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O Informador

Trocar alegria

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Venho agradecer a todas as pessoas que se cruzam comigo pelas primeiras horas do dia e que me conseguem fazer sorrir, mesmo quando ainda estou meio sonolento e com aquela cara de que só apetece voltar para a cama. 

Pessoas bem dispostas, que acordam cedo, que já estão com um andamento bem superior ao meu e que ao estarem já bem acordadas conseguem transmitir aqueles bons dias bem sonoros, com meia conversa transmitida de forma generosa e que muitas vezes acaba por ser o necessário para que o clique aconteça e acabe por começar realmente mais um dia com melhor disposição do que a que me acompanhava ao sair de casa. 

Há uns dias, no supermercado perto do trabalho, a senhora sempre bem disposta do balcão da pastelaria cumprimentou-me com um «Bom dia! Que homem tão cheiroso de manhã! Ui que bom!». Isto pode não parecer nada e até existe quem se incomode, mas eu não. Sei que foi uma brincadeira de uma senhora que já conheço há um ano e que tem sempre aquele sorriso e forma de estar no trabalho com boa disposição. Pode não fazer o que gosta, mas se levar todos os dias a brincar, a conversar enquanto trabalha, a reinar com quem se cruza consigo, não será aquela senhora que veio do outro lado do oceano bem mais feliz?

São estes pequenos apontamentos que nos ajudam a alegrar, a começar cada dia seguindo o positivismo que recebemos e mantemos para dar aos outros. Quem gosta de chegar a algum local e se deparar com uma cara trancada, onde reina o silêncio e o sorriso não existe? Acho que se alguém assim o prefere é porque não consegue ver o valor da vida e o poder de olhar para os outros e retirar o que cada um tem de bom para nos dar dia após dia. 

Valor pessoal

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No momento em que recebes um simples elogio pelo que tens feito de quem está de fora sabe sempre bem. Sabes que te entregas e muitas vezes não tens reação de quem devia pelo bom trabalho que acreditas ter levado a cabo, mas depois existem os elogios que surgem de fora e parece que naquele momento tudo faz sentido. 

É muito importante perceber que a nossa função quando é bem feita que seja valorizada, que existam as palavras que não têm de ser deixadas por dizer. Por vezes simples atos fazem a diferença mas depois não é só ficar pelo que é dito, sendo necessário valorizar, dar valor, criando entusiasmo e por vezes essa diferença não existe, ficando esquecido, levando a que cada um se sinta estagnado quando sabe que consegue fazer mais e que a paragem aconteceu por perceber que não existe por onde dar o salto. E acreditem que por vezes ser valorizado não é somente fazer mais, mas também ver uma distinção junto de quem faz e não faz. 

Não empresto livros

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Leio, tenho centenas de livros em casa que já passaram pela vista e umas quantas dezenas por ler, no entanto quando me pedem emprestado um bom livro a minha resposta é negativa. A razão é simples e direta... Não empresto livros por vários motivos e também porque sou chato, picuinhas e teimoso! Sim, sou, admito e não há volta a dar!

Uma das razões pelas quais não empresto os livros que já li é simples, sou controlador com as minhas coisas, podendo emprestar muita coisa, mas literatura não o faço porque além de por vezes ficarem esquecidos, ainda conseguem regressar como não foram e se não estrago não gosto que os outros o façam em algo que é meu. Tenho várias situações que me levaram a ter este pensamento e modo de agir e passarei de seguida a enumerar algumas histórias que se passaram com empréstimos que fiz e que não correram como era pretendido.

A situação mais caricata que já tive foi com um romance que li e que emprestei logo de seguida na boa fé que o mesmo me iria ser devolvido, para mais com alguém que me via constantemente. Entreguei o livro, nos primeiros dias fui tendo informações que estava a ler por me contar em que parte da história ia, mas com o tempo fez-se silêncio, não questionei mas achei estranho. As semanas passaram e como o livro não regressava resolvi perguntar se não o tinha lido para o entregar. Leu sim, mas resolveu emprestar a um familiar que ainda não o tinha entregue. No momento não reagi, tendo sido apanhado de surpresa, e devo ter proferido um «ok», deixando passar, mas os dias avançaram e o livro não regressou, voltando a questionar e obtendo resposta negativa, tendo ai sim reagido e dito que o livro tinha sido emprestado à pessoa em questão e não para andar a passar de mão em mão sem me ter pedido autorização. Não gostou e só posso dizer que aquele livro nunca mais voltou a casa! A conclusão foi que empréstimo àquela pessoa não voltou a acontecer, mesmo após anos em que voltou a pedir e me fiz sempre de esquecido. Não correu bem da primeira vez e o mal foi logo assim cortado, só tendo pena da pessoa não ter percebido para voltar a insistir. 

Também tenho uma situação já com uns anos em que emprestei dois livros para umas férias na praia na boa fé que tudo ia correr bem. Mas não, claro que um leitor de Verão não estima a literatura como um leitor regular. Quando me voltou a entregar os livros, e mesmo tendo só lido um, ambos vinham com as folhas amarelas, dobradas e com areia pelo meio. Vou para a praia, levo o livro que estou a ler no momento e não dou cabo do volume, como é que numa semana conseguiram destruir dois livros em menos de nada? Falta de cuidado!

Por fim tenho aquelas situações em que emprestei e percebi que passado um mês os mesmos não foram lidos, tendo de pedir para os devolverem porque se fizeram esquecidos como quem não quer a coisa. Será que as pessoas que não leem com regularidade se esquecem que emprestar não é dar? É que existe uma grande diferença entre os dois verbos, parecendo para alguns que emprestar e dar é tudo a mesmíssima coisa!

Oferta de Tempo

«Eu sei que o tempo que não para, o tempo é coisa rara e a gente só repara quando ele já passou», esta é parte da letra que Miguel Gameiro escreveu para ser interpretada por Mariza. E a verdade é que o tempo é mesmo coisa rara que deve ser aproveitado em todos os momentos e com os sentidos no máximo.

No dia-a-dia da nova forma de estar na vida, tempo é preciosidade, vontade e ambição. Quem não pede para tudo acontecer sem pressa ou com uma pitada de verdade por perto? Oferecer tempo, dedicação e boa vontade a quem nos é querido é uma grande preciosidade. O tempo não estanca, não recua e não consegue ser substituído, sendo necessário dar valor a cada segundo que nos é dado para retribuir o que de bom esta vida contém. 

A necessidade é de agradecer a quem nos rodeia, quem nos dedica a sua atenção sem pedir nada em troca e nos mostra como é de bem com tudo que se está nas melhores condições para seguir em frente, vencer e sonhar, podendo estar sempre presente como o melhor estado de gratidão que pode ser oferecido.