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O Informador

Grupo Impresa em crise

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O grupo Impresa anda há anos a passar por maus lençóis, o que a SIC, por não conseguir alcançar a liderança, e as rádios, atrás da concorrência direta na totalidade, têm ajudado a piorar. Agora o grupo quer vender ou mesmo terminar com as suas publicações escritas. Uma crise profunda atravessa o grupo que agora revela que quer investir no que lhe tem corrido pior nos últimos anos!

As revistas e jornais Courrier Internacional, Telenovelas, Caras, Caras Decoração, Activa, Exame, Exame Informática, TV Mais, Visão, Visão História, Visão Júnior, Blitz e Jornal de Letras correm o risco assim de fecharem portas se um outro grupo de comunicação não comprar cada publicação de forma individual. É uma vergonha revistas como a Visão e a Caras, das que mais vendem, terminarem assim, por má gestão do grupo que tem no canal televisivo um fosso que não tem ajudado a atrair investidores graças ao segundo lugar ao longo da última década e que dizem que será onde querem apostar o máximo com novos contéudos e formas de ver televisão.

Será que após sucessivas reuniões internas a decisão foi mesmo tomada ou tudo não passa de uma estratégia para que alguém compre parte do grupo para que se invista e não se deixe assim centenas de pessoas no desemprego se as publicações forem canceladas e não vendidas? Acredito, muito sinceramente, que em todos estes títulos são vários os que possam interessar a outros grupos de comunicação, mas como é que uma das maiores empresas do género decide optar pela solução mais fácil desta forma e não luta pela sua história de sucesso?

Crise laboral

O início de ano na empresa não tem sido fácil de passar! De semana para semana as coisas parecem tender a piorar e o trabalho é cada vez menos! Situação geral pelo país? Não me parece que a maioria das empresas que já enfrentaram problemas estejam assim tão mal como nós neste momento em que percebemos que nunca a situação esteve tão negra.

Os dias vão passando e o estado de negativismo vai aumentado em cada um, principalmente nos mais velhos contratados. Estávamos habituados a um ritmo que agora nem em metade se encontra. Mal, muito mal mesmo! A situação não está famosa e em termos psicológicos perceber como tudo vai correndo de forma lenta começa a causar mal-estar. 

Andar a vaguear e perceber que a continuar assim o caminho está perdido não é bom, para mais quando nove anos e meio já passaram desde que entrei numa empresa que abria as portas a toda a gente e mais alguma que apareciam como salpicos vindos do nada. Hoje a chuva cai fortemente lá fora enquanto lá dentro nada parece acontecer sem existir culpa alguma de quem sempre trabalhou para que as coisas corressem bem.

Crise passageira

Nos últimos anos os portugueses têm vivido sobre a nuvem dos cortes por todos os lados. É nos salários, nos impostos, nas poupanças, nos aumentos dos bens necessários... Agora e porque o hábito da poupança tem ajudado a melhorar os orçamentos do país e de cada um, vejo que já não existe tanto medo e que o estado financeiro de todos nós está a recuperar o que tem vindo a perder nos últimos tempos.

Há uns meses para cá que noto que existem mais pessoas pelos centros comerciais e pelos espaços logísticos, com sacos na mão e a falarem de compras. O medo e a opressão financeira com que se viveu há uns tempos tem vindo a passar e o facto das notícias também mostrarem - lentamente, é uma verdade -, que a crise está a ser ultrapassada aos poucos, pode ter alguma influência na perda de receio na hora de se apresentarem as notas ou os cartões para serem feitos os pagamentos de algo necessário ou desejado.

A crise tem afetado todos mas também tem ajudado ao auto controlo de cada um no momento de gastar, pensando-se duas vezes se é mesmo necessário comprar ou recuperar algo que talvez nem faça assim tanta falta. Nos supermercados começou-se a olhar para os artigos de outra forma, optando muitas vezes pelas marcas brancas que também oferecem bons produtos. Nas viagens, o preço começou a ser importante na hora da escolha, seja em nome privado ou empresarial. Nas saídas, o pensamento começou a recair também no dia seguinte porque não se pode gastar muito de uma vez para depois não ter.

Acredito que o estado em que Portugal esteve com toda a crise e com todo o bombardeamento da imprensa com tal facto tenha ajudado à mudança de mentalidades para que o futuro seja melhor e hoje vejo que possam existir melhoramento, embora calmos, mas eles existem.

Patrão aproveitador

O país está em crise e existe muita falta de emprego, contudo existem patrões que acham que podem abusar das pessoas só porque o país se encontra numa má situação.

Fui cortar o cabelo num centro comercial aqui perto e quando entrei percebi que a empregada que depois me atendeu estava a informar o patrão por telefone que se ia despedir. Ao longo do meu atendimento fomos falando e depois toquei no assunto porque gosto do trabalho daquela funcionária e se ela vai embora também começo a procurar outro espaço para cortar o meu cabelo. 

Conversamos e foi quando ela me disse para onde ia a convite dos próximos patrões e onde me contou o que se passa no espaço onde ainda trabalha. Durante três anos diz não ter gozado períodos de férias e que por semana só tem um dia de folga e mesmo isso nem sempre acontece porque lhe pedem para trabalhar mesmo nos dias de descanso. Foram três anos sem pausas prolongadas e onde pelas palavras da própria também a vida pessoal ficou prejudicada. Agora teve um convite e vai aproveitar para se livrar de horários loucos e de patrões bem exigentes e que fazem das pessoas escravas.

Estamos no século XXI e em Portugal! Vivemos num país que está mal com milhares de pessoas desempregadas, mas não é por isso que quem emprega pode achar que os outros se têm que submeter ao que querem e bem entendem. Já tinha percebido por outra funcionária daquele espaço que as coisas por ali não eram fáceis e que por isso também essa acabou por sair. Agora soube da história de mais uma e não voltarei tão cedo aquele local, ainda para mais porque sei para onde esta que me revelou a sua história vai trabalhar!

As pessoas sujeitam-se durante algum tempo a estas coisas, mas é certo que não conseguem aguentar muito tempo porque a vida além do trabalho também existe e mentalmente não vivemos só para ganhar dinheiro e estarmos fechados num espaço a servir os outros!