Abril, águas mil! Por aqui foi mais Abril, leituras triplas! Não rimei, pois não? Mas também não era para rimar, a intenção era só mesmo fazer uma introdução assim meio engraçada sobre as minhas leituras do mês de Abril. Foram três os livros que li no passado mês, como tem vindo a ser hábito nos últimos meses. Vamos lá atirar-nos de cabeça às minhas leituras...
O Olho de Hertzog
Vencedor do Prémio Leya 2009, este livro da autoria de João Paulo Borges Coelho foi comprado por um preço irrisório numa feira do livro de um supermercado bem conhecido. Com uma escrita óptima e bem explicita sobre o rescaldo da Grande Guerra, mas que a mim não me convenceu, isto porque para além de não gostar do tema central, não consegui perceber a história, não tendo encaixado logo de início com as suas personagens principais O Olho de Hertzog é um livro ideal para os fãs da história que envolve esta guerra. Um livro que mereceu uma boa distinção por parte da crítica, mas que a mim não me conquistou pelo que é contado e não pela forma como o é.
Manuscrito encontrado em Accra
Paulo Coelho voltou a fazer sucesso comigo! Pela segunda vez adquiri um livro do autor brasileiro assim do nada e sem intenção, não conseguindo perceber se existe uma espécie de chamamento ou não para isto me acontecer, o que é verdade é que vou com a intenção de comprar uma coisa e depois pego nos livros do autor e trago-os comigo deixando a minha intenção para trás. Ao longo de pouco mais de 150 páginas, Paulo Coelho reflecte sobre a vida, a sua existência e a morte, mostrando todos os lados das várias fases pessoais pelas quais todos passamos e necessitamos de sentir. Os valores do ser humano, a razão da sua existência e da luta diária pelo bem são contados neste manuscrito que passa pelos momentos de solidão, julgamento, ansiedade, inimizade, beleza, coragem… ao longo deste último desabafo de Paulo Coelho através das palavras.
Preces Atendidas
Danielle Steel é a minha autora de romances preferida e mais uma vez deixei-me levar através destas Preces Atendidas. Com uma história básica e onde o final ficou previsível logo desde o início da leitura, a forma como Danielle conduziu as suas personagens foi-me agarrando a este livro porque, e mesmo pensando que o final seria o que foi, existiram vários momentos em que pensei que aquelas pessoas iam desistir dos seus novos projetos e vidas para se deixarem ficar com o que tinham, mesmo vivendo situações de solidão e baixa auto-estima. Felizmente e graças quem sabe, às minhas preces, tudo terminou como eu desejei. Um bom livro para se ter como companhia nos momentos em que apetece ler, mas não apetece pensar!