Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

À Conversa com... Patrícia Resende

patrícia resende 3.JPG

Patrícia Resende não se recorda da primeira vez em que o pano subiu e enfrentou o público, mas sabe que foi a partir daquele momento que começou a perceber que o seu futuro estava na representação. Hoje, quase duas décadas após ter integrado o elenco da primeira temporada do musical Amália continua nos palcos e já experimentou as lides televisivas e do cinema onde pretende voltar sempre que for possível. Assumindo um grande carinho por Filipe La Féria e por vários colegas de representação com quem teve o gosto de trabalhar ao longo do tempo, é como atriz que se sente feliz e no caminho certo para continuar. Vamos conhecer um pouco sobre Patrícia Resende, uma profissional que vai muito para além do Teatro Politeama!

patrícia resende 1.JPG

Cedo triunfou pelos palcos nacionais dando vida a Amália pequena na primeira temporada do musical Amália, produzido por Filipe La Féria. Ainda se lembra como foi ver o pano subir pela primeira vez no palco do Teatro Politeama para a primeira grande experiência que durou anos em cena?

Não me consigo recordar especificamente da primeira vez que o pano subiu mas, lembro-me de ainda estar nos ensaios e alguém me dizer "antes de entrares em cena respira fundo 3 vezes e os nervos vão-se embora", e eu passei a fazer sempre isso. E funcionava. Eu vinha lá de cima da plataforma e, antes dela começar a descer, eu respirava fundo 3 vezes.

 

A partir de Amália não mais parou e foram vários os projetos teatrais em que entrou. Chegar aos dias que correm com tantos sucessos pelos palcos é obra sua e de quem não deixou de acreditar no seu talento. Que projetos distingue ao longo do percurso profissional?

O musical Amália, sem dúvida. A peça A Flor do Cacto, que foi a minha primeira protagonista enquanto mulher adulta. Recordo também os anos que trabalhei na companhia Palco 13, porque me deram a oportunidade de me desafiar a mim mesma, ao fazer textos diferentes, géneros diferentes. O Meu Pé de Laranja Lima no Teatro Turim, encenado pelo Rui Luís Brás, visto que fazia o papel de um menino brasileiro de 6 anos, o que foi um grande desafio para mim como atriz, sem dúvida. As revistas que fiz foram muito importantes para mim, aprendi imenso com aquele género, e aprendi muito com a Marina Mota. E é claro, As Árvores Morrem de Pé, pelo texto, pelos atores com quem trabalhei, pela partilha em palco, pelo ambiente em bastidores.

 

Voltando anos mais tarde a incorporar o elenco do renovado Amália, que está atualmente em cena no Teatro Politeama, é como voltar a casa sem nunca de lá ter saído?

Não. É uma experiência completamente diferente, mas completamente. Por motivos vários, porque a peça levou várias mudanças, porque o meu papel é outro, nada tem a ver com o de Amália pequena. Porque a idade é outra e a bagagem também. É uma peça única, apesar de já a ter feito há 17 anos atrás.

I Love It, a série de que ninguém fala

Surgiu como a nova aposta de ficção da TVI virada para o público juvenil, uns meses após o término da nona temporada de Morangos com Açúcar, só que quatro meses depois da sua estreia, I Love It continua a não dar cartas e o seu final já está previsto, ficando os episódios programados exibidos e sem a duração do formato ser prolongada como acontece com a maioria dos produtos do canal. Esta série arriscou e tem uma produção fora do vulgar em Portugal, no entanto o seu público alvo não foi conquistado e os seus resultados têm ficado aquém das expetativas... É caso para se dizer que I Love It é a série de que ninguém fala e vê!

Os atores, sejam consagrados, jovens ou adolescentes, já eram praticamente todos conhecidos do público, tendo dado cartas em outras produções televisivas, os autores já andaram a escrever novelas, séries e telefilmes, os elementos de produção são, na sua maioria, da casa, que é como quem diz, da Plural e o modo como o produto tem sido feito é inovador. O que faltou então a esta série para não ter conquistado os espetadores? Existem vários factores que podem servir como desculpa para este insucesso da série, mas há um que destaco com especial relevância.

O facto desta produção ser muito destinada aos jovens, que são os principais consumidores dos canais de Cabo, tem um peso bastante pesado nos valores alcançados pela série. O público alvo de I Love It estuda ou trabalha e quando chega a casa quer ver o seu programa preferido, que na maioria dos casos são séries internacionais, passando muito tempo também pela internet. Os dias de hoje já não são comparáveis aos do tempo das primeiras temporadas de Morangos com Açúcar, por isso o afastamento dos jovens da televisão generalista e neste caso desta série que lhes é destinada. Depois existe o facto de ser produzida a pensar numa faixa bem restrita de público e não conseguir atrair os pais e avós dos mesmos, afastando esses telespetadores da antena do canal aquando a sua exibição, ao contrário do que acontecia com os produtos anteriores que eram vistos por miúdos e graúdos.

