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O Informador

60 anos recordados pela desigualdade

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A marca Nestum nasceu em 1958, estando a completar os seus 60 anos, data que está a ser celebrada com a implementação na embalagem da imagem original que foi lançada aquando dos primeiros anos de Nestum no mercado. Ao longo dos últimos anos, talvez por influência do avô que sempre apreciou estes cereais ao pequeno almoço, ter uma caixa de Nestum cá por casa é praticamente obrigatório e por estes dias reparei no apontamento sobre as figuras que estão na embalagem, onde as mulheres tratavam dos filhos e nem sinal de um homem a ajudar as crianças a tomarem a sua refeição.

Se olharmos bem, nem é preciso reparar assim tanto, na embalagem celebrativa é possível ver duas crianças a tomarem a sua refeição pela mão de duas mulheres. Com sessenta anos em cima seria normal existir a ideia de que só as mulheres davam comida e tratavam das crianças da casa na altura, mas agora isto não faz de todo sentido. Não é um pouco descabido terem recorrido a uma imagem destas para celebrarem, justamente numa altura em que as diferenças e o femininos estão tão na ordem do dia? Os direitos e deveres de um casal não são iguais? Décadas atrás tudo era visto de forma diferente e as coisas aconteciam desse mesmo modo, mas agora não, esta imagem é para assinalar uma data histórica da marca, no entanto vai contra a prática dos dias que correm, em que todos somos iguais e não são as mulheres que têm exclusivamente de ficar em casa a tratar da educação das crianças. 

Convites | Mega Festival de Insufláveis | 21-07-2018

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O Primeiro Mega Festival de Insufláveis irá invadir o Jardim do Casino do Estoril pelos dias 20, 21 e 22 de Julho. A Yellow Star Company apresenta assim um evento dedicado aos mais novos onde a diversão não vai faltar ao longo de três dias que prometem ser bastante animados pelo espaço que se irá encher com mais de vinte insufláveis. 

Para todos os gostos, idades e feitios, todos irão poder brincar nestes insufláveis que irão estar espalhados pelo Jardim do Casino Estoril e onde os temas não irão faltar. Oceano de Bolas, Transformer, Aldeia dos Índios, Bola Mecânica, Coche Encantado e Palácio das Princesas são alguns dos insufláveis de destaque do evento onde também o Aqua Slide, Twin Slide e Casa dos Escorregas estarão com água a escorrer para refrescar os dias quentes que são esperados para esses dias. No que toca a espuma, os insufláveis Wild Splach Foam e Extreme Foam estão confirmadíssimos como as estrelas da companhia. Com isto já sabem, quem entrar no Mega Festival de Insufláveis terá de levar as toalhas porque a diversão molhada está garantida do início ao fim.

Para além dos insufláveis e para que não se sintam cansados e possam recuperar energias para nova ronda pela diversão, uma área de descanso e também de comida irá ser feita para que nada vos falte num dia mágico onde pais e filhos se podem divertir até que alguém acuse o cansaço. 

Já sabes, de 20 a 22 de Julho, das 10h00 às 20h00 diverte-te no Jardim do Casino do Estoril com a família. Bilhetes estão à venda na Ticketline, no local e também através do número 938667315 ou em bilheteira@yellowstarcompany.com. Bilhetes a partir dos 6€, existindo um Pack Familia (até 6 pessoas) no valor de 35€.

Crianças expostas nas redes sociais

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Num momento em que a imagem das crianças é um dos temas centrais de várias discussões públicas, pergunto-me se os pais têm o direito de publicar imagens dos seus próprios filhos pelas redes sociais. 

Sabemos que enquanto menores de idade as regras são impostas pelos progenitores ou responsáveis pela educação dos mais pequenos, mas estará esse poder parental capacitado para expor o dia a dia de crianças? Existem casos e casos e é nesse ponto que o tema diverge por vários prismas, uma vez que se a maioria das publicações partilhadas estão dentro do correto e aceitável, sem qualquer exposição desagradável, existem pessoas que não medem o perigo perante certas imagens e é um «vai tudo para os outros verem».

Na maioria dos casos os publicadores de imagens de menores pelas suas redes sociais só colocam o mínimo e em momentos de lazer, só que algumas figuras, que talvez lhes tenha saltado um pouco de consciência, conseguem não perceber que as suas partilhas pessoais são uma coisa, mas quando se envolve a imagem de menores há que ter uma certa contenção porque nem tudo é publicável perante conhecidos e desconhecidos. Sou defensor da não partilha de imagens de crianças, só porque sim, enquanto pequenos de meses então é totalmente dispensável.

