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O Informador

Legislativas televisivas

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Hoje é dia de eleger o futuro do país e por isso os canais informativos estão dedicados em exclusivo ao momento, estando também os generalistas associados em horário nobre à decisão de todos nós. O que acho engraçado, dado os inúmeros mini programas com que os privados nos têm brindado nos últimos meses com a divisão dos formatos de entretenimento que apresentam ao Domingo com vários sub-títulos para parecer que exibem vários programas na mesma noite é perceber que até em noite eleitoral esses mesmos pequenos cortes e divisões do mesmo formato existem para poderem dizer que tiveram a faixa horária mais vista do dia da primeira decisão do país. 

Eis a programação que a TVI revelou e que será seguida, mais minuto menos minuto para dividirem a emissão a que apelidam por Decisão 22. Primeiramente surge pelas 19h45 a Contagem Decrescente onde irão começar a prender o público com a espera pelos resultados da sondagem. Pelas 20h00 iniciam O Vencedor onde com os valores da mesma sondagem fazem a previsão, que este ano está tudo muito renhido, sobre quem irá governar o país e parece formar governo. Pelas 21h00 abrem novo espaço, Os Eleitos, onde se começam a apresentar os rostos que irão formar o Governo e ocupar os lugares na Assembleia por parte de cada partido. Pelas 22h00 surge o Governo já com quase todos os dados do país apurados deverá ficar definido, ou não, para que após as 00h00 se façam as Contas Finais. Ou seja, entre as 19h45 e talvez as 01h00 o especial informação Decisão 22 será dividido em cinco partes, surgindo no dia seguinte na tabela de audiências gerais como se tivessem apresentado cinco programas distintos que na verdade não passam da continuação de uma noite eleitoral que promete ser longa. 

Nem tudo é público

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Senhores passageiros desta vida, sejam homens ou mulheres, já refletiram que nem tudo nesta vida é para ser falado em público? Guardem muitas das vossas vontades de partilha para vós próprios e se as querem partilhar com alguém que vos é próximo que o façam no sossego e recanto de um espaço onde nem todos tenhamos que ouvir o que não é suposto sobre a vossa privacidade que deve ser tão pessoal quanto as vossas partes íntimas.

Deixem de reclamar e divulgar de forma pública os vossos problemas, cada desassossego que vos atormenta na vida pessoal ou profissional. Primeiro porque não queremos saber, a sociedade em geral, o que tanto vos incomoda, e depois, porque as vossas partilhas podem gerar grandes problemas, uma vez que nunca sabemos quem poderá estar a ouvir se não conhecemos e a partir daí criar uma possível frustração de mal entendidos e problemas que devem ser afastados. 

Olha! Deixa andar!

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Português que é português deixa tudo para a última e opta quase sempre por deixar andar o que por vezes pode ser resolvido de forma rápida naquele instante.

Ao contrário de outros povos, por este nosso território a moda do deixa andar já vem de trás e parece continuar a tomar lugar em muitos lares acolhedores e onde a resolução de problemas é deixada sempre para outro dia, num autêntico empurrar com a barriga numa tentativa de que tudo se desvaneça e não seja necessário tomar decisões. 

Chumbo da eutanásia

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Na passada Terça-feira foi a votos no Parlamento a despenalização da eutanásia e os deputados não foram unânimes, uma vez que o chumbo dos quatro projetos de lei que estiveram a votação não foram aprovados por pouco, sem existir uma grande demonstração sobre um dos lados da questão. 

Com projetos de lei do PAN, BE, PS e PEV, a despenalização da eutanásia foi votada por todas as forças políticas onde cada deputado foi chamado pelo seu nome e dando o seu parecer sobre a questão. Com um maior número de votos contra do que a favor e algumas abstenções, os projetos foram assim todos chumbados para regalo principalmente dos deputados do CDS e PCP que estão claramente contra esta decisão. 

Cá por casa, antes do momento da votação no Parlamento, a questão levantou-se e a opinião também é discordante. Pessoalmente concordo com a despenalização da eutanásia, dando à pessoa que sabe que vai perder as suas capacidades por doença de escolher não sofrer e poupar o sofrimento de quem está ao seu redor, evitando perder qualidade de vida e ficando muitas vezes com uma mente sã num corpo morto ou vice-versa. Entre passar meses ou mesmo anos de sofrimento e obter o poder sobre a morte assistida, sou defensor do poder de escolha. Nesta questão, cá por casa as coisas não são mesmo unânimes, sendo o único a aprovar a despenalização da eutanásia, tema que gerou uma pequena discussão sobre os meus pontos de vista sobre este assunto e o facto de cada um poder escolher a morte assistida e com dignidade. Eu aceito e defendo mesmo a possibilidade, mas os receios que a despenalização num ponto inicial abram outros caminhos futuros existem nas gerações mais velhas e vejo que é nesse ponto que muitos ainda não conseguem olhar com bons olhos para esta medida que mais ano menos ano será aprovada e vista de outra forma através das bases que entretanto deverão ser dadas, com explicações e um plano estratégico para que tudo seja feito de forma a que a sociedade venha a perceber os pontos positivos sobre a despenalização da eutanásia no nosso país.

Difícil decisão

Ao longo do tempo vários momentos são fulcrais para o futuro de cada um e em determinadas alturas há que tomar decisões que podem traçar o amanhã. Ando com tais dificuldades a nível profissional e por conseguinte pessoal e os pensamentos não andam fáceis porque o peso do que decidir poderá alterar relações, vidas e também o futuro. O que fazer?

Sinto-me a viver uma fase de stress! Um convite apareceu para ir viver para outro local, em busca de novos desafios, o que também irá alterar a vida a que estou habituado a ter. Ainda vivo na casa dos pais, tenho as pessoas de quem gosto por aqui e sempre andei pela zona. Agora surge-me a hipótese de agarrar um lugar de destaque na empresa, a duas horas de viagem de onde vivo atualmente, tendo que largar por uns tempos a rotina a que estou habituado e partir um pouco à aventura e conhecimento.

Já revelei às pessoas mais próximas que estou em fase de análise e decisão para perceber se irei ou se ficarei à espera que outros voos me chamem. As reacções foram bem dispersas e variaram de pessoa para pessoa, só que existe sempre as que nos marcam, e a da mãe tem dado que pensar. Ela não quer que me afaste e que de um momento para o outro vá viver para longe do seu raio, sozinho numa cidade desconhecida e com uma função profissional a que não estou totalmente habituado. Chateamos-nos por ideias opostas, mas no fundo sei que ela em parte tem razão e preocupa-se, por isso tal reacção de que não gostei. Ir viver para perto poderia acontecer, mas a distância com que esta oportunidade me pode colocar dela fez faísca. O pai, mais descontraído, prefere deixar-me decidir, sem muito dizer, embora saiba que a luz verde no caso também não está do seu lado. Quanto aos restantes, senti que na verdade não querem que vá, mas também ficam contentes por me verem poder crescer e ter novas perspectivas de futuro.

Nos próximos dias terei a confirmação se os planos para ir seguirão mesmo em frente, terei então aí que tomar uma decisão sobre o que fazer. Se for não será para ficar ao longo de anos... Serão uns meses à experiência porque depois acredito no regresso, no entanto, sinto-me com uma decisão bem difícil às costas e tenho que a tomar. Contrariar os outros e seguir ou deixar-me ficar e resignar-me? Isto não é fácil!