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O Informador

No Verão não fiques doente

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É oficial! Os médicos estão de férias, ao que se juntam as baixas e reformas de outros tantos, ajudando assim a causar parte de todo o caos hospitalar a que temos assistido pelo país nas últimas semanas. Com isto podemos desde já sugerir ao ministério da Saúde uma campanha interventiva com o slogan... «No Verão não fiques doente!»

Assim sendo e para não causar qualquer transtorno, o dever de qualquer cidadão é a partir de agora não adoecer nos meses quentes do ano, especialmente de Junho a Setembro. Para manter alguns cuidados e evitar assim algumas situações menos boas, é aconselhável não comer bacalhau à brás nos piqueniques que se fazem por terras lusas, devido aos ovos reaquecidos horas após a sua confeção, ter também cuidado com o marisco consumido, uma reforçada atenção às caravelas portuguesas que podem atacar em qualquer praia nacional e acima de tudo para as grávidas, não deixem de estar atentas aos horários indicados das maternidades para não marcarem férias onde poderão não ter equipas prontas para vos receber numa urgência inadiável na hora de serem mães. Isto a par, claro está, de tantos outros cuidados para não nos magoarmos ou adoecermos por esta altura do ano a bem do caos hospital que se vive. 

É necessário ajudar todos os profissionais de saúde nesta altura, não causando transtorno e seguindo o que os horários laborais de cada hospital permitem, só podendo adoecer dentro dos períodos disponíveis nas urgências de cada centro da região. A regra agora é, só numa situação limite se pode adoecer, evitando recorrer aos serviços hospitalares por uma gastroenterite ou uma perna partida. Isto se não quiserem ficar horas em espera que alguma equipa completa possa entrar ao serviço, caso não queiram percorrer quilómetros em ambulâncias para esperarem numa outra ala hospital para serem atendidos.

Primeiro dia de Calamidade

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Terminei as consultas hospitalares que surgiram após ter ido até às urgências e onde me detetaram uma bactéria ocular que me fez andar em tratamento por duas semanas onde no início o tratamento custou a fazer efeito por ter sido vagaroso mas eficaz. Felizmente que em duas semanas exatas tudo ficou resolvido, conseguimos que a situação fosse melhorando e ficasse finalizada. Apanhei ótimos profissionais no serviço de oftalmologia e com o tempo, que logo me indicaram que iria demorar, as coisas foram correndo, mostrando que nem tudo se consegue com pressa, sendo necessário o poder da paciência, da exatidão e da vontade para que tudo dê certo. 

Passada a situação, que me fez pensar o pior por ter pesquisado os sintomas e sinais antes de partir para o hospital, hoje quero falar da saída de emergência e entrada em estado de calamidade a partir do passado dia 03 de Maio do país. Isto porque curiosamente foi na Segunda-feira, dia 04, que fui para a consulta final e só posso dizer que ao entrar no Hospital só apeteceu subir as escadas para o piso onde iria ter a consulta, ficar bem quieto com as minhas coisas em espera para ser consultado e longe de todos. Claro que não foi isto que aconteceu!

Ao contrário dos dias anteriores em que tive de me deslocar ao serviço tudo parecia tranquilo, a ala central hospital praticamente vazia, entrar, subir, marcar a consulta e esperar numa sala de espera com espaço e com três ou quatro pacientes. No dia 04, em que muitos serviços médicos começaram a entrar na rotina habitual com as consultas a voltarem ao normal, tudo mudou. A partir do momento em que passei as portas do Hospital fui invadido por uma auxiliar que me indicou que não podia subir para o serviço destinado sem ir ao balcão central. Tirei a senha e esperei bem longe do ecrã de chamada, porque os lugares são escassos, até que fui chamado, fui ao balcão e indicaram-me o que já tinha dito à auxiliar que me abordou de início, «se é para marcar consulta tem de subir para o piso», e «sim, foi isso que informei a sua colega que não me deixou passar». Lá veio a colega que acabou por perceber que a sua pressa e estado de nervos sem me ter ouvido não valeram a pena. Cheguei ao balcão habitual e nova fila. Esperei uns minutos e lá passei para a sala de espera que já não contava com as poucas pessoas de outrora, tendo encontrado sim uma sala cheia, com lugar ocupado e o seguinte com aviso para não sentar para que não existam proximidades. Só pensava que ia demorar mais tempo em espera, mas curiosamente fui atendido rapidamente e na hora indicada, fiquei descansado e sem ter de voltar, se tudo correr como previsto, a nova consulta de revisão. Enquanto esperei as auxiliares falavam alto na sala de espera para que as pessoas não andassem em pé desnecessariamente, isto ao mesmo tempo que perguntavam quem estava para que serviço e doutor, tentando também ligar ecrãs de senhas que têm estado desligados nas últimas semanas, mas tudo num modo muito efusivo como se estivessem a tentar travar uma luta de almofadas entre pequenos seres humanos.

