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O Informador

Crime no Expresso de Natal | Alexandra Benedict

Guerra e Paz

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Título: Crime no Expresso de Natal

Título Original: Murder on the Christmas Express

Autor: Alexandra Benedict

Editora: Guerra e Paz

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2023

Páginas: 264

ISBN: 978-989-702-960-8

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Na véspera de Natal, o comboio noturno para as Terras Altas da Escócia descarrila, juntamente com os planos festivos dos seus passageiros. O comboio está preso na neve no meio do nada e há um assassino em série à solta entre as carruagens. Quem dorme no comboio nocturno pode nunca mais acordar.

Conseguirá Roz Parker, uma antiga inspectora da Polícia Metropolitana de Londres, encontrar o assassino antes que ele ataque de novo?

Todos a bordo para um… Crime no Expresso de Natal.

 

Opinião: Oh! Oh! Oh! É Natal e existe um crime no comboio noturno que tem como destino as Terras Altas da Escócia. Tudo parecia correr como planeado na vida de Roz Parker, uma recente reformada da Polícia Metropolitana de Londres. A sua filha está prestes a ser mãe, o Natal aproxima-se e a inspetora está de malas feitas para partir para a sua reunião familiar. Primeiramente o adiamento da partida do comboio devido às más condições climatéricas logo a começar a causar algum transtorno na agenda de Roz, seria esse um mal maior se depois na viagem não tivesse acontecido um descarrilamento de uma carruagem e um crime que foi o ponto de arranque para outros que se seguiram. Ou seja, a ex-inspetora Roz ficou com uma investigação em curso porque dentro do comboio que já seguia atrasado algumas pessoas apareceram mortas e um culpado estava entre os passageiros, tudo isto ao mesmo tempo que a sua filha se torna mãe e lhe dá o poder familiar de ser avó pela primeira vez. 

Crime no Expresso de Natal é aquele comboio a alta velocidade entre a ternura e o crime onde várias personagens com pouco em comum se unem num entre carruagens com destino aos seus dias natalícios em família e de um momento para o outro são surpreendidos por crimes que levam a investigações e um rol bem forte de cenas inesperadas que os fazem passar a noite de Natal juntos mas com bastantes receios porque não podem confiar nos desconhecidos que os acompanham. 

Bom Crioulo | Adolfo Caminha

Guerra e Paz Editores

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Título: Bom Crioulo

Autor: Adolfo Caminha

Editora: Guerra e Paz Editores

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Março de 2018

Páginas: 160

ISBN: 978-989-702-376-7

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: O romance que o Brasil recebeu com escândalo.

Uma história de amor entre dois homens: Amaro - o Bom Crioulo - e Aleixo. Um marinheiro negro sente-se atraído por um jovem grumete branco. Na trama, surge ainda D. Carolina, ou melhor, Carola Bunda, portuguesa e ex-prostituta, desejosa de entregar o seu corpo maduro a um amante jovem como Aleixo. Assim se constitui um triângulo amoroso fatal.

Uma singular e improvável história de amor entre dois homens, a que não falta a traição, a diferença de idades, a culpa, o medo. Eis uma situação que pode sair fora do controlo: se uma paixão violenta causa cegueira, será inevitável um final trágico?

Adolfo Caminha, duramente atacado pela crítica, ficou para a História como um autor «maldito». Votado ao esquecimento na primeira metade do século xx, Bom Crioulo é hoje traduzido em todo o mundo, e é considerado o primeiro romance da literatura em língua portuguesa a abordar a homos-sexualidade e logo numa relação inter-racial.

 

Opinião: Considerado um clássico e o primeiro livro a retratar a homossexualidade no Brasil, Bom Crioulo podia ter agitado as águas na altura em que até foi condenado e retirado de circulação, no entanto em pleno século XXI, este romance é apenas mais um, mesmo que no momento em que o li me tenha deixado recuar até 1895 para entrar no contexto histórico em que é inserido.

