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O Informador

Valentina sim, com atenção ao Covid19

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A morte da pequena Valentina tem feito as manchetes da imprensa pelos últimos dias. Com quatro dias de investigação, após o alerta do pai pelo seu desaparecimento, o crime foi descoberto e pai e madrasta presos preventivamente por serem alegadamente os autores confessos desta morte macabra. 

Muito se tem noticiado, comentado e divulgado, mas destaco um pormenor que todos nós deveremos ter detetado através das imagens que têm sido divulgadas pela comunicação social. Desde que a notícia começou a ganhar destaque pelos vários serviços de informação que deteto que população e autoridades que têm aparecido em grupo nas buscas e também agora nas reportagens feitas e filmadas aleatoriamente, que grande parte não se encontra com as preocupações necessárias para com a proteção perante o Covid19.

Percebo que a procura até encontrarem o corpo gerou alguma confusão e ansiedade por parte de todos, mas também nestes momentos há que precaver o vírus que tem feito com que centenas de portugueses já tenham morrido, milhares que estão neste momento infetados e que todos nós estamos vulneráveis para com esta transmissão que pode acontecer mais facilmente pela proximidade sem proteção. Falta de máscaras e proximidade física nas buscas, abraços e conversas entre populares de forma completamente normal como se não vivêssemos em estado de pandemia e até as próprias buscas entre populares, militares e bombeiros onde foi visível ver parte das pessoas sem usarem máscaras. Isto não pode acontecer!

Isto não aconteceu sempre e com todas as pessoas, mas em muitas das imagens que foram passando foi visível este descuido da sociedade, o que há que ter em conta para futuras situações do género. Nada nos pode deixar de manter a precaução, mesmo estes crimes praticados por pessoas que jamais podem ser considerados pais. 

Toy Boy, o sucesso da quarentena

Netflix

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Uma nova série espanhola, primeiramente transmitida pela Antena3, chegou à plataforma Netflix e rapidamente subiu aos mais vistos em vários países, incluindo Portugal, virando um sucesso que poderei dizer que seja inesperado quando se vê somente o primeiro episódio.

Acompanhando a história de um stripper que passou sete anos na prisão e que pretende já em liberdade apurar toda a verdade sobre um crime que não cometeu, em Toy Boy acabamos por conhecer também os membros do clube onde Hugo volta a trabalhar, uma jovem advogada que o defende e ajuda e duas famílias ricas que têm tudo para o voltar a tramar. Os meandros da noite e do dinheiro, o poder das influências e as relações estão em grande destaque nesta série que pode ser considerada como um thriller que une o crime com o erotismo num processo de interesses cheio de altos e baixos. 

Em geral e no conjunto dos 13 episódios posso dizer que gostei, existindo uma história corrida onde todos os ingredientes se juntam sem cansar e sem mostrar muito do que vai acontecer a seguir. Cada episódio traz consigo um novo novelo para ser resolvido e para ajudar a provocar o interesse ascendente que Toy Boy transmite até ao final onde crimes e cumplicidades ficam aparentemente resolvidos. Não poderei revelar muito sobre a história e muito menos o final, no entanto deixo o meu desabafo sobre uma cena mesmo nos últimos momentos. Será que aquela morte existiu mesmo? Espero que tudo não passe do susto repetido em várias séries, mas por agora, fiquei desiludido e em espera para ser surpreendido nesse ponto.

Com um elenco competente mas com uma falha ou outra entre novatos e atores de corpo sem talento, esta produção contém um bom enredo e um bom trabalho de imagem, o que não conjuga com as falhas em pequenos pormenores como perucas mal disfarçadas e adereços que de cena para cena por vezes são esquecidos. Pela positiva acertou no tempo, na história e na junção de temas, sendo num todo uma surpresa bastante agradável dos produtores responsáveis também por La Casa de Papel e Elite

Crime com culpa social

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Um recém-nascido foi encontrado num ecoponto, completamente nu, por estes dias junto à discoteca Lux, junto a Santo Apolónia, em Lisboa, por um sem-abrigo, e rapidamente a notícia se tornou viral e o tema social do momento tanto na imprensa como nas conversas. A investigação arrancou, a comunicação social deu grande destaque ao tema, e poucos dias depois a mãe deste bebé foi encontrada, sendo também ela uma sem-abrigo que dormia numa tenda situada nas proximidades do estabelecimento noturno, tal como outras pessoas. A questão que me auto coloquei sobre este tema vai mesmo de encontro à culpa que esta jovem mulher de 22 anos terá sozinha para ficar em prisão preventiva por agora. 

