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O Informador

A proibição das touradas

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Os anos passam e a questão da proibição das touradas continua a ser adiada por existirem várias faixas da sociedade, inclusivamente políticas, que são a favor da tortura em praça pública de animais. Não sou de todo defensor desta teoria de tradição que se deve manter num momento em que se defende cada vez mais o bem-estar animal, com leis que vão de encontro à sua proteção.

As últimas informações dão conta de que o atual Governo tem no seu Programa a intenção de aumentar a idade mínima para assistir a touradas. Indo de encontro às medidas defendidas pelo PAN, o executivo de António Costa quer aumentar assim a idade mínima dos 12 para os 16 anos e quando o Programa de Governo foi anunciado logo começou o debate público sobre a questão.

Sim, já que ainda estamos com anos de atraso em relação à proibição das touradas, que tantos políticos apoiam de pé pelas bancadas onde por vezes conseguem ganhar votos dos aficionados, pelo menos que se tentem educar gerações, mostrando que massacrar animais como forma de arte não está dentro dos comportamentos corretos a tomar. Uma luta inglória entre animal e humano, onde o touro é espetado para mais tarde ser abatido após ser usado como um simples objeto que é criado para sofrer por intenção dos humanos nas suas últimas horas de vida. Que tal colocarem defensores de touradas numa praça ao lado de leões para perceberem se conseguem ficar no mesmo patamar do animal que enfrentam?

Quando um animal ataca um humano de forma violenta o que lhe acontece? É de imediato abatido porque se torna perigoso. Até agora quantos toureiros e seus camaradas das arenas foram presos por matarem animais por terem a desculpa de estarem a proporcionar ao público um espetáculo com tradição?

Chumbo da eutanásia

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Na passada Terça-feira foi a votos no Parlamento a despenalização da eutanásia e os deputados não foram unânimes, uma vez que o chumbo dos quatro projetos de lei que estiveram a votação não foram aprovados por pouco, sem existir uma grande demonstração sobre um dos lados da questão. 

Com projetos de lei do PAN, BE, PS e PEV, a despenalização da eutanásia foi votada por todas as forças políticas onde cada deputado foi chamado pelo seu nome e dando o seu parecer sobre a questão. Com um maior número de votos contra do que a favor e algumas abstenções, os projetos foram assim todos chumbados para regalo principalmente dos deputados do CDS e PCP que estão claramente contra esta decisão. 

Cá por casa, antes do momento da votação no Parlamento, a questão levantou-se e a opinião também é discordante. Pessoalmente concordo com a despenalização da eutanásia, dando à pessoa que sabe que vai perder as suas capacidades por doença de escolher não sofrer e poupar o sofrimento de quem está ao seu redor, evitando perder qualidade de vida e ficando muitas vezes com uma mente sã num corpo morto ou vice-versa. Entre passar meses ou mesmo anos de sofrimento e obter o poder sobre a morte assistida, sou defensor do poder de escolha. Nesta questão, cá por casa as coisas não são mesmo unânimes, sendo o único a aprovar a despenalização da eutanásia, tema que gerou uma pequena discussão sobre os meus pontos de vista sobre este assunto e o facto de cada um poder escolher a morte assistida e com dignidade. Eu aceito e defendo mesmo a possibilidade, mas os receios que a despenalização num ponto inicial abram outros caminhos futuros existem nas gerações mais velhas e vejo que é nesse ponto que muitos ainda não conseguem olhar com bons olhos para esta medida que mais ano menos ano será aprovada e vista de outra forma através das bases que entretanto deverão ser dadas, com explicações e um plano estratégico para que tudo seja feito de forma a que a sociedade venha a perceber os pontos positivos sobre a despenalização da eutanásia no nosso país.

O polémico SuperNanny

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Mais um ano e mais uma fornada de doze meses em que a SIC revela sonhar com a liderança diária, semanal, mensal e anual que há mais de uma década não consegue alcançar. Agora e depois de inúmeras apostas furadas pelos vários horários da programação, eis que a direção decide apostar num formato que não se encaixa com o restante conteúdo que apresenta, optando por acreditar que é com a polémica que conquista o seu público, não percebendo a famosa direção sonhadora que os seus espetadores não são de todo os mesmos da TVI. Mas falemos do aparente sucesso de SuperNanny, o programa que desde que estreou tem estado envolto em polémica. 

