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O Informador

Homofobia gera polémica no Big Brother

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A casa da Ericeira do Big Brother recebeu os concorrentes no passado Domingo e dois dias depois a polémica já está instalada. Hélder, o concorrente que no formato Zoom mostrou querer fazer o papel de mulherengo, proferiu ao longo de uma prova e em conversa com Soraia um comentário homofóbico para com o colega Edmar, que no momento nem se apercebeu do mesmo por estar de costas e em conversa com outros companheiros de jogo. 

«Sei que lá para fora deve estar a passar a imagem de que sou mulherengo, mas não é isso. […] Eu prefiro ser mulherengo do que ser…», apontando para Edmar nesse momento. Soraia ainda tentou disfarçar afirmando que não estava a gostar da conversa, Yuri que ouviu o comentário proferiu «alerta vermelho» numa tentativa para Hélder se calar, mas fora da casa os comentários e partilhas do momento logo se fizeram sentir pelas redes sociais e a produção percebeu que algo tinha de ser feito de imediato. 

Umas horas depois a TVI começou a passar informação em rodapé sobre o sucedido e com a informação de que Cláudio Ramos iria falar em direto com os concorrentes ao final da tarde. Vídeos mostrados sobre o tema da homofobia e também por Hélder se esticar um pouco com os seus comportamentos para com algumas raparigas, Cláudio Ramos a pedir justificações e a voz do Big Brother entra em ação e coloca o concorrente com nomeação direta, ficando assim ao critério do público a saída ou permanência no jogo.

Choro e mais choro de todos e o mais caricato no meio disto tudo é que não consegui perceber a atitude dos colegas de casa. Se Soraia e Yuri no momento do comentário não se mostraram contentes, como é que depois ao lhes ser pedida uma opinião desdramatizam e desculpam Hélder só para não criarem guerras dentro da casa? Que hipocrisia foi aquela com as desculpas de que devia estar nervoso, coitado e por aí fora? Já o protagonista desta polémica desconfortável junto do público nunca conseguiu dizer, mesmo em conversa com o apresentador, a palavra homossexual, demonstrado um certo mal estar com a mesma, o que poderá revelar muito do que pensou e que tenta justificar depois do caldo ter entornado. As justificações com o «adoro esse tipo de pessoas» não me conseguiram convencer minimamente porque se teve coragem para demonstrar que o Edmar não é como ele, também deveria assumir as situações com palavras exatas, para mais quando todos somos pessoas, sejamos de outra raça, orientação sexual, religião, ... A voz no final do discurso para todos os concorrentes voltou a frisar que «No Big Brother as atitudes sexistas, homofóbicas e racistas são inadmissíveis, tal como na nossa sociedade. Todas estas transgressão são delitos graves e a que o Big Brother não pode fechar os olhos». 

Bonding | T1 | Netflix

 

Bonding é a comédia rápida sobre uma dominadora que contrata o seu melhor amigo, gay, por sinal, para seu assistente. Dando a conhecer ao público um lado muito escondido, mas que existe, no mercado do sexo a nível mundial, esta primeira temporada da série Netflix conta com sete episódios de ligeiros quinze minutos, mais coisa menos coisa, e é capaz de ser vista de uma só assentada, em modo filme. 

Tiff, interpretada por Zoe Levin, é a personagem feminina central. Detentora dos seus dotes corporais como dominadora, esta jovem mulher é conhecida pelos seus clientes como Mistress May e é na sua masmorra de sexo, numa cave no centro da cidade, que recebe Pete, interpretado por Brendan Scannell, pela primeira vez para lhe dar a conhecer as suas novas funções enquanto seu assistente. Precisando de um companheiro de viagem, guarda costas, amigo e confidente, Tiff apela ao seu amigo de ensino para uma forma de ganhar dinheiro bem mais fácil do que outras profissões. Precisando de um rendimento extra para o auxiliar nas contas, Pete aceita, hesita mas acaba por ficar e conhecer melhor tudo o que rodeia a sala sexual de Tiff e os seus afazeres enquanto dominadora. Ganhando o nome Carter para com os clientes, a vida deste jovem gay fica alterada consoante as suas novas ligações e conhecimentos no que toca ao prazer.

Sem descurar a vida pessoal, o público é convidado também a perceber como Tiff vive num apartamento, com um empregado que usa máscara e que lhe faz tudo em casa. Já Pete vive num quarto alugado, tendo de passar pelo espaço do seu colega de casa, para entrar no seu pequeno cubículo. Cansado e mal pago por tentar ser comediante, o jovem acaba por se envolver demais neste mundo que lhe acaba por dar outro poder de sustentação. 

