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O Informador

Saudades por despedimento

Infelizmente e como era bem esperado a empresa onde trabalho continua a meter água por todo o lado e o caminho parece ser cada vez mais só um! Com isto e porque ainda éramos sete pessoas sem necessidade, eis que de um momento para o outro ficamos reduzidos a quatro para ficarmos somente três daqui a uns dias.

Pois é, após meses e meses com a noção de que alguém deveria saltar, lá ficou decidido pela entidade superior que mais de metade das pessoas estavam a mais. Reunião geral, pedido para apresentação de propostas e eu, que até queria saltar, fui informado que não valia a pena tentar a sorte para deixar o barco porque estou entre o trio que tem de aguentar mais tempo. Tinha noção que isto era bem possível acontecer e que se sair será por vontade própria e sem nada, mas na verdade os que foram convidados a deixar a casa também pouco levaram consigo, já que nem metade dos seus direitos tiveram a hipótese de ter. Ou aceitavam ou ficavam sem saberem o que por ai virá. Os que podiam apresentar propostas apresentaram e saíram. Ficamos nós, os mais caros, os de confiança e os que também querem sair e que agora a solo ficam sem parte de uma equipa com quem se conviveu, no meu caso, ao longo de dez anos. Foi triste, ainda estou triste e sei que enquanto estiver onde eles já não estão continuarei sem a magia de outros tempos. Se antes as coisas já não me faziam sentido e não tinha qualquer vontade matinal para ir trabalhar, agora então ainda menos. Sinto a falta das companhias com quem convivi durante anos, com quem partilhei bons e maus momentos, chorei e gargalhei, das pessoas com quem almoçava e partilhava histórias do dia-a-dia. 

Futuro profissional esclarecido

Há dias tive dúvidas sobre se o meu futuro profissional iria continuar a passar pelo mesmo local onde tenho trabalhado à mais de sete anos, pensando que iria começar a contar para o número de desempregados deste nosso país. Agora e porque tive que colocar várias questões a quem sabe mais do que eu quanto ao futuro da empresa, fiquei bem mais descansado!

A empresa vai mudar de nome e ao que tudo indica irá integrar um grupo empresarial maior e quem está a trabalhar na antiga firma passará automaticamente para a nova, com tudo a que tem direito, contando os anos de casa, ordenados e por aí fora, tal como já tinha acontecido há uns anos quando existiu uma mudança do mesmo género. Agora fiquei mais ou menos esclarecido quanto ao meu futuro, sabendo que não contam despedir mais pessoas além da colega que foi dispensada.

Ao que tudo indica esperam-me algumas mudanças profissionais ao longo dos próximos meses, mas ao contrário do que por horas receei, serão pela positiva.

Sou um bom funcionário!

Neste momento existe a possibilidade da minha empresa dispensar, em forma de despedimento, uma das seis pessoas que por lá trabalham. Somos poucos, visto que há seis anos, quando para lá entrei éramos dezasseis, e mesmo com o trabalho a apertar o patrão diz que tem que fazer cortes. Uma vez que não aceitamos as ideias mirabolásticas que nos querem fazer ver que são as melhores e como quando não aceitamos alguma coisa dos nossos superiores, a ameaça acontece sempre, desta vez as coisas não estão a acontecer de forma diferente. 

Para nós, que estamos diariamente a ver o que se passa e percebemos que em 2013 a empresa está em melhores condições que no ano passado, isso não faz sentido, mas como quem manda é que tem tudo nas mãos, a hipótese de alguém ser despedido está em cima da mesa e com fortes probabilidades de acontecer. Eu já fui chamado pelo patrão para mostrar o meu ponto de vista e acho que me defendi da melhor maneira!

Então fomos chamados, um a um, para falarmos sobre a situação da empresa e sobre o futuro. Mostrei a minha visão das coisas, sei que tudo não passa de uma forma de nos encostar à parede, mas também sei que quem me paga o salário, neste caso, se embirra com algo faz e leva a sua ideia em frente. Como não vamos fazer o que quer, já afirmou que um dos seis vai ser despedido. Acredito que não serei eu o escolhido porque considero-me forte dentro do grupo e versátil, disse-lhe isso e acho, também pelo meu percurso, que tem essa noção desta unidade funcional que sou eu.

Acredito mesmo que sou um bom funcionário, não dizendo que os meus colegas não o são, mas talvez seja melhor que alguém, pelo menos tenho essa ideia de mim próprio. Sempre tenho feito tudo como me pedem, tirando as ideias absurdas que o patrão inventa para nos querer obrigar a fazer, em vão! Mas de resto tenho sido um bom funcionário! Se for eu o escolhido para sair, paciência! Não queria, neste momento, e se fosse há uns tempos atrás aceitava de bom grado a decisão, mas agora não queria mesmo sair da empresa!

Estas coisas neste momento não estão nas minhas mãos, mas sim na mão do patrão que talvez vá escolher como ele bem entender e não por quem faz mais e melhor! Já no passado errou com as decisões de dispensa e agora deverá voltar a cometer o mesmo erro!

Aliás o erro será cometido pelo despedimento de qualquer um, porque quem sair vai fazer falta, já que trabalho não nos falta e nos próximos meses tudo está a preparar-se para isso ainda aumentar de quantidade, por isso é que não percebemos esta decisão! Uma birra de um patrão que os funcionários não entendem, nem nunca vão entender!