Em Fevereiro terminam as gravações de I Love It e em Abril a série deverá ver o seu final a acontecer no ecrã... Se vai deixar saudades para a maioria do público que a vê? Não me parece!

Um pormenor relevante... I Love It não conseguiu alcançar o sucesso no nosso país, mas já soma nomeações para prémios e troféus internacionais por ser um produto inovador! Lá fora percebeu-se melhor o formato que por cá! Paciência!

I Love It, a estreia

I Love ItA nova série juvenil da TVI já estreou com o nome de I Love It. Um primeiro episódio muito noturno que tornou este primeiro impacto com o produto em algo estranho. Prefiro conhecer personagens e ambientes com a luz do dia para os conseguir absorver melhor e aquela festa de apresentação tornou tudo muito baralhado e confuso. Poderia ter corrido bem melhor, no entanto posso dizer que fiquei convencido com o que vi e o segundo episódio conseguiu mostrar o que o primeiro escondeu!

Um modo de filmagem diferente do habitual no que toca a novelas e séries portuguesas e que consegue captar o outro lado das personagens, seguindo-as e não mostrando-as sempre de frente e através do seu melhor lado. Aqui as câmaras podem estar de frente, atrás, em baixo ou em cima das personagens, podendo até só captar uma parte do corpo, mostrando ao espetador que ali está uma pessoa que não tem de ser filmada na íntegra para existir.

Quanto às personagens centrais... Um grupo de cinco amigos bem diferentes entre si e com o pormenor de cada um ter um sotaque bem característico. Uma lisboeta, uma angolana e uma transmontana juntam-se a um açoriano e a um brasileiro e formam assim o grupo central desta série de final de tarde do canal de Queluz. Gostei da diversidade cultural que vai tentar ser mostrada e espero que não se fique só pela tentativa e com os sotaques e que se mostre mesmo os costumes, hábitos e opções que cada personagem tem devido à sua diferente educação e cultura.

Os bons e os maus, os cómicos e os sérios, pais e filhos, amores e intrigas, dramas e peripécias parecem estar presentes em I Love It. Um produto a que eu franzi um pouco o nariz quando foi anunciado por achar que iria assistir à continuação da série Morangos com Açúcar, no entanto e pelo que vi pelas primeiras cenas a evolução aconteceu e o patamar elevou-se.

Um texto que conseguiu absorver as conversas dos jovens, uma dinâmica de filmagem diferente, atores em geral bons, banda sonora a precisar de ajustes e uma promoção por parte do canal óptima e bem superior ao que andava a ser feito nos últimos tempos.

Gostei de I Love It e vou continuar a seguir esta nova série juvenil, embora o trio amoroso e o grupo dos cinco tenham sido os protagonistas desta estreia, existe muito para descobrir neste romance ficcional e nacional! Gostei disto!

Morangos disfarçados em I Love It

http://www.youtube.com/watch?v=ZOyB8aTIY9I

Há um ano a TVI decidiu deixar a nona temporada de Morangos com Açúcar terminar para apresentar o final da série que viu nascer muitos atores e formou os jovens rostos da representação do nosso país. Agora, doze meses depois do final da escola de atores, um novo produto do mesmo género e com um novo nome irá surgir no ecrã do canal.

A gravar há algumas semanas e com um elenco com caras já conhecidas dos espetadores do canal, I Love It é o nome dos novos Morangos. Uma série juvenil para os finais de tarde onde a música e a dança são o extra desta produção que não deixa de ter romances, mexericos e vidas familiares de jovens da nossa sociedade.

Um novo nome, um elenco já conhecido, uma produção mais cuidada do que as últimas temporadas dos Morangos e a finalidade de dizer que está aqui um original. Ups! Um original onde? Isto será a continuação do fenómeno que aconteceu ao longo de nove anos e que terminou porque os cuidados com as últimas séries não foram tantos como nas primeiras que mostraram o verdadeiro sentido desta produção juvenil.

Agora está a chegar I Love It que é uma novela intitulada de série para que possa também ter mais que uma temporada com renovações de elenco a acontecerem ao longo dos meses para que o público não se canse.

O que poderá correr mal neste lançamento? Mudaram o nome mas se não mostrarem um bom trabalho de produção, de escrita e de atores, os espetadores vão perceber que isto é claramente a décima temporada dos Morangos e não um produto novo que pretende continuar o caminho outrora lançado com sucesso.

Ainda é cedo para se fazerem comentários, no entanto antevejo que a diferença entre os Morangos e I Love It não será muita e se os temas dos jovens adultos e adolescentes não forem abordados de acordo com a realidade através do terminar dos floreados encantados, então aí é que a cópia será mesmo descarada!