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O Informador

The Duchess | T1

Netflix

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A Netflix disponibilizou a série britânica The Duchess, mostrando o dia-a-dia de Katherine, uma mãe solteira que parece à beira do abismo mas com vários sonhos por concretizar. Num momento em que todos parecem contra si Katherine, interpretada por Katherine Ryan, quer voltar a ser mãe, mesmo sem o parceiro ideal por perto. Mantendo uma relação meio distanciada com o dentista Evan, Steen Raskopoulos, mas sem ver potencial enquanto pai com bons genes para ser progenitor e com a ambição que o seu próximo filho tenha os mesmos potencias que a sua única filha, Olive, interpretada pela jovem atriz Katy Byrne, o recurso ao progenitor da filha, Shep, um ex elemento de uma boy band interpretado por Rory Keenan, com quem se dá mal, é inevitável e a partir desse ponto começam as trapalhadas de uma série cómica que serve para entreter pelos momentos de cansaço do nosso dia-a-dia corrido. 

Dramática e impulsiva, excêntrica no seu modo de encarar a moda e deixando de lado o bom trato com quem se cruza consigo, Katherine representa a força da natureza, defendendo o feminismo e a capacidade de viver sem homens por perto, mas neste caso a vontade de voltar a ser mãe fala mais alto e as contradições surgem para grande felicidade do seu antigo companheiro e pai da filha que fica assim a ganhar com a ideia de que esta mulher de armas afinal continua atrás de si, nem que seja para voltar a ser mãe, mesmo sem recorrer aos métodos tradicionais.

Com pequenos e rápidos episódios, sempre com pontos revolucionários entre si, um tanto de comportamentos aceitáveis como irritantes mas divertidos, a ousadia e irreverência desta mulher causam alguns transtornos a homens e mulheres que circulam à sua volta, mas quando o coração está mesmo próximo da boca não existe como evitar contratempos e desabafos que nem sempre correm bem. Poderemos assim dizer que esta heroína de The Duchess não se contenta por ficar com a perfeição, sendo mesmo um desastre quando comparado com as super mães e educadoras de séries de sucesso internacional.

Dinastia | T3 | Arrumar a história sem avançar

Netflix

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A terceira temporada da série Dinastia chegou, vi com calma, e sinceramente a ideia com que fiquei foi que esta nova fornada serviu para estabilizar uma história que começou bem, foi totalmente estrangulada na segunda fase e agora tentaram remendar a situação, o problema é tudo quererem fazer e conseguirem baralhar demais. 

Se numa primeira temporada foi dado a conhecer ao público o seio de duas milionárias famílias, os Carringtons e os Colbys, onde as relações se unem com ganância, corrupção, poder, dramas, conflitos e muita aparência e esta série muita novelesca conquistou, na segunda fase tudo pareceu forçado, desde a continuação da história às próprias personagens em si. Na segunda temporada além de terem de substituir atores e personagens pelas saídas repentinas de algumas estrelas, existiu quem tivesse visto a sua presença na série reduzida, aparecendo em episódios esporádicos e acabando por estragar o que estaria aparentemente previsto. Na terceira temporada, embora duas personagens tenham alterado pela terceira vez de atrizes, as coisas parecem ter corrido melhor em termos de desenvolvimento, no entanto o problema é a forma como encaixam de forma forçada as novas histórias que aparecem de um momento para o outro para depois permanecerem, mas muito descabidamente. 

Com uma terceira atriz como Crystal por incompatibilidades entre as anteriores e a produção e também com a substituição da personagem Alexis Carrington, a mãe da protagonista Fallon, que com vários acidentes vão desculpando-se com plásticas para substituírem as atrizes, nesta terceira temporada de Dinastia a história parece continuar o que foi deixado anteriormente, sem fazerem alarido às substituições como havia acontecido antes, o que mesmo assim não me agradou por perceber que não conseguem manter um elenco de temporada para temporada, para mais sempre com as mesmas personagens em jogo neste tabuleiro de substituições.

