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O Informador

Acabou a pausa!

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Avisa o calendário que após cinco dias de pausa entre folgas e horas por tirar, aproveitando este espaço rápido da semana para descansar por terras alentejanas, ontem ao final da tarde regressei a casa e hoje é dia de voltar ao trabalho.

Encontrar o que ficou e as pequenas novidades que podem estar por acontecer, voltar à rotina do dia-a-dia sem grandes diferenças e pensar que por vezes é necessário parar para pensar e recarregar as baterias para conseguir dar de novo, mesmo que existam momentos em que a vontade é abandonar barcos e recomeçar num outro ponto onde nos possamos sentir estimulados em locais onde é possível perceber que não somos somente mais um entre tantos. Preciso de receber valorização e quando a mesma não acontece, nem as simples palavras surgem, não há como seguir a dar tudo por não ser possível acreditar quando não se vê do lado de lá vontades semelhantes e um cruzamento de ideias e objetivos. 

Momentos solitários

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A chuva cai através do beirado da varanda para que o olhar se concentre em cada fio de água da chuva que escorre para seguir o seu caminho. Ao mesmo tempo, lá ao fundo, enquanto o dia se deixa alongar, o nublado invade o horizonte, deixando a serra de um momento para o outro, quase sem se fazer avisar, tapada e fora de vista. Cá dentro, de computador no colo, aquecedor por perto, pantufas calçadas, chá na mesa-de-cabeceira, televisão ligada, telemóvel a carregar e livro pronto para ser fotografado para futura publicação no Instagram e mesmo aqui pelo blog, vou centrando o pensamento entre o que escrever e a passagem das horas em tempo de confinamento, isto ao mesmo tempo que o telemóvel recebe nova mensagem, penso no que irei comer dentro de minutos e no entanto deixo-me ficar por aqui sentado de pernas esticadas, puxo a manta para reforçar a necessidade de me aquecer e me fico por mais um bom bocado. Tudo e nada disto aconteceu num pequeno espaço de tempo, aquele tempo que passa e sobre o qual o ser humano nem se dá conta. 

Rotina mesmo de quarentena

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Os dias em tempo de isolamento tornam-se cansativos mas mesmo assim não deixo de fazer o meu horário mental de forma diária, tentando seguir à risca sem existirem grandes contratempos, logo agora que a vida é praticamente sempre mais do mesmo.

Acordo cedo porque a junção entre corpo e mente assim o exige por não conseguir dormir muito e assim o dia começa logo também com o rair do sol quando podia estar até mais tarde a desfrutar da amizade com a cama. Ao levantar cedo e ao tomar pequeno almoço percebo através do estado do tempo como se seguirá o meu dia. Se estiver a chover de manhã e tarde fico logo a saber que não irei sair sequer. Agora se o sol espreitar visto o equipamento de treino e lá vou eu, a solo, caminhar e fazer exercícios por caminhos mais isolados e no meio da natureza. Hora e meia a desfrutar da companhia dos sons naturais que nos são permitidos a quem vive mesmo ao lado do campo e que ajudam nestes tempos a desanuviar um pouco. Já de regresso a casa e banho tomado, a manhã vai acabando por passar, chega o almoço e a tarde é descontraída mas pensada. Geralmente começa entre séries até ao lanche, depois leitura e escrita até o sol se pôr e o momento do jantar chegar em mais um dia. Caindo a noite, é tempo de voltar ao pijama, ver o noticiário, assistir à novela e voltar depois aos livros ou séries, dependendo do estado de espírito para com as histórias que me estão a acompanhar nos dois campos.

Vida minha dos novos dias...

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Vida minha dos novos dias, o que me está a acontecer?

Fechado em casa todo o dia estaria, se não tivesse ganho algum ânimo para começar a mexer o corpo com andamentos e corridas de forma diária. Acordo bem cedo e o pequeno almoço espreita após a higiene matinal. Logo me despacho e não me deixo arrefecer, trocando de roupa e deixando que o corpo me guie para uma viagem caminhante que vai ganhando alento ao longo de quase hora e meia pela mata ao lado da aldeia virada ao sol e com ventos fronteiriços. 

