui pelo blog!

Por ai alguém foi ao teatro? Já sei a resposta mas é bom manter a esperança!