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O Informador

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Primeiro dia de confinamento a meio gás em Portugal continental e eu, que fui para o último dia de trabalho antes de entrar de lay-off, constatei pelas estradas e por passar pelo interior de localidades na deslocação casa/trabalho e trabalho/casa e também pelas imagens que fui vendo ao longo do dia, tanto nas redes sociais como na televisão, que de confinamento pouco existiu nesta Sexta-feira, 15 de Janeiro de 2021.

Alunos nas escolas, com pais a deslocarem-se para deixarem os filhos nos institutos de ensino e mais tarde os voltarem a levar para casa ou transportes públicos cheios com jovens que se deslocam assim para as aulas. Supermercados, farmácias, clínicas, veterinários, igrejas, bancos, oculistas, dentistas, talhos, peixarias, papelarias, padarias e outros tantos serviços abertos como se nada se estivesse a passar. Restaurantes em take-way, cafés e pastelarias a servirem o que os clientes pretendem junto a portas e janelas, esplanadas como que montadas só porque ainda não existiu tempo de serem retiradas, e muitos incumprimentos logo na partida para esta jornada. Encontros em grupo nas esquinas e jardins, pais que esperam na conversa junto dos carros que os filhos saiam da escola, crianças que saem dos autocarros e que de imediato retiram as máscaras. Ou seja, confinamos em termos laborais mas ao que parece existe tanto para se fazer lá fora que a vontade é mesmo a de sair e arranjar uma das várias desculpas possíveis para se poder circular na via pública.

Escola Covid19

 

Sexta-feira assinala o segundo confinamento português desde que o Covid19 entrou em Portugal e desta vez só uma mudança me inquieta perante o mandamento governamental de que todos os que não trabalhem em áreas fundamentais para a sobrevivência social que devem ficar isolados em casa ou em outras situações em teletrabalho. O que me questiono é somente sobre o facto dos estudantes, neste confinamento que se prevê de um mês, continuarem a ter as suas aulas presenciais, sejam eles do ensino pré-primário ou universitário.

O Covid19 não anda nos centros escolares? Os jovens não convivem sem máscara assim que saem das instalações escolares? Não são os jovens que também ajudam na transmissão do vírus ao o levarem para casa e o passarem para pais e avós? Percebo que é necessário apostar no futuro do país e a educação é fundamental, mas não seria essencial uma paragem de semanas para depois se começarem a abrir as instituições escolares aos poucos, tal como a economia?

A desculpa governamental é a de que existe pouca incidência de transmissão do vírus nas escolas, só que aqui questiono, por assistir várias vezes a jovens a saírem do portão do recinto escolar e a tirarem de imediato as suas máscaras para conviverem sem entraves, tal como saem dos autocarros de transporte e assim que pousam os pés no chão seguem os seus caminhos para casa sem as máscaras no rosto. 

 

 

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Na semana passada a greve de determinados departamentos de funcionários públicos no seio escolar levou a que muitos estabelecimentos fossem encerrados durante um ou dois dias. Como é sabido quem faz greve não pode avisar que o irá fazer e consequentemente nas escolas os mais novos têm de ser levados como habitualmente até aos estabelecimentos e aguardar com a decisão da direção escolar. Perante isto e a meio da manhã e numa conversa paralela enquanto tomava o pequeno almoço percebi o que sempre penso, que para muitos pais terem os filhos por perto é um autêntico estorvo. 

Vamos então rever a cena. Na fila da cafetaria duas mães faziam-se acompanhar por três crianças. Comentavam que os tinham ido buscar à escola porque não existiam condições para os pequenos ficarem por falta de auxiliares. Numa mesa e em modo «escutadeira de serviço» estava outra mãe, desempregada de longo prazo, que se meteu na conversa e questionou se aquelas crianças andavam na mesma escola que os seus filhos. Sim, confirmava-se! Os seus dois filhos pertenciam ao mesmo núcleo escolar que os outros, que já estavam com as mães e que iriam ser deixados ao encargo dos avós porque a vida dos pais continua e há que trabalhar. A mãe que deixou o filho na escola completamente despreocupada logo ficou preocupada mas não com o facto de ter de ir até à escola. A preocupação daquela mãe é que iria ter de ficar com o miúdo em casa três dias seguidos sem saber o que lhe fazer. 

