Mais do mesmo na Gala das Estrelas
A TVI celebrou o Natal ao lado da Missão Continente e presentou o seu público com mais uma edição da Gala das Estrelas que acaba por ser uma tradição do canal, embora em alguns anos não tenha existido. Ano após ano este é um dos eventos que reúne a família TVI num só local onde entretenimento, ficção e informação se juntam para celebrarem o término e a continuação do sucesso de audiências do canal. Este ano a Gala das Estrelas podia ter algumas mudanças, mas simplesmente podia.
Achei que nesta edição de 2017 que o canal poderia caminhar num outro sentido para voltar a surpreender o espetador que lhe voltou a dar a preferência ao longo do serão e durante toda a exibição da festa. Poderiam ter feito uma Gala mais mexida, diferente do que tem sido habitual ao longo dos tempos, mas não. Simplesmente optaram por seguir exatamente a mesma linha com os rostos do canal que gostam de cantar a fazerem o que gostam e os que dançam a dançarem com bailarinos profissionais. Nada mesmo de diferente do que é habitual. Deviam ter arriscado bem mais, tanto no seguimento que todo o evento teve, onde os anfitriões, os melhores, mas sempre os mesmos do costume, apareciam volta não volta entre atuações e intervenções em palco dos rostos do canal que ao lado da figura da Leopoldina apelavam ao telefone pela Missão Continente.
Notei que faltou a magia da surpresa de outros tempos, o arraso nas atuações dos anos anteriores e o desmanchar da figura, incentivando os convidados que foram a palco a sair da sua zona de conforto. Podiam mesmo ir pelo improviso do momento que talvez conseguisse surpreender de outra forma o público em casa e mesmo o da sala do Casino Estoril que poucas reações foram tendo ao longo da emissão. A par das atuações, as intervenções de apelo ao famoso 760, mas desta vez por uma causa nobre, começaram bem mal, notando-se que os atores, principalmente, não têm noção nenhuma sobre a postura para lerem um teleponto, mexendo no microfone caso seja necessário para não ficarem todos curvados a lerem descaradamente um texto tão simples de decorar, para mais para quem supostamente está mais que habituado a decorar páginas diariamente.