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O Informador

Margarida Espantada | Rodrigo Guedes de Carvalho

Dom Quixote

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Título: Margarida Espantada

Autor: Rodrigo Guedes de Carvalho

Editora: Dom Quixote

Edição: 3ª Edição

Lançamento: Abril de 2020

Páginas: 288

ISBN: 978-972-20-6983-0

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Margarida Espantada é sobre família. Sobre irmãos. É sobre violência doméstica e doença mental. É um efeito dominó sobre a dor.

A literatura é um jogo do avesso. Os bons romances são sempre sobre amor, e os melhores são os que fingem que não são.

Não devemos recear livros duros. As histórias que mais nos prendem trazem uma catarse que nos carrega as mágoas, personagens que apresentam as suas semelhanças connosco.

Gosto da ficção que é número arriscado de circo, com fogo e espadas, que nos faz chegar muito perto da queimadura que não vamos realmente sentir. Mas reconhecemos.

 

Opinião: Estreei-me na leitura de Rodrigo Guedes de Carvalho com Margarida Espantada, que foi uma obra recomendada, e o que posso dizer numa rápida análise é que a montanha pariu um rato do início ao fim.

O Olhar que me Persegue | Helene Flood

D. Quixote

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Título: O Olhar que me Persegue

Título original: Terapeuten

Autor: Helene Flood

Editora: D. Quixote

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Agosto de 2020

Páginas: 368

ISBN: 978-972-20-7058-4

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: O Olhar que me Persegue combina um ambiente francamente contemporâneo e realista com um suspense assustador e uma visão perturbadora sobre as nossas mais recônditas facetas, tanto na vida familiar como nos relacionamentos. Um thriller arrepiante que disseca a relação de um jovem casal, em que as emoções têm o papel principal.

Nomeado para o Norwegian Bookseller’s Prize em 2019, O Olhar que me Persegue é o primeiro de três thrillers psicológicos de Helene Flood, todos com protagonistas femininas, e tendo por cenário a cidade de Oslo. Numa abordagem totalmente diferente da dos seus congéneres nórdicos, mas igualmente brilhante, a jovem autora demonstra grande talento para gerir tanto o enredo como a qualidade da escrita.

 

Opinião: Uma obra nomeada, bem comentada internacionalmente como uma maravilha entre os melhores thrillers do ano perante uma estreia impressionante da sua autora e quando vou a meio da leitura percebo que todo o entusiasmo e boas expetativas que foram sendo criadas acabam simplesmente por revelar mais do mesmo.

Logo conhecemos Sara, uma jovem psicóloga casada com Sigurd, num casamento sem filhos, com alguns problemas conjugais pelo caminho mas numa luta para se definirem, estabelecerem e ganharem condições para formarem uma verdadeira família a pensarem no futuro. Trabalhando e recebendo os seus clientes num espaço anexo em casa, Sara tem os seus pacientes fixos, cada qual com os seus problemas e desabafos, enquanto que Sigurd estuda e mais tarde cria o seu próprio projeto ligado à arquitectura. Tudo decorre dentro do quase normal quando o desaparecimento de Sigurd acontece. Numa manhã sai para se encontrar com os amigos mais próximos para uns dias entre amigos e não mais aparece. Desaparecido e sem deixar rasto, Sara dá o alerta pelo seu desaparecimento e a partir desse momento a investigação acontece.

Investigação no terreno, fingidas amizades por perto para um possível apoio enquanto se tenta perceber o que aconteceu, sócios a saberem partes do processo mas a fingirem ignorância, uma esposa preocupada mas a manter dentro do possível as suas rotinas profissionais, e todo o processo a ser descodificado por parte de um investigador pouco acessível e bastante desconfiado. Controlo, entrevistas, conversas paralelas e paragens no tempo são vários dos pontos que este thriller demonstra entre uma esposa meio ausente em todo o processo para um marido desaparecido em que a única preocupação parece ser a sua própria segurança, mostrando um individualismo como parte de um casal algo arrogante e disciplinado, provando a falta de união entre dois jovens casados que o são somente por habituação. 

