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O Informador

Ai Coração, Mimicat

Ao contrário de outros anos, desta vez não acompanhei a lista de canções e cantores candidatos a representarem Portugal no Festival Eurovisão da Canção, mas rapidamente e ainda antes da final, comecei a perceber que a Mimicat estava lançada com o seu Ai, Coração. Um tema bem interpretado que fala muito mais do que da paixão aparente quando se ouve pela primeira vez. Esta música leva-nos pelos caminhos da ansiedade e da depressão que a par de outros remédios, podem ser combatidos com a ajuda do canto e dança como um hino ao amor com alegria.

 

Maro | Saudade, Saudade

2022 foi o ano em que não acompanhei o Festival da Canção e não ouvi nenhum dos temas que estavam a concurso para representarem o nosso país na Eurovision. No entanto em noite de final resolvi procurar a canção vencedora e deparei-me com Saudade, Saudade, um tema com canção, letra, música e interpretada por Maro que se fez acompanhar com quatro vozes no que foi a atuação que lhe deu a passagem para o espetáculo europeu. 

Primeiro é necessário ouvir mais que uma vez o tema. Na terceira ou quarta repetição começa a fazer sentido pela harmonia criada entre a letra e a forma suave com que a mesma é interpretada numa alusão ao passado que marcou cada um de nós. Numa quinta vez percebe-se que o refrão fica no ouvido, seja cantado por uma mas melhor ainda por várias vozes em simultâneo. Para finalizar e já com esta vitória aceite e percetível como a escolha certa, é bom refletir perante a singulariedade sobre a palavra tão portuguesa Saudade. 

Maro vai levar Saudade, Saudade ao grande palco da Eurovision e desta vez acredito que poderemos conseguir um bom lugar de destaque se as questões políticas e da atualidade que estão a marcar a Europa não se voltarem a intrometer nos resultados finais. 

Festival somente para recordar...

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Somente para mais tarde recordar que em 2020 também existiu Festival da Canção! 

Elisa foi a vencedora do Festival da Canção 2020, com o tema Medo de Sentir, de Marta Carvalho, caminhando assim para representar Portugal no Eurovision, a realizar-se no Ahoy Arena em Roterdão. 

Não acompanhei e nem vi as Semi-Finais e a Final na totalidade do Festival da Canção deste ano, mas pelo que consegui perceber, entre as propostas na competição esta era mesmo a melhor solução, merecendo assim o primeiro lugar.

Salvador herói! Sobral esquecido!

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Salvador Sobral, o vencedor do Festival da Canção 2017 e que venceu o Eurovisão no mesmo ano em Kiev, na Ucrânia, com o tema Amar Pelos Dois, seguiu o seu percurso no panorama musical e entre os vários projetos onde tem marcado presença, continua a pertencer ao grupo Alma Nuestra, cuja fundação dependeu de si a quem se juntou Victor Zamora, no piano, e mais tarde André Sousa Machado, na bateria, e Nelson Cascais, no contrabaixo. Numa mistura entre o jazz e os sons cubanos e sul-americanos, os Alma Nuestra estão a lançar o seu primeiro trabalho discográfico e tive o privilégio de assistir a um dos espetáculos onde tenho a dizer que fiquei convencido com o trabalho feito e principalmente com o talento de todos, inclusive de Sobral que além de cantor e interprete, tem um bom à-vontade para o entretenimento ligado à comédia. 

No espetáculo de apresentação do trabalho realizado pelos Alma Nuestra o que não entendi foi mesmo a adesão do público, que numa sala mais pequena do que os grandes centros de espetáculos, conseguiu mesmo assim deixar várias fileiras de lugares vazios. O Salvador Sobral não foi o nosso representante que mais longe ficou na competição europeia Eurovisão? Na altura o país não parou para assistir ao grande momento em que era mais que esperada uma vitória? Dois anos e uns meses depois de todo o sucesso, o cantor promoveu o espetáculo com os restantes elementos da banda que atuou no Teatro Villaret com o apoio da Força de Produção e o público que o venerou parece ter desaparecido. 

