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O Informador

Literatura em espera

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Neste momento tenho dois locais onde vou acumulando os livros que se encontram em espera para verem a luz do dia para com a minha leitura. Uns já esperam há uns anos, outros chegam e por lá ficam umas semanas ou meses e os mais sortudos mal chegam e nem ganham lugar na fila de espera para em poucos dias começarem a ser lidos. 

Hoje deu-me para contar os quatro arranha céus literários de esperas, dois prédios na mesa-de-cabeceira e outros dois na secretária, e percebi que tenho um total de setenta e sete livros por ler, o que fazendo uma média das leituras anuais que vou fazendo dava praticamente para dois anos, isto se não fosse comprando e recebido as últimas novidades que sempre vão passando à frente das obras que gritam desesperadamente para que lhes dê atenção um dia destes e os coloque do outro lado, onde os lidos já se encontram bem arrumados por editora e autor.

Novidades do Desempregado

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Há uns dias contei por aqui a minha espera no desemprego. Entretanto tenho novidades sobre este tema que parece estar complicado de ser resolvido. Vamos lá ver se foi desta!

Inscrição, semanas de espera, nada era indicado até que surgiu uma informação inesperada, após várias tentativas da minha parte para saber o que se passava, que tinha o processo bloqueado por existir uma mensagem no sistema da Segurança Social que indicava que possivelmente, atenção, possivelmente, segundo indicação via telefone de uma técnica, havia faltado a uma convocatória após já estar a trabalhar numa nova empresa. Voltei à Segurança Social pessoalmente e expliquei o que me havia sido dito no telefonema, escrevi uma carta explicativa em como nada me tinha chegado naquela altura para me deslocar onde quer que fosse. Uns dias depois, poucos, porque já estou cansado deste processo, liguei novamente para o número da Segurança Social - 300 502 502 - onde falei com duas outras técnicas que me transmitiram a informação para me dirigir à sede do centro de emprego da zona porque terá sido um erro informático feito na altura em que receberam informação da empresa em como me encontrava já a trabalhar. Ou seja, comecei a trabalhar e essa informação estava correta, só que uns dias depois colocaram também que o subsídio de desemprego tinha sido anulado por ter faltado a alguma coisa para a qual não fui convocado. Melhor explicado só posso dizer que foi falha de quem tratou do processo que preencheu informaticamente mal a opção em como já estava a trabalhar e a descontar, colocando a informação de que seria para anular e não para congelar o subsídio que quase não usei, uma vez que tinha direito a dezasseis meses e nem dois utilizei. Ou seja, não faltei porque não fui convocado como me havia sido transmitido inicialmente, levando assim a querer que os primeiros técnicos com quem falei pessoalmente e via telefone nem se preocuparam minimamente em perceber a razão daquele bloqueio que partiu de um erro deles.

Em espera no desemprego

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Os mais atentos deverão saber que estou desempregado desde o início de Junho. Um ano após ter entrado em funções no meu segundo emprego fiquei no desemprego. De imediato recorri à segurança social para entrar no período de subsidio a que tenho direito, enquanto procuro algo novo. Uma vez que pelos dez anos de casa no emprego anterior tive direito a dezasseis meses e nem dois usei, agora posso voltar a ativar o período e valores em falta. Tudo parecia meio encaminhado, até que a mensagem no portal da segurança social não passava de Indeferido.

Mais de um mês depois comecei a fazer chamadas para o número da linha de apoio e as explicações eram de que tudo estava em espera ainda. Deixava passar mais uns dias e o mesmo testemunho era dado do outro lado. Enviei email a tentar saber alguma coisa e uma semana depois obtive resposta a esse mesmo email onde me deram a indicação que não tinha direito a subsídio porque, vim depois a saber por chamada telefónica, tinha faltado a uma convocatória da primeira vez, o ano passado, em que estive desempregado. O mais giro disto tudo é que nunca recebi qualquer documento via correios ou email para me apresentar onde quer que fosse e o período em que indicam de ter faltado encontra-se uma semana após ter voltado ao ativo na empresa onde estive um ano. Ou seja, saí do desemprego no dia um e ao dia cinco supostamente faltei a uma reunião da segurança social que nem tive conhecimento, a não ser agora que tentei rebuscar o período a que tenho direito. 

Fé no Futuro

Neste momento e devido ao desaire que a empresa sofreu o futuro tornou-se numa incógnita. Ainda não sei como ficaremos com ordenados que embora sejam de dias que se trabalhou este mês são nossos, esta semana em que já nada existe e ainda o seguro não tomou decisões quanto aos funcionários e os papéis para o desemprego ainda não chegaram por consequência. Ou seja, neste momento tudo são questões em aberto quanto aos dias que já passaram deste mês, à indemnização e ao futuro. Quem me irá pagar a partir de agora? O patrão através da seguradora ou o estado se o caminho, que é o mais certo, for o desemprego?

Os dias passam e as questões estão a ser resolvidas, mas tudo parece demorar eternidades necessárias mas que nos acabam por massacrar ainda mais! Encontro-me em período de férias que felizmente me foi pago e espero que seguradora, advogada, contabilidade e entidade patronal se entendam para se chegar a bom porto quanto ao que nos compete a nós, funcionários, que nada temos de perdidos e achados com o que aconteceu e que ficamos agora num impasse sem ainda saber que caminho seguir.

O mais esperado é começarmos a fazer parte dos números do desemprego que por sinal até têm vindo a descer nos últimos tempos mas até poder colocar os papéis estão a passar dias, não esquecendo a primeira semana em que não nos foi e talvez não seja paga por lado nenhum. Ou seja, meio mês já era e nem sinais de pagamentos deste período e de quem sabe de mais uns tempos até se tomarem decisões que nos desvinculem ou não do passado.

A espera no Apoio ao Cliente

Ligamos para o Apoio ao Cliente de qualquer operadora nacional e o que acontece?! Ficamos minutos e minutos ao som de um tema qualquer que já esteve há uns meses na berra, esperando e ouvindo por vezes que assim que possível seremos atendidos. Voltamos ao som e a gravação automática que nos leva a aguardar volta a aparecer, até que por fim, talvez um dez ou quinze minutos depois, lá surge uma voz real que nos cumprimenta e coloca a questão que nos levou a ligar para um certo número.

Como é que as empresas de comunicação conseguem vangloriarem-se com os prémios obtidos por diversas categorias e em diferentes áreas, referindo-se até ao melhor atendimento ao cliente e depois fazem-nos estar na sala de espera nacional por tempo indeterminado e sem qualquer contacto?!

Ligar para qualquer Apoio ao Cliente em Portugal é como ir às urgências de um hospital público e ficar sentado horas intermináveis em espera por uma consulta. Os profissionais existem só que estão em suas casas no desemprego para as empresas continuarem a juntar milhões pelos bolsos dos topos e seus companheiros de jornada!