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O Informador

Desculpa qualquer coisinha!

Sorry desculpa

 

Ah e tal, "as desculpas não se pedem, evitam-se!", quem nunca ouviu esta expressão? Já a ouvi muitas vezes, antes mais que nos últimos anos, no entanto o certo é que por estes lados não sou um grande adepto dos pedidos de desculpa, embora já tenha aprendido um pouco a dar o braço a torcer com a passagem dos anos. 

Sou Escorpião, e quem o for ou lidar com tal espécie que se acuse se conhecer estes comportamentos, e dizem que é um problema do signo o facto de ser difícil de dar o braço a torcer, mesmo quando existe consciência que se está errado. Isto é a verdade, por vezes percebo que estive mal em certa situação, mas tento sempre dar a volta à mesma para fazer com que o outro se sinta culpado para que eu não tenha de assumir o erro, apresentando um pedido de desculpa, tentando sim arranjar argumentos para estar do outro lado da questão para que o erro pareça que está a meu favor. Admito que sei que sou assim e esta falha vem mesmo de dentro, sendo difícil de contrariar e assumir de forma fácil, para quem me é mais próximo, que errei e que tenho de pedir desculpa por um ato cometido sem necessidade.

Instantes

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Acordamos e preparamos para sair de casa, fechamos a porta e seguimos sem pensar que somos instantes, e que num instante somos nada. Saímos apressados já que os ponteiros do relógio não param e existem compromissos que não podem ser adiados. O «Até já!» fica suspenso, tal como tanto que deixamos por dizer e fazer porque a rotina não nos deixa desfrutar da companhia das pessoas que nos querem bem com tempo e dedicação. Tanto que fica para trás e a verdade no final de contas é só uma, saímos mas não sabemos se o regresso está marcado.

Viver um dia de cada vez

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Pensar, refletir, sentir, acreditar, tudo muito bonito desde sempre mas na prática podemos viver o presente e o futuro sem os sucessivos pontos de interrogação que se impõem perante os outros?

Podemos no atual presente agir e revelar sem pensar em que ponto isso poderá afetar o próximo numa sociedade cada vez mais sensível em que uma simples palavra mal colocada pode gerar confrontos de ideias desnecessários porque faixas da população andam sedentas para danificarem a solicitação social, arranjando protestos contra tudo e mais alguma coisa por se sentirem melindrados porque por vezes optam por entender os desabafos de outros como lhes interessa e não com a verdade com que é dita?

Nesta nossa sociedade andamos em constante movimentação de aprendizagem e desenvolvimento para conseguirmos lidar com cada pessoa que nos aparece pela frente, medindo os vários pontos da balança para saber levar a nossa ideia em diante sem quebrar o sentido pretendido e que mentes conflituosas e prontas a criar protestos se manifestem de viva voz por se sentirem afetados com tudo e mais alguma coisa que aconteça ao seu redor. 

Primeira conjuntivite

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Acordas e tens uma dor leve no olhar que te desfoca através das lágrimas a visão. Lavas a cara e tentas perceber o que está a afetar a tua visão. Não encontras qualquer pestana, grão de pó ou impureza. Pensas que passado um pouco está tudo bem. As horas passam e a tua visão tendem a piorar, a comichão surge e não consegues entender o que se passa. Não podes colocar as tuas lentes de contacto para saíres de casa. Vais à porta da rua e percebes que o sol te afeta. Colocas os óculos de sol sem graduação porque tens de te deslocar a uma farmácia para te receitarem alguma coisa. Conjuntivite é o nome que dão ao mal estar sentido no olhar. Um frasco de pingos sai contigo do estabelecimento. Voltas a colocar os óculos escuros para andares na rua e chegares a casa. Optas por ficar no escuro porque a luz do dia afeta, colocas os pingos, estás a melhor com as horas que passam e quando dás por isso passou um dia de folga perante o qual não desfrutaste porque tiveste a tua primeira conjuntivite ao fim de trinta e três anos, onde mais de metade dos mesmos usas lentes de contacto e nunca nada deste género te tinha acontecido. Esta história é minha, eu sou o Ricardo, o moço que ficou com conjuntivite assim do nada e ao fim de mais de trinta anos, sem saber como era ter esta reação ocular. Espero que tenha sido a primeira e a última! Obrigado!