Com o tempo e de forma normal, as publicações com a família, num ambiente normal vão acontecendo, sem que se tenha de forçar com o pensamento de que a primeira imagem tem de ser a perfeita, aquela que é tirada propositadamente para colocar no Facebook. As coisas, como em tudo na vida, têm de acontecer de forma natural, com o tempo, defendendo sempre a criança perante a sociedade que não tem de encontrar imagens inconvenientes de menores, como muitas vezes encontramos ao serem expostas por adultos que não medem o perigo e sem noção do que vão publicando dos mais novos. Há que ter muito cuidado com o que é mostrado aos outros, não tendo de criar um ambiente especial para fotografar como alguns também fazem para ficarem bem na fotografia de pais perfeitos quando na verdade mostram o que não existe na realidade. Mas isso são outros quinhentos. Por aqui quero mesmo que percebam que a partilha pelas redes sociais da imagem da criança é para ser levada com normalidade, resguardando um pouco a fase de bebé e mostrando com a naturalidade das publicações, sem criar aquele destaque, tendo sim sempre o cuidado com a forma de exposição que é feita. Porque o bonito é bom mas as más imagens podem criar alguns dissabores a médio ou mesmo a longo prazo. 

MasterChef Júnior sem chorar?!

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Será possível ver um episódio do MasterChef Júnior sem soltar uma lágrima? Os miúdos cativam e a produção portuguesa, mais uma vez, está tão bem feita que é impossível não chorar um pouco quando os miúdos não passam à fase seguinte e têm de se despedir uns dos outros! Acabou de estrear a segunda edição do MasterChef Júnior e tudo indica que estamos perante uma boa e renovada temporada deste formato de sucesso.

Este é dos melhores programas já feitos na televisão portuguesa, seja em edição normal, com crianças ou famosos! É dos melhores formatos mundiais, por isso também estar já bastante premiado, e Portugal está entre os melhores países a produzirem o MasterChef!

Tem rigor, tem alegria, emoção, verdade e é um excelente programa de entretenimento! Além disso ver a versão Júnior é ao mesmo tempo um misto porque se gosto de ver e fico agarrado ao formato, por vezes sinto vergonha por perceber que crianças de palmo e meio cozinham e sabem truques de culinária que me deixam completamente ko pelas minhas simples habilidades na cozinha!

Silêncio na biblioteca

Ao longo das férias alentejanas fui até ao espaço de internet da biblioteca da vila e se há coisa que me irrita é ouvir constantemente as funcionárias a pedirem aos miúdos para falarem baixo e não arrastarem as cadeiras quando depois são elas próprias a falarem alto entre si, ao telemóvel ou com quem passa na rua.

Afinal de contas quem acaba por incomodar mais com o barulho? Os miúdos que estão a jogar e falam entre si sobre o que estão a fazer ou aquelas funcionárias, tão preocupadas, que estão constantemente a mandar vir e depois infringem as regras que tentam impor aos mais novos? 

Adoção tardia

Em pleno século XXI ainda sou capaz de ficar parvo quando vejo as situações demoradas de adoção que o nosso poder impõe para que crianças ganhem uma família e deixem de viver por tempo indeterminado em instituições.

Como é que bebés vão parar a instituições e por lá ficam anos e anos enquanto milhares de cidadãos estão inscritos nas filas de espera para conseguirem ter uma criança consigo? Não é necessário a criança entrar numa casa e ficar automaticamente adoptada, sendo aí que os técnicos sociais têm de agir. Muito preferível ver uma criança ser entregue logo nos seus primeiros meses a uns pais do que ficar anos entre a auxiliares e educadores e só depois, quando já percebem que foram abandonados, serem destinados a quem os vai receber já em fase tardia, onde o tempo perdido de ligação não volta atrás. 

Não critico que não se adopte crianças já crescidas porque todos têm o direito de sair das instituições onde são colocados, no entanto se tudo funcionasse da forma como é devido, os pequenos, aqueles que são abandonados pelas maternidades e que são automaticamente retirados aos pais mal nascem podem logo entrar no processo de entrega a quem está à espera para receber um filho nos braços, não existindo qualquer necessidade de passarem tanto tempo institucionalizados para só depois poderem ver o seu processo avançar.

