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O Informador

Alto que hoje não é dia!

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Acordei antes mesmo das 07h30 e o que tenho a dizer para o panorama de hoje é somente o seguinte...

Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2020, véspera de dois dias de folga, amanhã será dia para finalizar as compras de Natal e hoje as horas de trabalho são feitas das 09h00 às 18h00 com aquela interrupção pelo meio. Hoje, bela Quinta-feira, não fosse o mau tempo que já se faz sentir, a fonte de inspiração parece estar esgotada, não me deixando assim esticar com textos mais aprofundados. A razão? Simples, estou cansado e no último dia da semana de trabalho o meu cérebro quase que entra mais cedo em modo "vou começar a entrar de folga", dedicando-se a ser profissional e deixando os pensamentos de lado por existir tempo e espaço pelas 48 horas que se seguirão depois para recuperar conforto e inspiração em dias que se poderão apelidar de livres. 

Citações | 37 | Página em branco

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Não encare a página em branco de maneira leviana.

Stephen King, em Escrever, Memórias de um Ofício, editado pela Bertrand Editora

 

Na vida e na escrita as páginas em branco devem ser encaradas como espaços de partilha onde os sonhos e as questões podem ser colocados juntamente com o desejo de criar entretenimento ao mesmo tempo que se deixam desabafos, se criam vidas e reflexões através de revelações de sentimentos que surgem através das emoções tão complexas do coração e da mente.

A escrita deve ser encarada como um ato que surge de mãos dadas com o sossego porque é no silêncio que as palavras surgem, ponto por ponto, com descrições únicas e premissas bem pessoais que somente as páginas vazias podem aceitar como que tenham sido criadas para terem a honra de partilhar cada ideia que pode ficar eternamente escrita para que o presente se transforme no passado e nada fique esquecido por existir uma marca que pode ser transformada numa referência para quem vier de seguida. 

Citações | 36 | Arte na Vida

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A vida não é um suporte à arte. É exatamente o contrário. 

Stephen King, em Escrever, Memórias de um Ofício, editado pela Bertrand Editora

 

O mestre do horror literário lançou em 2000 o livro Escrever, Memórias de um Ofício onde faz uma retrospetiva sobre o seu trabalho e a sua própria vida pessoal onde a união dos dois mundos eleva o autor que se tornou conhecido após lançar com alguns desaires as suas primeiras narrativas. Stephen King nesta sua história muito própria avança com pensamentos, relatando situações caricatas e pesadas da sua vida enquanto escritor, marido, pai e um homem que vive em sociedade. O autor abre aqui cada página em branco e deixa que as palavras suscitem interesse junto do leitor pela sua vida enquanto escritor de histórias que se tornaram célebres com o tempo, mostrando que para que isso tenha acontecido muita coisa se passou na sua vida com os atos, frustrações e omissões cometidas ao longo dos anos. Stephen King nesta citação que decidi expor no blog mostra como aprendeu que a arte não serve como inspiração para a vida, sendo justamente cada ponto, cada ser, cada movimentação e convivência que torna a arte tão mais interessante, por ser totalmente inspirada na vida de todos e de cada um. Uma simples citação que diz tanto perante o que cada um pretende e quer das artes.

Inspirações repentinas

 

Motivos desconhecidos que nos trazem pessoas do nada para se cruzarem num curto espaço de tempo connosco e que do nada nos conseguem inspirar através de pequenas conversas rápidas e que nos mostram que sempre é possível acreditar nos nossos sonhos para se mudar, lutar e alcançar cada objetivo a que nos propomos. 

Há uns dias isso mesmo aconteceu com uma pessoa que esteve presente no meu local de trabalho durante uns dias a fazer as suas funções sem interferir com as da equipa. As conversas fluíam quando dava tempo e acabei por encontrar um ser lutador e bastante sonhador que mesmo fora da sua área acredita que com o esforço que nos explicou que sempre fez ao longo dos anos para atingir várias metas que agora, numa nova etapa de vida conseguirá voltar a conquistar todos os sonhos que tem em si. Começou cedo a trabalhar, viajou bastante e conheceu mundo antes de assentar arraiais e organizar família. Hoje com maiores responsabilidades e mudanças volta a sonhar em voltar a organizar o que já teve no passado por outras paragens e tem tudo tão bem definido que somente com as explicações que me foi fazendo acreditei no seu sucesso a médio prazo.

Madame C. J. Walker, Uma Vida Empreendedora

Netflix

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No ano em que se assinala os 100 anos da morte de Walker, a primeira mulher americana milionária por mérito próprio, a Netflix , inspirando-se na obra literária On her Own Ground, da autoria de A'Lelia Bundles, trineta de Walker,  lança a minissérie Madame C. J. Walker, Uma Vida Empreendedora em jeito de homenagem biográfica a uma mulher revolucionária e que lutou contra preconceitos raciais e a favor do feminismo, debatendo-se perante quem se colocou e tentou interferir nos seus sonhos pessoais e profissionais.