O que é isto minha gente? São pai e mãe para as ocasiões mais importantes e depois não querem tomar conta dos filhos mais do que é devido pela sua lógica de paternidade? No pensamento de muitos progenitores, de semana os mais novos têm de estar na escola o tempo máximo conseguido para não chatearem e darem trabalho em casa. Será que ter filhos é acordar de manhã, despachar de forma rápida para os fechar num espaço escolar e só os voltar a recuperar ao final do dia onde chegados a casa tomam banho, jantam e são enviados para a cama sem tempo para os momentos familiares tão importantes?

Agora que o regresso às aulas acontece por todo o país as lembranças surgem e apetece-me divagar um pouco convosco sobre as horas, dias e semanas que passava com os meus companheiros escolares da primária a elaborar listas sobre os elencos das novelas da altura. 

Ir para a escola nos primeiros dias do ano escolar sempre tinha o seu encanto, não porque iria rever os amigos porque ao viver numa aldeia mesmo nas férias sempre conseguíamos estar juntos ao longo dos períodos de pausa, mas porque existia algo a aprender onde os intervalos se tornavam mágicos e as aulas com os seus tempos mortos transformam-se em verdadeiro entretenimento.

Existiam alturas, anos escolares mesmo, em que ao longo de horas vazias dentro da sala de aula passávamos longos momentos a copiar e a fazer listas sobre elencos de novelas, as brasileiras na altura. Fazíamos a lista sobre todos os atores que integravam um elenco, por ordem alfabética, e depois íamos copiando até mais não. Na altura a ficção nacional estava muito longe do que é feito atualmente pelos diversos canais e nós vibrávamos com as histórias importadas do Brasil, sabíamos os nomes de cada personagem e os nomes dos seus respetivos atores. As professoras essas não se importavam de ver as ditas e famosas listas e deixava-nos estar com as nossas curiosidades porque ao mesmo tempo aperfeiçoávamos a escrita através da cópia. Na altura parecia estranho podermos fazer aqueles trabalhos em plena sala de aula, mas hoje percebe-se que tal era possível porque ao mesmo tempo que fazíamos algo que gostávamos aprendíamos também e emendávamos os erros de cada um através de cópias atrás de cópias. Os momentos sobre o elenco de cada novela demoravam horas, mesmo dias e semanas e na altura éramos tão felizes a fazer coisas que nos dias que correm parecem que não fazem qualquer sentido.

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Os últimos dias têm sido marcados pelas manifestações de pais e professores pela liberdade de escolha nos ensinos em que os menores são colocados a estudar, devido ao futuro compromisso do Estado para com os Colégios Privados não seguir mais as regras que até agora haviam sido estabelecidas.

O senhor Ministro da Educação resolveu cortar as ajudas aos institutos privados de educação e todos saíram à rua em forma de protesto! Se têm razão para se manifestarem? Têm, no entanto não concordo com o facto de todos termos de pagar para que existam escolas privadas quando por vezes mesmo ao lado existe um colégio público capaz de albergar estudantes, acabando o ensino público por ficar a meio gás. Existe nestes casos necessidade de pagarmos para que alunos estudem no privado com o público mesmo ao lado? Claro que existem situações e situações e em várias zonas do país deverá ser necessário recorrer ao privado por não existirem condições públicas para tanta criança, mas nesse caso as coisas são diferentes, sendo que cada caso é um caso a estudar isoladamente. 

