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O Informador

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As aparições aos pastorinhos ocorridas entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917 na Cova da Iria deram o mote para um novo filme, desta vez internacional, sobre a grande história do milagre de Fátima. Fátima de seu nome, é a película que conta a história da aparição de "uma Senhora mais brilhante do que o Sol" que surgiu perante Lúcia e os seus primos, Francisco e Jacinta, enquanto pastavam o seu rebanho de ovelhas. 

A história de um milagre que gerou bastante controvérsia e que chegou a colocar as crianças em perigo de vida por estarem supostamente a inventarem o que seria impensável. Nossa Senhora do Rosário, como se apresentou às crianças, deixou-lhes mensagens de paz e segredos que teriam de guardar consigo, no entanto a revelação da aparição não foi omitida e primeiramente os familiares e depois os habitantes da aldeia souberam e não reagiram assim tão bem ao que estava a ser proferido. Rapidamente a notícia da aparição espalhou-se e de todo o país surgiram milhares de pessoas crentes pela Cova da Iria para perceberem a verdade do que andava a gerar falatório e a criar mal estar entre a Igreja Católica e o Governo, ao mesmo tempo que queriam ver as crianças. A pressão, o receio, a verdade e os laços num filme histórico, bem construído e que mostra todo o drama em torno de um milagre não aceite por muitos e com valor para outros tantos. 

Com rodagens ao longo de cinco meses em mais de trinta locais em Portugal, Fátima reconstituiu muitos dos acontecimentos marcantes das aparições de Fátima em 1917 e embora seja uma produção norte-americana, vários são os atores portugueses a darem vida a personagens de destaque nesta história recriada e que impressiona no grande ecrã até uma pessoa mais cética como eu, embora com um acontecimento que revivi enquanto vi o filme, pela forma como tudo é apresentado e como todo o elenco mostra o seu profissionalismo do início ao fim, mostrando como o casting foi bem realizado numa mistura internacional que contou com Joaquim de Almeida, Lúcia Moniz, Sônia Braga, Goran Visnjic, Marco D'Almeida, Joana Ribeiro, João D'Ávila, Alba Baptista, Stephanie Gil, Alejandra Howard, Jorge Lamelas e Harvey Keitel, numa produção que contou com realização do italiano Marco Pontecorvo e argumento de Valerio D'Annunzio e Barbara Nicolosi.

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Warrior Nun chegou à Netflix e em Portugal conquistou o top. Acredito que o facto de contar com a nossa Alba Baptista no papel central como Ava o tenha ajudado, embora esta série conte também com Joaquim de Almeida num papel de destaque. 

Contando de forma irreverente a história de um grupo de freiras ninja, que lutam contra demónios dentro do sistema da igreja católica, Warrior Nun está repleta de ação numa união onde se encaixa o poder e força do feminismo contra um bloco forte mundial que é a igreja e ao mesmo o enfrentar de entidades malignas. 

Warrior Nun não me agradou assim tanto como esperado por ter vários efeitos especiais pelo meio, o que não me atrai minimamente, e por seguir uma linha de heróis e guerreiros com poderes também eles inexistentes na realidade, o que para quem me segue saberá que este perfil de produção está dentro do estilo de séries e filmes que não acompanho. Acabei por ver diversas situações de cena como mal produzidas justamente devido aos efeitos especiais, principalmente nas lutas onde a tela une a gravação real com o poder da tecnologia, o que nem sempre correu bem por aqui, acabando algumas cenas a caírem no desespero por se querer fazer algo diferente sem um grande orçamento. 

Numa história que une o universo religioso com histórias de adolescentes, Warrior Nun concentra-se bastante em Ava, uma jovem tetraplégica que falece e que regressa à vida através do contacto com uma relíquia religiosa protegida pelo tempo, o Halo, voltando a ganhar esta jovem vida para lutar contra o mal que só ela consegue enfrentar. Com um enorme à vontade em cena, a nossa portuguesa Alba enfrenta a câmara com tanta empatia que acaba por funcionar perante o público que se deixa levar pela beleza, naturalidade, carisma e poder que a atriz transmite em cada cena onde tanto aparece como pode ser a narradora. 

Com bastantes entraves para com cada personagem em seguir em frente, com tudo a parecer separar cada elo possível para se enfrentar o mesmo mal, esta série de freiras ninjas, como sempre a apelidei, tem como objetivo investigar e quebrar a conspiração que é feita pela sucessão e luta pelo poder central da igreja. Com isto são várias as cenas de luta com bastante mistério pelo meio e perseguições loucas pelos corredores de edifícios históricos em busca da verdade sobre organizações secretas. 

A SIC adquiriu os direitos televisivos de transmissão do filme luso-francês A Gaiola Dourada, o que é de aplaudir, para mais sendo este um dos maiores êxitos de bilheteira do cinema nacional pelos últimos anos. O que não se percebe então é a razão da direcção do canal ter planeado a exibição do filme pelo final de tarde de Sábado, com este tempo quente convidativo para ir até à praia.

Com os serões de Domingo em baixo e com um bom produto em mãos, não seria bom estrear em termos televisivos A Gaiola Dourada em pleno horário nobre, após o informativo? O canal que já apostou em tanta coisa boa nos seus anos de ouro, agora resume-se a conquistar diariamente o segundo lugar de audiências no panorama nacional de onde parece não querer sair daí. Com uma boa aposta em mãos optam por a colocar pelas tardes, não dando o devido valor que este produto merece junto do público!

http://www.youtube.com/watch?v=SuZ9_9wvyt8

O José e a Maria são os grandes centrais do filme A Gaiola Dourada que tão bem vi e que me mostrou que em Portugal também se sabe fazer bom cinema, embora esta produção seja luso francesa, o bom desempenho de toda a equipa está lá e mostra os bons profissionais que os dois países dispõem. 

O casal de emigrantes que vive em Paris com os dois filhos transportam-nos para a realidade portuguesa onde os costumes e os hábitos se cruzam com o bem parecer e servir. Com duas personagens excelentemente interpretadas por Rita Blanco e Joaquim de Almeida, em A Gaiola Dourada vamos de encontro a dois profissionais que estão sempre disponíveis para tratarem dos outros, nem que para isso as suas vidas sejam colocadas de lado, em detrimento da boa vontade que já é uma característica bem vincada do povo português.

Os costumes, as tradições, os pensamentos e a falta de coragem quando se recebem notícias capazes de mudar o resto da vida convocam a lembrança de quem sempre viveu do trabalho e poderá deixar tudo para trás. Seguir o seu caminho sem pensar que tem de servir quem usa e abusa da bondade dos que se deixam pisar a pensarem que são insubstituíveis é uma das questões de quem sempre luta pelo bem da sociedade.

Com A Gaiola Dourada chorei com a Rita Blanco, ri com a Maria Vieira e pensei com Joaquim de Almeida sobre os ideias do mundo que cada um tem e que são bem diferentes das representações que os outros fazem de nós.

A questão entre ficar com a vida mundana e rotineira cheia de trabalho ou partir a pensar em si e nos seus dá trabalho, mas quem não arrisca não petisca e através desta dourada gaiola percebe-se que nunca é tarde para ser livre e lutar pelos sonhos individuais e familiares.

Este é um bom filme português com certeza que tem merecido todo o sucesso e reconhecimento do público! Nunca é tarde para recomeçar a viver livremente!

A Gaiola Dourada

A Gaiola Dourada 2

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