Com a minha honesta opinião tenho a confessar que senti um pouco de desilusão por não ver uma sala esgotada num momento em que uma boa voz que todos ficaram a conhecer pelo seu sucesso rápido ter lançado um trabalho e não conseguir cativar o seu público ao longo deste tão pouco espaço de tempo. Será que todos esqueceram o quanto o tema Amar Pelos Dois andou a viajar por aí? Então o Salvador agora que já passaram mais de dois anos já não é o melhor, o que venceu e que mereceu o seu lugar de destaque?

Portugal no apoio dos bons trabalhos parece não existir. Concordo talvez que o facto dos Alma Nuestra seguirem a linha do jazz que afaste algum, muito até, público. Não sou apreciador deste estilo, confesso, mas na verdade gostei do espetáculo, via de novo e acho que as estrelas rápidas merecem sempre continuar a brilhar quando têm o talento do seu lado e o Salvador têm muito talento e mérito consigo.

Je suis Conan Osíris

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Conan Osíris é o grande vencedor da edição do Festival da Canção 2019. O que dizer sobre esta decisão de jurados e público? Não aprecio de todo, embora o tema entre no ouvido facilmente, mas confesso que Conan deverá ser o candidato que mais hipóteses terá de dar nas vistas na Eurovisão e de conseguir assim alcançar um lugar decente, após a grande derrota de Cláudia Pascoal no ano passado. 

Com viagem já marcada para Israel, país onde se realizará a edição deste ano da competição europeia, após a vitória de Netta Barzilai em Portugal em 2018, Conan será o nosso representante e quer se goste ou não, neste momento todos somos Conan Osíris porque rapidamente, se as rádios mais ouvidas assim o ajudarem, o tema Telemóveis irá ficar na cabeça de todos nós. 

Portugal já tem o seu candidato e agora resta esperar, apoiar e acreditar que após Salvador Sobral ter vencido que conseguiremos uma nova vitória com Conan Osíris e seu amigo contorcionista que antes de atingirem a final terão de passar por uma das semifinais que se realização a 14 e 16 de Maio e só depois, a 18 de Maio, vem o grande dia. 

Não gosto, não aplaudo, mas o que fazer neste momento quando a maioria de quem tomou a decisão gostou? Não votei e não fui contra a corrente e existe também um bom motivo para não se remar contra, é que as opções iam de mal a pior. Entre ir mal e seguir mesmo muito mal, vale mais seguir a viagem com o que acaba por ser mais espalhafatoso e diferente, assim sempre pode ser que se dê nas vistas e não se seja somente mais um.

Curtas e Diretas | 125 | Piçarra, já era!

Há uns dias havia dito que o Piçarra antes de o ser já era, referindo-me claramente ao top das preferências do público que vota no Festival da Canção por ser neste momento um dos ídolos musicais de faixas etárias predominantes na votação neste tipo de programas. Agora volto a dizer que o Piçarra já era mesmo, visto estar no bom caminho para representar Portugal na Eurovisão e com ou sem plágio da música da IURD, acabou por desistir da competição. Piçarra era antes de o ser o preferido e acaba por dizer “já era” perante o lugar que tanto desejava por uma falha cometida perante a elaboração do tema que levou a palco.

Piçarra, antes de vencer já o era

No dia em que foram conhecidos os nomes candidatos a representarem Portugal no Eurovisão deste ano, a realizar-se no nosso país graças à vitória de Salvador Sobral o ano passado, logo percebi que pelo público um nome iria ter a preferência geral, o que não imaginei foi que também os jurados iriam estar com a mesma ideia. 

Diogo Piçarra, foi na segunda semi-final do Festival da Canção o preferido, tanto do público como dos jurados, tendo arrecadado doze pontos, a pontuação máxima, em ambas as votações. Sobre a escolha de quem está em casa a votar nunca tive dúvidas de que seria Piçarra o eleito graças à sua legião de fãs e com a unificação também dos jurados parece que a final está mais que feita.

