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O Informador

Literatura recheada de Covid19

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Por estes dias, ao ler uma romance de autor nacional e com características bem rurais do nosso país, dei por mim a perceber que enquanto lia estava a visualizar cada cena, mas a colocar as personagens de máscara de proteção para com o querido Covid19 no rosto quando não estavam entre familiares em casa, existindo mesmo momentos em que por esquecimento achei estranho, de forma inconsciente, personagens estarem num bar após um jantar bem animado de grupo, com o espaço cheio e sem quaisquer problemas. 

Detetei naquele momento, e já não foi um acontecimento isolado ao longo desta leitura e de outras, que o meu inconsciente começa a estranhar ler e seguir histórias de ficção onde a nossa atual realidade não é descrita. Isto é mau psicologicamente, eu sei, mas estas ideias surgem enquanto estou calmamente no meu canto a ler e a tentar desfrutar dos momentos que tenho para me dedicar aos livros, não me conseguindo assim abstrair deste caos que nos veio atormentar. Será de mim ou alguém já deu por si a criar o cenário das histórias que está a ler em ambiente de pandemia e a perceber que cada cena não é possível por existir demasiada proximidade entre desconhecidos e colegas de trabalho e sem qualquer tipo de proteção para com o Covid19?

Paladar sonhador

Não me é costume isto acontecer, mas ontem à noite, estava eu nas minhas leituras e começou um certo sabor a aparecer-me na boca, assim do nada, e foi tão bom!...

Assim de repente comecei a ter o sabor de papa de frutos na minha boca, sem nada o prever, e assim mesmo do nada. Nem estava a pensar em comida, nem li nada que me fizesse levar a tal, mas de repente comecei a sentir aquele sabor e depois deixei-me ficar a saborear aquela sensação imaginativa.

Eu comia papa quando era pequeno e depois de vez em quando, assim quando estou de férias ou de fim-de-semana prolongado ainda gosto de tomar um pequeno-almoço mais demorado e por vezes recorro a flocos de cereais ou mesmo a esta delícia, mas há anos, mesmo há muitos, que não como papa de frutas.

Aquele sabor veio até mim e agora tenho que ir ao supermercado fazer uma comprinha para poder passar da imaginação à realidade. Hum, que delícia que me veio provocar a mente!