 

Este Espaço é Teu! | Incapacidade de Agir

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Como pudemos ajudar alguém que amamos tanto a ultrapassar um problema de saúde, quando não temos na nossa mão a solução para o problema, a não ser ouvir, estar presente e dar apoio, nestas alturas sentimos-nos tão impotentes.

Anónimo,

Mensagem deixada na caixa Este Espaço é Teu!

Acredito que seja um verdadeiro sentimento de incapacidade perante a necessidade de agir, precisando de mostrar força e coragem com o espírito de que tudo vai correr da melhor forma, mesmo quando à partida já se sabe que o futuro não será assim tão risonho como se tem de transmitir a quem mais do que nunca necessita de um apoio que tem de surgir de todos os lados. Por vezes é mesmo quem está doente quem transmite aos que estão ao seu redor o positivismo de que todos necessitam naquele momento em que uma súbita doença tudo muda mais do que uma vida que segue num rumo que fica congelado de forma indefinida.

O sentimento de impotência e verdadeira incapacidade para fazer o que não está nas nossas mãos, meros seres mortais. Agarrar um conflito interior em que é necessário ganhar forças para transmitir a quem necessita mais do que nunca de nós, mas ao mesmo tempo encontrar um refúgio para que nos momentos a solo consigamos recuperar a coragem para que o abatimento pessoal não nos leve por um complicado caminho em que depois nem para nós nem para quem precisa do nosso apoio. 

Este Espaço é Teu! | Amor Homossexual

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O amor não é para todos.

A homossexualidade não é uma escolha.

Não sei se não nasci para o amor ou se este não é para mim. Como poder dar-lhe a mão, caminhar lado a lado, ver as estrelas, partilhar um chocolate quente… E não falar de sexo durante 12 a 24h do dia? Como encontrar quem goste de mimar e ser mimado, de afetos e não dê prioridade ao sexo anal?

Tal como dizem alguns gays assumidos "Tu não és gay!" Será? Mas é com ele que sonho banhar-me, abraçar, trocar confidências Somente o anal nada me diz, a não se dor ou um órgão cujo encanto não compreendo.

E se abrasasse? A rejeição. Sou mais velho, não obedeço aos critérios anatómicos tidos como cativantes nos nossos dias… Para o amor não nasci.

Anónimo,

Mensagem deixada na caixa Este Espaço é Teu!

 

Orientações! Nada define uma pessoa através dos seus gostos. Amar! Afinal o que é o Amor? Amar uma pessoa do sexo oposto ou do mesmo sexo? O que significa na verdade ter a palavra Amor como definição do que se sente pelo outro? O ser humano gosta de pessoas ou tem necessariamente de se sentir atraído por quem está do outro lado da barricada? Não nos podemos sentir atraídos a nível físico e intelectual por alguém igual a nós? Sexualidade, raça, religião... Diferenças existem mas não estamos aqui para aprendermos em sociedade a lutar e incentivar igualdades para o bem comum de todos?  E uma relação de afeto tem de ter necessariamente sexo? Quem não ama sem ir para a cama?

Este Espaço é Teu! | Existem empregos de sonho?

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Detesto a importância que o dinheiro tem na sociedade! É um sufoco quando é pouco e uma liberdade quando é muito. O dinheiro para mim representa a qualidade de vida que podemos ter. Adorava voltar a estudar, viajar, ter experiências e poder ajudar outras pessoas sem ter de pensar em como pagar as contas no final do mês. Diria até que se eu tivesse as minhas despesas básicas asseguradas e que desse para investir em algo que criasse mais riqueza, faria voluntariado todos os dias e com propósito. Ajudar quem precisa.

Na realidade eu acredito que não estamos a viver o nosso propósito de vida se trabalharmos por dinheiro. Cada dia que trabalho a fazer algo que não gosto, sinto que é um dia da minha vida, desperdiçado!