Sozinha, a dormir na rua, ao que parece tendo sido violada, transtornada e desamparada, como podemos analisar um ato terrível de abandonar um filho quando a própria mãe se encontra numa situação de caos e ninguém fez nada para a ajudar antes deste desfecho ter acontecido. Esta mulher foi detida pela PJ por suspeita de homicídio, mas não existirão tantos outros culpados por tudo isto ter acontecido? Não estou a desculpar esta mulher por abandonar um filho porque esse é um ato ignóbil, no entanto não sei até que ponto este abandono não se deva também ao próprio desamparo desta jovem que do nada aparece sozinha pelas ruas de Lisboa, em situações degradantes e sem que ninguém lhe tenha dado a mão para a resgatar do flagelo que afeta centenas ou mesmo milhares de pessoas pelos grandes centros populacionais em Portugal. 

Agora que tudo aconteceu, a Embaixada de Cabo Verde revela que irá dar todo o apoio a esta mulher de nacionalidade portuguesa com origem africana. Será que estamos de consciência pesada depois do mal estar feito? Na verdade e pelas reações da sociedade, é muito fácil julgar, mas se nos pusermos no lugar desta jovem mulher sozinha, abandonada, usada e sem rumo, será que a mente de qualquer um de nós também não ficaria transtornada?

O bebé nasceu em plena via pública, foi deixado no lixo, com o cordão umbilical atado como uma tentativa de salvamento, o ato foi filmado por câmaras de videovigilância. Um ato pensado? Não me parece, pois nem existiu perceção ao deixar a criança a metros de onde dormia e num local onde a vigilância pelas imagens é visível. Não me parece que tudo tenha sido pensado, mas sim tomadas decisões no momento em que o nascimento aconteceu e era necessário se ver livre daquele bebé que talvez no seu pensar só lhe iria arranjar mais problemas. Se não tinha para si, como ter para criar uma criança que iria passar pelo mesmo. Viver na rua, deixada ao abandono e exposta a atos de violência como a própria mãe enfrentou. Uma situação complicada de consciência social!

Uma mãe criminosa, um bebé abandonado que irá seguir para uma instituição onde será apadrinhado por uma família de acolhimento, um futuro que pode correr bem ou ser manchado, se a história real não lhe for bem contada com apoio daqui a uns anos, e uma família que antes de não ser já não o era porque tudo parecia dar sinais de que iria correr mal.

Diz «não» ao abandono de animais

 

Escrevo só mesmo para quem não viu ainda o vídeo acima. Um cão-polícia ladra de forma constante quando um homem está no perímetro da verificação da bagagem do aeroporto. A revista é feita e o animal não para de ladrar sem que nada seja encontrado de mal. No final do vídeo a explicação para o ladrar é explicada de forma explicita e com a frase «ele nunca te vai esquecer». Foi desta forma que a Animalife lançou uma campanha de sensibilização contra o flagelo que é o abandono de animais em Portugal, principalmente nos meses que antecedem o Verão. 

Lembro que neste momento e felizmente já é crime mal tratar e abandonar animais no nosso país, existindo atualmente mais de quinhentos processos crime perante estas circunstâncias. No entanto estas situações continuam a surgir por falta de bom senso e amor para com os animais que são tantas vezes os nossos melhores companheiros e que nunca e em momento algum nos abandonam.

Arguidos do Sporting

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A nossa justiça por vezes toma decisões que nem sempre compreendo e um dos casos que alguma confusão me tem feito nos últimos meses são as prisões preventivas de dezenas de pessoas arguidas no caso da invasão da Academia de Alcochete do Sporting, isto quando pessoas que espancam menores e matam pessoas andam à solta enquanto não são julgadas. 