Primeiro, convém dizer que este é daqueles formatos que em nada se enquadram no que os responsáveis da SIC têm afirmado ao longo do tempo como boa oferta a quem está em casa. Segundo, o que terá passado pela cabeça de quem reuniu e escolheu este formato para adaptar em Portugal? Expor crianças, com a permissão dos pais é a necessidade dos nossos dias a favor das audiências? Os protagonistas de cada episódio não são fáceis mas esse é o problema a ser resolvido longe das câmaras e de milhões de espetadores que tenham contacto com o formato. É certo que em termos audiométricos este formato é apelativo e entendo quem o comprou para tentar subir os maus valores do canal, mas por muito que se tenha falado, o programa nem tem conseguido valores por aí além, estando acima do que a SIC faz geralmente, mas abaixo dos sucessos da concorrência, o que mostra que não vale a pena infringir regras e recorrer aos problemas educativos de crianças para alcançar o sucesso.

O formato é polémico sim, mas valerá a pena criar problemas em tribunal e com várias entidades em troca de uns minutos de ligeira liderança pela curiosidade e não pela qualidade do produto em si? Assim que o formato estreou as reações partilhadas pelas redes sociais logo se fizeram sentir contra a aposta do canal que logo reagiu a defender o seu programa. Na verdade com tanta forma para ajudarem a educar através de boas apostas pedagógicas em variadíssimos conteúdos de sucesso internacional e a opção foi a pior e das mais polémica que podiam ter escolhido. 

Mais recentemente, surgiu a ideia miraculosa de um debate conduzido por Conceição Lino com base em SuperNanny e só pensei quando passei uns minutos a perceber quem ficaria a perder... A SIC! Um canal que tem psicólogos e sociedade em geral a criticar um programa que expõem a privacidade das crianças que são analisadas em momentos de tensão e stress e ainda convida representantes de várias entidades com responsabilidade social a comentarem o tema, enfrentando Júlia Pinheiro enquanto diretora de conteúdos do canal. Seria mais que óbvio que a apresentadora do Queridas Manhãs ficaria a perder com este debate, tal como a SIC que o criou para levar nas orelhas de forma direta, sem cortes e perante o país. O que vi no debate foi uma Júlia a defender a sua casa, uma Conceição Lino que por momentos mostrou não concordar com a estratégia de apostarem em SuperNanny e psicólogas e responsáveis institucionais a dizerem o que bem quiseram onde a critica negativa esteve praticamente sempre em cima da mesa. 

Estaria a SIC a pensar que um debate sobre a sua aposta revelaria ser a melhor estratégia para limpar a imagem do programa que pretendem valorizar como sendo um produto de responsabilidade social, educativo e de bom entretenimento? O que acabaram por mostrar no dito debate foi que as criticas que se podem ler e ouvir nos últimos dias fazem todo o sentido e ganham dimensão quando quem percebe do assunto o afirma e quer avançar com processos perante o tribunal. 

Costa é que não!

Uma certeza tenho... Não votarei em António Costa no próximo dia 4 de Outubro!

A principal razão? Já passamos por muitas contingências para daqui a quatro anos voltarmos a viver todo o processo de recuperação! Mal por mal que continuemos como estamos, de saco apertado mas habituados! Não quero viver melhor amanhã para voltar a passar no futuro!

Descodificar imagens de Sócrates

Parece que com esta imagem...

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... A análise de imagens e fotos voltou a estar na moda! A imprensa nacional pegou numa fotografia de José Sócrates e seus companheiros de serão tirada na noite do debate entre Passos Coelho e António Costa nos três canais televisivos e resolveu fazer o que só compete a qualquer investigador de crimes e roubos. Andam a explicar, canto por canto, cada pormenor da sala onde o grupo se encontrou naquela noite.

As posições, os livros na estante, os copos vermelhos, o sorriso à Mona Lisa de um dos amigos do ex-primeiro ministro, a publicidade dupla às águas Luso, os restos do jantar, portas e janelas abertas. Tudo está a ser descodificado por alguns jornalistas da nossa boa imprensa como se estivéssemos perante uma imagem de um crime que tem de ter uma explicação lógica. Será que os senhores jornalistas conseguirão entrar naquela sala para passarem também a limpo todo o chão para averiguar que sapatos e a quem pertencem já estiveram no local pelos últimos dias? 

