Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Páscoa ovos

Nos últimos dias na televisão assisti a vários jornalistas e apresentadores a questionarem os seus convidados da seguinte forma.

Se não tivéssemos em confinamento como seria a sua Páscoa?

Eu respondo como se estivesse no ensino primário para ver se todos entendem. 

Se não tivesse em confinamento a minha Páscoa seria passada a trabalhar.

E agora divago sobre como seria a resposta da maioria dos portugueses.

 

memória.jpg

Nunca me tinha acontecido, no entanto por estes dias constatei o que os especialistas falam sobre a memória seletiva com o tempo. Em conversa familiar aqui por casa percebi que não tenho memória sobre os acontecimentos que rodearam a morte de uma vizinha que me viu crescer, como se fosse uma avó. Perdi em menos de dez anos qualquer memória daqueles dias e em conversa sobre os que amamos e que partem percebi que nem me lembro de ter sido eu a receber a notícia cá em casa para a transmitir aos meus pais que tinham saído nesse dia. 

Dizem-me que foi uma vizinha, também ela já falecida, que me deu a informação, que liguei de imediato para avisar os meus pais, sei claramente que fui ao velório e funeral e não tenho imagem alguma sobre estes momentos. Tal como não tenho imagens dos últimos dias que a senhora passou na sua casa. A memória seletiva parece ter apagado estes maus momentos, o que de certa forma tenho pena mas ao mesmo tempo acaba por ser um alívio por me lembrar somente das coisas boas que foram vividas e partilhadas ao longo de mais de vinte anos. 

O cheiro a rebuçados que a sua sala sempre tinha, os ensinamentos que lhe fui dando de cada vez que comprava um novo telemóvel, as conversas sobre televisão, a paciência que a discrepância de idades nos dava mutuamente para passarmos horas a conversar. Cresci com a avó de coração a quem chamava tia e que vivia mesmo na porta do lado, tenho excelentes recordações desta senhora que me apoiou sempre desde que me viu chegar a casa no primeiro dia para me ajudar a educar como se fosse um membro da nossa família, que na verdade sempre foi e será. No último dia em que deixou a sua casa não me despedi mas sei que foi para um lar de forma contrariada e essa sua ida foi a sua primeira morte, eu sei, sempre soube, que a partir do dia em que a tia saísse de junto de nós não mais voltaria e não voltou. 

conversa.png.crdownload

 

As conversas fluentes do dia-a-dia de outros tempos desapareceram em tempos de confinamento, faltando tema e até alguma paciência para se criar aquela conversa que bem podia ser desenvolvida e que nos dias que correm parecem nem fazer sentido. 

Encontramos numa ida ao supermercado ou ao longo do passeio higiénico alguém conhecido e acabamos por não conseguir desenvolver assunto. Fazemos aquela conversa de circunstância quando se dá o encontro e depois, quase como instantaneamente o bloqueio surge, sendo provavelmente o tema sobre a pandemia a dar o mote para três dedos de conversa em vão por existir a necessidade de tentar criar ali um momento que não se fique somente pelo "olá, tudo bem?".

Sinto que com o tempo de pausa as relações humanas estão a perder muito mais do que se pensa, sendo cada vez mais difícil socializar e criar situações para desprender temas entre quem já não se vê, nem fala mesmo pelas redes sociais, há alguns meses pelas circunstâncias tristes do confinamento forçado. 

Mensagem de Natal viral

Natal com todos e sempre de máscara!

ap20237385160377-b.jpg

 

Nem penses que vais por aqui encontrar uma mensagem de Natal toda feita com mais do mesmo, tudo porque este ano além de tudo o que desejamos anualmente a todos com a história da saúde, felicidade e paz, existe um acrescento bem importante para a noite mais natalícia do ano e que se refletirá também ao longo dos próximos meses. 

