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O Informador

Podcasts, entrevistas e falhas

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Tenho andado numa onda de ouvir diversos PodCasts, da atualidade ao humor, das entrevistas às conversas de café e por estes dias deixei-me levar por um segmento de entrevistas entre autores portugueses. Como sempre a entrevistadora autora assumiu o seu lugar e o entrevistado foi um autor que entrou recentemente no mercado e que tem visto o sucesso com a sua primeira hora a florescer. No entanto o que não consegui encaixar foi a falta de criatividade da moça para não conseguir conduzir a entrevista em boas condições, existindo diversos momentos de pausa, em que se notava perfeitamente que a questão era tão básica ou irrisória que nem merecia resposta mas lá o rapaz se tinha de esforçar um pouco para deixar escapar umas simples palavras para tentar ficar bem na fotografia. Nem sempre os convidados a entrevistar são fáceis, mas será que a moça entrevistadeira não conseguiu perceber com os minutos a passarem que estava a ser tão simplória na forma como estava a conduzir a conversa que nem merecia obter respostas? O trabalho feito até tem vindo a ser interessante, mas por vezes, e mesmo com outras entrevistas já tinha notado tal situação, as questões colocadas roçam o básico e não ficam nada bem junto de pessoas que estão habituadas a responder a questionários bem elaborados de jornalistas e especialistas da área. Um esforço da moça para conseguir conduzir uma entrevista com pés e cabeça seria tão melhor.

Cristina e Goucha, o reencontro

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O reencontro no ecrã aconteceu entre Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira em plena manhã no Você na Tv!, dois anos após a separação. Agora aconteceu o desfecho da dupla no programa que foi dos dois ao longo de catorze anos e a apresentação de uma manhã especial aconteceu de forma tão simples e sincera entre duas pessoas que se amam.

Com o encontro da dupla e com as senhoras, poucas, do público de regresso ao estúdio, alguns dos melhores momentos de sempre foram lembrados com muita palhaçada e amizade à mistura. Catorze anos de grandes risotas e momentos inesperados protagonizados pela melhor dupla de sempre da televisão em Portugal e que tão cedo não conseguirá ser suplantada, por muito que se tente. 

Gritaria, risos, boa disposição e boas memórias, foi assim a base da primeira parte da manhã, onde até os passatempos para o público de casa foram recordados e feitos de novo. Quem não se lembra da Gota Certa onde o participante tinha de colocar os líquidos dos jarros nos frascos certos para não entornar? Sem perder o momento com o chef Hernâni na cozinha e com o expulso da noite anterior do Big Brother, o Rúben, em entrevista, a tentativa deste especial foi manter o alinhamento normal dentro do possível como nas semanas anteriores, embora com a dupla na condução da manhã. A segunda parte começou com o regresso de Quintino Aires às manhãs, lembrando os bons e divertidos momentos que também passou com a dupla ao longo dos anos, chorando em direto e mostrando-se especial por estar com a dupla em dia de reencontro. 

Ainda na segunda parte Cristina desabafou e revelou a dimensão das suas mudanças, por sentir que agora tudo o que acontece em torno do canal tem o seu dedo, o que nem sempre acontece, mas como é a figura de destaque do canal tem de levar com todas as culpas. Cristina chorou e mostrou ter voltado para reanimar o canal que pretende ser o que foi, o da família e onde todos sorriem. Tudo isto antes da grande conversa dos dois, frente-a-frente. Goucha toma a palavra, Cristina revela que faltava na TVI o brinco que faz a diferença num conjunto que se quer perfeito e onde é possível brilhar na altura em que recebeu o convite para se mudar para a SIC. Uma conversa bem real, Cristina a revelar que precisava de mostrar ser capaz de mostrar o que queria fazer e sonhava, provando que a partir do seu dia de estreia do outro lado o canal liderado por Daniel Oliveira ficou líder de manhã à noite, o que nao resulta somente do seu mérito por fazer um bom formato de manhã mas sim de todo o conjunto de programação e promoção. Mas com os primeiros tempos de liderança surgiram as noticias, a imprensa a reinar e a deitar abaixo o seu Goucha, mostrando a falta de capacidade para o apresentador se reinventar e combater a sua antiga companheira de ecrã e esses momentos, segundo a própria foram pesados e difíceis de aceitar. Cristina mostra não querer somente ganhar quando se mudou para o canal três, deixando sim na altura fazer diferente mas não contra o seu Goucha e esse ponto foi dos que mais pesou, vendo que o seu canal, onde nasceu e cresceu, se estava afundar, deixando que todos os alicerces de outros tempos fossem derrubados perante a instabilidade instalada. A agora diretora e apresentadora da TVI revela que voltou para ajudar a relançar o canal e que podia ter ficado na SIC com melhores condições do que as que a fizeram mudar. Agora está de regresso a casa, ao canal que quer ver brilhar como aconteceu durante anos enquanto foi um dos seus rostos como a saloia da Malveira que cresceu e se tornou numa das mulheres mais poderosas e influenciadoras do país. Muita partilha e emoção, revelando ter sido feliz na SIC mas que o objetivo estava cumprido e que era o momento de voltar. Agora é tempo de definir apostas, limar arestas, erguer o tempo perdido e ajustar o que é possível, já que só em Janeiro Cristina acreditar ter o canal como deseja para os primeiros tempos. Tudo depende de orçamentos, rostos, equipas e contratos, nada podendo ser feito de um dia para o outro, como a maioria deseja. Uma conversa bem intimista, onde Goucha e Cristina revelaram as mágoas dos últimos dois anos, a partilha fora do ecrã, as criticas na imprensa e o que os continua a unir. Cristina regressou por acreditar, Goucha não pensou que este regresso acontecesse, Cristina acredita na mudança que já começou e os sinais são visíveis no ecrã, embora falte muita coisa ainda. Com toda esta conversa percebeu-se que o Dia de Cristina estreia já na próxima Quarta-feira, 23 de Outubro, e mais não foi revelado, somente que o programa aparecerá no ecrã sempre que Cristina achar indicado, sendo um formato especial para a apresentadora e para quem está do seu lado. Cristina mostrou sinceridade e a força que mulheres e homens têm de ter para mudarem e acreditarem que é possível. Confesso que nesta conversa a emoção aconteceu em estúdio e aqui por casa, percebendo a verdade das palavras entre duas pessoas que se amam e acreditam no futuro. 