Drama da porta aberta

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Desde pequeno que me lembro que a porta de casa, ao longo do dia, sempre tem de estar aberta. Acreditem que aos trinta continuo sem perceber a razão da necessidade de estarem com a porta de casa aberta quando existem janelas mesmo ao lado. 

Seja Verão ou Inverno, faça chuva ou sol, com frio ou calor, a porta é aberta, nem sempre e muito raramente de forma total mas a verdade é que uma nesga tem de estar aberta para que «o ar circule». Já expliquei que a janela resulta bem melhor e assim podemos estar fechados em casa, não existindo necessidade de deixar portas disponíveis para qualquer pessoa se aproximar e quase entrar sem nos darmos conta.

E quando está calor, a casa está fresca, uma ventoinha está ligada e mesmo assim abrem a porta que acaba por deixar entrar o ar quente que está na rua? Juro que já tentei e sempre que posso fecho, mas quando dou por isso a malvada da porta já está aberta, bastando acordarem que lá vão abrir a brecha para entrar o ar, brecha essa que só volta a ser fechada após o jantar. 

Dinastia | 1ª Temporada

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A Netflix apostou em 2017 numa série familiar em modo novela onde tudo e mais alguma coisa parece prestes a acontecer para dar cabo de uma família milionária com muitos segredos à mistura. Adaptada de um formato com o mesmo nome da década de 80, Dynasty, tem nas suas personagens, bem desempenhadas e defendidas pelos atores, o verdadeiro foco onde os dramas, a corrupção, ganância e conflitos são gerados em torno exclusivamente de duas coisas, do poder e das aparências. 

Os Carrington só querem manter a sua imagem limpa e continuar a ostentar a sua supremacia sobre os demais. Tudo começa com o casamento de Blake, o pai, com Crystal, uns bons anos mais nova e que luta por ganhar o seu próprio espaço no seio da empresa e na própria família. Para que isso aconteça existe o confronto com Fallon, a filha, que colocada para trás na suposta promoção a que tinha direito na empresa, começa a guerra com a nova Sr. Carrington. 

Numa junção de etnias, conflitos geracionais, sexualidade e estratos sociais, Dinastia aborda com grande eficácia a diversidade cultural, colocando em cena o amor nutrido entre um motorista negro e a sua patroa, uma relação homossexual, a emigração para com a busca da nacionalidade... Estes são pontos fortes da série, bem defendidos e tratados de forma banalizada, sem fazer de qualquer dos temas um problema, debatendo, mostrando e agradando pela forma como tudo é levado, sem chocar e mostrando uma simplicidade, sempre com as complicações que uma família recheada de problemas fornece, mas onde o que para muitos ainda não é normal, nesta produção tudo flui, o que é de louvar. 

Vitória & Abdul

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Inspirado nos últimos anos da Rainha Vitória nasceu o filme Vitória & Abdul onde o surgimento de uma improvável amizade entre a soberana de Inglaterra e um jovem proveniente da Índia ganha uma dimensão inesperada que enfrenta a própria casa real ao longo dos últimos anos de vida de Vitória. 

Abdul é o escolhido para representar o seu país e presentear assim a Rainha com um símbolo do seu povo, mas a sua ação rapidamente chama a atenção de sua majestade que manda chamar este jovem para que continue a prestar-lhe serviços como seu empregado, o que não cai bem junto dos empregados que sempre serviram Vitória. Aos poucos Abdul vai ganhando espaço na vida da sua senhora a quem serve e sobre a qual vai começando a ensinar os seus costumes e hábitos, criando-se uma relação de amizade e proximidade que não é bem vista por quem circula pelos corredores da casa real. 