Nesta narrativa fui convidado a presenciar os pecados cometidos pelo negro Amaro, o Bom Crioulo, que o levaram até à marinha onde conheceu o jovem de pele e olhos claros, de 15 anos, Aleixo, por quem rapidamente se apaixonou. Num romance homossexual onde a pedofilia e o racismo também são notados, a vida dos marinheiros de alto mar é colocada aqui em destaque, mostrando como por vezes o pecado está mesmo ao lado quando se passam temporadas sem avistar terra. Do amor entre estes dois homens aos desaires levados pela força da reação para proteger os reais sentimentos e também pela entrada de um terceiro elemento pelo meio, a portuguesa e ex-prostituta D. Carolina, que se apaixona pelo jovem, esta é uma história com um final trágico.

Esta Ferida Cheia de Peixes | Lorena Salazar Masso

Guerra e Paz Editores

Esta ferida cheia de peixes

Título: Esta Ferida Cheia de Peixes

Título Original: Esta Herida Llena de Peces

Autor: Lorena Salazar Masso

Editora: Guerra e Paz Editores

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Março de 2022

Páginas: 144

ISBN: 978-989-702-722-2

Classificação: 5 em 5

 

Sinopse: Este é o livro da subida de um rio. Uma mãe branca, com o seu filho negro, sobe o rio Atrato, na Colômbia. Vai levar o filho que criou à mãe negra biológica. Quererá a mãe negra reclamar agora a criança?

É uma viagem, mas é também uma reflexão sobre a beleza e a dor da maternidade. O que é uma mãe? Uma mãe – diz-nos este romance – é uma coisa que dói. É ferida e cicatriz, é fingir que vences o medo.

Na viagem, surgem os outros protagonistas da história: o rio, que abençoa e afoga; o sentimento profundo de pertença a uma paisagem; as relações de cumplicidade das mulheres; a violência terrível da selva colombiana; a dificuldade de se ser mulher e mãe num mundo cheio de perigos.

Um fulgurante romance de estreia que cheira a verdade. Uma prosa comunicativa e um lirismo que criam uma atmosfera viciante. Esta Ferida Cheia de Peixes oferece-nos um mundo às vezes sonhador, por vezes muito realista, em que a ternura das imagens toca o leitor, abrindo-lhe feridas difíceis de sarar.

 

Opinião: Inesperado é a palavra que me surge para descrever o que senti com a leitura de Esta Ferida Cheia de Peixes logo a partir dos primeiros capítulos. Através de uma história bem quente perante o amor de uma família improvável, este romance é acima de tudo aconchego, dor, partilha, tristeza e desigualdade. Mostrando a viagem de barco de uma mãe de coração com o seu filho deixado aos seus cuidados pela guerra, fui convidando a entrar numa jornada onde a emoção se fez sentir por perceber que estava a ser conduzido pelo embalo da perda, do amor dos cuidados de quem quer bem e que de um momento para o outro tem de abdicar do seu bem maior, o amor por um filho que criou, para o entregar às suas origens. Através do embalo de uma canoa que segue a linha do rio e os contratempos da selva adjacente, através dos sons que revelam medo do que se esconde através da escuridão, as cores e o som que se misturam com o poder feminino que ganha grande destaque nesta história por revelar superação, esforço e autonomia perante uma sociedade machucada pelo conflito e a distância. 

Esta Ferida Cheia de Peixes revela em forma de amor a dor com que tantas famílias passaram e hoje continuam a sofrer por se apegarem e do nada lhes verem, de forma muitas vezes forçada, o seu bem lhes ser retirado. Como uma mãe que não dá à luz mas que é mãe por criar e formar uma criança consegue enfrentar o desapego? Como todos nós conseguimos dizer adeus a quem nutre o bem e sempre pensamos ter do nosso lado? Esta história, totalmente ficcional com raízes reais, é contada ao longo de nove capítulos, como os nove meses de gestação, e revela todo o amor que não pode ser passado pelo esquecimento dos momentos que marcam a História que o Homem decide alterar. 