Tudo é pago mas quem ergue um instituto privado não pode contar com o ovo no cu da galinha à espera que seja o Estado a pagar as contas! Para isso todos podemos abrir alguma coisa porque o Governo paga e as nossas contas ficam certas!

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Outubro já lá vai e na altura surgiu o primeiro caso de Sarna numa escola com mais de quinhentas crianças. Outros casos sucederam-se no mesmo estabelecimento e os responsáveis pelo mesmo optaram pelo silêncio até que a situação e as conversas entre pais começaram a surgir e a direcção começou a ser pressionada para esclarecer o que se estava a passar.

Agora, três meses depois do primeiro caso ter aparecido, é que a maioria dos pais tomou conhecimento do que se estava a passar no local onde diariamente deixam os seus filhos!

Em que país vivemos para isto acontecer e nada ser feito? A Unidade de Saúde Pública achou melhor nada fazer com várias crianças doentes, com os mesmos sintomas e com o problema a alastrar pela escola fora. 

Mais de duas décadas já passaram quando o primeiro dia de aulas bateu à porta! Lembro-me ainda de alguns dos momentos das primeiras horas! Lembro-me principalmente da minha mãe me ter ido levar a pé, porque vivo a metros da velha escola que entretanto encerrou portas em detrimento dos novos parques escolares, à porta da sala onde tudo iria começar. 

A mochila vermelha que durou os quatro anos de ensino primário, os nervos miudinhos de uma criança bem tímida que mal falava com quem não tinha assim tanta confiança, a vontade de fazer bem e mostrar que sabia fazer as coisas... Tantas emoções apareceram naqueles primeiros dias de aulas que chegava a casa com toda a euforia característica de quem inicia uma nova e importante etapa de vida. Não andei no infantário e isso na altura não pesou quando entrei para a escola porque a época era outra, não se aprendia o que agora é leccionado nos últimos tempos de pré-primária. Entramos praticamente todos com os mesmos ensinamentos escolares, poucos ou nenhuns, começamos a aprender em conjunto, pequenos seres que brincavam juntos pelas ruas porque os perigos não existiam em tão grande quantidade e naqueles quatro anos de escola primária fui feliz. 

O horário era das nove às doze e das treze às quinze, sempre ia almoçar a casa e que lentidão que aqui o menino era. Conseguia estar uma hora inteirinha a comer e por vezes ainda deixava restos no prato por demorar tanto tempo a mastigar, enrolava, enrolava, a mãe dizia «come Ricardo, come Ricardo», mas o Ricardo não comia assim com tanta facilidade, então quando era peixe o sacrifício tornava-se maior ainda. Há tarde quando o horário terminava lá chegava a casa, pronto para o lanche e com a obrigação de fazer os trabalhos de casa. TPC, o que era isso? Só no quinto ano é que esse diminutivo me apanhou. Passava a tarde a fazer os trabalhos, algumas vezes ao mesmo tempo que conseguia ver os desenhos animados e só depois, quando o sol já se estava a esconder e o jantar a ser preparado é que lá ia brincar, em casa, porque há noite não se saia para as ruas sem os pais. Uma quinta de uma conhecida marca de brinquedos, uns livros de pintar e mais tarde folhas onde escrevia números sem parar faziam as minhas delícias durante horas. Lembro-me como se fosse hoje também nas páginas e páginas de revista que cortava, aos quadrados bem pequenos, para dentro de sacos que não serviam para nada. Qual a verdadeira intenção daquele entretenimento? Completamente nenhuma!

Os amigos de infância ficaram pelo caminho na minha vida! Etapa a etapa fui desprendendo laços escolares e hoje quando passo por quem se sentou ao meu lado pelos primeiros anos de escola cumprimentamos-nos com uns simples «bom dia» ou «boa tarde» e «está tudo bem?», nada mais. Seria necessário para bem de qualquer felicidade permanecer pelas vidas uns dos outros?

