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O Informador

Frontalidade é nas redes sociais

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Muito as pessoas gostam de mostrar a sua frontalidade através das redes sociais através de partilhas e comentários que vão sendo feitos por perfis e páginas para darem a sua alfinetada a uns e outros. Será que alguns cidadãos que se esmeram para se mostrarem sociáveis e que por vezes criam personagens para mostrarem nas redes o que não são, não se conseguem esforçar minimamente para manterem um maior controlo nas suas criticas, comentários desagradáveis e dicas negativas para com os outros e mesmo perante os serviços que lhes são prestados?

As pessoas queixam-se de muito e por vezes podem ter a razão do seu lado, mas vejo tanta boa gente a partilhar vídeos, textos e frases tão diretas sobre situações pelas quais passam que me deixam a pensar onde ficou a frontalidade em vários casos para a deixarem na hora e não para depois de forma online. Já não se consegue falar sem deixar de lado as partilhas para gerar aquelas longas conversas escritas do diz que disse em que todos se metem e poucos estão envolvidos?

 

Nem tudo é público

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Senhores passageiros desta vida, sejam homens ou mulheres, já refletiram que nem tudo nesta vida é para ser falado em público? Guardem muitas das vossas vontades de partilha para vós próprios e se as querem partilhar com alguém que vos é próximo que o façam no sossego e recanto de um espaço onde nem todos tenhamos que ouvir o que não é suposto sobre a vossa privacidade que deve ser tão pessoal quanto as vossas partes íntimas.

Deixem de reclamar e divulgar de forma pública os vossos problemas, cada desassossego que vos atormenta na vida pessoal ou profissional. Primeiro porque não queremos saber, a sociedade em geral, o que tanto vos incomoda, e depois, porque as vossas partilhas podem gerar grandes problemas, uma vez que nunca sabemos quem poderá estar a ouvir se não conhecemos e a partir daí criar uma possível frustração de mal entendidos e problemas que devem ser afastados. 

A propagação pelas redes sociais

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O passa a palavra de antigamente onde nas ruelas e cafés de esquina as novidades da aldeia surgiam como cogumelos para serem partilhadas, comentadas e gerar falatório por uns dias, agora surge pelas redes sociais, fazendo ao mesmo tempo com que o tempo para se tornar assunto do momento se torne numa rápida discussão de horas. Tudo começa, é comentado e rapidamente fica no passado, mesmo as maiores polémicas do dia que surgem de forma tão rápida como desaparecem como um tema efémero na chamada aldeia global.

Hoje é tão fácil perceber o que está a acontecer, comentar com alguma rapidez sem existir o frente-a-frente e dizendo o que se quer porque no mundo online a frontalidade parece ser uma aptidão de muitos. Ser levado por opiniões alheias para rebaixar sem ter opinião própria e por vezes sem que se tente entender o que se passou. Se uns dão o seu parecer sobre determinado tema, se quem segue costuma gostar e concordar, então vão seguir a mesma ideia, não percebendo as verdadeiras razões dos acontecimentos, seguindo correntes sem verdades e sem opiniões próprias. A sociedade dos dias que correm segue comboios e quem os contrariar é visto como um opositor que de nada percebe e criticado por defender o oposto da maioria. Não podemos ter opinião própria agora sem ter de seguir a linha que a maioria acha ou segue como exata?

 

Conversa cansativa

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Sabes aqueles momentos em que estás a ouvir uma pessoa que não se cala durante meia hora e só pensas em sair do local? Esta situação já aconteceu com todos nós! O pior de tudo isto é que consegues sair com a desculpa de que vais almoçar e quem aparece logo de seguida e tens praticamente a obrigação de convidar a sentar na tua mesa? Essa mesma pessoa chata que te oferece mais meia hora de conversa infindável e em modo «alto e bom som». Sim, isto aconteceu comigo há poucos dias e foi tão, mas tão, cansativo!

Falar e Teimar!