Todos erraram, a investigação continua para se encontrarem os principais cérebros do ataque aos jogadores leoninos, no entanto todos aqueles homens estão presos para não existir comunicação e evitar novos incidentes, segundo o que é partilhado publicamente. Mas coloco a questão de outro ponto de vista. Se aquelas mesmas pessoas tivessem invadido um balneário de um pequeno clube de futebol e tivessem cometido exatamente os mesmos atos mas com vítimas não conhecidas como nomes fortes do futebol o que lhes teria acontecido? Acredito que estariam em liberdade, até serem chamados a julgamento, continuavam as suas vidas e nada se passava. Neste caso são presos preventivos só mesmo porque atacaram jogadores do Sporting, como estariam se tivessem feito o mesmo com rostos do Benfica ou do FC Porto. 

A justiça mostra em vários pontos que uns são filhos e outros são enteados. Há umas semanas todos conhecemos o caso de um padrasto que espancou uma criança de ano e meio. Foi ouvido pelo Ministério Público e foi libertado para esperar julgamento. Existem casos de quem tenha morto, ainda sem terem sido julgados, mas no mesmo dia foram soltos. Então? Seria necessário ser um filho de um político ou de um famoso da nossa praça ser morto para o culpado ficar preso? E quem mata um cidadão estrangeiro não tem de ter os mesmos castigos de quem poderá matar um dirigente futebolístico por acidente?

Citações | 27 | Bruno do Crime

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O crime faz parte do dia-a-dia.

Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, sobre os incidentes na Academia Sporting.

 

Felizmente que não vivo nas redondezas do azedo Bruno de Carvalho. Na minha vida e de quem me rodeia o crime não anda de mãos dadas connosco, mas como cada um sabe de si, o senhor lá terá consciência pelos caminhos apertados por onde anda metido. 

Greves e más condições prisionais

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O Estabelecimento Prisional de Lisboa continua envolto em polémica com as greves policiais e com as supostas más condições de funcionamento.

Os familiares dos detidos vão mais longe e revelam que o local está empestado de ratos e baratas, tanto nas celas como nas zonas comuns, incluindo as salas de visitas. Quem fala perante a imprensa revela também o desagrado sobre a comida fornecida e a forma de tratamento e tempos entre as refeições.

Más condições, mau ambiente, números de visitas semanais reduzido e com atrasos, dificuldades de controlo perante o número de detidos acima do possível no EPL e o descontentamento de quem controla o local a mostrarem que tudo está mal num sítio onde a calma sempre se torna difícil mas com o descontrolo total o risco acaba por se tornar maior ainda. 

Basta!

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Portugal, pleno século XXI, uma sociedade supostamente desenvolvida mas com grandes falhas no que toca à igualdade de género e onde infelizmente a violência doméstica ainda persiste com as mulheres a serem vítimas de um crime não conjugal mas sim público. 

O Mundo continua a conviver com atos desumanos de agressões e maus tratos entre seres que não respeitam os que estão do seu lado, tal como não se respeitam a si próprios ao rebaixarem de forma física e psicológica parceiros que se deixam muitas vezes levar em conversas de mudanças e exceções para continuarem a conviver com o medo diário, numa luta desigual de forças de carácter. É necessária existir uma voz coletiva que todos ajude, porque nem só as mulheres são as vítimas, para que se consiga agir, não se ficando calado porque a denúncia é um bem necessário para que os maus feitores sejam levados perante a justiça sobre os seus comportamentos. O respeito perante o próximo é um bem necessário que cada um deve exigir socialmente porque nunca e em momento algum alguém se pode achar acima de qualquer outro. Infelizmente e em pleno momento de liberdade onde a palavra ganha força, os atos destes malfeitores continuam a ser silenciados pelo medo e confronto por quem se deixa ficar com o seu sofrimento num silêncio individual partilhado por muitos que não conseguem gritar «Basta!» num momento de pedido de auxílio para se sair de uma situação onde são praticados crimes abusivos de não respeito pelo ser humano. 

A agressão dentro do seio familiar, onde além de cônjuges também filhos, progenitores, irmãos e avós, são muitas vezes violentados das mais diversas formas e onde o silêncio continua a persistir, dando força ao agressor que segue o seu modus operandi como se nada interferisse entre o bom senso e a razão dos seus atos. Chega de violência e chega essencialmente de ver tudo a ficar silenciado a favor da continuação de formas de agressão praticadas por seres inglórios que pelos quatro cantos do planeta continuam a praticar e muitas vezes a incentivarem estes atos como um bem fundamental para a covivência perfeita e essencial. 

