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O Informador

A falta de jeito!

É verdade! Nem todos conseguimos nascer capazes de enfrentar as artes que nos aparecem pela frente, correndo mesmo o risco de fazer algumas coisas desnecessariamente e para as quais o jeito inato ficou algures na barriga das nossas mães. Conseguimos cantar, dançar, representar, pintar, ..., mas não se consegue ser perfeito em tudo, sendo que em muitos casos com a aprendizagem atingem-se alguns bons fins, mas em outros nem com anos de tentativas lá se chega!

Como se deverá tentar dizer a uma pessoa de quem se gosta que essa mesmo pessoa pode ser boa em várias artes mas não naquela onde se valoriza e se acredita ser uma das melhores? Como podemos ser frontais sem magoar alguém dizendo o que todos pensam e não têm coragem para afirmar? Como explicar a alguém que quando está a demonstrar o que sabe fazer que muitos se riem à sua custa por gozo? Sim, é complicado, mas alguém lhe irá ter que dizer, não é verdade?

Quem terá a coragem para tomar as palavras no momento certo e acrescentar alguma coisa ao discurso do bom trabalho auto valorizado naquela altura em que o final acontece e é necessário tirar a ficha do artista para que não se façam mais figuras tristes em jeito de animador social para com os outros?

Por vezes tenta-se que as pessoas percebam que estão mal no que fazem porque não conseguem evoluir, mas é complicado afirmar a alguém que gosta de fazer algo que esse caminho não é o seu. Como reagirá quando souber pelos outros, já que por si parece estar difícil, que não fez a escolha de tempos livres perfeita?

A falta de jeito é uma coisa tramada e quem está pela plateia e tem o dever de afirmar tal situação também se sente num lugar complicado. Dizer e correr o risco do ouvinte não gostar da opinião ou ficar calado e tudo continuar a descambar?

Um exemplo a seguir!

Pelo Alentejo, existe tempo e se por um lado as coisas podem não estar assim tão bem elaboradas, por outro existem pormenores que fazem a diferença e que mostram haver um maior cuidado com o futuro de crianças e adolescentes da zona.

Na biblioteca municipal de uma pequena vila onde todos se conhecem a preocupação para com os mais novos existe! Os horários e turmas de cada jovem estão ao dispor das funcionárias e estas conseguem controlar as faltas dos mais novos que fogem da escola para estarem pela internet e na brincadeira pelo centro da vila. Existe uma preocupação e um cuidado maior, sendo que assim que conseguem perceber que algum dos menores está a faltar às aulas logo o mesmo fica impedido de frequentar os computadores do espaço público, sendo a escola contactada para confirmar tais faltas e os pais do aluno posteriormente avisados sobre o que se anda a passar.

Muitas vezes pais e familiares mais próximos não percebem o que os mais novos andam a fazer até serem avisados devido à abundância de faltas dos seus educandos e aqui, em pela zona rural onde a calma e o tempo fazem a diferença, existe espaço para um maior acompanhamento da vila e das instituições públicas para com os jovens que andam pelas ruas quando deveriam estar sentados pelas cadeiras escolares com os livros pela frente.

Uma ideia de cuidados educacionais a ser seguida por outros centros rurais e urbanos do país e que consegue fazer toda a diferença no futuro escolar dos mais novos!

Faltas Justificadas e Faltas Manhosas

Na escola sempre apetecia faltar a uma aula ou outra por preguiça ou simplesmente para se ficar na conversa pelo pátio ou pelos cafés das redondezas. Quando se entra no mercado laboral as circunstâncias alteram-se e faltas foram coisas que não existem por aqui, pelo menos sem uma boa razão que consiga deixar-me por casa sem conseguir ir trabalhar. Só falto mesmo em último caso e porque percebo que não tenho condições para comparecer, e mesmo isso foi raro acontecer ao longo dos oito anos em que estou na empresa. Com isso não percebo quem falta por faltar e ainda consegue mostrar que o seu comportamento é o melhor! Assim quem consegue perceber as pessoas que depois se queixam que têm contas para pagar e que o ordenado que recebem no final do mês não lhes chega para as despesas?

Sou exigente com os horários e mesmo nos dias em que nem apetece levantar da cama, pensando somente em dormir e ficar no aconchego, lá me levanto e à hora de entrar ao serviço lá estou eu, só tendo chegado ao longo de todo este tempo um dia atrasado devido ao trânsito. Agora quem consegue aparecer vários dias depois do horário da sua entrada, queixar-se de tudo e mais alguma coisa e depois dos dias de folga ainda arranjar artimanhas para faltar e deixar o trabalho para os que estão sempre lá é complicado de digerir. Como estas pessoas podem querer agarrar um lugar em qualquer empresa se não conseguem assumir compromissos para com o trabalho, os seus horários e dias de expediente? Sou demasiado exigente comigo e não aceito faltas só porque sim, percebendo de imediato quem está a mentir pelas suas ausências e quem realmente faltou porque assim tinha de ser.

Quem não tem outro remédio tenta depois refazer as horas perdidas, ficando a pensar no que perdeu e arranjado forma de não levar um desconto no final do mês por ter precisado de tirar uns dias ou horas extra. Agora quem fica deitado até mais tarde por querer ou quem falta porque não apetece ter um dia de trabalho pela frente após o fim-de-semana não se incomoda absolutamente nada com a situação e até tenta nem falar do assunto com os seus superiores para também não dar nas vistas, como se os outros se esquecem-se assim tão facilmente dos acontecimentos dos dias anteriores.

Quem tem faltas justificadas preocupa-se com a situação, agora os manhosos que ignoram as suas verdadeiras funções pelo local de trabalho, esses estão-se a marimbar para o que andam a fazer, desde que no final do mês lá tenham alguns euros para receberem, o resto pouco importa! Até quando? Pois, os contratos podem terminar ao virar da página, não é seus malandros?!

Faltar porque sim

As pessoas estudam ou trabalham, mas por vezes existem sempre mil e um motivos para faltarem... Será que não precisam do dinheiro para sobreviverem nos próximos tempos? E será que não é necessário ir às aulas para se poderem ter melhores notas? Não me parece que seja isso, mas o que leva alguém a deixar-se ficar em casa tantos dias sem nada que o justifique?

O que levará uma pessoa a ficar em casa de manhã em vez de ir trabalhar/estudar como seria a sua obrigação? Eu também gostava de ficar assim na cama várias vezes, principalmente quando acordo mal disposto, mas não posso fazer isso, não é?

Ora porque os filhos estão doentes, ora porque se tem uma dor, ora porque o carro não dá sinal de arranque, ora porque se atrasam e depois acham que já não vale a pena se meterem ao caminho... Tantas justificações que os viciados em faltas conseguem arranjar que chega a um ponto em que até os outros já começam a fazer apostas sobre o motivo escolhido para se faltar e quando isso vai acontecer!

Quem não se importa de ter duas, quatro e mais faltam sem necessidade é um viciado em faltas e aparentemente uma pessoa que não tem responsabilidades e obrigações. Faltar só porque sim não é para mim e nunca foi!