Ganha no Instagram | Esta Ferida Cheia de Peixes

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A Guerra e Paz Editores lançou no mês de Março a sua nova coleção Romances de Guerra e Paz e com esta nova linha de publicações surgem romances bem distintos entre si, Mãe para Jantar, de Shalom Auslander, que já ofereci um exemplar, e Esta Ferida Cheia de Peixes, de Lorena Salazar Masso, foram os primeiros lançamentos desta coleção. De forma a dar as boas-vindas a esta novidade da editora, estou a sortear até dia 09 de Abril um exemplar de Esta Ferida Cheia de Peixes, e para te habilitares a ser o seu vencedor só tens de seguir diretamente para a minha página de Instagram e perceber a facilidade com que a participação pode acontecer. 

Sinopse | Este é o livro da subida de um rio. Uma mãe branca, com o seu filho negro, sobe o rio Atrato, na Colômbia. Vai levar o filho que criou à mãe negra biológica. Quererá a mãe negra reclamar agora a criança?

É uma viagem, mas é também uma reflexão sobre a beleza e a dor da maternidade. O que é uma mãe? Uma mãe – diz-nos este romance – é uma coisa que dói. É ferida e cicatriz, é fingir que vences o medo.

Na viagem, surgem os outros protagonistas da história: o rio, que abençoa e afoga; o sentimento profundo de pertença a uma paisagem; as relações de cumplicidade das mulheres; a violência terrível da selva colombiana; a dificuldade de se ser mulher e mãe num mundo cheio de perigos.

Um fulgurante romance de estreia que cheira a verdade. Uma prosa comunicativa e um lirismo que criam uma atmosfera viciante. Esta Ferida Cheia de Peixes oferece-nos um mundo às vezes sonhador, por vezes muito realista, em que a ternura das imagens toca o leitor, abrindo-lhe feridas difíceis de sarar.

 

 
 
 
 
 
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Ganha no Instagram | Mãe para Jantar

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A Guerra e Paz Editores acaba de lançar a sua nova coleção Romances de Guerra e Paz e com esta nova linha de publicações surgiram dois romances bem distintos entre si, Mãe para Jantar, de Shalom Auslander, e Esta Ferida Cheia de Peixes, de Lorena Salazar Masso. De forma a dar as boas-vindas a esta coleção da editora, estou a sortear até dia 31 de Março um exemplar de Mãe para Jantar, e para te habilitares a ser o seu vencedores só tens de seguir diretamente para a minha página de Instagram e perceber a facilidade com que a participação pode acontecer. 

Sinopse | E se tivesse de comer a sua mãe para receber a sua herança?

Antes do último suspiro, a mãe deste romance sussurra: Come-me. Os filhos da família Seltzer sabiam que ela o faria, mas não deixa de ser um último desejo desagradável, cruel até. Os doze irmãos Seltzers são canibais americanos, em tempos uma minoria étnica orgulhosa e florescente. Vão confrontar-se com os seus paradoxos, tradição, culpa, conflitos fraternais e a quantidade descomunal de carne que há para comer - e que sabe mal, porque «as mães sabem muito mal».

Mas só assim poderão receber a sua herança. Sétimo, o protagonista de Mãe para o Jantar, fala dos problemas logísticos e emocionais desta comezaina; Segundo só come comida kosher; Nono é vegano; Primeiro odiava a matriarca e os valores tribais; Sexto morreu (menos um com quem repartir tudo).

Auslander assina uma sátira hiperbólica. Um olhar hilariante e cínico sobre as identidades étnicas e sobre o fardo da tradição que pesa sobre as minorias que tomam a opressão como identidade. Para leitores que não temem um romance de humor, escândalo e provocação.