Como tal e para que possamos zelar pela nossa saúde, que nos ajuda a manter a paz e a sermos felizes, o ideal neste Natal é utilizarmos sempre máscara, mesmo quando estivermos de roda do bolo rei e dos sonhos em família. Não sei bem como o irão fazer, mas sugiro que comam pelos cantos da casa, como se estivessem a comer às escondidas dos restantes e que voltem para a grupeta familiar já com a taça de arroz doce vazia e o camarão a seguir a sua viagem longe dos olhares indiscretos.

amor sem fim.jpg

 

A TVI passou durante a semana e após o serviço informativo da noite a reportagem documental Amor Sem Fim, no espaço Alexandra Borges, num trabalho de Emanuel Monteiro.

Resumindo o tema de forma rápida, nesta grande reportagem uma mulher pretende com o esperma do marido engravidar. O marido faleceu com cancro, horas após casarem no hospital, tendo deixado tudo tratado para que o sonho de ambos se realizasse. O problema agora impõe-se!

Com a documentação devidamente assinada por ambos em como Ângela podia usar o esperma de Hugo para terem um filho em comum, a lei portuguesa não o permite. No entanto essa mesma lei permite a que esta mulher viúva recorra a um banco de esperma para ter um filho de dador anónimo. 

Em que país vivemos para que uma mulher com um sonho comum de um casal não possa usar o que tem do seu falecido marido mas que o possa fazer de outro homem? Qual o problema de Ângela poder dar vida a um filho desejado por ambos, mesmo quando Hugo já não está com vida, quando ao usar um banco de esperma também não existirá um pai presente no futuro da criança?

Esta mulher luta por uma alteração na lei para que possa realizar um sonho e este problema de leis e regras não se entende em pleno século XXI onde se percebe que existem falhas nos regulamentos impostos. Até quando isto vai acontecer? Ângela e Hugo fizeram tudo de forma correta nos últimos tempos da doença, casaram mesmo no último dia pelo amor sentido, ambos queriam ficar unidos para sempre, ter um filho de ambos. O futuro está a um passo e a lei não permite que esta mulher possa ter o fruto tão desejado de um amor verdadeiro.

 

 

meias.jpg

 

Cresci com o conhecimento de que em todos os Natais iria receber meias. Agora e já há alguns anos, que esta tradição se alterou e as meias que eram oferecidas ficaram mesmo para trás. Se as quero que as compre ao meu gosto. Os presentes foram alterados e as célebres meias que sempre apareciam como presente natalício já eram.

Posso dizer que a tradição já não é o que era e que os queixumes de que recebia meias agora resultam em momentos de saudade! Em muitos momentos da vida não entendemos que os hábitos dos quais refilamos com o tempo se transformam e acabam por fazer falta por mostrar a saudade da real essência de pequenos gestos. Não damos valor a um par de meias oferecidas pela tia, pela avó ou pela vizinha mas é quando esses pormenores deixam de aparecer que percebemos mais uma vez que essas pessoas já não estão em alguns casos presentes nas nossas vidas. 

pausa natal.jpg

 

O dia de Natal é tradicionalmente o dia da família, da união e do descanso! Será que ainda vivemos a tradição natalícia como há uns anos atrás?

Um dia de pausa extra no ano, que tende a ficar cada vez mais esquecido numa sociedade que vive do consumismo, onde muitos questionam o que fazer neste dia, querendo que centros e zonas comerciais e de lazer estejam abertos a 25 de Dezembro para ocuparem o tempo e não estarem fechados em casa sem saberem o que fazer.

A tradição do Natal tenderá a terminar e acredito que não faltarão muitos anos, tal como já começa a acontecer no Domingo de Páscoa, que o feriado do nascimento de Jesus seja mais um para que todos passeiem, desfrutem das iluminações e façam do dia mais um entre os muitos feriados, dias extra de descanso para muitos, ao longo do ano!

 

Consegues imaginar o Natal sem uma bela árvore de natal, totalmente enfeitada, e, claro, sem todos os outros efeitos associados a esta altura do ano? Acredito que não, mas alguma vez paraste para pensar de onde surgiu a tradição da árvore?

Quero que tenhas este conhecimento, portanto vou dar-te todas as informações que precisas saber sobre a história e tradição deste símbolo natalício que é regra não só em Portugal, mas em todo o mundo.

