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O Informador

Convites duplos | Golpada no Teatro Aberto

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O Teatro Aberto repôs Golpada na sala vermelha a pedido do público, existindo assim a possibilidade de quem não viu que veja pelas próximas semanas esta produção da autoria da alemã Dea Loher e encenação de João Lourenço. 

Com Ana Guiomar, Carlos Malvarez, Rui Melo, Cristóvão Campos e Tomás Alves em palco na companhia dos músicos Giordanno Barbieri e Mariana Rosa, Golpada é aquela história que coloca em cena dois irmãos gémeos, Maria e Jesus Maria, que além de trabalharem e serem mal pagos, têm em si o sonho de atingirem a riqueza e não é que quase por milagre quase que o conseguem? Com os gémeos e os seus divertidos e excêntricos vizinhos que os alertam sobre os perigos da sociedade, como é o caso do realizador Otto-Porno e da vidente Madame Bonafide, estes destemidos jovens levam as suas ideias em diante a favor do sonho em comum. 

Golpada é uma história onde a irreverência da juventude é celebrada com vários momentos de humor, poesia e um olhar critico sobre a sociedade dos tempos modernos através da conjugação entre a representação e a música ao vivo num espetáculo teatral com concerto incluído para que se possa sonhar com alegria e liberdade num só local. 

Se quiseres ter a oportunidade de assistir a este espetáculo no próximo Sábado, 17 de Outubro, pelas 21h30, participa já nesta oportunidade para tentares a sorte e poderes usufruir de um dos três convites duplos que estou a atribuir. Este passatempo irá estar disponível até às 19h00 do dia 15 de Outubro, Quinta-feira, e nesse dia serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos bilhetes acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem.

A Pior Comédia do Mundo | Força de Produção

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E se de repente a porta dos bastidores se abrisse e o espetador tivesse acesso ao que por lá se passa?

Um olhaalucinante sobre o teatro e as loucuras e devaneios dos que o fazem, cujas tendências para crises descontroladas de ego, falhas de memória e alguma promiscuidade transformam cada atuação numa verdadeira aventura de alto risco. A Pior Comédia do Mundo não é só uma peça, mas, simultaneamente, um espetáculo de comédia e o drama de bastidores que se desenvolve durante a sua preparação. Através de três momentos chave - o ensaio geral, a noite de estreia e um espetáculo no fim de uma atribuladdigressão - acompanhamos a crescente tensão entre os membros de um elenco à beira de um colapso nervoso coletivo.

A Pior Comédia do Mundo poderia ter como nome Tudo Nu, porque de facto é assim que o que está por detrás do espetáculo é apresentado ao público. O nome deste trabalho da autoria de Michael Frayn é um bom predicado sobre o que acontece por detrás do que está a ser representado em palco perante uma plateia que quer ser entretida. Nesta aposta da Força de Produção acompanhamos um grupo de teatro que entre ensaios e estreias mostra que atrás do bom ambiente perante as luzes do palco, o convívio não é assim tão convidativo e de cumplicidade. Em A Pior Comédia do Mundo está Tudo Nu porque os disfarces perante os aplausos são colocados em destaque, numa comédia tão divertida que leva à gargalhada geral da sala do início ao último minuto. 

Com encenação de Fernando Gomes, um especialista na matéria que me tem dado boas surpresas pelos últimos anos com o seu trabalho, e com Ana Cloe, Cristovão Campos, Elsa Galvão, Fernando Gomes, Inês Aires Pereira, Jorge Mourato, José Pedro Gomes, Paula Só e Samuel Alves no elenco, A Pior Comédia do Mundo é dos melhores trabalhos dentro da área que vi pelos últimos tempos. 

Num texto nada fácil onde a mesma cena é representada praticamente três vezes e sempre de forma diferente com percalços pelo caminho e posições distintas com uma movimentação incrível de palco, esta produção é o verdadeiro sinónimo de bom entretenimento. Conhecemos as personagens de forma calma e quando tudo parece estar controlado por um encenador que quer perfeição quando o próprio tem erros de percurso pelo caminho, a preparação de Tudo Nu, antes mesmo da estreia, começa a correr mal. Em poucos minutos as falhas começam a surgir e com o tempo só têm tendência a serem adensadas com o convívio entre personalidades distintas que entre o ciúme, a inveja e os problemas pessoais conseguem fazer da preparação de Tudo Nu a melhor comédia em palco. 

Uma autêntica caixa recheada de cromos nada repetidos, com um cenário simples mas completo onde os dramas de bastidores são refletidos antes, no decorrer e após cada sessão de representação. Os atores que estão encarregues dos ensaios e da apresentação de Tudo Nu esquecem falas, trocam adereços, levam os seus conflitos para o palco e a peça continua a ser representada com bastantes imprevistos enquanto o entra e sai com bater de portas continua perante uma azafama de complicações que tomam conta do espetáculo que segue desgovernado, como sempre esteve, logo a partir do que seria suposto ser o ensaio geral.