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O Informador

Bons estudantes vs. Bons profissionais

Os tempos não estão fáceis e a falta de emprego é muita! Os jovens que terminam os seus cursos não se conseguem encaixar nas áreas para as quais andaram a estudar ao longo de vários anos. No entanto os que têm a sorte de conseguirem logo um lugar nem sempre têm capacidades para assumirem tais funções. Podem ter tido boas notas ao longo dos anos em que foram estudantes, mas é na prática que se percebem os bons profissionais que acabaram de sair das faculdades. Contratar pelas boas notas mesmo que a pessoa venha a revelar-se um mau profissional ou encontrar um aluno razoável, que sempre se mostrou empenhado e que sabe bem o que está a fazer? Bons alunos e bons profissionais nem sempre andam de maus dadas!

É cada vez mais notório o facto das grandes empresas resgatarem das portas das salas de aulas bons alunos para serem encaixados nos seus escritórios e locais para os quais são necessários só porque estes se mostraram os melhores estudantes ao longo dos seus percursos pelos exames e teses. A questão que se coloca é que por se terem boas notas, ao longo de três ou quatro anos, isso não quer dizer que essa pessoa seja um bom administrador ou um bom médico, capaz de lidar com o dia-a-dia das pessoas que estão à sua volta, uma vez que as relações pessoais que têm de ser mantidas ao longo do percurso profissional não é uma matéria de estudo mas sim um comportamento que se vai adquirindo através do convívio e da educação que a pessoa foi tendo ao longo da sua vida. Ser um bom estudante nem sempre quer dizer que essa pessoa esteja preparada para lidar com os problemas profissionais com que não se deparou enquanto andava a marrar com os livros para se mostrar o melhor e o mais empenhado.

Não aceito a ideia de ter que ser atendido por uma pessoa que está sentada a uma secretária a fazer o seu serviço sem ter a noção do que é a relação com o outro, sem perceber que não está ali como um robô que tem de mostrar as suas capacidades como foi mostrando ao longo dos seus anos de estudante. Por se terem boas notas isso não significa em nada que se será um bom profissional, capaz de enfrentar os desafios que lhe são colocados pela frente. Aliás, na maioria dos casos a que já tive acesso, os supostos bons revelam-se os piores profissionais no futuro por acharem que aprenderam tudo e que não têm nada a provar à sociedade, estando a ocupar determinado cargo porque o merecem. Isso não é assim e prefiro ver o crescimento da humildade de quem mostra ter muito para aprender depois de ter sido um aluno razoável, a deparar-me com os senhores todo-poderosos das suas funções que mais não sabem além daquilo que aprenderam através das resmas que foram adquirindo ao longo dos anos.

Os bons profissionais tornam-se assim pela prática que não se adquire somente nos estudos e os supostos bons estudantes revelam-se profissionais de palmo e meio com muito para aprender! Se tiver de escolher no campo profissional um bom estudante, que terminou o seu curso com boas notas e que supostamente sabe tudo o que está a fazer ou uma pessoa que se mostra empenhada para crescer e continuar a aprender, a minha opção é fácil de ser tomada!

Existem por aí muitos trabalhadores a desempenharem as suas funções sem uma ponta de crença e vontade no que estão a fazer! A vida é assim e determinados lugares seriam tão bem ocupados por quem os merece! Injustiças!

Fita de finalista para o primo

O meu primo está a terminar o seu curso e aqui deixo a mensagem que lhe escrevi na sua fita de finalista!

Parabéns!

Não poderia começar por te deixar esta mensagem de outra forma porque este é o verdadeiro sentido para te poder felicitar pelo término desta etapa estudantil e de vida que agora se finaliza.

Viveste muitas aventuras, loucuras, gostos e desgostos na tua vida académica, mas o mais importante são os conhecimentos que foste obtendo e que te deixaram crescer enquanto pessoa para agora poderes entrar num novo mundo, naquele que andou a ser preparado para te receber ao longo dos últimos anos.

Daqui para a frente é um caminho em busca de sucesso, conquistas e realizações profissionais e pessoais que espera por ti e eu estou e estarei aqui para as ver e apoiar!

Muitos Parabéns,

O Informador

Muito mais havia a dizer, mas não consegui colocar mais palavras naquela fita. Os pensamentos aconteceram e os anos foram revividos para poder deixar-lhe esta mensagem, mas como não poderia contar tudo o que estava a surgir no meu pensamento, foi exatamente isto que consegui passar para a fita. Espero que seja do agrado do primo, embora com muitas faltas pela falta de espaço!

Saudades do tempo de escola

Quando se é jovem e estudante só se pensa em terminar de estudar para ir trabalhar e poder comprar com o que ganhamos o que queremos. Passado um tempo de se trabalhar, o regresso ao passado é desejado, mas não passa disso mesmo, um desejo...

Já passaram quase sete anos desde que terminei os estudos e agora em que se está na época das férias de Natal penso que por esta altura já tinha as minhas notas afixadas, estava a descansar, a passar as tardes na vadiagem e tudo corria bem. Hoje em dia trabalho, corro de um lado para o outro e as coisas são tão mais reais do que eram naquela altura de estudante sem preocupações.

Os mais velhos sempre me disseram para estudar até querer, para não deixar a escola, mas a crença que iria parar para trabalhar, mas que depois voltava a estudar falou mais alto. Parei, comecei a trabalhar, mas não voltei a estudar!

Não me arrependo disso, mas nestas alturas em que os estudantes estão de férias, estão despreocupados, tendo boas notas ou não, faz-me pensar que podia ter continuado a marrar nos livros por mais uns anos, e agora já estaria a trabalhar com uma outra profissão, ou estaria no desemprego.

Enquanto somos estudantes surgem as queixas que custa muito estudar, que os outros não compreendem o quanto trabalho se tem, mas quando se começa a trabalhar é que se percebe que o duro não está na escola, mas sim quando se tem uma profissão que não a de estudante.

Quando olho para a vida que fazia no tempo de escola lembro-me das aulas, mas num dos últimos planos, pensando primeiramente nos momentos que passava nos intervalos com os meus amigos, nas horas de almoço e tardes livres. Andávamos mesmo sem preocupações, agora corre-se para ver se se alcança alguma coisa, mas...