Oh que bem que este momento fora de casa cai bem para logo depois as quatro paredes me voltarem a receber para que hora após hora o dia seja passado entre comidas, conversas, leituras, televisão, arrumações e escritos. Tanto que parece ter para fazer e ao final do dia dou por mim a pensar que o tempo foi passando e a desconcentração foi total, sem estar orientado num só sentido. A minha mente e a vontade de estar a par de tudo tornam-me num frenesim constante que não me deixa assentar para começar, seguir e terminar um só objetivo de cada vez. 

Eles já usam o multibanco

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Hoje falo da teimosia que existia por parte dos meus pais para utilizarem um simples cartão multibanco. Sim, aos trinta e três anos, só agora consegui que se dirigissem comigo a uma caixa automática do sistema bancário nacional para lhes explicar como é fácil todo o processo de levantamento e consulta da conta bancária. Parece irreal mas é verdade! Em 2020 os meus pais vão finalmente utilizar o cartão multibanco, quando muitos de nós já estamos num outro processo de pagamentos através dos telemóveis e não só. 

Entre os senhores meus pais o cheque foi sempre um «ai Jesus» do dinheiro. Era necessário levantar algum, passavam um cheque mensal, um deles ia ao banco e levavam a quantia para casa, ficando a mesma para ser governada por umas boas semanas. Se existisse um pagamento acima do normal a ser feito, o mesmo seria realizado com um outro cheque passado ao comerciante. Onde isto existe em Portugal do século XXI com toda a evolução que possuímos?

Agora, e somente porque o banco deixou de enviar o extrato da conta para casa, lá consegui com que torcessem a orelha e por vontade dos próprios lá fomos ter a aula de simplicidade para começarem a utilizar o bonito cartão. Cheguei com os dois ao multibanco e percebi que o meu pai acabou por fazer tudo sozinho, parecendo as crianças que estão a fazer algo de novo, sabem como se faz mas hesitam e questionam se é assim. Consultou, levantou, colocou e tirou cartão e ficou tudo certo. 

Já lhes expliquei, uma vez mais mas as outras foram em vão porque já sabia que nada ia ser feito, como têm de fazer pagamentos em lojas e supermercados sem qualquer complicação. Sim, até nesse ponto tudo era pago em dinheiro vivo.

Primeiras impressões

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O primeiro impacto que tenho com alguém é bastante importante para definir como irei lidar com essa mesma pessoa nos próximos contactos. Gosto de dizer que é raro ficar errado quanto à opinião inicial e cada vez tenho mais a certeza que o meu sexto sentido perante os outros está cada vez mais apurado. 

Sou cauteloso para com quem conheço, não dando espaço e gostando de analisar logo nos primeiros tempos quem está do outro lado. Quem entrar logo pelos primeiros momentos com um discurso muito à vontade quando nem me conhece e se acham os macacos reis do Zoo, logo fico de nariz meio de esguelha para ter uma maior atenção daí em diante. As pessoas que não entram com calma comigo e perante as quais logo percebo que a minha forma de estar na vida, nas mais diversas situações, não encaixa com quem chega pouco ou nada conseguirão fazer para que mude de ideias, acabando por cortar o mal pela raiz. 

Se não me conhecem, não se estiquem como se fossem os meus melhores amigos, porque levam logo com uns pontos negativos na caderneta, o que irá fazer com que fiquem de fora na mesma e depois nem como suplentes conseguem entrar. Calma comigo nos primeiros tempos, porque primeiro tenho de avaliar e os anos têm revelado que não costumo errar após as primeiras impressões que tiro de cada um.

Fins-de-semana que pesam

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Atualmente trabalho com horários rotativos e ao longo dos sete dias da semana, com folgas também elas rotativas. Se já o tinha feito durante dez anos, parei por doze meses quando encontrei um horário apelidado de normal, e agora há mais de um ano voltei a ter os fins-de-semana como dias de trabalho na minha agenda e o pior é que foi por opção própria.

Tudo parece correr bem numa forma inicial e neste caso o ambiente em equipa contribui para levar as coisas em diante, no entanto quando venho de uma folga ao Domingo, a Segunda-feira consegue ser um dia tão pesado que custa a passar e onde os pensamentos são encaminhados para a ideia de que tenho de sair e procurar um trabalho com horários normais. Agora sempre ou quase sempre, a ver mais de meia sociedade a desfrutar dos Sábados e Domingos, ter as pessoas próximas em casa nesses dias e perceber que os meus dias de pausa calham justamente quando todos estão a trabalhar é frustrante e acaba por desgastar.