Na Feira do Livro de Lisboa a falar de Danielle Steel

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Sábado, 15 de Junho, pelas 21h00, no espaço Autores que nos Unem, do grupo Porto Editora a obra de Danielle Steel irá estar em destaque num encontro de leitores que gostam de ter os romances da autora do seu lado. As emoções, o amor e as adversidades que dão vida aos romances da escritora e que inspiram milhões de leitores em todo o mundo irão ser falados e comentados numa hora de conversa sobre uma das minhas autoras de romance preferidas. Com isto e porque as coisas boas são para serem partilhadas, eis que vos convido a também me visitarem porque serei, a par com a Maria João Diogo, do blog A Biblioteca da João, um dos participantes como oradores desta sessão dedicada a Steel. 

Relembro que Danielle Steel é uma das autoras mais populares do mundo com vários dos seus romances a atingir os tops literários ao longo de várias semanas consecutivas. Sendo natural de Nova Iorque mas tendo vivendo em França durante alguns anos, daí algumas das suas obras se passarem entre terras americanas e francesas, Steel tem na sua escrita o dom da palavra, a liberdade e poder de conquistar de forma fácil o leitor que não se vê obrigado a seguir com a leitura de um dos seus livros em diante. Com mais de sessenta romances editados, quinhentas e sessenta milhões de cópias vendidas em mais de quarenta e sete países e em vinte e oito línguas, a autora dispensa mais apresentações. Eu, que adoro ter um romance de Steel por perto quando quero ler algo que me faça viajar e sem cansar, aconselho a todos a sua obra. 

Quem lá vem? Pessoa indesejada!

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Há uns dias, num parque de estacionamento do supermercado estava em conversa com uma amiga e de um momento para o outro ambos devemos ter pensado o mesmo quando um carro se aproximou justamente para estacionar num dos lugares bem próximos de nós.

O instinto de ambos surgiu praticamente em simultâneo quando percebemos quem era o condutor daquele veículo, um senhor bem chato, mentiroso e metido que nem um nem outro queria aturar. Conclusão, tivemos a mesma expressão, despedimos-nos e seguimos cada um a sua viagem. Tudo isto para que o Sr. Chato não nos visse para fugirmos dos cumprimentos habituais com histórias que não te deixam quase sair do lugar por ir atrás e quase te agarrar por teres de ouvir o que tem a dizer sobre a sua vida. 

Quem lá vinha ao nosso encontro não era desejado, optando assim por seguirmos antes que nos visse e nos pregasse aquela seca que só algumas pessoas conseguem dar a quem está nem aí para as suas vitórias, mentiras e incongruências. Assim «quem lá vinha» ficou lá porque quando nos podia ter visto já nós «lá íamos» bem no fundo para não sermos apanhados na teia dos prolongados cumprimentos.

Conversas de telemóvel

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É um facto que me acompanha e deve ser para manter ao longo dos próximos anos! Não gosto de falar ao telemóvel, preferindo bem mais que me enviem mensagens que logo que possível, geralmente até de forma rápida, respondo. 

Podem enviar mensagens das mil e uma maneiras que encontrarem, uma vez que nos tempos que correm além do padrão base existem inúmeras possibilidades distintas com tanta aplicação a surgir no mercado como cogumelos em terras férteis deste país de costa marítima e cada vez mais propício a intempéries que até nos deixam sem rede móvel.

Vá, se quiseres contactar comigo, além dos sistemas de Messenger de FacebookInstagram e Twitter, tens ainda o Whatsapp, o e-mail e aqui o blog. Podes enviar-me a mensagem que quiseres porque a resposta será feita, nas suas devidas condições assim que possível e dentro dos prazos legais consoante a agenda de uma pessoa muito, mas mesmo muito ocupada... Eu!