A violência doméstica tem ainda alguns problemas relacionados além do medo perante o agressor. Muitas vezes a vítima consegue ainda sentir a falta de apoio e a crítica gratuita da sociedade que a rodeia, sociedade essa que defende a denúncia, mas que ao mesmo tempo aconselha a aguentar um crime para que não se destrua uma família. Pensar em si, no seu bem-estar e mesmo nos que estão próximos não é aguentar a violência emocional e física, é sim sair, fugir e recomeçar de novo, longe de uma vida de dor e medo. 

À facada no Correio da Manhã

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A imprensa por vezes lança notícias tão boas como os títulos que lhes dá, o que não acontece assim tanta vez é colocar na mesma linha de visão uma manchete sobre um ataque à facada a um jogador de futebol e bem perto promover que com o jornal do dia oferecem uma faca. 

Isto aconteceu e «nós por cá» conseguimos não ter o melhor, mas sim o mais lido e o mais sensacionalista jornal que tanto gosta de dar notícias sobre crimes como os acaba por promover, dando até a ideia de que ao oferecerem uma faca, uma mente mais assassina pode usa-la para esfaquear quem encontrar pela frente. 

Uma coincidência que de certo foi detetada por alguém dentro do diário imprenso mas que passou, não fosse o jornal gostar de focar os crimes nacionais e internacionais que vão acontecendo a todo o momento. 

Criminosos e assassinos deste país deixo-vos um conselho... Se querem ter ideias para os vossos atos coloquem os olhos neste jornal porque os incentivos existem e embora tentem passar que são meros erros de colocação dos vários espaços sem se terem dado conta, cá para mim, isto não passa mesmo de uma estratégia para serem falados, como o estou a fazer. 

Raptos no Reino de Deus

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O início da investigação internacional sobre as adoções de há décadas dos bispos e grandes senhores da Igreja Universal Reino de Deus para com crianças de famílias desfavorecidas começou a ser transmitido e a informação não podia ser mais clara. 

Durante a década de 90, quem sabe se ainda não acontece nos tempos que correm, os grandes senhores da IURD proclamaram que para se atingir um estatuto superior dentro da hierarquia do clã, os homens tinham de fazer uma vasectomia que lhes tirava a possibilidade de terem filhos para que não se distraíssem perante as suas obrigações religiosas. Liderar um grande grupo de cidadãos que se revertiam em seguidores de crenças proferidas pelo bispo Edir Macedo, criador brasileiro desta religião, era o bem necessário para se subir na hierarquia e assim foi. Muitos homens foram operados e até os seus futuros genros o fizeram por um lugar de topo. Tudo mudou nos ditos do senhor Edir quando as suas duas filhas quiseram ser mães e eis que a partir daí passou a ser obrigação para todos os casais sem filhos a de adotarem crianças, mesmo que não o quisessem. Todos tinham que adotar para continuarem a fazer parte do universo tão verdadeiro deste reinado. E foi assim que crianças colocadas num lar ilegal em Portugal, criado pelo seio da Igreja Universal Reino de Deus, começaram a ser levadas para várias partes do Mundo para serem adotadas, após serem afastadas das suas famílias e consequentemente raptadas. O silêncio que surgiu com o medo e com a incapacidade de famílias frágeis atuarem na altura fez com que o escândalo ficasse bem guardado, mas agora, mais de vinte anos depois, descobre-se que além de vários jovens saberem que foram adotados num esquema internacional por bispos e ex-bispos da IURD, também os netos de Edir Macedo, o criador deste marasmo, são portugueses e foram levados enquanto crianças para o seio da sua família, onde cresceram, esquecendo um passado.

A Igreja Universal Reino de Deus raptou crianças portuguesas para alterar a história do que defendia, mostrando que assim as filhas do fundador da IURD podiam ter filhos como forma de apoiar crianças desfavorecidas. Vergonha alheia numa investigação da TVI que já está a dar bastante que falar em Portugal e pelo Mundo sobre o homem forte da Record que até agora, mesmo com muitas investigações internacionais em cima sobre suspeitas de corrupção, continua a ser o homem forte que milhões veneram e a quem dão verdadeiras fortunas para que continue a fazer a sua vida de luxo onde parecem não existir barreiras para o crime organizado.