Um caso investigado, levando o leitor a identificar vários suspeitos ao longo de cada capítulo quando no final tudo muda e a real verdade fica perceptível mas sem ser revelada para que o 《quem matou》 seja devidamente incriminado e julgado. Posso dizer que fiquei surpreso por não sentir ao longo da leitura qualquer ponto que pudesse unir o assassino com todo um crime que levou à morte de um homem por motivos amorosos. 

Não Chames Noite à Noite | Amos Oz

D. Quixote

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Título: Não Chames Noite à Noite

Autor: Amos Oz

Editora: D. Quixote

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Novembro de 2019

Páginas: 272

ISBN: 978-972-20-6910-6

Classificação: 2 em 5

 

Sinopse: Em Tel Keidar, uma pequena cidade situada junto ao deserto do Neguev, a morte brutal de um jovem adolescente, possivelmente por overdose, vai interferir no equilíbrio íntimo do casal Theo e Noa, fragilizado pela diferença de idades, pela ausência de filhos, pelo tédio e pela incomunicabilidade.

Com um virtuosismo inexcedível, Amos Oz faz alternar essas duas vozes narrativas, a de Theo e a de Noa, juntando-lhes ainda a do narrador, cronista anónimo que por vezes cede a palavra ao «coro» dos habitantes da cidade.

Assim, como que reunindo progressivamente todas as peças de um puzzle, o autor revela-nos a intimidade mais profunda de dois seres, ao mesmo tempo que retrata as tensões de uma pequena comunidade, recheada de personagens excessivos e pitorescos.

Não Chames Noite à Noite é uma preciosa sinfonia de humanidade em que Amos Oz explora com incomparável discernimento as possibilidades - e os limites - do amor e da tolerância.

 

Opinião: Um livro sobre o amor vivido de forma diferente entre duas pessoas que se querem, com alguma diferença de idades, que se estimam, apoiam enquanto enfrentam a realidade, as perspetivas de mudança, os objetivos de cada um sem compatibilidade com o seu par, mas onde o apoio surge, mesmo que não seja de imediato. 

Theo é um arquiteto de sessenta anos, casado com Noa, professora com praticamente menos quarenta anos. Casados por amor, sem filhos e com pouco em comum, Theo e Noa são diferentes, ele mais calmo e pacifico, ela impulsiva, teimosa e com vontade de mudar o Mundo. Nesta história a morte de um jovem aluno de Noa dá o mote para se querer investir, organizar, criar e apoiar quem vive no mundo da droga, mesmo que toda uma sociedade local se oponha à ideia. Um bom argumento mas muito mal desenvolvido e contado. 

Literatura para finais de Agosto

Sugestões

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Agosto é mês de férias e em momentos de pausa as leituras costumam fazer companhia a todos nós para que o descanso seja passado também na companhia de boas histórias criadas para nos entreter, inspirar e ajudar. A pensar nos próximos dias, uma vez que também irei estar a descansar, optei por criar um texto sugestivo sobre alguns dos livros que estão a ser lançados e que parecem poder ser a companhia ideal para os diferentes gostos literários. 

 

Três Mulheres, de Lisa Taddeo, é um dos livros mais vendidos e falados do ano, sendo um retrato real da sexualidade e intimidade das mulheres. Três histórias verídicas que são relatadas com base num trabalho de investigação que se prolongou por dez anos. Este é um livro de memórias e testemunhos destinado aos leitores que gostam de conhecer histórias verídicas com que se possam identificar. 

 

O Anjo Caído é o thriller de Daniel Silva que volta a colocar Gabriel Allon no centro de toda a ação quando é chamado a entrar no Vaticano para uma nova investigação onde o futuro do planeta pode estar comprometido se tudo não ficar resolvido a tempo. Um regresso do autor e da sua personagem central a um espaço que já é bem conhecido pelos leitores que seguem a obra de Daniel Silva. 

 

Pepetela lançou Jaime Bunda e a Morte do Americano, livro que é lançado em Portugal pela Dom Quixote. Neste novo romance o regresso do divertido James Bond angolano e das suas aventuras acontece e as novas aventuras acontecem em Benguela, debatendo uma sociedade que Pepetela bem conhece. 