Nascida de uma família de escravos, sendo maltratada pelo marido, sofrendo preconceito por ser negra, mal arranjada e com problemas capilares, Walker parecia uma mulher negra condenada ao fracasso quando percebe que pode lutar pela própria vida. Reunindo uma história verídica com apontamentos desnecessários de uma suposta luta de boxe, fora de contexto na época, com a rival direta de fornecimento de produtos capilares para mulheres negras, a série parece desvirtuar um pouco por misturar a inspiração com pontos de rivalidade que parecem ter sido colocados na trama somente para a tornar mais atrativa, o que me pareceu forçado, tanto como essa batalha foi demonstrada como tudo se processou até ao final, mesmo a quilómetros de distância. Não existia tal necessidade, mas esse ponto por si só não chegava para estragar esta produção que une sonhos, família, debatendo preconceitos, batalhas pessoais, confiança e valorização, sendo mal conduzida e deixando escapar factos que poderiam transformar e mostrar uma realidade mais alargada sobre a real transformação de Madame C. J. Walker em tempos de mudança.

Nada Menos Que Tudo | Afonso Noite-Luar

Manuscrito

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Título: Nada Menos Que Tudo

Autor: Afonso Noite-Luar

Editora: Manuscrito

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2017

Páginas: 248

ISBN: 978-989-8818-98-0

Classificação: 1 em 5

 

Sinopse: Neste livro encontras, a cada página, uma mistura de sensações, muito amor e muito sexo.

Estes textos, que escrevi especialmente para ti, vão fazer-te sonhar, despertar essa tua vontade e curiosidade adormecida pela rotina, libertar o teu atrevimento natural e fazer-te desejar nada menos que tudo.

No meu universo não há vergonhas, receios, tabus ou lugares proibidos, mas principalmente não há arrependimentos. Tudo é possível na minha cama e fora dela. E para isso só precisas de uma coisa: querer.

Peço desculpa, ainda não me apresentei……sou o Afonso. Prazer.

 

Opinião: Nada Menos Que Tudo pode conquistar leitoras que se sinta frágeis e com necessidade de sonhar. A mim não conseguiu cativar em nada, tanto que comecei a ler, parei, retomei, voltei a parar e passaram mais de dois anos até que finalizei a leitura somente porque não gosto mesmo de deixar livros a meio, mesmo que sejam muito maus. 

Com pequenos textos de uma página a revelarem histórias com vários pontos repetitivos entre si, nesta obra feita somente para vender e ser lida quando não se tem nada para fazer, sendo um recurso mesmo de última linha, as partilhas de pensamentos e vontades por parte do narrador são feitas de forma a apelar ao descomplexar da mulher, o que nem sempre funciona no que é relatado. 

Vejo muitos dos textos como uma descrição sexual do corpo feminino, num autêntico modelo de objeto para ser usado e não como um ponto para ser visto perante um todo onde o amor exista. Não sei que imagem Afonso Noite-Luar quis passar das relações, mas sei que a maioria das pessoas não olham para o seu companheiro da forma como tudo é descrito neste livro que nada acrescenta. A par disto existe a demonstração do poder feminino em que é claramente notada a força da mulher, mas tudo retratado de forma tão fria onde tudo é virado para o poder físico e sexual esquecendo as ligações e refletindo somente no «somente preciso de sexo forte e vamos seguir viagem».

Inspiração procura-se!

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O frio aliado ao cansaço dos horários de trabalho e a vontade de deitar cedo e cedo erguer não são bons aliados da inspiração que por vezes vai desaparecendo para que novos conteúdos surjam de forma diária aqui pelo blog. A verdade é uma... Nem sempre e nem todos os dias existem novas ideias para se conseguir criar conteúdo de forma a dar origem a uma nova publicação.

Neste momento é mesmo sobre a inspiração de que falo, ou talvez seja melhor dizer, da falta dela, resultando assim num texto sem sentido, que vai seguindo o seu caminho, tudo porque hoje estou em modo desligado, apetecendo escrever mas sem ter um tema base e um guia condutor. Não existem ideias pelas últimas horas para ajudarem a elaborar o que irei partilhar daqui a pouco, no momento em que este texto chegar ao fim e clicar em Publicar, após colocar uma imagem que possa identificar este momento vago de inspiração que não acontece mas que fez surgir assim mesmo um certo número de linhas com palavras bem portuguesas, identificadas em todos os dicionários nacionais e perante as quais tu, caro leitor deste blog deambulante, te confrontas neste preciso instante com a questão, «Mas que porcaria é esta que este gajo para aqui escreve?». Sabes que mais? Nem eu sei bem o que escrevi!