Adorava ter a liberdade financeira para trabalhar por gosto ou quando me apetecesse!

Tenho medo que as pessoas possam dizer que sou "dondoca", ou que não quero fazer nada da vida, que quero estar encostada, porque o trabalho duro é visto como algo nobre...

Mas na realidade eu acredito simplesmente que podemos fazer algo mais na vida para além de trabalhar, aliás que devemos trabalhar com significado e com um propósito e não só por dinheiro.

Anónimo,

Mensagem deixada na caixa Este Espaço é Teu!

 

Tão verdade! Este é daqueles pensamentos que, todos ou quase todos, deveremos ter e que poucos conseguem admitir. Trabalhamos por necessidade e muitas vezes sem nos sentirmos completos porque os empregos de sonho, onde conseguimos aliar o trabalho à realização pessoal, raramente surgem. Adorava conseguir encontrar aquele emprego, seja criado por outros ou por mim, onde percebesse que tudo é feito por gosto. Acordar de manhã e pensar em «como sou feliz com o que faço». Isso não acontece, embora por vezes pensemos que andamos lá perto, mas a perfeição entre a obrigação e o gosto é rara, acabando por mais cedo ou mais tarde se conseguir perceber que a balança não está assim tão equilibrada como seria desejado.

Este espaço é Teu!

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Que tal transformar, pelos próximos tempos, um pouco este blog num espaço em que vocês podem entrar de forma mais intensa?

Através da caixa Este espaço é Teu! todos são convidados a deixarem de forma anónima o seu testemunho de uma situação menos boa, de um problema que vos anda a atormentar, os sonhos e as tristes realidades, um passado menos bom ou o presente positivo. Através de uma curta mensagem ou de texto mais longo partilha comigo o que quiseres e depois o mesmo será partilhado, de forma anónima, uma vez que a caixa Este espaço é Teu! nem tem espaço para colocares nome nem forma de contacto. Ao publicar o que partilhaste, irei comentar e dar também a minha visão sobre o tema, deixando depois a publicação disponível para todos a poderem ler, refletir e poderem deixar o seu testemunho sobre o tema e as suas experiências que podem ser bem semelhantes!

Vida de Amizade

Os anos vão fazendo com que as pessoas se cruzem, conheçam e acabem por perceber que os afastamentos também acontecem, por algum motivo, várias vezes com explicação de pelo menos uma das partes, mas sempre com uma explicação. 

Ao longo destes trinta anos de vida criei amizades de infância que com o crescimento fui deixando para trás em detrimento de novos conhecimentos que me fizeram sentir muito mais completo, dando-me essas novas amizades um círculo onde senti que seria feliz. Aos poucos fui deixando todo o grupo de escola primária que me foi acompanhando para conhecer de uma melhor forma algumas pessoas que ainda hoje fazem parte da minha vida. Se me posso ter arrependido das escolhas que fui fazendo na altura de forma involuntária em algum momento, hoje não sinto falta alguma de quem fui deixando pelo caminho por esses anos. Passamos de melhores amigos a conhecidos e em alguns casos nem um simples «olá» quando nos cruzamos proferimos, tal o que ficou do que outrora foi uma amizade de garotos.

Na adolescência, já tendo deixado relações para trás, voltei a conhecer, criando laços para depois nem todos, podendo até dizer, para quase nenhuns ficarem no círculo de amizades que queria ter na minha vida futura. Sou estranho, egocêntrico e não preciso de dezenas de amigos para ser felizes. Fui conhecendo, tentei manter comigo quem queria e fui deixando mais uma vez os outros, aqueles que seriam passageiros para trás. 

Mas foi na passagem da adolescência para a fase adulta que finalmente percebi que os verdadeiros amigos da altura seriam os que ficavam comigo até hoje. As amizades que surgiram após a primária, as amizades de secundária e algumas que já surgiram depois disso. Dispensei pessoas da minha vida por atitudes e comportamentos com que não concordei, que podiam não me afetar diretamente, mas por serem rotina acabaram por quebrar os nervos de qualquer pessoa.