Existem conversas que de tão persistentes entre as mesmas pessoas que as provocam dia após dia, acabam por conseguir cansar as partes envolvidas. Uma coisa é conversar e por muito que se sinta que um bom porto não foi atingido, deixar o assunto e seguir em diante, outra completamente diferente é começar praticamente a fazer massacre com um certo tema, persistir e insistir até à exaustação, acabando por cansar quem está à volta e tem de levar com a conversa que parece um disco riscado daqueles que não conseguem ser tirados do leitor. 

Será que um bom teimoso não consegue perceber quando já chega e que não vale a pena continuar a tocar em determinados assuntos porque a resposta é sempre a mesma? Será que o tema que surge sempre do mesmo lado é assim tão importante para não se conseguir elaborar outro tipo de conversa que não contenha determinadas palavras chave, como se certas tags tivessem encontro marcado quando a conversa entre duas pessoas acontece?

Irra que cansa ouvir a mesma coisa uma, duas, três, quatro... vezes, sabendo a resposta que advém do ouvinte e percebendo que aquilo já cansa qualquer pessoa que esteja simplesmente de lado, quanto mais o que tem de enfrentar o tema hoje, ontem, sabendo que o mesmo surgirá amanhã, depois e posteriormente. 

Existe o teimoso e depois existe o teimoso que não consegue perceber o momento em que determinadas conversas de estarem tão batidas acabam por ter o efeito oposto ao pretendido.

Concentração impossível

Quando se está por algum local público, com outros seres ao redor e as conversas, mesmo não sendo dentro do mesmo grupo se começam a cruzar e a subir de tom ao ponto de não existir concentração sobre o que estamos a tentar revelar ou fazer com quem estamos torna-se numa situação complicada!

Sentado numa mesa de chá, um livro para ser lido aberto, em boa companhia e pelas mesas do lado duas conversas fluem, com um volume acima do pedido, é sinónimo de que está tudo estragado! Eu, cusco de serviço sobre vidas e pormenores do dia-a-dia, quando começo a apanhar algum dos fios condutores do que está a ser contado já não largo mais o motivo, não conseguindo depois dedicar-me na totalidade ao que antes estava a fazer ou poderia ocupar-me pelos próximos minutos. 

As conversas do lado são sempre apetitosas para serem consumidas, dando depois até algumas ideias sobre algo a fazer ou conhecer futuramente. Será que alguém se consegue concentrar nos seus apetrechos quando é apanhado por uma cusquice alheia e que nem lhe diz respeito? Se estão a falar alto é porque nem se importam que todos fiquem a saber de que falam, não é verdade? O problema depois reside é sobre quem perde tempo a ouvir o que não lhe pertence, não se conseguindo concentrar nas suas coisas!

Falar pelas costas

Quando a empregada de um café comenta maldosamente a vida de um cliente, de colegas ou dos patrões, enquanto atende alguém não é bonito, para mais quando tece tais comentários com pessoas a ouvirem, esquecendo-se que não se encontra sozinha, num canto ou numa mesa mais sorrateira do estabelecimento.

Perceber que se comentam vidas de pessoas que acabaram de sair de um lugar e que por vezes podem ser conhecidas de quem ouve porque está no local onde as pessoas deviam estar a trabalhar e deixar a conversa fiada de lado é mau. Os funcionários de milhares de estabelecimentos esquecem-se que quando falam de um cliente à frente de outro correm o risco de logo de seguida a pessoa que as está a ouvir por obrigação pensar que quando deixa o balcão vai sofrer algumas dentadas do género das proferidas sobre os outros anteriormente.

Ser atendido, perceber que são feitos comentários e algumas caretas sobre quem estava à nossa frente e depois sair com o pensamento que seremos os próximos a sofrer na língua daquela pessoa é uma situação que me leva a pensar se voltarei em breve ao local ou se o dispenso e procuro outro sítio para beber café!

Ofendidos por falar! E se pensar?

Não sei se diga, se conte ou simplesmente pense! O que sei é que se ofendem por admitir as verdades, então nem quero reflectir no que aconteceria se soubessem o que penso sobre cada qual!