 

História da árvore de Natal e a sua tradição

Há muitos séculos atrás já era tradição decorar plantas verdes como sendo um símbolo de fertilidade e vitalidade. Em outros locais os pinheiros eram usados para afastar os maus espíritos para que estes não entrassem e para nutrir a esperança pela chegada da primavera.

Já a verdadeira tradição de enfeitar a árvore no Natal pensa-se que venha da Alemanha, no ano de 1419, onde um padeiro decorou a sua árvore, ano após ano, com frutos de uma forma geral, os mais tradicionais e os frutos secos.

No dia de Ano Novo, as crianças podiam “sacudir” a árvore e comer o que caía da mesma. Ano após ano essa versão foi evoluindo, chegando ao ponto em que nos encontramos hoje, em que uma árvore de natal tem fitas, bolas e luzes.

A árvore de Natal tornou-se um símbolo tão conhecido que no parque temático do passeio marítimo de Algés, numa recriação da aldeia do Pai Natal, os efeitos estão incluídos (1), assim como acontece na maioria das cidades portuguesas nesta altura do ano.

 

Quando a árvore de Natal é enfeitada?

A decisão do momento certo para enfeitar a árvore é de cada um. Uns decidem enfeitar dia 1 de Dezembro, sem exceção, outros no mês de Novembro. Os mais fanáticos têm os efeitos durante todo o ano e, em Dezembro, apenas ligam as luzes.

 

A Bertrand Livreiros convidou pequenos leitores a desenharem o retrato das suas famílias para que os mesmos desenhos fossem mostrados aos respetivos pais. Realidade ou ficção, a verdade é que a realidade dos tempos presentes é esta, todos passamos muito tempo agarrados aos telemóveis e computadores, desperdiçando as horas livres que podem ser dedicadas presentemente a quem nos pertence com as novas tecnologias e com variados significados, onde o trabalho, a partilha de informação e a curiosidade ocupam demasiado espaço das nossas vidas ocupadas com momentos que podem ser deixados de lado.

Neste vídeo é visivel que pais e filhos pouco se juntam, passando muito do tempo em espaços separados da casa, com pais ocupados com as tecnologias e filhos a aprenderem a seguir o mesmo exemplo, sem que existam pontos de lazer em comum. É isto o que todos desejamos para o futuro de uma família que pretende seguir o caminho da estabilidade e felicidade?

E o que será o dia perfeito para crianças que percebem que estão a ser ultrapassadas pelos telemóveis? Vidas perfeitas, de comunhão e alegria onde tudo fica de fora e somente a família importa entre atividades que envolvem boa disposição e que acabam por mostrar o real amor que é nutrido mas que acaba por ser ultrapassado pelos tempos corridos dos novos tempos onde o mundo digital acaba por ser um invasor de cada lar.

Mais sobre mim

foto do autor

Em www.bertrand.pt
Atual leitura
Mais Vendidos

Redes Sociais | Segue-me

Instagram
Facebook Twitter Pinterest Visita o perfil de O Informador no Pinterest. Goodreads

Última Leituras

Aconteceu em Paris
liked it
O título demonstra desde logo que o leitor irá visitar Paris. Amy acompanhou a sua amiga Kat até aos seus últimos dias de vida, mas as duas tinham um objetivo, viajar até à cidade do amor em segredo. Kat não conseguiu resistir mas Amy le...
O Pecado da Gueixa
liked it
A cultura japonesa está em grande destaque em O Pecado da Gueixa, através da perceção das regras comportamentais de um ninja, Hiro, protetor de um padre português, Mateus, que juntos irão investigar a morte de um samurai, Akechi-san, num...
O Silêncio da Cidade Branca
it was amazing
Nem sempre uma capa consegue representar o que está no seu interior, mas com O Silêncio da Cidade Branca primeiramente fui conquistado pela imagem que me remeteu para uma sinopse que conquistou. Já com esta obra em espera na mesa-de-cabe...

goodreads.com
BlogsPortugal
Bloglovin Follow

 Subscreve O Informador

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub