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O Informador

O ego de Cristina Ferreira

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Setembro já começou e Cristina Ferreira, além de ter assumido a direção de entretenimento e ficção da TVI continua a dar cartas com a sua revista e não só. Este mês o tema de capa da sua publicação gira em torno de si própria, mais uma vez, e mostra o egocentrismo um pouco desnecessário em torno de si e do sucesso alcançado. 

É público que adoro Cristina Ferreira, mas não será demais ser sucessivamente a capa da sua própria revista? Além de estar constantemente em grande destaque, neste mês de mudança e de novos rumos ainda consegue fazer quatro capas, em modo fantasia, com princesas e heroínas do universo fantástico do mundo Disney e Marvel perante o lema 《Deseje mais, todos os dias》. Percebo a ideia destas quatro capas, mostrando o poder da mulher em ser forte pela luta do sonho e conquista. Com a premissa 《Deseje mais. E siga em frente. O resto é fantasia.》, a apresentadora resume assim pelas redes sociais esta escolha para chegar junto dos leitores em Setembro.

Mais uma vez Cristina é capa da sua própria revista, optando por mostrar a heroína que pode existir em cada mulher por não baixar os braços, por lutar pelos seus objetivos e sonhos que aos poucos são concretizados com foco e determinação. Certo é que tudo em que Cristina Ferreira toca, seja na televisão ou fora dela, vira sucesso, mas estas capas não revelarão um pouco de auto valorização a mais? Defendo a ideia que se cada um não se valorizar não serão os outros que o irão fazer, mas ao olhar para estas quatro capas de princesas e super heroínas só penso no quão concentrada em si e no sucesso Cristina está neste momento como salvadora da pátria de um canal que ajudou e derrubou em menos de nada para agora regressar como a grande conquistadora que ao perceber o erro volta a casa para levantar os muros que ajudou ela própria a derrubar como se tivesse de voltar à feira e montar as estacas da banca. São assim os heróis tão merecedores do seu lugar quando estão bem vistos, quebram tudo para depois voltarem a conquistar e ganharem mérito com isso?

Travão do avanço

 

Pensamos de que é necessário alterar algum ponto da nossa vida, mas algo nos deixa ficar estáticos sem que o primeiro passo para mudar seja dado. Um travão, como se entrássemos no encantado reino do gelo da famosa animação da Disney. Estáticos, congelados e sem a capacidade para verter uma situação que queremos ver alterada mas perante a qual nada fazemos de contrário.

A vontade é de virar num cruzamento e seguir num caminho diferente do que está aparentemente estabelecido, no entanto depois paramos e resolvemos seguir mais uns tempos na estrada por onde já andamos sem conseguir fazer a manobra de inversão e voltar ao cruzamento para virar por outro sentido. Por vezes a sensação com que ficamos é a de que o travão surge e as vontades fluem, no entanto continuamos a arrancar sempre na mesma direção mesmo quando as coisas deixam de fazer sentido como anteriormente. 

O que nos faz ficar em espera que as coisas venham ao nosso encontro? Nada nos cai do céu e é complicado as oportunidades surgirem assim do nada, embora aconteça. Quando isso se dá e não existe a coragem de mudar, alterar o rumo porque o avançar nem sempre é sinónimo de vontade de agarrar as transformações por falta de poder e com medo que o futuro não corra tão bem, dentro dos vários prismas, como o presente, a frustração acaba por aparecer. 

A Rainha da Neve | Teatro Politeama

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O novo espetáculo infantil de Filipe La Féria para a temporada  2019/2020 traz A Rainha da Neve ao palco do Teatro Politeama. Num original do produtor, inspirado no conto de Hans Christian Andersen, que também inspirou o célebre filme da Disney, Frozen, este novo musical de La Féria traz consigo ainda mais magia que os sucessos dos anos anteriores pela sala de espetáculos. Em A Rainha da Neve, o reino gelado de uma família é encenado num momento em que a temível rainha da neve surge para sacrificar a união e conforto de uma família, onde um pai faz de tudo para proteger as suas jovens filhas e princesas. 

Numa metáfora entre o calor e o frio, em A Rainha da Neve o poder da magia e o encantamento marcam presença ao lado de uma história onde vida, amor, família, amizade, magia, diferenças, sonhos e coragem ganham destaque numa partilha entre as personagens. Num confronto entre o verdadeiro amor e o egoísmo, neste território gelado a história faz com várias mensagens sejam transmitidas e fiquem a pairar pela sala do Teatro Politeama onde miúdos e graúdos aplaudem, questionam e emocionam-se perante o que cada ser deste mundo encantado e gelado tem para dar e receber, passando de forma fácil a mensagem de que juntos somos mais fortes para seguir em frente. 

Numa união entre a representação, o canto e a dança, esta nova produção de Filipe La Féria segue a qualidade que o produtor e encenador habituaram o seu público. Com cenários, guarda-roupa e musicalidade sem falhas e um elenco de atores, cantores e bailarinos com rostos já conhecidos da "casa", A Rainha da Neve segue todos os parâmetros necessários para encher a sala de espetáculos sessão após sessão e com algumas surpresas pelo meio. A história base é, com alguns ajustes, conhecida de outros campeonatos do audiovisual, a magia acontece, o elenco cumpre e os momentos musicais estão desta vez em grande destaque pelas vozes escolhidas. 

 

Reino do Gelo

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O fim-de-semana foi prolongado mas o tempo não deu tréguas e fora de casa - sou lá eu capaz de passar três dias seguidos trancado dentro de quatro paredes - foi raro o momento em que me senti quente. 

As temperaturas não estiveram negativas como em algumas áreas do país, no entanto mesmo com alguns graus positivos por onde andei de dia e noite, o frio que aparecia com a ajuda do ligeiro vento não ajudou a aquecer o corpo, que com várias camadas de roupa arrefecia assim que se chegava junto a qualquer porta para sair. Um fim-de-semana prolongado é sempre ainda mais desejado que os normais mas depois não poderia o frio ter ficado um pouco de lado? Sinceramente, ao contrário de muitos, prefiro tanto mais a chuva ao frio, porque a água pode cair, existem chapéus e mesmo a roupa encobre o corpo dos pingos, já com o frio por mais agasalhado que esteja o gelo parece passar sempre e nas mãos sem luvas e cara desnudada arrefeço de tal modo que parece que as baixas temperaturas invadem todo o corpo, descendo pela coluna e a partir daí está tudo tramado, sendo necessário tentar aquecer dentro de casa.

Vaiana, a Disney cria magia!

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Vaiana não irá ter o sucesso de Frozen porque existem vários fatores que não levarão este filme ao sucesso de bilheteira do anterior e muito menos aos derivados que o filme deu em séries animadas, artigos de merchandising e afins, no entanto de uma coisa tenho a certeza. A Disney é a melhor produtora de filmes animados a criar emoções junto do público de todas as idades. 

União, família, amor, persistência, ambição, crença, vontade, bondade, força e garra são alguns dos valores que poderão ser vistos em Vaiana. Um filme que não se destina ao público dos anteriores sucessos com a marca Dinsey, já que parece-me ter uma história mais puxada e que afasta e acaba por cansar os mais pequenos, nesta luta pelo regresso à paz e bem-estar de uma comunidade, a jovem transmite emoções ao mesmo tempo que se vê envolvida em lutas e desafios que devido às imagens não agradam na totalidade aos mais pequenos que se cansam a meio do filme. Já me tinham dito que isso acontecia e constantei o facto quando se parte para intervalo e ouvem-se várias vozes a pedirem para ir embora. Esta película infantil tem uma faixa etária mais elevada que Frozen, fugindo também das histórias mais simples de família. Aqui existe uma família, mas existe muito uma Vaiana em busca de reconquistar o que foi perdido ao lado de um ser que pode ser confundido por um ogre primeiramente mal disposto. 

A par desta nova aventura com o selo de qualidade Disney ser mais pesada, existe um outro facto que me parece ser até forte para que Vaiana não pegue. Por muito que se queira e podemos avaliar pelas décadas de princesas que já existem, onde estão as princesas de sucesso negras, mulatas ou mestiças? Pois, os maiores sucessos foram todos com princesas brancas, louras ou morenas, mas brancas. O preconceito continua a existir e por muito que se queira isso é percetível também nos desenhos animados. 

Barbie, a normal!

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Barbie, a boneca mais famosa do mundo ganha a partir de agora novas formas, tons de pele e altura. Se até aqui a boneca bonita, magra e sempre arranjada tinha um formato idílico, a partir de agora tudo não será mais como antes, continuando no entanto sensual e com um toque mais humanizado. 

A Barbie agora tem quatro formatos de corpo: a normal, a baixa, a alta e a «das curvas». Além disso existem também sete novos padrões de pele para que a boneca com 57 anos esteja inserida na sociedade dos tempos modernos onde não existe um ideal de mulher, existindo sim a diversidade onde cada qual é o ideal. Esta alteração vai de encontro assim aos padrões de beleza ilimitados que vão mais além, estando também vinte e dois tons de cor de olhos disponíveis e vinte e quatro penteados, oferecendo aos verdadeiros fãs, sim, não são só as meninas que adoram a Barbie, a opção de escolha dentro dos padrões que acreditam ser os normais e onde se revêem. 

A renovada Barbie já está lançada e a Mattel espera voltar a alcançar com esta estratégia o primeiro lugar de vendas junto do público alvo que está cada vez mais próximo das bonecas que fazem moda a cada ano, como é o caso do universo Frozen. 

A reinventada boneca outrora esguia, quase anoréctica e que fazia o ideal de beleza impossível de alcançar está agora dentro dos parâmetros que cada qual escolher no ato da compra. Melhorou bastante ou não? Pelo menos agora já não deverão existir novas notícias de que determinados loucos fazem transformações corporais para ficarem com o corpo da Barbie, existindo sim notícias de que alguém quer ficar como a Barbie «das curvas».