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O Informador

Michael Cunningham colocou as fragilidades e os desafios de uma vida familiar em destaque com Dia, um romance que podia ter tudo e que não me levou a lado algum. Contado em três fases, com início em Abril de 2019 quando o Covid19 atingiu a vida de todos nós, conhecemos o casal Isabel e Dan a iniciar uma fase de afastamento, com cada um a criar a sua rotina sem contar com o outro. Com Isabel e Dan encontramos também Robbie, o irmão dela, convidado a deixar o lar que têm partilhado por existir algum mal estar entre o convívio dos três. Colocados em quarentena quando o que queriam era estar distantes, estes três adultos enfrentam os seus problemas e têm de lidar com o que lhes bate de frente, sem poderem fugir numa fase tão complicada pela qual o Mundo passou. Mais tarde percebemos como cada um foi reagindo às alterações, entre afastamentos e desabafos que os acabam por afastar através de novos rumos que os levam a enfrentar o que vem após os tempos complicados de pandemia. O amor e a perda são a grande base de Dia que ao ser contando num período da História pela qual todos passamos podia ter conseguido ganhar algum carinho por me sentir a olhar para algo que fosse meu, mas não foi isso que senti, uma vez que não consegui nutrir qualquer afeto por estes personagens que parecem ter sido construídos para um vazio sem me conseguirem alcançar como um bom romance tem como finalidade.

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Todos nós temos os nossos acessórios e apetrechos para sairmos de casa sem nos faltar algo que nos possa fazer falta mais tarde. Eu tenho as coisas que sempre me acompanham, tu terás as tuas, que podem nem sempre, de forma geral, serem as mesmas que as minhas, mas de certo que uma ou outra deverá seguir no mesmo sentido.

Eis que quando saio de casa levo sempre, e é muito raro isso não acontecer, só se for treinar a pé, as chaves que estão colocadas num só porta-chaves, da casa, do carro e mesmo do trabalho, depois também me faço acompanhar pela carteira e telemóvel. Praticamente na maioria dos casos também levo a mochila para o carro, onde tenho sempre um caderno, um estojo, a bateria portátil e fio de carregamento do telemóvel, os auriculares, o livro que estou a ler no momento, os óculos de sol, batom do cieiro, creme das mãos, pasta e escova de dentes e lenços.

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Os extremos são perigosos e as pessoas extremistas também. Pela sua radicalidade, deixam de ver, ouvir, pensar e, por vezes, até deixam de sonhar e de sentir.

Marta Arrais, em Guia para uma vida simples, editado pela Planeta de Livros

Hoje, Sábado, 29 de Janeiro de 2022, Portugal tem os seus cidadãos com poder de voto em dia de reflexão, no entanto e porque existem bons livros que também nos fazem companhia em dias reflexivos, partilho por aqui esta citação que faz parte do texto "Há (sempre) limites!" que a Marta Arrais publicou no seu livro Guia para uma vida simples, editado neste mesmo mês eleitoral pela Planeta de Livros. Neste momento só apetece dizer que estamos em período de reflexão e convém pensar muito bem nas decisões que iremos tomar pelas próximas horas para não se cometerem erros perante o futuro de todos nós. Refletamos queridos companheiros de viagem, refletamos!

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É inevitável e por vezes complicado de contornar. Existem dias em que chego a casa tão cansado que a vontade é só mesmo ficar esticado na cama, com silêncio total em volta e deixar que corpo e mente se unam num percurso perante o descanso que é necessário. 

No final de alguns dias, alguns consideráveis até, a vontade de desligar é cada vez maior. Começar o dia, esticar a vontade para que o mesmo chegue rapidamente ao fim e com a hora de saída à vista a vontade é de entrar no modo desligado e ficar assim até voltar a amanhecer. A mente aguenta, mas o corpo parece pesado em determinados momentos, não deixando que a vontade de agir faça das suas. Ficar quieto num canto sem que ninguém dê conta, ausente de tudo, em silêncio e em comunhão com a pausa desejada é o fruto do desejo dos tempos que correm, principalmente quando horários ficam trocados, o ritmo acelera, as obrigações desorientam os gostos e estes acabam por ceder e deixar que o tempo passe sem que façam parte dos dias de cada um. 

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O acordar matinal nem sempre acontece como desejado e muitas vezes esse mau momento logo pelos primeiros minutos do dia, em que os olhos começam a perceber o que se passa à sua volta, acabam por definir o resto do dia. Ontem senti-me um pouco assim. Acho mesmo que na véspera já tinha adormecido um pouco «de mal com o mundo» e a noite, sem acordar e sem sonhar, parece que de nada serviu para melhorar a situação.

