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O Informador

Feminismo a mais

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Os últimos anos têm sido marcados por sucessivos movimentos feministas pela luta da igualdade de sexos. No entanto ninguém fala dos preços praticados na «noite» onde mulheres são claramente favorecidas no que toca a preços de entradas e consumos. Nesse campo já não existe feminismo a mais ou somente não convém comentar este tema?

Quem sai pela noite em Portugal sabe bem do que estou a falar. Quantos bares e discotecas não praticam preços distintos entre mulheres e homens? Locais em que existe consumo obrigatório para homens e onde mulheres entram, por vezes até com oferta de bebidas, e sem terem de pagar rigorosamente nada.

Como poderemos apelidar este fenómeno nos tempos que correm? Do meu ponto de vista, pelos variados locais onde esta diferença de sexos é praticada o que existe é um poder de atração para que o público feminino funcione como um chamariz junto do sexo oposto. Se elas não pagam, eles sabem que é por esses locais que existirá muita mulher junta, levando-os até ao local, entrando com pagamentos obrigatórios e consumos elevados para poderem frequentar o espaço em boa companhia. Será que não entendem que não pagam, mas estão a ser tratadas como um isco para chamarem outros, sendo como que servidas de bandeja como paisagem para os homens que muitas vezes procuram na noite companhia ou atenção por umas horas?

Se existe uma clara exigência de igualdade, o que é aceite, também convém que tudo seja feito de forma a declarar que homens e mulheres devem receber o mesmo, pagar o mesmo e desfrutar das mesmas condições a que possam ter acesso.

Quantas mulheres já ouviram queixar-se sobre os pagamentos no mundo da noite? Quantas discordam por não pagarem e verem os seus companheiros de saídas a puxarem pela carteira para entrarem em certos locais? Se fosse ao contrário claro que todas protestavam, mas como estão do lado das ofertas não se queixam e ainda brincam com a situação.

Basta!

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Portugal, pleno século XXI, uma sociedade supostamente desenvolvida mas com grandes falhas no que toca à igualdade de género e onde infelizmente a violência doméstica ainda persiste com as mulheres a serem vítimas de um crime não conjugal mas sim público. 

O Mundo continua a conviver com atos desumanos de agressões e maus tratos entre seres que não respeitam os que estão do seu lado, tal como não se respeitam a si próprios ao rebaixarem de forma física e psicológica parceiros que se deixam muitas vezes levar em conversas de mudanças e exceções para continuarem a conviver com o medo diário, numa luta desigual de forças de carácter. É necessária existir uma voz coletiva que todos ajude, porque nem só as mulheres são as vítimas, para que se consiga agir, não se ficando calado porque a denúncia é um bem necessário para que os maus feitores sejam levados perante a justiça sobre os seus comportamentos. O respeito perante o próximo é um bem necessário que cada um deve exigir socialmente porque nunca e em momento algum alguém se pode achar acima de qualquer outro. Infelizmente e em pleno momento de liberdade onde a palavra ganha força, os atos destes malfeitores continuam a ser silenciados pelo medo e confronto por quem se deixa ficar com o seu sofrimento num silêncio individual partilhado por muitos que não conseguem gritar «Basta!» num momento de pedido de auxílio para se sair de uma situação onde são praticados crimes abusivos de não respeito pelo ser humano. 

A agressão dentro do seio familiar, onde além de cônjuges também filhos, progenitores, irmãos e avós, são muitas vezes violentados das mais diversas formas e onde o silêncio continua a persistir, dando força ao agressor que segue o seu modus operandi como se nada interferisse entre o bom senso e a razão dos seus atos. Chega de violência e chega essencialmente de ver tudo a ficar silenciado a favor da continuação de formas de agressão praticadas por seres inglórios que pelos quatro cantos do planeta continuam a praticar e muitas vezes a incentivarem estes atos como um bem fundamental para a covivência perfeita e essencial. 

A violência doméstica tem ainda alguns problemas relacionados além do medo perante o agressor. Muitas vezes a vítima consegue ainda sentir a falta de apoio e a crítica gratuita da sociedade que a rodeia, sociedade essa que defende a denúncia, mas que ao mesmo tempo aconselha a aguentar um crime para que não se destrua uma família. Pensar em si, no seu bem-estar e mesmo nos que estão próximos não é aguentar a violência emocional e física, é sim sair, fugir e recomeçar de novo, longe de uma vida de dor e medo. 

Feminismo a Mais

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Gosto de ver estas vozes que se levantam sobre o feminismo, apoiando uma luta para com a igualdade de género onde direitos e deveres têm de ser iguais para ambos os sexos. No entanto tamanho alarido por vezes acaba por ser em demasia e existem casos e mesmo atitudes que criam o efeito inverso ao pretendido. 

«Somos mulheres», sim são mulheres e os homens são homens. Há que lutar por novas oportunidades, mas afirmar constantemente que se deve continuar a querer fazer mais e mostrar que nem é de igualdades que se fala em certos temas mas sim de superioridade. Afinal de contas ser igual é a vontade ou ser mais que o sexo oposto é o objetivo?

Fazer o que tanto criticam não me parece lá muito bem, para mais numa sociedade onde ainda existem diferenças, não digo que não, mas este pisar repetitivo no mesmo tema do feminismo diariamente com todos os temas sociais a servirem para se comentar e lançar novo debate acaba por mostrar precisamente o contrário do que querem. Feminismo em demasia tem mostrado que ao andar consecutivamente a seguir a mesma linha consegue-se acabar por provocar a ideia de que essas mesmas pessoas se continuam a sentir inferiores aos homens. Se a sociedade é o que é com as diferenças a prevalecerem não há que lhes dar destaque, mas sim fazer com que as coisas mudem. Bater constantemente no tema, fazer alarido e criar chamadas de atenção de forma sucessiva cansa e cria exaustão para com as vozes que se elevam por este tema, como em qualquer outro. 

Crianças

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Dizem que hoje é o Dia da Criança, é isso? Yupi! Yupi! Yupi! Os mais pequenos estão em dia festivo em casa, na escola e onde estiverem! Cada vez mais as atividades e eventos que são realizados a pensar neste dia celebrativo são uma realidade e todos, pais e filhos, ficam contentes com tanta coisa para fazer num só dia!

Se existe saudades a ponto de recuar vinte anos no tempo até é verdade, no entanto nessa época não existiam tantas coisas para fazer a 1 de Junho como agora acontece! O que celebrávamos então? Lembro-me de que em alguns anos cheguei a ir pela escola a uma feira num pavilhão da vila onde existiam atividades e das quais não recordo nem uma! O que fiz mais na época nesta data... Hum, deixem cá ver... Nada, porque todos nos queixamos dos dias que correm mas o que é certo é que hoje existem muitas mais coisas a acontecer ao mesmo tempo com atividades de lazer por todos os lados e cada vez mais rotineiras, o que não acontecia há anos atrás!