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O Informador

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A revista à portuguesa está de volta ao Teatro Politeama de Filipe La Féria em jeito de homenagem com o espetáculo Revista é Sempre Revista. Celebrando um dos principais géneros teatrais que tem ocupado a sala lisboeta, o produtor e encenador trás de volta ao Politeama a revista à portuguesa onde o humor, a crítica política e social, o canto e a dança se unem no palco onde as plumas e os brilhos desfilam ao longo de mais de duas horas de espetáculo onde personagens conhecidas do grande público de outros tempos se juntam a nomes sonantes protagonizados por um elenco de nomes conhecidos do grande público, principalmente de quem costuma assistir aos trabalhos levados a cena por Filipe La Féria. 

Anabela, FF, Paula Sá, Filipa Cardoso, Filipe de Albuquerque, João Frizza, Élia Gonzalez, Jonas Cardoso, Filipa Azevedo, Paulo Miguel Ferreira e Paula Ribas, ao lado de um grupo de dança, celebram o teatro nacional e as figuras que o têm marcado ao longo dos anos. A homenagem a Eunice Munõz e passando por momentos conhecidos de Vasco Santana, Beatriz Costa, Hermínia Silva, Raul Solnado e Laura Alves, entre tantos outros, Revista é Sempre Revista é o tributo aos grandes atores e atrizes que ao longo de gerações têm contribuído para encher as salas nacionais de espetáculo com a sua arte de representar.

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03 de Maio de 2020, tarde de Domingo, tempos de quarentena, momento de zapping pela televisão e eis que numa paragem pela RTP1 percebo que estão a passar o espetáculo de 1991, Passa Por Mim no Rossio, uma retrospetiva da revista à portuguesa recheada de memórias entre 1851 até ao 25 de Abril de 1974 e que encheu a sala do Teatro Nacional D. Maria II numa temporada de grande sucesso e com direito a tournée nacional. Sei que esta produção teatral marcou a história dos palcos nacionais, mas a questão que aqui coloco é só uma... Uma gravação de 1991 a passar em plena tarde de Domingo na RTP1 quando existe um canal apelidado por RTP Memória?

Algo parece não bater certo nas decisões que o diretor do canal, José Fragoso de seu nome, parece andar a fazer para ocupar os tempos livres da RTP em tempos de pandemia e sem novos programas para lançar neste momento. Será que não existe cinema nacional, formatos que passaram despercebidos em outros horários e mesmo entrevistas e reportagens mais recentes para poderem ser transmitidas? Passar um espetáculo histórico de 1991 num canal principal quando existe uma haste com Memória onde estas recordações fazem sentido passar também para chamar público para o que parece ser um dos irmãos bastardos do canal público de televisão não faz de todo sentido. 

Sabemos que agora é tempo de #EstudoEmCasa pela RTP Memória ao longo da semana de manhã e até meio da tarde, mas todos os outros horários estão livres e estas gravações com história e algum bolor podem bem fazer parte da programação selecionada para horas livres, em detrimento de passarem formatos internacionais comprados somente porque são antigos. Nacional é bom e recomenda-se, mas tudo no seu devido lugar e espaço!

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Patrícia Resende não se recorda da primeira vez em que o pano subiu e enfrentou o público, mas sabe que foi a partir daquele momento que começou a perceber que o seu futuro estava na representação. Hoje, quase duas décadas após ter integrado o elenco da primeira temporada do musical Amália continua nos palcos e já experimentou as lides televisivas e do cinema onde pretende voltar sempre que for possível. Assumindo um grande carinho por Filipe La Féria e por vários colegas de representação com quem teve o gosto de trabalhar ao longo do tempo, é como atriz que se sente feliz e no caminho certo para continuar. Vamos conhecer um pouco sobre Patrícia Resende, uma profissional que vai muito para além do Teatro Politeama!

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Cedo triunfou pelos palcos nacionais dando vida a Amália pequena na primeira temporada do musical Amália, produzido por Filipe La Féria. Ainda se lembra como foi ver o pano subir pela primeira vez no palco do Teatro Politeama para a primeira grande experiência que durou anos em cena?