 
 
 
 
 
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O Sonho de Amadeo | Leonardo Costa de Oliveira

Guerra e Paz

O Sonho de Amadeo

Título: O Sonho de Amadeo

Autor: Leonardo Costa de Oliveira

Editora: Guerra e Paz

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Agosto de 2021

Páginas: 136

ISBN: 978-989-702-655-3

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Amadeo acorda esbaforido após sonhar que foi assassinado com um tiro no peito. Um homem idoso, que não reconhece, aponta-lhe um revólver e atira. Amadeo pinta e faz gravações dos pormenores de que se consegue lembrar, mas falta sempre o detalhe principal: o rosto do assassino.
Certo dia, recebe um envelope com um cartão-postal de uma cidade sobre a qual nunca ouviu falar. No cartão há uma imagem que o remete para um dos sonhos. Amadeo toma uma decisão: tentará encontrar aquela cidade. Por onde começar? Talvez a pista esteja na próxima noite mal dormida.

 

Opinião: O romance de Leonardo Costa de Oliveira, O Sonho de Amadeo, é a obra vencedora do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa: Novas Obras em Língua Portuguesa, tendo sido publicada em simultâneo em Portugal e no Brasil, no entanto esta narrativa premiada não me conseguiu convencer, fazendo com que a sua leitura se tornasse arrastada. 

WOKE | Titania Mcgrath

Guerra e Paz

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Título: Woke - Um Guia Para a Justiça Social

Título Original: Woke - A Guide to Social Justice

Autor: Titania Mcgrath

Editora: Guerra e Paz

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Março de 2021

Páginas: 136

ISBN: 978-989-702-604-1

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse:  Considerado um dos melhores livros do ano em Inglaterra, WOKE é o retrato do delírio que invadiu uma legião de activistas, que julga querer bater-se pela justiça social. Ricky Gervais afirmou tratar-se de uma «sátira maravilhosa».

Quem é Titania McGrath, a sua autora? É uma «activista interseccional», seja lá o que isso for. Ela jura-nos que a justiça social se conquista juntando uma bandeira arco-íris no perfil do Facebook, ou intimidando quem diga desconhecer o significado de «não binário», ou chamando nazi a quem pense votar num partido conservador. Em suma: os que defendem a liberdade de expressão são criptofascistas.

Mas será que Titania existe? Titania é a genial invenção do comediante Andrew Doyle, o verdadeiro autor de um livro que satiriza a loucura activista destes tempos.

A loucura do fundamentalismo está presente em várias colorações da direita, como se viu com Trump, mas também tingiu fortemente uma certa visão da esquerda progressista que distorce o que é o progresso.

A melhor forma de desconstruir o perigo do radicalismo é a sátira. Em WOKE assistimos à irrisão por absurdo das loucuras identitárias, do radicalismo feminista, e das extravagâncias de género, da deposição de estátuas e do cancelamento da cultura. É um livro político? É, garantimos, o livro cómico mais sério do ano.

 

Opinião: WOKE, o livro que é definido como sendo Um Guia Para a Justiça Social, veio ajudar a provar que não sou um bom leitor de textos que funcionam como sátira social. Do início ao fim da leitura deste livro de Titania Mcgrath, ou melhor, de Andrew Doyle, que decidiu que se surgisse no Twitter como uma mulher ativista na procura pela justiça social teria melhor impacto para com o seu público, não consegui encontrar um ponto positivo para estar a desperdiçar o meu tempo com este conjunto de argumentos que em nada veio acrescentar. Aceito que o problema seja meu por não conseguir achar a mínima piada à forma como os variados temas foram tratados pelo seu autor, perdão autora, mas realmente a comédia literária parece não ser o meu ponto forte.

Saturnália | André Fontes

Guerra e Paz

 

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Título: Saturnália

Autor: André Fontes

Editora: Guerra & Paz

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Setembro de 2019

Páginas: 192

ISBN: 978-989-702-496-2

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: É numa nova Lisboa que emerge uma personagem sedenta de experiências e da libertação de tudo o que lhe não permite agarrar o sonho de ser um grande escritor.

António Fausto é um jovem adulto igual a tantos outros da geração millennial, cheio de projectos e de aspirações megaló­manas. Quer ser gigante, mas atormenta-o a banalidade. Quer um caminho, mas falta-lhe encontrar-se. Na amizade, no sexo e na literatura encontra o refúgio necessário para que o peso de crescer lhe seja mais suportável.