Não digo tudo o que me vai passando pela cabeça porque também não sou um maluquinho para andar a disparar para todos os lados. Embora muitas vezes apeteça mandar tudo e todos ao ar e seguir em frente como uma fénix, isso não pode acontecer. Lixam-se com simples palavras e comentários que transmito que nem revelam metade do que me vai pela cabeça. Agora se deixasse escapar tudo o que por aqui vai queria ver a festa que não seria com tanta tinta a escorrer por um autêntico tiroteio de paintball. 

Se já ficam ofendidos com o que falo, imaginem se soubessem o que penso! Ai! Ai! Ai!

Pombo correio sem moda

Encontrar o paradeiro da correspondência e perceber que nem sempre se consegue alcançar a resposta que se quer acontece a quem se julga o melhor. Depois e porque pode existir o momento da recusa e de obter más palavras do outro lado devido ao comportamento que se tem tido, opta-se por tentar encontrar pombos correio para conseguir saber o que se quer. Então, os melhores precisam de disfarces para perceberem o que se passa com os outros?

Qual a necessidade de não se enfrentar cara-a-cara alguém que nem faz mal e que talvez precise de ajude na vida? Perguntar a quem está à volta o que se anda a passar só porque se tem vergonha ou preferir esconder o seu interesse em alguma história é feio. Torna-se um mau momento quando chegam ao pé de ti e perguntam-te o que se passa com uma pessoa, isto porque os cuscos não conseguem ter a dignidade de colocarem uma simples questão à identidade sobre quem sentem alguma curiosidade, por acharem que são melhores que qualquer um e que não querem saber de ninguém.

A preocupação existe e há que respeitar as pessoas quando estas não estão bem, precisando do seu espaço e depois ficava sempre bem aos curiosos frustrados enfrentarem alguém, questionando e apoiando nos bons e maus momentos, mesmo que todos se mostrem fortes e incapazes de quebrarem barreiras por se acharem os supra poderosos donos do mundo e da razão.

Quem precisa de pombos correio nesta vida de merda? Os conquistadores que ao fim e ao cabo ficam sozinhos pelo mundo por serem postes com falta de sentimentos e identidade própria, recorrendo às questões fúteis sobre a vida do lado para tentarem pescar o que tanto lhes anda a fazer comichão e que não conseguem admitir.

Eles precisam da sociedade mas preferem andar sozinhos e a pensarem na vida de cada um a chegarem-se a quem desejam, seja pelo bem ou pelo mal, isto porque se querem mostrar os reis, aqueles que conseguem ser felizes com a solidão e que não gostam de mostrar preocupação para com os outros, fazendo o recurso ao diz que diz para conseguirem perceber o que tanto querem sobre quem lhes faz moça.

O uso do pombo correio está tão fora na época das redes sociais!

Falar pela frente

O palavra passa a palavra nunca dá bom resultado e cada vez mais apelo a que as pessoas que tenham algo a dizer que me enviem os recados diretamente e não por terceiros que podem distorcer. Se não têm intenção de me dizer alguma coisa então também não digam aos outros como desabafo porque o segredo poderá chegar até à pessoa e pode não cair bem quando é recebido. 

Já não estou na idade do deixar as coisas por dizer e peço que os outros façam o mesmo e se existe receio da reacção é porque também não existem certezas se o que acham mal os afecta. Neste caso e se tiverem opiniões firmes tentem logo esclarecer as coisas em detrimento de deixarem pedras sobre pedras e depois andarem a mexericar sobre o assunto sem conseguirem chegar a lado algum.

Isto não é para ninguém em particular mas é para todas as pessoas que lerem este texto porque nunca se sabe quando poderão estar num pré confronto comigo por algum motivo. Aí se tiverem algo a dizer é para deixarem a conversa acontecer e não andarem com paninhos quentes e caras disfarçadas a mostrarem que está tudo bem quando a realidade é outra.