Uma relação de amizade e carinho entre a Rainha Vitória e Abdul que aconteceu de facto e que foi passada assim para a grande tela através da excelente representação de Judi Dench e Ali Fazal que dão vida a estas duas personagens históricas que se uniram para durante um curto período de tempo se cuidarem de forma mútua, num envolvimento que psicologicamente terá atingido muito mais que a amizade mas que pelos relatos escritos deixados por Abdul, relatos esses que ajudaram a dar origem a este filme, não passou de puro carinho, respeito e vontade de cuidar sempre de uma senhora que se apaixonou de certa forma pelo muçulmano que a voltou a fazer feliz nos seus últimos anos de vida, após um grande período de ausência, solidão e obrigações a cumprir.

Uma história emotiva, talvez ainda mais por se saber que aconteceu e embora partes que são mostradas tenham muito de ficção, a realidade marca presença e mostra como a vida de Vitória nem sempre foi fácil, tendo de enfrentar inimigos fora de portas e várias vezes quem vivia mesmo consigo e não aceitava as suas decisões pessoais para com a sua própria vida e com a do reino. 

Um drama com toques de comédia que vale a pena ver, mesmo para quem não acompanha a História de Reis e Rainhas de outrora. 

A Rapariga Dinamarquesa

Primeiramente este filme não me dizia nada! Umas semanas depois, A Rapariga Dinamarquesa fez com que me sentasse na sala de cinema e passasse talvez metade do tempo em que a história se ia desenrolando a chorar!

Baseado na história da autoria de David Ebershoff e inspirado na realidade de Einar Wegener/Lili Elbe e Gerda Wegener, este drama foi como o lançamento da possibilidade que hoje em dia várias pessoas têm em poderem encontrar-se num corpo com que não nasceram mas onde se sentem bem. O casal Einar e Gerda luta contra o que não querem primeiramente perceber mas que acabam por aceitar para si e posteriormente perante os outros. O sofrimento pessoal, a ligação com a sociedade e acima de tudo a união de um casal que se ama e que enfrenta o que é notório à vista de ambos. Gostei da história recriada, embora defenda que é contada de forma um pouco maçadora, podendo ser mais viva e rápida, relatando outras nuances da verdadeira realidade que foi a vida de Einar/Lili. 

No campo dos atores, embora reconheça que Eddie Redmayne tem uma excelente performance com a sua quase dupla personagem, optaria por um outro nome, talvez mesmo uma mulher para desempenhar este papel que consegue mexer com o público. 

The Strain

The StrainUma nova série chegou ao universo FOX Portugal. Por aqui não perdi o primeiro episódio e fica a promessa que os próximos já estão a aguardar pela gravação automática!

The Strain conta a história do Dr. Ephraim Goodwaether, o chefe da equipa do Centro de Controlo de Doenças na cidade de Nova Iorque. Com a sua equipa enfrenta a investigação de um misterioso vírus semelhante ao vampirismo onde certos factos remetem a situações passadas. Como enfrentar este mistério e salvar o futuro da humanidade?

Pessoas que são atacadas e sofrem a transformação de um vírus que não é mortal mas que é temido por quem o enfrenta, unindo-se esse universo com o mote principal de The Walking Dead e com o universo da investigação criminal num só produto, mostrando que as velhas fórmulas do sucesso televisivo não estão ultrapassadas, só têm de ser reformuladas para baralhar e voltar a dar de novo.

Confesso que este não era de todo um dos meus géneros favoritos de ficção, no entanto e tal como tem acontecido com outros produtos, os gostos no que toca a séries têm sofrido alterações e o primeiro episódio desta produção assinada pela FX para o mundo conquistou-me!

A série que mais faz chorar

[caption id="attachment_9782" align="aligncenter" width="640"]O elenco com Jennifer Lopez, a produtora de Família de Acolhimento O elenco com Jennifer Lopez, a produtora de Família de Acolhimento[/caption]

Existem séries que se vão vendo e séries que conquistam e deixam qualquer espetador agarrado! Família de Acolhimento causa o segundo efeito em mim desde que estreou pelo nosso país através do canal AXN White! Duas mães, o filho biológico de uma delas, um casal de gémeos adoptados e dois irmãos que entretanto estão em processo de adopção integram o elenco central desta série que tem o poder de me fazer chorar quase em todos os episódios.