 

Um livro que promete perante os volumes já lançados é a terceira parte de A Revolta de Atlas, da autoria de Ayn Rand. Numa mistura de thriller com filosofia e questões que envolvem política, metafísica, economia, sexo e ética, neste livro a forma de estar e pensar de Ayn Rand é descrita para que o leitor se debata sobre os seus ideais. Não conheço os volumes anteriores, mas acredito que estes livros sejam uma celebração da vida e do positivismo com que a enfrentarmos. 

Boneca de Luxo [Truman Capote]

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Autor: Truman Capote

Editora: Dom Quixote

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Junho de 2009

Páginas: 120

ISBN: 978-972-20-3132-5

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Holly Golighly é mais do que uma boneca de luxo. Deslumbrante, espirituosa e ternamente vulnerável, inquietando as vidas dos que com ela se cruzam, é retratada por Truman Capote em Breakfast at Tiffany’s (Boneca de Luxo), um romance tocante e singelo sobre a amizade, que constitui uma autêntica história de sedução. 

Verdadeiro clássico da literatura americana contemporânea, nele se inspirou Blake Edwards para o filme homónimo protagonizado por Audrey Hepburn.

 

Opinião: Boneca de Luxo é um dos clássicos mundiais da autoria de Truman Capote que através da facilidade que conta a história conquista o leitor que se vê confrontado com a vida de Holly logo a partir das primeiras páginas, sem querer parar de saber o que terá acontecido a esta jovem mulher que vê desfilar todas as oportunidades para ficar bem na vida, mas é como acompanhante que consegue viver. 

Através de um narrador que vive no mesmo edifício de Holly e que a mesma batiza por Fred, o nome do seu irmão, vamos conhecendo o dia-a-dia desta jovem solitária, de horários trocados, dona de um certo mistério e detentora de uma sensualidade única. O que fará Holly para ter hábitos de vida diferentes dos restantes residentes do prédio onde habita em Nova Iorque? Aos poucos o leitor é convidado a conhecer os encontros ocasionais de Holly com o seu vizinho Fred que vai ganhando espaço e lugar na vida desta figura noturna que parece ter na solidão uma arma forte contra os que a rodeiam. 

Escrito nos finais de 1950, Boneca de Luxo retrata de forma perspicaz o sonho de jovens de todos os tempos em alcançar a fama e o êxito, mesmo que se comentam erros e se caia em perigosas mentiras que mudam uma vida. Incentivada por um agente de Hollywood para brilhar como atriz, Holly parte de um meio pequeno para a grande cidade com a finalidade de encontrar oportunidades para que aos poucos o seu nome se torne conhecido, só que o interesse pela vida e dinheiro fáceis tornam-se bem mais atraentes, o que aliado à sua beleza e juventude atrai os homens poderosos e influentes, só que nem tudo corre da maneira que a jovem deseja. 

Patrick Modiano, o Prémio Nobel da Literatura 2014

Quinta-feira, 9 de Outubro de 2014, dia em que foi revelado o Prémio Nobel da Literatura atribuído pela Academia Sueca ao francês Patrick Modiano.

Tendo sido o décimo primeiro autor nascido em França a receber esta distinção, Patrick foi destacado pela Academia aos 69 anos «Pela arte da memória com a qual ele evocou os destinos humanos mais inatingíveis e descobriu a vida do mundo da ocupação [alemã]».

Tendo publicado o seu primeiro romance, La Place de l'Étoile, em 1968, desde aí não mais parou no mundo da literatura, tendo recebido várias distinções e prémios internacionais. Por cá são várias as suas obras já publicadas, destacando-se O Horizonte (Porto Editora, 2011), No Café da Juventude Perdida (ASA, 2009),  A Rua das Lojas Escuras (Relógio d'Água, 1988), Um Circo que Passa (Dom Quixote, 1994), Dora Bruder (ASA, 1998) e Domingos de Agosto (Dom Quixote, 1988).

