Acredito que todos gostaremos de receber elogios na sua vida, mas perceber que o seu trabalho está a ser valorizado por simples palavras espontâneas é positivo e anima qualquer pessoa que possa começar o dia mais cabisbaixo.
É sabido que estou há praticamente três meses no meu segundo emprego, após trabalhar dez anos numa empresa que encerrou, e embora tenha começado esta nova fase bem, depois desanimei porque estava habituado a outro ritmo e a um maior movimento, mas aos poucos percebi que estou bem onde estou e que é naquele espaço que quero continuar pelos próximos tempos. A par disto perceber que os superiores enviam emails positivos sobre o trabalho e que os colegas valorizam a diferença entre o que tinha no passado e o que apresento agora deixa-me contente. Por muito que a pessoa pense que ainda consegue fazer mais e melhor, perceber por palavras diretas e por pessoas que estão há anos na empresa que o trabalho está a ser bem visto é bom, deixa-me contente e com vontade de continuar a fazer o que tenho aprendido muito à minha custa.
Sinto-me calmo, faço tudo ao meu ritmo, com uns dias mais corridos que outros como em todos os trabalhos, mas entrei, tentei perceber o que era para fazer e aos poucos tenho alterado o método que me foi passado para adaptar as situações ao tempo e disponibilidade, tanto que consigo ter tempo, o que parece que o meu antecessor não tinha. Quase todos os colegas com quem trabalho mais diretamente acham que já tinha conhecimentos na área, mas nada disso. Já lhes expliquei como foi o meu passado profissional e os comentários sobre a adaptação e o desenrasque com que entrei e a forma como falam sobre a minha adaptação às funções dizem que parece de alguém que já estava na área e que pouco teve de aprender.
Enganam-se, tudo tive e tenho de aprender. Nomes completamente estranhos para conhecer, materiais que ainda estou a perceber o que são, contas a fazer com tabelas de excel todas elaboradas, emails sempre a aparecer para serem resolvidos e tentar esclarecer tudo para que se siga em frente... Sim, uma das minhas anteriores funções entre várias era fazer a parte de escritório, mas o antes e o agora nada têm haver uma coisa com a outra. Para além disto o salto deu-me responsabilidade porque o processo só avança se passar por mim, não existindo alguém acima a dar ordens e dicas sobre o que fazer. Tenho de decidir, fazer e avançar o quanto antes porque atrás vem gente, ou melhor, trabalho. E parar neste caso é perder dinheiro, o que não pode acontecer!