Este Espaço é Teu! | Amor Homossexual

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O amor não é para todos.

A homossexualidade não é uma escolha.

Não sei se não nasci para o amor ou se este não é para mim. Como poder dar-lhe a mão, caminhar lado a lado, ver as estrelas, partilhar um chocolate quente… E não falar de sexo durante 12 a 24h do dia? Como encontrar quem goste de mimar e ser mimado, de afetos e não dê prioridade ao sexo anal?

Tal como dizem alguns gays assumidos "Tu não és gay!" Será? Mas é com ele que sonho banhar-me, abraçar, trocar confidências Somente o anal nada me diz, a não se dor ou um órgão cujo encanto não compreendo.

E se abrasasse? A rejeição. Sou mais velho, não obedeço aos critérios anatómicos tidos como cativantes nos nossos dias… Para o amor não nasci.

Anónimo,

Mensagem deixada na caixa Este Espaço é Teu!

 

Orientações! Nada define uma pessoa através dos seus gostos. Amar! Afinal o que é o Amor? Amar uma pessoa do sexo oposto ou do mesmo sexo? O que significa na verdade ter a palavra Amor como definição do que se sente pelo outro? O ser humano gosta de pessoas ou tem necessariamente de se sentir atraído por quem está do outro lado da barricada? Não nos podemos sentir atraídos a nível físico e intelectual por alguém igual a nós? Sexualidade, raça, religião... Diferenças existem mas não estamos aqui para aprendermos em sociedade a lutar e incentivar igualdades para o bem comum de todos?  E uma relação de afeto tem de ter necessariamente sexo? Quem não ama sem ir para a cama?

A Cristina contra o Preconceito

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No mês de Julho a revista Cristina volta a arriscar e surpreende com duas capas que pretendem mostrar a luta contra o preconceito onde, como diz a descrição no portal da publicação, «celebram o amor, vivido da forma que cada um sente».

A apresentadora da TVI e a sua equipa editorial arriscaram e chegaram onde em Portugal nenhuma publicação conseguiu tocar, estando «Cientes da probabilidade de existirem alguns comentários menos felizes, a equipa Cristina soube, desde logo, o quão importantes estas capas poderiam ser, ao tornarem vidas mais felizes e vividas em liberdade. Este é assunto que ainda é tabu. Há quem diga que é mais fácil aceitar a manifestação de amor entre duas mulheres, do que entre dois homens. Afinal, o que é que choca mais?», partilharam. 

E como esperavam, os comentários são tão distintos como a sociedade. Se uns aplaudem estas duas capas, muitos há que deitam abaixo e mostram que por detrás de um teclado são muito mais diretos que diretamente, tal como pode ser visto pela imagem que se segue. As opiniões dividem-se e entre a capa de dois homens a beijarem-se e a de duas mulheres, as críticas negativas e preconceituosas recaem essencialmente na dos homens. Será assim tão diferente para as mentes retrógradas verem dois homens e duas mulheres a beijarem-se?

O cartaz do Bloco

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Ai! Ai! Ai! Estamos todos a sofrer horrores com o cartaz que o Bloco de Esquerda resolveu lançar a favor da lei da adoção por casais homossexuais.

A igreja comenta, os políticos criticam e a sociedade divide-se! Os católicos reprimem e os descrentes nem ligam. Na verdade este cartaz conseguiu o pretendido, colocar o país a comentar a discriminação que ainda existe e que irá continuar a existir pelos próximos tempos no que toca à adoção por parte de duas pessoas do mesmo sexo de crianças que muitos dos que criticam devem preferir ver crescer em instituições onde tantas vezes não existe amor e educação. Duas pessoas do mesmo sexo que querem construir uma família capaz de dar um lar a quem teve o azar de não o ter não serão mais capazes que tantos casais heterossexuais que lançam filhos para o mundo sem conseguirem desempenhar o verdadeiro papel de «pai» e «mãe» e depois essas mesmas pessoas conseguem apontar o dedo quando uma criança tem dois pais ou duas mães tão mais competentes que os supostos casais normais acolhidos pela igreja. 

Parva não morre!

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Perdeu a virgindade aos 18 anos, fora do tempo das suas amigas e após ter descoberto a magia do sexo conta pelo calendário doze parceiros masculinos e uma noite escaldante com uma companheira de faculdade num ano. Não gostou da experiência homossexual mas experimentou! Não é assim que todos devem fazer em algum momento da vida? Esta jovem adulta pelo menos não morrerá sem saber o que é estar com alguém do mesmo sexo!