Curtas e Diretas | 139 | Bonjour

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Após um dia de pausa que calhou ao Domingo e que foi aproveitado da melhor forma, a vontade de hoje para ter acordado às 07h30 foi pouca ou quase nenhuma. Mas como o que tem de ser é mais forte, aqui deixei o testemunho, logo escrito nos primeiros minutos desta manhã, de que a semana está a começar e que é necessário voltar à rotina para mais uns dias de trabalho. Quem está comigo desse lado?

(Re)entrada na rotina

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O início de uma nova fase laboral é sempre um momento de controlar a gestão de horários, para mais quando ao longo de uma semana a rotina pessoal e profissional é feita de diferentes modos. Neste momento e após os meses de desemprego voltei a ser «empregado por conta de outrem» e ao contrário do que tinha anteriormente, com um horário de Segunda a Sexta-feira e com entradas e saídas fixas, desta vez os Sábados e Domingos entram na corrida e existem quatro horários de início e final de dia. Com isto e porque todas as semanas percorro os quatro horários, felizmente, o dia-a-dia está aos poucos a ser adaptado para a nova vida em que hoje posso estar de manhã em casa e sair bem de noite, mas também amanhã posso logo começar de manhã a trabalhar e sair a meio da tarde.

Neste momento é necessário aos poucos definir onde encaixar certos afazeres pessoais no meio desta nova rotina profissional. Casa, saídas, compras, o blog, a leitura, as séries, tudo altera com esta nova fase que começou, pela qual optei e que espero que venha a correr bem. O modo de fazer, os horários mais ou menos estabelecidos onde gostava de fazer as coisas deixaram de existir como acontecia até aqui. Agora tudo está alterado, estando aos poucos a compor um novo diário, mais dinâmico e onde o hoje não é igual ao amanhã nem a ontem.

Semanário do desempregado

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É uma verdade, estou desempregado e cansado de o estar, no entanto as candidaturas que envio ou não obtém resposta ou quando respondem através de chamada telefónica para marcarem entrevista logo percebo que alguns dos anúncios não transmitem na realidade o que as empresas procuram, floreando bastante as funções que querem que os candidatos venham a fazer.

Isto é um dos pontos, no entanto já na fase das entrevistas apanhei em poucos dias um pouco de tudo. Numa das entrevistas que seria para entrada urgente e que responderiam logo na semana seguinte deixaram passaram mais de duas semanas, até que enviaram mensagem escrita a informar de que não fui o selecionado. Se era para entrar de imediato logo nos dias seguintes, qual a razão de deixarem passar tanto tempo para darem a conhecer a decisão? Fiquei com a ideia que terei ficado como suplente em espera que o escolhido fizesse os primeiros quinze dias de contrato para perceberem se ficava ou não.

Numa outra entrevista logo percebi que não iria ficar. Não queria e também percebi assim que cheguei ao local que não era mesmo aquele seguimento que queria na minha vida, mas se me tivessem escolhido tinha ido, embora continuasse a procurar.

A que mais me chocou foi mesmo o facto de fazer uma entrevista, ser automaticamente logo passado para a segunda fase, tendo sido dito que era o único que passava diretamente e que iriam escolher mais duas ou três pessoas para seguirem também no processo. Fui na dita segunda entrevista com a direção, tudo parece ter corrido bem, ligaram no dia seguinte a informar que fui selecionado e que começava daí a dois dias. Umas horas depois voltaram a ligar em como tinham optado afinal por outro candidato que vivia mais perto das instalações da empresa. Certo que quem me vai contratar não sabe como sou, mas eu sei que sou mesmo muito exigente com os horários e chegar atrasado só mesmo por um imprevisto que não consiga controlar. Quando me deram aquela justificação, que para mim não tem nexo, sendo somente uma desculpa para colocarem alguém no lugar por «cunha», não resisti e tive de ripostar pela falta de respeito que mostraram naquele momento em que deram para tirar logo de seguida com uma justificação sem sentido.