Rescaldo dos Globos de Ouro
Vamos lá comentar a 22ª Gala dos Globos de Ouro que a SIC exibiu ontem, 21 de Maio de 2017, em parceria com a revista Caras.
Primeiramente é necessário falar da Passadeira Vermelha de apresentação em modo Televendas como já é habitual ser feito. É mesmo de serviço útil ao telespetador saber as marcas das vestimentas das estrelas que vão desfilando até entrar no Coliseu dos Recreios? Será que não conseguem somente falar com os famosos, maioritariamente rostos da estação, dos seus projetos e não comentarem roupas, sapatos e joias? Um outro pormenor que já é comum na Passadeira Vermelha dos Globos é o facto de dizerem que estão em direto quando assim não o é, já que é bem notório pela claridade do céu que as reportagens foram gravadas uns bons minutos antes, dado que depois quando começou a gala todos os convidados que há dois minutos estavam a entrar já estavam bem sentados nos seus respetivos lugares sem andarem pessoas em pé de um lado para o outro. Para mais este ano ainda tiveram uma falha no diferido e passaram um dos minutos com a Andreia Rodrigues em dose dupla, mas talvez ela tenha repetido a entrevista duas vezes e com a mesma pose, não sei!
Agora sim, a 22ª Gala dos Globos de Ouro! Antes demais questiono-me sobre a escolha de João Manzarra para a apresentação da suposta gala do ano em substituição de Bárbara Guimarães que foi assim afastada! As piadas consecutivas do Manzarra são aquela base já habitual com todos os apresentadores que passaram pelos Globos ao longo dos anos. O texto é tão formatado que o público na sala esquece-se de rir diversas vezes. Mas a questão essencial é... A sério que não existiam outras pessoas dentro do lote de apresentadores do canal para apresentar a que chamam de «Gala do Ano»? Júlia Pinheiro e João Baião são os dois rostos com maiores ordenados e só servem para apresentarem talk shows que perdem diariamente nas audiências e não podem fazer um especial de horário nobre uma vez por ano para tentarem compensar os maus resultados dos restantes dias?
Bárbara Guimarães subiu ao palco com Rodrigo Guedes de Carvalho e o jornalista tocou na ferida da apresentadora. Falou no drama da violência doméstica dando um chá de forma indireta a Manuel Maria Carrilho. Sério que isto era necessário num espetáculo nacional e onde se pretende estabelecer a alegria?
Mariana Pacheco e Vítor Silva Costa souberam mostrar a várias das duplas que foram ao palco apresentar e entregar globos que não é preciso elaborar muito para se estar bem e não cometer gralhas com as tentativas de ter graça junto de um público snob e que só se quer é despachar para seguir em frente para a verdadeira festa que o avançar da noite tem reservada.
Rita Blanco e Albano Jerónimo esqueceram o teleponto e graças à atriz conseguiram ter dos melhores momentos cómicos da noite enquanto dupla a entregar um globo. Improviso e com o excelente bom humor de Rita Blanco, a dupla deixou o texto para trás e seguiu em frente.