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O Informador

Curtas e Diretas #97

A comunicação social adora mesmo andar atrás do Presidente da República. Acredito até que existam guerras internas em algumas redações sobre os escolhidos para acompanharem o tio Marcelo diariamente. Será que ainda teremos uma grande reportagem com o título «Realidade do Presidente Marcelo», num acompanhamento exaustivo, 24 sobre 24 horas, em modo reality-show, sobre a vida do senhor? Falta muito pouco, tão pouco até!

Sarampo e Papeira, o alarme da comunicação social

Primeiro o sarampo, agora apareceram supostamente, ainda sem confirmação, três casos de papeira. A comunicação social faz mais alarido que o necessário em certas situações.

Existe um surto de sarampo e o mesmo está controlado, não sendo necessário fazer soar os alarmes diariamente porque os casos existentes não são milhares nem andam perto. Calma, qual a razão de criarem medo nas pessoas de uma forma tão sensacionalista? 

Agora apanharam que três crianças tinham sido internadas com papeira e o filme começa a repetir-se porque é possível ter existido transmissão do vírus e que todos corremos o risco de apanhar papeira. Foram três casos, o país não está todo infestado nem nada do género. A população que esteve em contacto com as crianças com o vírus terá de ser avisada sim, mas não é preciso fazerem disparar as sirenes de todo o país de forma tão sensacionalista. 

Copy Paste jornalístico

Estava eu a folhear uma revista cor-de-rosa numa tarde vaga e eis que me deparo com uma situação! Várias das notícias que por aquelas páginas são dadas não são mais nem menos do que as partilhas que os famosos vão fazendo nas suas páginas de Facebook e outras redes sociais. 

É o abraço de uma apresentadora à sua mãe, a passagem de ano de outra apresentadora fora do país, a segunda gravidez de uma jovem cantora, a nova namorada de um jogador de futebol... Tudo com imagens que essas pessoas partilharam pelas suas contas nas redes sociais e que a redação da dita revista pegou, elaborou um rápido texto, daqueles que tão bem consigo fazer para chamar a atenção dos leitores do blog, e está feito. 

Isto é jornalismo meus caros? Qual a razão deste tipo de revistas existir nos dias que correm quando as pessoas através do Facebook conseguem saber o que os famosos vão contando. Outrora sim, existiam bons conteúdos exclusivos para quem adora cuscar a vida dos vips nas revistas, mas nos dias que correm, com o online cada vez mais infiltrado no nosso dia-a-dia, não estará a imprensa a precisar de uma boa reforma para inovar e deixar de fazer copy paste no que oferece ao leitor?

O fim da imprensa escrita

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O Diário Económico enquanto jornal imprenso e líder de mercado no seu sector chegou ao fim por dificuldades económicas que há algum tempo começaram a aparecerem. Salários em atraso, dispensa de funcionários, subsídios por pagar e férias gozadas mas não pagas ditaram o final de um dos jornais de economia mais credíveis da nossa praça. Fica, por agora, o seu parceiro televisivo, o Económico TV que parece conseguir sobreviver mesmo com baixas audiências! Isto é o principio do fim da imprensa escrita para que o pequeno ecrã, a imagem e o facilitismo comecem a ganhar de vez o seu lugar no trono da comunicação?!

Nos dias que correm e com a rapidez com que a sociedade se move é cada vez mais visível que a imprensa escrita e em papel começa a perder terreno para as novas tecnologias e multimédia. Os leitores começaram há algum tempo a optar por ficarem a par da situação do mundo através do mundo da internet onde vídeos aparecem a cada momento com as últimas notícias, não sendo necessária a sua leitura. O tempo corre, a preguiça da leitura une-se à falta de tempo e a rapidez com que se prime o «play» é muito maior do que a aquisição de um jornal diário que tem de ser transportado, aberto com as suas enormes páginas para ser lido aos poucos, num maior espaço de tempo que a mesma notícia consegue ser dada através de uns meros minutos televisivos. 