Bem-vindos a esta Saturnália moderna, repleta de erotismo, boémia e angústias de uma nova geração num mundo igual­mente novo. Da outra margem a Lisboa, o retrato convulsivo de uma geração insatisfeita.

 

Opinião: André Fontes em Saturnália pica o ponto onde a maioria dos autores recua. Abordando de forma livre e real as vivências de um grupo de jovens adultos, neste romance imoral o sexo é a arma forte. A solo, a dois, em grupo e com público, as várias classes sociais juntam-se em quartos, casas-de-banho, e locais públicos para serem livres de preconceitos.

Saturnália revela um libertanismo exagerado, do meu ponto de vista, deste grupo de homens e mulheres que se querem, não olhando para a real consciência que as suas idades já lhes deviam dar. O sexo, as drogas com presença constante, as vidas atribuladas e feitas num constante vai-vem entre empregos temporários e instáveis. O futuro será este mesmo?

Não me revi na maioria das personagens retratadas em Saturnália, acredito numa muito exagerada imagem da sociedade dos tempos que correm, mas ao mesmo tempo pensando e percebendo que estes comportamentos existem e terão tendência a aumentar com o passar dos anos. Senti certos arrepios em determinadas descrições com que não me consegui identificar tanto pelos comportamentos descritos ao pormenor em certas situações como mesmo na visão geral de certos locais onde a ação mais intensa toma lugar. 

Descrito como «o primeiro romance da geração millennial», este livro reflete uma faixa social que não está preparada para lidar com emoções e encargos, resulto de uma educação recheada de proteção e facilitismo, que acaba por dar ao futuro adulto uma falta de preparação para seguir o correto. Os valores são desviados, as relações são atropeladas e a futilidade de cada ligação surge.

Coincidências com a Literatura

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31 de Outubro, noite de Halloween, um livro na mão onde prosseguia a leitura. O Rancor, de Lesley Kara, editado em Portugal pela editora Topseller, fazia-me companhia antes de adormecer. Página após página e novos capítulos a surgirem. E não é que no meio da leitura surge na história a preparação para a noite de todas as bruxas? Será que existem coincidências? Até pode ser!

Mas o mais inesperado é que a 01 de Novembro, a ler os primeiros momentos de Saturnália, de André Fontes, lançado pela Guerra e Paz, a noite de Halloween é novamente mencionada. Que raio de sinal será este, logo comigo que não sou fã de festejos onde os disfarces têm um grande destaque?!

A biblioteca sem Guerra e Paz

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Aos 32 anos de idade e já com centenas de livros lidos, confesso que ainda não enfrentei a tão aclamada obra de Lev Tolstói, Guerra e Paz. No entanto e sabendo o peso que este texto tem na literatura mundial, fiquei espantando quando percebi que numa biblioteca nacional do nosso Alentejo não existe um exemplar de cada volume desta obra. Como pode isto acontecer, estando para mais o Guerra e Paz inserido no Plano Nacional de Leitura? Esta é daquelas situações que não se compreende por num espaço de interesse público, onde a literatura está disponível a todos, faltar uma obra com história e que é aconselhada. 

Deixo aqui um apelo para que todos os diretores de bibliotecas nacionais e mesmo os funcionários façam uma visita com sentido às suas estantes para perceberem que obras fazem falta a favor do que é importante, deixando talvez várias novidades que não ficarão na memória para trás. O importante está a falhar e é necessário não ficar sentado e perceber o que é procurado e o que faz realmente falta nas estantes nacionais de interesse público. 

Recordo que Guerra e Paz tem como pano de fundo um cenário de guerra, aquando da invasão da Rússia por parte das tropas Napoleónicas, retratando episódios históricos onde a ficção toma lugar, Entre grandes personagens que procuram um sentido para a vida, entre o amor, o ódio e a luta, esta é uma história que leva o leitor a refletir sobre a vida e o quão frágil é a existência de cada um.