Encontros indesejados

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Existem dias em que nem todos estamos para aturar certos cromos que nos aparecem pela frente. Estava num desses dias quando me apareceu pela frente uma antiga colega de trabalho daquelas que tanto fala para não dizer nada, que acaba por cansar só de saber que quando me vê ao longe já vem a pensar no tanto que tem para contar sobre a sua vida.

Foi uma situação deste género com que me deparei há uns dias. Tinha estacionado o carro para seguir a minha vida e eis que ainda no parque de estacionamento vejo de frente, ainda com alguma distância, a pessoa que desejava não ter encontrado naquele dia. Sei que de forma rápida o cérebro tentou que me escapasse para algum lado, mas o olhar foi fulcral e ao mesmo tempo que a vi também fui apanhado na ratoeira e tive de seguir em frente.

Naquele momento pensei que teria de ser simpático, dar um pouco, mas mesmo pouco, de conversa para não transmitir uma de mal educado e colocar a máscara de simpatia própria para o momento. Assim foi, lá segui o meu caminho, cumprimentamos-nos e fiquei uns bons vinte minutos a conversar, ou melhor, a ouvir um quase monólogo daqueles que têm direito a histórias do dia mas também a memórias do tempo de trabalho e de figuras que só ouvimos falar e nem sabemos quem são ao certo. 

Primeira visita à Feira do Livro de Lisboa

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Domingo, 27 de Maio de 2018, visitei pela primeira vez a edição deste ano da Feira do Livro de Lisboa. A intenção não era comprar porque o pensamento sobre adquirir livros está virado para a Hora H que este ano realiza-se de Segunda a Quinta-feira entre as 21h00 e as 22h00, uma hora mais cedo que o habitual nos anos anteriores.

A visita foi feita na tarde de Domingo, o tempo estava agradável e convidativo para que se visitasse o Parque Eduardo VII e se andasse de stand em stand a bisbilhotar as ofertas de cada editora. Percorri o certame, fiz umas paragens mais longas que outras, fui espreitando os livros do dia e as promoções. Não comprei nada, como já havia referido, tudo com a intenção de voltar para fazer as compras a preços mais convidativos dentro dos gostos do que pretendo ler pelos próximos meses. 

O recinto parece-me dentro do que tem sido feito, embora não tenha percebido algumas organizações editoriais. Vi grupos de editoras com as suas chancelas separadas e sem proximidade sequer em todo o espaço. Depois também não percebi o facto de os livros do dia andarem com tão pouco desconto, quando por outros anos esse destaque acabava por ser apelativo pelo valor em que se encontravam. Desta vez poucos são os grupos com verdadeiros descontos diários que valem a pena e a distinção entre os grandes com poder de marketing e os mais pequenos e sem pertencerem aos grupos líderes de mercado é cada vez mais notória.

Cusco de conversa indesejada

Por vezes surgem momentos em que preferes não estar onde estás! É verdade, existem alturas em que era preferível não marcarmos presença em certos locais só para não ter de ouvir coisas que não te dizem respeito mas que são temas onde pessoas que bem conheces são o tema central.

Conversa de café, não sabendo ou não querendo saber que sou mais que um conhecido de alguém, e eis quando na mesa ao lado começas a perceber que comentam sobre a vida de uma pessoa em questão. Primeiramente ficas atento porque começas a conhecer em parte a história mas quando o nome surge tens a certeza que o teu radar está a funcionar corretamente. Ficas calado, ouves tudo, não te consegues concentrar na leitura que estás a fazer porque ficas curioso e a tua faceta de cusco logo aparece. 

Ouves tudo, começas a ficar com vontade de dizer alguma coisa, pensas em ir embora mas continuas até que a grupeta se levanta e segue a sua viagem, talvez continuando com o mesmo tema pelo caminho ou não. Só sei que preferia não ter ouvido falarem de pessoas que conheço nas suas costas, para mais quando de imediato consegui identificar o tema central e interpreto-o de outra forma. Mas cada qual tem sempre a sua visão independente e diferente da do vizinho do lado sobre um determinado tema, e na vida alheia isso não é exceção.

Devorar a Lasanha do Lidl

Quando a conversa gira em torno da famosa lasanha do Lidl, aquela que no rótulo contém a informação que dá para quatro pessoas e que consigo, quando estou inspirado, comer na totalidade, o que eu faço?! Fico calado!

Um dizia que um tabuleiro daqueles lhe dava para cinco refeições (como come pouco o moço), outro dividia o tabuleiro em três partes (sempre se alimenta um pouco melhor que o primeiro) e o terceiro afirmava devorar em duas refeições a lasanha. Eu, com receio de chocar mentes mais sensíveis por ser magro e comer tanto, optei por ficar calado e não comentar essa parte da conversa para não ter de dizer que um tabuleiro serve-me como refeição.

Já apostaram comigo que não o conseguia fazer! Já provei que o faço numa boa, basta estar com vontade para comer lasanha e aquela é perfeita! Sei que afirmar estas coisas sem provas para apresentar é complicado, mas podem acreditar... Quando a vontade surge, o tabuleiro é todo meu!