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O Informador

«Saudade»

Palavra do Ano 2020

 

A 12.ª edição da iniciativa Palavra do Ano decorreu ao longo das últimas semanas do ano 2020 e terminou com a eleição da palavra «Saudade» como vencedora com 26,8% dos mais de 40 mil votos obtidos ao longo desta seleção. Nesta eleição final estiveram também as palavras «covid19», «pandemia», «confinamento», «zaragatoa», «telescola», «discriminação», «infodemia», «digitalização» e «sem-abrigo», mas a escolha recaiu em «Saudade».

Num ano tão atípico como foi 2020 as palavras em torno da pandemia mundial e dos relacionamentos afetivos andaram entre as preferências dos portugueses e a «Saudade» que todos sentimos da dita normalidade, dos pequenos pormenores, dos abraços familiares, do convívio com os amigos, acima de tudo das relações humanas que deixaram de ter o afeto e a proximidade para viverem de afastamentos e algum isolamento.

A eleição da Palavra do Ano é feita a partir das sugestões que os portugueses vão deixando ao longo do ano no site www.palavradoano.pt, também perante as pesquisas efetuadas no Dicionário da Língua Portuguesa em www.infopedia.pt e com base no trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora.

Palavra do Ano

Palavra do Ano 1O ano está a terminar e estamos na altura de também seleccionar a palavra do ano. Dez vocábulos de diferentes origens já estão a votos em http://www.infopedia.pt/palavra-do-ano/ e agora a escolha cabe a todos nós.

Política, saúdes, sociedade, comunicação e religião, as dez candidatas a Palavra do Ano estão escolhidas e o site da Infopédia.pt tem a votação aberta até 31 de Dezembro.

Eis as dez magníficas...


banco – Toda a polémica em torno da situação de uma conhecida instituição bancária colocou este vocábulo no centro do nosso quotidiano, levando ao aparecimento de expressões como "banco bom" e "banco mau".

basqueiro – Um vocábulo que surpreendeu a opinião pública quando foi utilizado pelo atual ministro da Economia num debate parlamentar.

cibervadiagem – A utilização de plataformas digitais, como as redes sociais, com fins lúdicos durante o exercício de funções profissionais é cada vez mais frequente e é um fenómeno que começa a ser objeto de análise jurídica.

corrupção – Ao longo do ano, foram sendo conhecidos vários casos de suspeita de corrupção em vários setores da sociedade, envolvendo inclusive entidades e personalidades públicas.

ébola – O surto de ébola, que atinge maioritariamente África ocidental, tornou-se uma das preocupações das entidades públicas e das populações durante todo o ano.

legionela – Recentemente, registou-se no nosso país um inesperado surto de legionela, e o impacto que teve fez com que o uso deste vocábulo se tornasse generalizado.

gamificação – Cada vez mais e em inúmeros contextos – educação, saúde, política, etc. – se faz uso de técnicas características de videojogos para resolver problemas práticos ou consciencializar ou motivar um público específico para um determinado assunto. Uma estratégia que tem o nome de gamificação.

jihadismo – O afirmar do jihadismo no Iraque e na Síria, através da utilização dos media e das novas plataformas como formas de propaganda à escala global, colocou este movimento no topo da agenda mediática.

selfie – Mais do que uma moda, mais do que uma tendência, as selfies fazem parte do nosso dia a dia, com presença constante nas redes sociais.

xurdir – Talvez pelas circunstâncias socioeconómicas que o país atravessa, ou pela riqueza da língua portuguesa, verificou-se este ano um aumento significativo da utilização desta palavra que significa “lutar pela vida; mourejar”.


A lista escolhida deriva de uma análise sobre a realidade da língua portuguesa realizada pela Porto Editora ao longo dos últimos meses. O uso e relevância de cada vocábulo nos meios de comunicação e redes sociais teve aqui a sua cota parte, tal como a pesquisa nos dicionários online da conhecida editora.

Nesta iniciativa o objetivo é enaltecer o património da língua portuguesa, valorizando a importância das palavras e os seus sentidos no nosso dia-a-dia.

Não esquecer que as últimas Palavras do Ano foram «esmiuçar» (2009), «vuvuzela» (2010), «austeridade» (2011), «entroikado» (2012) e «bombeiro» (2013). Qual será a escolha em 2014? A decisão é de todos nós!