Diogo Piçarra é o vencedor antecipado, para mim desde o primeiro dia, do Festival da Canção, edição 2018, e irá assim representar o país, tentando ser o sucessor de Salvador no lugar cimeiro da competição europeia. Aguardamos pela gala final da competição nacional, mas não existirão grandes dúvidas quando o público tem poder e o jovem cantor tem um grande número de fãs que «fazem tudo» por si, até gastar quantidades absurdas de dinheiro só para o verem feliz. 

Portugal dos três F's

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Portugal, o país que muitos apelidam por ser conhecido pelos três F's, graças a palavras de António Oliveira Salazar, ontem 13 de Maio de 2017, conseguiu praticamente fazer o pleno e ter duma só fez Fado, Fátima e Futebol... Se não fosse o Salvador Sobral a fugir do Fado no Eurovision poderíamos mesmo dizer que tivemos os F's representados de forma vencedora e duma só vez. 

Iniciamos o dia com as comemorações de Fátima, com o Papa Francisco a santificar os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto que se tornaram os mais jovens Santos da igreja, celebrando ao mesmo tempo o Centenário das Aparições de Fátima. Passamos para a vitória do Benfica no Campeonato Nacional a uma jornada do final com direito a festejos pelo Marquês de Pombal e por vários locais do país e terminamos o dia com a representação portuguesa no Festival da Eurovisão a arrecadar o troféu, pela primeira vez. Salvador Sobral chegou, cantou, conquistou e venceu pela primeira vez o Eurovision e encheu Portugal de orgulho num dia onde tudo aconteceu!

Salvador Sobral

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Quarenta e oito edições após o início das participações de Portugal no Festival da Eurovisão, chegou Salvador Sobral, venceu a eliminatória no país onde recebeu aplausos e criticas e rapidamente começou a ser um dos preferidos para vencer na Europa. As semanas foram passando, transformaram-se em dias para o grande final, a semi-final foi passada e eis que a 13 de Maio toda a comunidade europeia decidiu dar a vitória a Portugal. 

O Festival da Eurovisão já conta com sessenta e dois anos e esta é a primeira vez que Portugal vence a competição, não tendo concorrido, tal como vários dos outros países, ao longo de toda a história do evento. Este ano estiveram quarenta e dois países a participar e votar na final e tanto o júri do evento como o televoto deram a vitória clara a Salvador Sobral que ficou na História do Festival da Eurovisão por ser o vencedor com mais pontos de sempre recebidos e deixando para trás assim as sucessivas derrotas que sempre foram acontecendo com Portugal que raramente conseguiu ficar entre os melhores classificados. Para além do principal troféu, Salvador Sobral e a irmã Luísa venceram também as categorias de melhor intérprete e melhor composição, respetivamente.

Com Amar Pelos Dois, Salvador Sobral trás assim a primeira vitória do Eurovision para Portugal e deixa assim ao encargo do nosso país a preparação do Festival para o próximo ano que será certamente exibido a partir do MEO Arena e com apresentação de rostos RTP. Os sonhadores que queiram representar Portugal e seguir os passos do Salvador que se comecem já a preparar porque para o ano tudo irá acontecer por cá e a Europa irá estar de olhos postos em nós!

Há um Mar que nos Separa

Leonor Andrade será a representante nacional do Festival Eurovisão da Canção deste ano. Depois de duas eliminatórias e uma final com a maioria dos candidatos já conhecidos do público de formatos anteiores, acabou por ser a mais nova concorrente a levar o troféu consigo no Festival da Canção 2015. 

Com o tema Há um Mar que nos Separa da autoria de Miguel Gameiro, dos Pólo Norte, Portugal será representado assim pela jovem que pretende, sonhando, claro está, arrecadar o primeiro lugar europeu da competição.