Enfim Cláudio!

Estava a ver o programa Esquadrão do Amor, do canal Q, e eis que percebo que o Cláudio Ramos por vezes perde a noção da realidade onde circula e da pessoa que é. 

Em conversa com Ana Markl, Carlão e a convidada da semana Rita Mendes, Cláudio Ramos começou a falar das bichas que passeiam de mãos dadas com as melhores amigas pelo Chiado, imitando e criticando tiques que se fazem acompanhar de gritinhos histéricos. O que logo me surgiu sobre o que estava a ver foi o facto do Cláudio não ter noção do que é e dos seus próprios comportamentos sociais. Será que quer mesmo passar a imagem de que não é o que todos sabem? Ou que é mas que nada tem haver com todos os outros, vivendo e comportando-se de forma tão exemplar que ninguém lhe quererá seguir as pisadas?!

Uma pessoa que há anos se exibia para quem quisesse ver todas as manhãs de boxers pelas redes sociais, que sempre frequentou e se deu com todo o tipo de pessoas, tem o estereótipo que tem e mesmo assim consegue criticar os que agem como o próprio é estranho não?

A felicidade é sempre a resposta

Família é quem dá amor com tudo o que isso inclui. A Coca-Cola tem neste momento um anúncio que bem descreve como a felicidade é sempre a resposta para os problemas que os outros apontam para cada seio familiar. 

A mensagem é bem passada com um simples vídeo promocional e que serve de alerta para todos nós que vivemos num mundo cada vez mais diversificado onde a família tradicional já não existe como meio único para criar uma criança feliz. 

Dará um casal heterossexual uma educação tão diferente da possível por dois seres homossexuais ou somente por uma única pessoa capaz de adoptar? A felicidade dos adultos do futuro é sempre a resposta mais importante no momento de pensar numa criança enquanto membro do seio familiar. 

Flores preconceituosas

Uma florista em Washington recusou vender flores para um casamento gay, isto depois de anos a fornecer ao mesmo casal todos os arranjos que estes encomendavam. Vender esporadicamente sim, agora apoiar um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é que não!

Barronelle Stutzman recusou vender flores para o casamento de um casal gay por considerar que o enlace ia contra as suas convicções religiosas. Agora está com um processo em tribunal por preconceito, arriscando perder o seu negócio.

Há uns meses um caso do género só que numa pizzaria também levou a um processo crime por os proprietários do restaurante recusarem fornecer pizzas para um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo por motivos religiosos, tendo o espaço encerrado portas por obrigação judicial pouco tempo depois.

A senhora agora arrisca o que conquistou durante anos e poderá colocar as flores recusadas ao casal num bom sítio que tão bem deve conhecer, no seu jardim, claro está! Já agora, será que quem não seguir as crenças religiosas da dita senhora mas for heterossexual tem tido um bom atendimento ou também é tratado de forma imprópria ou com recusas por não seguir o supostamente idilico?

Um presente... O Caso Renato Seabra

O Caso Renato SeabraMeses depois de começar uma parceria onde tenho oferecido livros da Chiado Editora aos leitores do blogue, agora chegou a vez de ser eu o premiado com um mimo da autoria de Marta Dhanis, a jornalista correspondente da TVI nos Estados Unidos que tem acompanhado o caso Renato Seabra desde o dia em que foi contactada pela direcção do canal para tratar da notícia que correu o mundo sobre a morte de Carlos Castro.

Com uma história com os condimentos perfeitos para fazer manchetes pelos tablóides - sexo, dinheiro e homossexualidade -, Renato Seabra, um jovem modelo e Carlos Castro, cronista social, foram os grandes protagonistas de notícias, especulações e um caso de homicídio que muita tinta fez correr.

Marta Dhanis, a jornalista que acompanhou todo o caso de perto, desde a fatídica noite, conta agora o que aconteceu antes da morte de Carlos Castro, onde até as conversas com Renato Seabra são reveladas. Marta foi das únicas pessoas que esteve desde o início perto de todo o processo, falando com os envolvidos e com o círculo de pessoas próximas da relação do jovem de 21 anos com um homem de 65.

O que existia entre os dois? Quais as intenções de ambos na relação que mantinham? Quem é o verdadeiro culpado deste crime? Será que existem mais envolvidos no caso que nunca foram revelados? O condenado esteve sozinho na altura do crime? No futuro, como será a vida de Renato Seabra?

Várias questões são colocadas no livro O Caso Renato Seabra: Por Detrás Das Cortinas, num trabalho de investigação que começou poucas horas depois do crime ter acontecido a 8 de Janeiro de 2011.