Protecção literária

Aquelas pessoas que afirmam que ler é desperdiçar tempo não sabem mesmo do que falam e devem adorar viver no seu mundo onde não existem reflexões, comentários e debates. Ao ler reflete-se sobre os diversos temas que vão aparecendo ao longo das histórias e isso é tão melhor que andar por aí em busca da imperfeição da vida alheia.

Ando a ler O Pintassilgo, tal como já tinha revelado, e ao longo da leitura das duas primeiras partes desta obra, que me está a conquistar, dei por mim a pensar em como uma pessoa viúva ou separada sem saber onde o seu antigo parceiro foi parar lida com o pensamento da própria morte quando existem filhos menores ao seu cuidado.

Tenho amigos e conhecidos que foram criados simplesmente com um dos progenitores e ao longo das primeiras cem páginas da obra de Donna Tartt fui pensando em como seria a vida de x ou y se o seu principal e único cuidador faltasse quando ainda existissem vários anos pela frente enquanto criança? O que um pai/mãe pensa ao longo dos anos em que é o único sustento das suas crias sobre a possibilidade, porque existe sempre a hipótese de acontecerem fatalidades, de uma perda? Onde ficam as crianças nessa altura, com quem, quando por vezes não existem avós com condições para os aceitarem ou familiares próximos capazes de se chegarem à frente? Situações complicadas que por vezes atiram jovens para instituições porque a vida não lhes foi meiga com a perda, por variados motivos, de quem mais os queria ver bem.

Crianças do IPO

O jovem cantor D8 lançou um videoclip em homenagem às crianças que passam pelo IPO com a infeliz doença que está na moda. Sorri é o nome deste tema que faz a diferença por ser especial e totalmente dedicado aos que sofrem e que enfrentam horas, dias, semanas, meses e anos nos quartos e corredores de um hospital onde a esperança por um futuro existe. 

Um bom projeto que decerto arrancará alguma, a possível no momento, felicidade a todas as crianças, jovens e seus familiares que estão a enfrentar uma grande caminhada de vida. Só quem passa pelos problemas é que os consegue enfrentar com um sorriso na cara e uma esperança reforçada no futuro, no entanto este tipo de projetos mostram que existe sempre uma ajuda ao virar da esquina. 

A felicidade é sempre a resposta

Família é quem dá amor com tudo o que isso inclui. A Coca-Cola tem neste momento um anúncio que bem descreve como a felicidade é sempre a resposta para os problemas que os outros apontam para cada seio familiar. 

A mensagem é bem passada com um simples vídeo promocional e que serve de alerta para todos nós que vivemos num mundo cada vez mais diversificado onde a família tradicional já não existe como meio único para criar uma criança feliz. 

Dará um casal heterossexual uma educação tão diferente da possível por dois seres homossexuais ou somente por uma única pessoa capaz de adoptar? A felicidade dos adultos do futuro é sempre a resposta mais importante no momento de pensar numa criança enquanto membro do seio familiar. 

Crianças ignoradas

Não sou pai, é um facto, mas acredito que se fosse não lidaria com as crianças como se por vezes fossem completos inúteis. No passado fim-de-semana vi uma situação que me deixou a pensar sobre este tema por um simples facto. Dois miúdos, percebi que estavam com dez e oito anos de idade, estavam entregues em férias escolares aos seus avós. Foram os quatro a um café onde os amigos dos avós estavam ou iam passando e faziam questões que geravam conversas sobre os pequenos como se eles não estivessem ali e não compreendessem o que se estava a dizer. A sério mesmo? Sério!

Será que aqueles dois senhores já adultos e os seus amigos e conhecidos do chá das cinco esquecem-se que as crianças ouvem e percebem o que é dito sobre si ou os seus pais? Já são grandinhos e não gostam de perceber que estão a ser comentados por pessoas que nem conhecem e a que são forçados a cumprimentar. Os avós queixam-se dos seus comportamentos, dizendo qual era o pior e que já estavam cansados e a desejar que as férias escolares terminassem para poderem voltar ao descanso. Será que isto é mesmo verdade? É e a alegria dos menores deve ter ficado em altas por perceberem que estão a mais na casa dos pais dos seus pais que se queixam a todos os que passam, contando as tropelias próprias da idade que cada qual foi fazendo por esses dias de descanso escolar.