Não me consigo recordar especificamente da primeira vez que o pano subiu mas, lembro-me de ainda estar nos ensaios e alguém me dizer "antes de entrares em cena respira fundo 3 vezes e os nervos vão-se embora", e eu passei a fazer sempre isso. E funcionava. Eu vinha lá de cima da plataforma e, antes dela começar a descer, eu respirava fundo 3 vezes.

 

A partir de Amália não mais parou e foram vários os projetos teatrais em que entrou. Chegar aos dias que correm com tantos sucessos pelos palcos é obra sua e de quem não deixou de acreditar no seu talento. Que projetos distingue ao longo do percurso profissional?

O musical Amália, sem dúvida. A peça A Flor do Cacto, que foi a minha primeira protagonista enquanto mulher adulta. Recordo também os anos que trabalhei na companhia Palco 13, porque me deram a oportunidade de me desafiar a mim mesma, ao fazer textos diferentes, géneros diferentes. O Meu Pé de Laranja Lima no Teatro Turim, encenado pelo Rui Luís Brás, visto que fazia o papel de um menino brasileiro de 6 anos, o que foi um grande desafio para mim como atriz, sem dúvida. As revistas que fiz foram muito importantes para mim, aprendi imenso com aquele género, e aprendi muito com a Marina Mota. E é claro, As Árvores Morrem de Pé, pelo texto, pelos atores com quem trabalhei, pela partilha em palco, pelo ambiente em bastidores.

 

Voltando anos mais tarde a incorporar o elenco do renovado Amália, que está atualmente em cena no Teatro Politeama, é como voltar a casa sem nunca de lá ter saído?

Não. É uma experiência completamente diferente, mas completamente. Por motivos vários, porque a peça levou várias mudanças, porque o meu papel é outro, nada tem a ver com o de Amália pequena. Porque a idade é outra e a bagagem também. É uma peça única, apesar de já a ter feito há 17 anos atrás.

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Assistir ao espetáculo As Árvores Morrem de Pé no Teatro Politeama, numa produção de Filipe La Féria, tem muito que se lhe conte sobre o texto, a representação, os cenários, a roupagem... Mas também tem muito para ser desfiado através das mensagens que este trabalho transmite ao público ao longo de cada sessão!

A idade afinal é um sinónimo de fraqueza para que não se lute pelos ideais de vida? Nada disso, ao longo de toda a passagem na Terra a luta é constante para que os sonhos se concretizem sem que existam pedras no sapato. Não terá de existir menor vontade numa mente sénior em comparação com um jovem porque teoricamente existirão menos anos de vida pela frente. A vida corre como a água no leito do rio e só a temos de agarrar para não perder em nenhuma altura o barco que nos levará, dependendo das escolhas, a bom porto!

Através da acreditação de uma avó numa farsa que tornou em verdade somos levados a pensar em como mesmo percebendo uma realidade cruel poderemos conseguir dar a volta à situação, sofrendo com a maldade mas ultrapassando tal estado com o que de bom vai aparecendo ao lado dos momentos negros, aqueles com que sempre sonhamos que seriam a perfeição. O sonho nem sempre se torna numa realidade positiva, aquela com que idealizamos, e depois ai, no momento da descoberta de toda a verdade, é necessário que se dê a volta para que a cicatrizes não marquem tudo o que ainda existe para viver. Que tal dar uma oportunidade a quem nos faz felizes ao longo de um curto tempo e que acaba por se revelar muito maior do que aquela verdade com que sonhamos de forma perfeita e que se revela uma aberração?!

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Filipe La Féria, Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho sonharam levar a palco uma versão do espetáculo de Alejandro Casanova e o dia 11 de Agosto de 2016 simbolizou o arranque junto do público de um desejo de dois grandes atores e um encenador de excelência no panorama nacional. As Árvores Morrem de Pé é o novo espetáculo de Filipe La Féria para o Teatro Politeama e a estreia não poderia ter corrido melhor!