Aparentemente não tenho qualquer justificação plausível para poder perceber o mal estar com que fiquei ao longo de todo o dia. Parece que estava cansado, mesmo em dia de folga, que tinha o cérebro todo queimado e sem capacidade para refletir e dedicar breves momentos para tentar perceber a razão de ter acordado de mal com a vida e sem reação de agir e virar o jogo. O dia nem estava assim tão mau, com sol, ao contrário dos anteriores, a pausa do trabalho existia, mas mesmo assim o bem-estar diário não surgiu, sentindo-me mesmo triste, cansado e ausente de pensamento. 

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Um dia que começa com o pensamento de que valho pouco ou nada nesta vida dificilmente consegue terminar com um raciocínio correto, uma vez que a disposição predefinida para as horas em que me encontro acordado não altera de ânimo leve.

Há dias e dias e quando acordo com os pés de fora, de mal com o Mundo e acima de tudo contra o ego que habita por aqui é o desastre total. Abrir os olhos após uma má noite de sono, pensar no que de mau sou, deixando para trás as coisas boas que sei que possuo e assim começa um dia que ao ser iniciado com pensamentos negativos por esse modo continua.

Sair de casa de mau humor, disfarçando porque não sou de deixar que os outros detetem assim tão facilmente o meu mau estado de espírito e ficar a remoer no quanto mau eu sou, talvez mesmo um espantalho, daqueles mal cheiroso que não valem um tusto e que deambulam por ai como quem não quer a coisa. Duvido que seja o único a ter maus dias onde tudo parece tão horrível na vida que a vontade é desaparecer, terminar com tudo e recomeçar algo novo, num outro ponto e longe de tudo o que conquistamos e temos ao nosso redor. A maldade interior é real e embora existam seres que se achem imaculados, quem não tem os seus podres e não tem dias de merda na sua história de vida?

De há uns dias para cá que os serões já não estão como estavam há umas semanas atrás! O tempo quente continua a fazer-se sentir ao longo do dia e o sol a convidar para umas belas horas de praia ou piscina, no entanto quando o final de tarde começa a surgir e o crepúsculo aos poucos se vai aproximando as temperaturas começam a alterar-se e mostram que esta segunda quinze de Agosto já não faz parte da época alta que decorria ao longo de vinte e quatro horas sempre com temperaturas altas, seja dia ou noite. 

As noites já não são o que eram há uns dias atrás e quanto a isso não nos podemos opor porque quando nos deitávamos só surgiam queixas sobre o calor, agora que chegou o fresco ao serão aguentamos e não resmungamos. 

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Boa noite! Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Não sei a que horas estão a ler este texto mas sei que hoje é Sexta-feira e que também é dia 13!

As mascarilhas andam em cada rosto, os gatos pretos saltam como molas, os vampiros voam rasantes e os mortos ganham vidas recheadas de contornos obscuros! Existe mesmo uma superstição para com este dia que aparece pelos nossos calendários quase de ano a ano?

Não ligo patavina a este dia que muitos apelidam como sendo de terror onde os eventos sucedem-se em torno das artes negras com festas a serem preparadas como celebrativas da Sexta-feira, 13. O dia é passado normalmente mas quando a noite cai é que vampiros e bruxas tomam os seus lugares para morderem um pescoço mais ousado ou para que os feitiços ganhem forma!

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Comemorando o Dia da Liberdade, a questão que se coloca é... Será que existe liberdade de expressão em pleno século XXI?

Se há uns anos acreditava que éramos livres para nos exprimirmos, nos dias que correm começo a perceber que quando se toca em determinados temas sensíveis da sociedade que o corte da palavra e a verdadeira critica tomam o seu lugar para manifestarem aquele desagrado, acabando por revelar várias tentativas de anular os grupos que se exprimem em viva voz contra a vontade do poder e dos opositores. 

Sem contar muitas vezes com quem nos é mais próximo, percebe-se constantemente que vários são os grupos sociais que se opõem a ouvir a verdade dos factos, tentando abafar o que todos pensam mas que poucos têm coragem de dizer. Empresas que não podem ouvir um funcionário a fornecer muitas vezes opiniões que poderão ajudar a seguir em frente. Uma imprensa fiscalizadora das palavras dos grandes nomes nacionais. Políticos que não deixam a oposição manifestar as suas vontades. Tantos podres que existem por aí e com a liberdade de expressão a ser cada vez mais bloqueada!

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