Persépolis | Marjane Satrapi
Contraponto
Título: Persépolis
Título Original: Persepolis
Autor: Marjane Satrapi
Editora: Bertrand Editora
Edição: 2ª Edição
Lançamento: Abril de 2012
Páginas: 352
ISBN: 978-989-666-112-0
Classificação: 4 em 5
Sinopse: «Estamos em 1979 e, no Irão, sopram os ventos de mudança. O Xá foi deposto, mas a Revolução foi desviada do seu objetivo secular pelo Ayatollah e os seus mercenários fundamentalistas. Marjane Satrapi é uma criança de dez anos irreverente e rebelde, filha de um casal de classe alta e convicções marxistas. Vive em Teerão e, apesar de conhecer bem o materialismo dialético, ter um fetiche por Che Guevara e acreditar que consegue falar diretamente com Deus, é uma criança como qualquer outra, mergulhada em circunstâncias extraordinárias. Nesta autobiografia gráfica, narrada com ilustrações monocromáticas simples mas muito eloquentes, Satrapi conta a história de uma adolescência durante a qual familiares e amigos "desaparecem", mulheres e raparigas são obrigadas a usar véu, os bombardeamentos iraquianos fazem parte do quotidiano e a música rock é ilegal. Contudo, a sua família resiste, tentando viver uma vida com um sentido de normalidade. Um livro inteligente, muito relevante e profundamente humano.» BBC Com esta memória inteligente, divertida e comovente de uma rapariga que cresce no Irão durante a Revolução Islâmica, Marjane Satrapi consegue transmitir uma mensagem universal de liberdade e tolerância.
Opinião: A minha primeira experiência com novelas gráficas acontece com Persépolis e posso dizer que não podia ser de outra forma.
Num desfiar de recordações perante a sua infância e início da fase adulta, Marjane Satrapi mostra as suas memórias perante o caos que enfrentou no Teerão e que a levaram a ser encaminhada para a Europa onde também sobreviveu longe da sua família. Persépolis não é um livro simples, por ser algo complexo quando se percebe desde o primeiro instante que retrata uma história real, cheia de altos e baixos de uma miúda que teve de ser retirada dos seus para sobreviver sozinha em zonas desconhecidas e onde nem sempre foi bem tratada, o que também a levou a seguir caminhos menos convencionais e aceitáveis pelos seus. Com o tempo regressou a "casa" onde não se deixou ficar perante as ideias que lhe eram submetidas, enfrentando sem receios as leis impostas por um estado ditador e onde as mulheres sempre foram vistas como seres menores e de provocação ao longo dos séculos.