Com Manuela Maria, que divide a sua personagem com Eunice Muñoz, e Ruy de Carvalho nos comandos de um elenco bem conhecido dos espetáculos de La Féria, esta produção assinala o regresso aos grandes textos teatrais, quebrando o fio que vinha a ser feito através das várias revistas à portuguesa que subiram ao palco pelos últimos anos no Politeama. As Árvores Morrem de Pé é por si só um espetáculo que fala por si mas se lhe colocarmos os grandes da nossa representação a encabeçar o elenco acaba por ser perfeito. 

Plateia esgotada sem existir espaço para mais. Público bastante atento ao que ia ser feito. Encenador confiante. Equipa técnica alegre. O pano sobe e o palco mostra-nos que uma vez mais as Produções Filipe La Féria não falham no cenário e na caracterização dos personagens. O elenco começa a desfilar, uns com maior destaque que outros, como sempre, e rapidamente entra em palco Ruy de Carvalho que recebe os aplausos de um público que sabe perfeitamente a razão de estar naquela sala. A história começa a desenrolar-se e vamos sendo levados por atores que interpretam clandestinos atores até ao grande centro da ação, a casa onde está no momento a avó que poderia ser de todos nós.

Manuela Maria dispensa qualquer tipo de apresentações e confesso que é a grande surpresa desta estreia. Gosto e sempre gostei desta atriz que ao longo da sua vida tem feito história na representação, mas não pensei que estivesse tão bem e me conseguisse levar rapidamente do riso ao choro de forma perfeita e sem que tenha tido tempo para pensar nas alterações repentinas de uma personagem que lhe encaixa na perfeição. Seriedade, serenidade, calma, humana, profissional... Tanta coisa que tinha agora para contar sobre o que senti com a prestação de Manuela Maria pelas tábuas do Politeama. Emoção é acima de tudo o que esta grande atriz, tal como Ruy de Carvalho, conseguem passar para quem assiste a este grande espetáculo que irá ficar certamente em cena durante uma grande temporada. 

O talento em As Árvores Morrem de Pé não se coloca em questão porque dos jovens aos seniores, todos têm e revelam grande experiência. O texto está lá, tendo um grande contraste entre o bem e o mal que se atropela de forma positiva entre si. O cenário perfeito, o guarda-roupa perfeito, a iluminação perfeita. Enfim, tudo perfeito num sucesso que ainda agora começou!

 As Árvores Morrem de Pé é o novo espetáculo que Filipe La Féria coloca em cena no Teatro Politeama a partir de hoje e com nomes bem sonantes da nossa representação! Eunice Muñoz, Ruy de Carvalho, Manuela Maria, Carlos Paulo, Maria João Abreu, João D’Ávila, Hugo Rendas, Ricardo Castro, Paula Fonseca, Rosa Areia, João Duarte Costa, Patrícia Resende e os jovens actores João Sá Coelho, Pedro Goulão e Francisco Magalhães compõem um elenco que fala por si e que irá brilhar a partir de agora pela sala de espetáculos lisboeta que certamente irá ficar esgotada sessão após sessão de hoje em diante!

Um verdadeiro grupo de grande talento foi reunido por La Féria nesta sua nova aposta que passa também por resultar numa homenagem a Eunice Muñoz, Ruy de Carvalho, Manuela Maria e João D' Ávila que já contam com décadas de palcos com carreiras recheadas de sucessos, aplausos e muito carinho junto do público. 

As Árvores Morrem de Pé, um espetáculo que ninguém deve perder!

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Filipe La Féria não pára e desta vez convocou nomes grandes da representação em Portugal para encherem o palco do Teatro Politeama com o espetáculo As Árvores Morrem de Pé. Eunice Muñoz, Ruy de Carvalho e Manuela Maria são as grandes figuras de destaque desta produção que estreia já na próxima Quinta-feira, dia 11. Quem vai conseguir resistir a tanto talento junto? Eunice regressa assim, após pausa forçada, aos palcos na companhia de amigos e numa grande aposta de um dos principais produtores nacionais de espetáculos!

Portugal está convocado para assistir a esta nova aposta de La Féria! Eu vou! E tu?

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