Seguro 0 - Costa 1

Primeiro debate televisivo de António José Seguro e António Costa para as Primárias do PS e o ainda presidente da Câmara de Lisboa levou a melhor face ao ainda líder do partido! Neste primeiro confronto pode-se afirmar que Seguro acabou pior do que começou e Costa saiu valorizado!

Quem é que aconselhou Seguro a entrar a matar contra um homem que sabe bem defender-se publicamente das supostas acusações de que é alvo? Falar de um passado de há três anos onde Seguro errou e afirmar que Costa agiu mal é cair no ridículo, mostrando que não existem bases atuais para colocar o adversário contra a parede. O ainda líder do PS entrou com as garras içadas, evoluindo ao longo do debate que foi transmitido pela TVI para caminhos que eram estritamente desnecessários, ficando claramente a perder, ainda para mais quando existem provas, dadas até por Judite Sousa, contra as afirmações feitas que não correspondem à verdade do passado. Comparar Portugal à Suécia, mostrando rancor e desejo de vingança para com a decisão de oposição de Costa é mostrar que está praticamente certo que o seu caminho rumo à liderança está por um fio, revelando que com esta oposição primária será encostado para canto logo no primeiro embate, não tendo forças para lutar por algo que nunca conseguiu, assumir as rédeas da nação, dando soluções para o futuro do país. 

António Costa conseguiu confrontar António José Seguro, que afirmou que em todos estes anos se anulou a favor do partido, por não ter existido um discurso alternativo ao Governo, deixando o PS seguir ao sabor da maré de Passos Coelho, sem qualquer alternativa política, capaz de se assumir publicamente. Verdade não podia existir melhor! Ao longo deste tempo Seguro não conseguiu mostrar o que quer para o país, afirmando que tem o sonho de descer os impostos. A questão é... Como? Pensa entrar no Governo e no dia seguinte descer o IVA assim sem mais nem menos derrubando tudo o que tem sido feito ao longo dos últimos anos?!

É bom um homem sonhar e ter objetivos, no entanto não podemos ser assim tão criativos a ponto de querer quebrar com todo um passado construído não só por quem está agora nos comandos como pelas altas finanças internacionais. Seguro não conseguirá certamente passar nestas eleições primárias do PS e ainda bem porque orientar um país num jogo de computador é uma coisa e governar na realidade é outra!

Seguro não tem qualquer segurança sobre o seu estatuto dentro e fora do partido, ao contrário de Costa que está confiante para com os próximos tempos, tendo as dicas certas para levar o seu discurso a bom porto! As culpas neste debate para Seguro estão no passado, nas traições, deslealdades e em Costa! Já para Costa as culpas estão na falta de rumo que o seu colega de partido criou no PS, não existindo a força de um homem capaz de governar com o discurso de um líder que não pode caminhar ao sabor da maré e que só tem um objetivo, o título!

Uma escolha nacional sobre quem está em melhores condições para liderar o PS e futuramente o país! Costa vence claramente este primeiro confronto contra um rancoroso Seguro com medo de perder o seu poleiro!

Três debates do PS! Qual a finalidade?

As eleições primárias do PS vão acontecer a 28 deste mês e para que os votantes estejam conscientes no candidato que irão eleger, os canais televisivos irão efectuar três debates onde colocarão António José Seguro e António Costa frente-a-frente. A questão que coloco é... Para que servirão em tão pouco tempo três debates televisivos, com os mesmos protagonistas e com a mesma finalidade?

Dia 9 acontecerá o primeiro embate televisivo, transmitido ao serão na TVI, sendo que logo no dia 10 o mesmo acontecerá mas na SIC. Mais tarde, a 23 será a vez da RTP de colocar os dois candidatos à liderança do PS no confronto de palavras e discursos de liderança.

O que terão os dois senhores a dizer um ao outro e há sociedade de diferente em duas semanas e com três momentos iguais de debate?! Existem coisas no nosso país que são consideravelmente incompreendidas e esta é uma delas! A mim pouco me importa o que terão os Antónios a revelar para bem da sociedade, só que assim percebo o mau estado dos canais de televisão nacional, quando conseguem transmitir um programa praticamente repetido em pouco tempo de diferença e onde só um pivô e o logotipo da estação é alterado. 

A finalidade deste trio de debates é totalmente incompreendida, mas se alguém acha que os mesmos são necessários, peço que me explique a verdade sobre o caso!