Paris é praticamente sempre o seu cenário de eleição pelas narrativas que acolhem temas como a memória, o esquecimento, a identidade e a culpa. Os seus romances além de terem um toque autobiográfica transportam o leitor para a época da ocupação alemã.

O Prémio Nobel da Literatura tem o valor de 877 mil euros, além do reconhecimento público do vencedor que vê assim a sua obra valorizada.

Um nome a ter em atenção pelas minhas próximas compras literárias!

Curso de escrita pela Inês Pedrosa

Inês Pedrosa, a autora de Fazes-me Falta e Dentro de Ti Ver o Mar vai, pela primeira vez, partilhar os seus métodos de criação literária. Será no espaço Leya na Buchholz, em Lisboa, que o Curso de Escrita Ficcional vai ter lugar, a partir de dia 13 de Outubro!

Tendo sido elaborado para atrair quem gosta de ler e escrever e para quem quer começar um trabalho de escrita mais elaborado, a autora vai através de seis sessões de hora e meia, em todas as segundas-feiras, orientar este curso. Dando uma oportunidade de aprendizagem e de aprofundamento individual dos participantes, nestas sessões existirá também um apoio na selecção das leituras pessoais, ajudando ao desenvolvimento das capacidades de pensamento e escrita de cada um.

As inscrições já estão a decorrer em www.inespedrosa.com ou na livraria onde o curso vai ser leccionado, tendo um valor de 250 euros, com desconto para quem se inscrever até dia 6 de Outubro. Os participantes do curso receberão como oferta um exemplar do livro Novas Cartas Portuguesas, de Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, com organização e anotações de Ana Luísa Amaral, numa edição Dom Quixote.

Ao longo do curso, Inês Pedrosa abordará obras de referência como Dom Quixote de La Mancha, Anna Karenina , Madame Bovary, Os Maias, A Queda de Um Anjo, Livro do Desassossego, O Delfim e O Amor nos Tempos de Cólera, entre outras. A escritora colocará ainda temas como o estilo, a busca de uma voz, as potenciais fontes da ficção, a construção de personagens, a acção, a intriga e o suspense, os géneros e trans-géneros em análise ao longo das sessões. No final será atribuído um certificado de participação assinado pela sua organizadora e responsável.

Uma iniciativa interessante e que ainda pensei frequentar, no entanto deixarei passar esta oportunidade e esperarei pela próxima que após o término desta primeira fase não deverá tardar!

Boas aprendizagens para todos e que este tipo de cursos comecem a ganhar destaque nas livrarias e pontos de referência para que o futuro seja construído com maiores bases culturais!

Barroco Tropical

Barroco TropicaJosé Eduardo Agualusa voltou a surpreender-me através do seu Barroco Tropical! Por vezes parece que a sua imaginação ultrapassa os limites apurados da realidade, no entanto e porque as lendas existem, a sua sabedoria para com estas histórias está toda presente através das suas palavras!

Em Barroco Tropical existem várias personagens que poderiam ser retiradas sem se dar conta, porém todos parecem ter algum sentido, desde Núbia de Matos, a mulher que caiu do céu, a Bartolomeu Falcato, o personagem central da história que parece ser uma parte que Agualusa quer revelar de si próprio de forma indirecta. Com duas histórias a serem contadas, existe pelo meio Kianda, a grande diva deste romance, uma cantora que arrasa corações e arrasta multidões através da sua voz e forma de estar.

Com uma escrita absorvente e translúcida, Agualusa convida o leitor a sonhar e a viajar através das suas aventuras onde os altos e baixos se cruzam no emocionante mar de conflitos pela paz interior de cada um.

A alegria e a felicidade no amor são dois estados diferentes e com significados que se podem opor quando necessário, segundo o autor...

«A alegria não se parece com a felicidade, a não ser na medida em que um mar agitado se parece com um mar plácido. A água é a mesma, apenas isso. A alegria resulta de um entorpecimento do espírito, a felicidade de uma iluminação momentânea. O álcool pode levar-nos à alegria - ou um cigarro de liamba, ou um novo amor - porque nos obscurece temporariamente a inteligência. A alegria pode, pois, ser burra. A felicidade é outra coisa. Não ri às gargalhadas. Não se anuncia com fogo de artifício. Não faz estremecer estádios. Raras são as vezes em que nos apercebemos da felicidade no instante em que somos felizes.»