Cuidados com Marcelo

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Marcelo Rebelo de Sousa foi operado a uma hérnia umbilical e a imprensa continua louca atrás do nosso Presidente SuperStar.

Estando a recuperar sem problemas e dentro da normalidade, Marcelo foi operado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, e a imprensa nacional não deixa o hospital para que possam fazer diretos quase de hora a hora e estarem sempre atentos ao boletim clínico do Presidente da República. 

Será que se tivesse sido Cavaco Silva operado enquanto lider nacional os jornalistas estariam tão interessados no seu estado clínico para fazerem tanta reportagem e diretos com a finalidade de dizerem mais do mesmo?

Nota-se a paixão que a imprensa nutre por Marcelo e os repórteres que acompanham diariamente os passos do Presidente devem adorar toda a azafama que o professor cria de dia para dia, alterando a sua agenda e levando a tropa toda atrás.

Marcelo é o Presidente SuperStar que Portugal nunca teve e a mudança que provocou em Belém tem levado a que o seu nome seja um dos mais procurados em termos noticiosos ao longo do ano. Agora hospitalizado continua a fazer notícia e a ser todo o centro das atenções. 

Tio Soares

Mário Soares continua mal, muito mal, em coma no hospital da Cruz Vermelha e de há uns dias para cá com as notícias sobre violência e desaparecimentos, eis que a imprensa televisiva e escrita acabou por deixar para segundo, terceiro ou mesmo quarto plano as últimas sobre o estado do Presidente. 

Sabemos que a família pediu silêncio para com o aparato excessivo que estava a ser feito, com o hospital a marcar sessão atrás de sessão para comunicar o estado de Soares e com o primo, a estrela da família que adora aparecer, sempre a dar o seu contributo para fazer notícia volta não volta. Mas uma coisa é dar em demasia notícias que não passavam de mais do mesmo, outra completamente diferente é passarem dias sem falarem de Mário Soares. Acreditamos que esteja tudo na mesma, mas pelo menos podiam fazer uma reportagem um dia por outro com a avaliação do momento do Presidente ou não?

A espera no Apoio ao Cliente

Ligamos para o Apoio ao Cliente de qualquer operadora nacional e o que acontece?! Ficamos minutos e minutos ao som de um tema qualquer que já esteve há uns meses na berra, esperando e ouvindo por vezes que assim que possível seremos atendidos. Voltamos ao som e a gravação automática que nos leva a aguardar volta a aparecer, até que por fim, talvez um dez ou quinze minutos depois, lá surge uma voz real que nos cumprimenta e coloca a questão que nos levou a ligar para um certo número.

Como é que as empresas de comunicação conseguem vangloriarem-se com os prémios obtidos por diversas categorias e em diferentes áreas, referindo-se até ao melhor atendimento ao cliente e depois fazem-nos estar na sala de espera nacional por tempo indeterminado e sem qualquer contacto?!

Ligar para qualquer Apoio ao Cliente em Portugal é como ir às urgências de um hospital público e ficar sentado horas intermináveis em espera por uma consulta. Os profissionais existem só que estão em suas casas no desemprego para as empresas continuarem a juntar milhões pelos bolsos dos topos e seus companheiros de jornada!

Operação Nariz Vermelho

Nariz VermelhoA Operação Nariz Vermelho continua empenhada em receitar alegria às crianças, familiares e profissionais de saúde que se encontram nos serviços pediátricos dos hospitais portugueses.

No entanto para que os Doutores Palhaços possam continuar a fazer com alegria o seu sério trabalho, toda a ajuda é necessária. Como tal um pequeno donativo pode fazer muito no futuro desta Operação tão recheada de alegria.

Quem puder e quiser apoiar o trabalho dos Doutores Palhaços basta ligar para o 760 305 505 (custo da chamada €0,60 + IVA) ou fazer o seu donativo através do NIB 0036 0310 9910 0011 4395 6.

Pouco pode fazer muito e com a ajuda de todos este tão bom ato solidário continuará a ter narizes vermelhos de boa disposição para partilhar pelos hospitais nacionais. Já fiz a minha parte! E tu?