Onde está a liberdade de expressão?

Nas últimas horas a comunicação social avançou com a notícia e o debate público sobre a invenção que PS, PSD e CDS tiveram para com as eleições legislativas! Então não é que os três principais partidos nacionais querem que os orgãos de comunicação social façam previamente um calendário sobre o que irão fazer ao longo dos próximos meses para as notícias, entrevistas e debates sobre as escolhas que todos nós iremos fazer nas legislativas ainda este ano?

Hoje é o 25 de Abril, no entanto a liberdade de expressão parece que está em causa com estas teorias loucas dos nossos políticos reinantes. Acho muito bem que toda a comunicação social esteja de acordo para boicotarem esta possível e estúpida lei que acaba por colocar em causa o que há quarenta anos foi conseguido com a Revolução dos Cravos. 

Motoristas com comportamentos de risco

Pelas últimas horas surgiu a notícia por vários meios de comunicação social sobre os alunos que foram conduzidos por um motorista alcoolizado. Há uns anos atrás as coisas podiam não acontecer dessa forma, no entanto vários motoristas brincavam com os autocarros que transportavam dezenas de alunos da escola para casa e na nossa visão, de adolescentes, as coisas eram normais e bem engraçadas. Onde estava o erro na altura? No senhor condutor e nos menores, onde me incluia, que acabávamos por não medir o perigo que ali estava instalado. 

Os motoristas, lembro-me que era mais do que um, ao longo do trajeto conduziam o seu autocarro a uma velocidade acima da permitida pelo local, faziam as curvas como uma verdadeira montanha russa onde o transporte ficava inclinado e ainda existia um grande pormenor. Em vários dias, e não eram assim tão poucos, pelas retas, ainda existia tempo para balançar de forma contínua todo o autocarro, de um lado para o outro da estrada, colocado várias vidas em risco e sem medir as consequências que tais comportamentos podiam ter. As coisas eram engraçadas, no entanto analisando agora o que podia ter acontecido percebe-se que os adultos naquele caso tinham tanta cabeça como nós que queriamos era festas e cowboiadas!

Manifestantes contra Polícia

A greve aconteceu por todo o país, mas em Lisboa, em frente ao Parlamento, as manifestações fizeram-se e em clima bem pesado.

Depois de horas com manifestantes de um lado e polícias do outro, as forças de autoridade enfrentaram a população em fúria e fizeram-os dispersar do local onde nas últimas horas arrancaram pedras da calçada, incendiaram caixotes do lixo, arrancaram sinais de trânsito e atacaram polícias e comunicação social. Ao final da tarde a polícia saiu do seu posto e enfrentou os milhares de manifestantes. A coisa não correu bem para todos, claro está!

Depois de horas a desafiarem a autoridade, os manifestantes foram atacados e com razão. O que leva as pessoas a estarem horas a fio a protestar de forma agressiva contra algo em vão? Será que por estarem a gritar palavras cruéis contra os membros do governo que estes vão mudar os seus planos de austeridade para com o país? Claro que não! Porque as pessoas acham que é com violência que têm que resolver os seus problemas? Protestem de forma calma... Já bastava a greve e a marcha contra as medidas implementadas e o estado de Portugal, não era necessário cair-se no erro de se querer fazer o mesmo que na Grécia ou na nossa vizinha Espanha.

Agora quero ver o que os manifestastes que foram agredidos pela polícia vão fazer e mostrar na comunicação social nas próximas horas. Vamos ver o desfilar dos coitadinhos que só estavam a passar na rua e que levaram pancada assim sem mais nem menos. E ainda vão queixar-se que foram agredidos porque atiraram pedras às forças de autoridade. Mas quem tem mesmo que impor o respeito nestas situações não são essas forças de autoridade? Pois é, estes aguentaram muitos provocações e falta de bom senso dos manifestantes, mas um ser humano é um ser humano e não é de ferro! Manifestar o descontentamento não é agredir o próximo!