Agualusa é um autor intemporal que sonha e realiza, faz e refaz, quebrando regras e reescrevendo a história como se fosse a primeira vez que esta é contada. Um mundo existente onde a imaginação se cruza com as lendas, o passado e o futuro! Aconselhável!

Sinopse: Uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical. As únicas testemunhas do acontecimento são Bartolomeu Falcato, escritor e cineasta, e a sua amante, Kianda, cantora com uma carreira internacional de grande sucesso. Bartolomeu esforça-se por desvendar o mistério enquanto ao seu redor tudo parece ruir. Depressa compreende que ele será a próxima vítima. Um traficante de armas em busca do poder total, um curandeiro ambicioso, um antigo terrorista das Brigadas Vermelhas, um ex-sapador cego, que esconde a ausência de rosto atrás de uma máscara do Rato Mickey, um jovem pintor autista, um anjo negro (ou a sua sombra) e dezenas de outros personagens cruzam-se com Bartolomeu, entre um crepúsculo e o seguinte, nas ruas de uma cidade em convulsão: Luanda, 2020.

Vou ler... Barroco Tropical

Barroco TropicaJosé Eduardo Agualusa encantou-me com A Vida no Céu, um livro mais sonhador e que apela à imaginação do leitor. Agora e porque quero continuar a experimentar a leitura de Agualusa, vou-me envolver com o seu Barroco Tropical.

Sinopse: Uma mulher cai do céu durante uma tempestade tropical. As únicas testemunhas do acontecimento são Bartolomeu Falcato, escritor e cineasta, e a sua amante, Kianda, cantora com uma carreira internacional de grande sucesso. Bartolomeu esforça-se por desvendar o mistério enquanto ao seu redor tudo parece ruir. Depressa compreende que ele será a próxima vítima. Um traficante de armas em busca do poder total, um curandeiro ambicioso, um antigo terrorista das Brigadas Vermelhas, um ex-sapador cego, que esconde a ausência de rosto atrás de uma máscara do Rato Mickey, um jovem pintor autista, um anjo negro (ou a sua sombra) e dezenas de outros personagens cruzam-se com Bartolomeu, entre um crepúsculo e o seguinte, nas ruas de uma cidade em convulsão: Luanda, 2020.

Este livro foi comprado numa promoção do site da FNAC e custou-me 8,45€ em detrimento dos 16,90€, o seu preço normal.

Dentro De Ti Não Vejo o Mar

E já terminei de ler o livro de Inês Pedrosa, Dentro De Ti Ver o Mar, e confesso que o livro não me conquistou, fazendo com que coloque esta autora na lista do que não quero ler nos próximos tempos.

Pois é, ao longo de menos de duas semanas li esta última obra da autora e mesmo tendo percebido parte da trama, revelo que não percebi o contexto da irrealidade de uma história em que a narradora acaba por interagir com os personagens, dando-lhes um final pelo que as suas criações foram fazendo ao longo do livro.

Várias histórias de amor entre apaixonados, entre pais e filhos e de e para amigos são contadas nesta obra, de forma exemplar e com uma escrita bem organizada e das melhores que já li de um autor português, mas é pena que as minhas dúvidas sobre estas mais de trezentas páginas não tenham sido esclarecidas.

Desde o início que comecei a sentir algumas questões que nunca foram solucionadas e esperei que o final desse todas essas respostas, mas pelo contrário, ainda mais duvidas me apareceram, com uma história cheia de trocas e baldrocas e, para mim, sem nexo.

Ainda pensei que poderei ter sido eu a não entrar perfeitamente nestas vidas, mas já reli algumas partes do livro e continuo sem perceber certas atitudes das personagens criadas por Inês Pedrosa.

Dentro de Ti Ver o Mar é um romance que não aconselho devido às questões que me ficaram por ser respondidas, mas é algo bom para quem gosta de histórias de amor bem escritas!