Os dramas do dia-a-dia de uma família normal, com jovens que têm as suas vidas numa sociedade comum onde os envolvimentos amorosos acontecem, tendo sempre o passado e os problemas do presente pelo meio. Um casal homossexual que recebeu de braços abertos os filhos que lhes têm conquistado o coração e que acabam por ficar no seio de uma família feliz e que consegue ter várias personagens ao seu redor, sempre em busca da reflexão da realidade que pode ser igual a qualquer vida de um de nós.

Família de Acolhimento é aquela série que vive do drama e das emoções presentes nas suas personagens, puxando ao sentimentalismo que tanto me tem agradado ao longo de temporada e meia já exibidas. Nesta produção está a representação das famílias que se vão escolhendo com o tempo, as chamadas famílias do coração, com diferentes feitios e ideias, tendo neste caso também algumas diferenças culturais e de raça.

Aqui está um bom produto televisivo, com personagens excelentemente bem interpretadas e elaboradas com uma história que tem sempre algo para servir de novo ao seu público. Novas tramas têm aparecido no enredo ajudando a condensar o que tem sido apresentado.

Esta é a verdadeira série da família onde tudo encaixa! O romance, o drama e o suspense! Quando chega mesmo o próximo episódio e a notícia da certeza de uma terceira temporada?!

Guia para um Final Feliz

Guia Para Um Final FelizGuia para um Final Feliz

Após passar algum tempo internado numa clinica psiquiátrica devido a problemas emocionais que quase lhe destruíram a vida, Pat (Bradley Cooper) pretende começar tudo de novo e remediar os erros do passado. Assim, ao mesmo tempo que decide voltar para casa dos pais (Robert De Niro e Jacki Weaver) para tentar uma reaproximação, vai fazer de tudo para se reconciliar com Nikki (Brea Bee), a ex-mulher. Porém, os seus planos caem por terra no momento em que conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma rapariga problemática que luta contra os seus próprios demónios e se esforça por superar a recente morte do companheiro. Assim, duas almas torturadas e com pouca esperança no futuro acabam por se tornar na inspiração que necessitavam e, ao reencontrar o caminho, retomam o gosto pela vida.Uma comédia romântica com argumento e realização de David O. Russell (The Fighter - Último Round") segundo o romance de Matthew Quick.

PÚBLICO

Título original:Silver Linings Playbook

De:David O. Russell

Com:Robert De Niro, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence

Género:Drama, Comédia

Classificação:M/12

Outros dados:EUA, 2012, Cores, 122 min

Guia para um Final Feliz foi o filme que fui ver no serão de Sábado ao Colombo e durante a sessão vários foram os sentimentos que fui demonstrando pelas personagens que passavam diante os meus olhos.

Começado o filme pensei logo que afinal o que estava a ver não era o que pensei que ia mesmo acontecer. É que achei que iria encontrar duas personagens principais um pouco mais deslocadas da realidade do que realmente aconteceu. Logo ai comecei a perder o interesse pela história que na sua totalidade pareceu-me um simples romance só com a diferença de ambos os protagonistas sofrerem pelas suas relações passadas.

Não achei o filme nada de extraordinário, sentindo até que é muito parado, tendo chegado a fechar os olhos por uns minutos a meio da sessão e sei que não perdi nada de interessante. As personagens andam sempre atrás uma da outra, sabendo-se logo de início que no final ambos vão terminar juntos e felizes. Este é mesmo daqueles filmes que se não tivesse sido feito não se tinha perdido nada. Adormeci, pouco ri, mas confesso que quase no final deixei os olhos brilharem, mas já não consigo identificar com que cena isso me aconteceu porque nada me atraiu.

Guia para um Final Feliz é um filme que não recomendo nada ser visto porque quando sai da sala esqueci logo o que tinha visto, porque não me tocou minimamente. Enfim, um filme oco, com uma histórica básica e onde não percebo porque tem tido um destaque como se fosse algo em grande. Em grande mesmo só se for a banhada com que sai daquela sala de cinema!