Cada qual seguiu o seu caminho, pelo que percebo não existem ligações entre os sete ou oito que frequentávamos o mesmo ano escolar na escola da aldeia na altura. Uma pequena civilização, menos de uma dezena de crianças que assim que entraram na fase do ensino preparatório começaram a abrir os seus horizontes e nunca mais olharam para trás, para os que foram ficando pelo caminho sem qualquer pena.

O que será feito da vida de cada qual? Só nos cruzamos, mal falamos e não existe qualquer sentimento de culpa pelo abandono, pelo menos deste lado, para com os antigos parceiros de turma. Todos mudamos, todos conhecemos novos companheiros que optamos por ter connosco por serem talvez o bem de que sempre procuramos ao longo de uma vida. Substituições, ao fim e ao cabo foi isso que aconteceu naquele tempo, fomos substituído uns e outros e hoje não passamos de antigos colegas de escola, que brincamos tantas horas juntos e onde nos dias que correm passamos uns pelos outros com simples acenos de mão que simbolizam que existiu algo entre nós, algo que marcou um passado que todos recordamos como positivo mas que foi ficando, sem mágoas e com glórias triunfais.

Por estes dias, ao tentar adormecer, lembrei-me de uma situação bem embaraçosa pela qual passei no meu tempo de escola primária! Estava talvez no segundo ou terceiro ano, festejávamos a época do magusto e além de termos que levar castanhas, nozes e afins para a escola com a finalidade de festejarmos o dia, tivemos ainda que «atuar».

Na altura calhou-me uma lenga lenga sobre o magusto que a professora passou para uma folha com a intenção de que a decorasse em casa para que no dia subisse ao pequeno palco junto ao quadro e a entoasse para todos ouvirem. O que aconteceu? Nem quis saber da malvada folha e na hora h o lindo texto sobre castanhas e castanholas não saiu livremente da minha boca! Passei vergonha porque baixinho a professora foi dizendo bem perto de mim o que tinha de proclamar sempre com a esperança de que me lembrasse de algo que nem tinha estudado!

Para sempre aquela imagem de todos os colegas da escola à minha frente e da criança envergonhada e nervosa pelo palco ficou-me marcada, tendo ao mesmo tempo ganho a noção de que não vale a pena esquecer que as plateias têm de ser enfrentadas da melhor maneira e nunca deixar o trabalho de casa para a última da hora! Fiquei envergonhado pela situação e ainda hoje me recordo de tal passagem, mais de vinte anos depois! Quem sabe se não será por isso que não gosto de castanhas!

Criança sofre!

Pelo Alentejo, existe tempo e se por um lado as coisas podem não estar assim tão bem elaboradas, por outro existem pormenores que fazem a diferença e que mostram haver um maior cuidado com o futuro de crianças e adolescentes da zona.

Na biblioteca municipal de uma pequena vila onde todos se conhecem a preocupação para com os mais novos existe! Os horários e turmas de cada jovem estão ao dispor das funcionárias e estas conseguem controlar as faltas dos mais novos que fogem da escola para estarem pela internet e na brincadeira pelo centro da vila. Existe uma preocupação e um cuidado maior, sendo que assim que conseguem perceber que algum dos menores está a faltar às aulas logo o mesmo fica impedido de frequentar os computadores do espaço público, sendo a escola contactada para confirmar tais faltas e os pais do aluno posteriormente avisados sobre o que se anda a passar.

Muitas vezes pais e familiares mais próximos não percebem o que os mais novos andam a fazer até serem avisados devido à abundância de faltas dos seus educandos e aqui, em pela zona rural onde a calma e o tempo fazem a diferença, existe espaço para um maior acompanhamento da vila e das instituições públicas para com os jovens que andam pelas ruas quando deveriam estar sentados pelas cadeiras escolares com os livros pela frente.

Uma ideia de cuidados educacionais a ser seguida por outros centros rurais e urbanos do país e que consegue fazer toda a diferença no futuro escolar dos mais novos!

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