Agradecer, celebrar o bem que deve ser partilhado com todos! É sobre o poder da gratidão que me baseio hoje por perceber que simples expressões como «Bom dia!», «Olá!» e «Obrigado!», que podem parecer meros apontamentos diários, mas que são difíceis de verbalizar para muitas pessoas que ainda, mesmo numa fase adulta, não conseguiram perceber que para estarem bem consigo também é necessário olhar para e pelos outros.
Desde sempre fui educado com base na celebração do agradecimento de tudo o que possuímos através da conquista, mas que nada surge somente com o fruto do trabalho e ambição de uma só pessoa. É perante os outros e com os semelhantes que conseguimos palmilhar o caminho, agradecendo, dando palavras de apoio, incentivando a seguir em frente e celebrando a vida. Por vezes não é necessário criar relações, sendo sim primordial ser afável e mostrar que sempre reconhecemos o próximo como um de nós, cumprimentando, tendo uma palavra a dizer, nem que ao longo de uma vida não se passe de um simples «Olá!» diário, mas sabendo que de todas as vezes com que nos cruzamos com alguém a celebramos tal como pretendemos que o faça.
Um simples sinal de gratidão consegue, além de manter uma melhor relação, deixar quem o recebeu com um ponto positivo na sua vida naquele dia. Não custa nada e podemos estar de mal com o Mundo, mas será que custa alguma coisa ou ficam com menos uns euros se agradecerem por algo que por vezes é traduzido por gestos tão simples como um olhar de reconhecimento diário ou por um comportamento que nos facilita o nosso passo seguinte?
«Obrigado!» perante quem nos dá passagem numa fila de supermercado só porque queremos pagar um artigo e quem está à nossa frente tem um carro de compras cheio. «Bom dia!» a quem nos deixa a porta do elevador aberta para entrarmos. «Obrigado!» a quem nos encaminha até um lugar numa sala de espetáculos. «Muito Obrigado!» por me avisarem que tenho um furo no carro. «Boa tarde!» a quem nos serve o café após o almoço. «Até amanhã!» ao vizinho que chega ao prédio ao mesmo tempo que nós e que possivelmente já não iremos ver no mesmo dia.